terça-feira, 5 de maio de 2009

O XXI CONGRESSO PODERÁ ESTABELECER UM NOVO PRINCIPIO DOUTRINÁRIO DA CEPA

A CEPA declarou-se laica no Congresso de Caracas. Abriu a discussão sobre a atualização do Espiritismo no Congresso de Porto Alegre.
O XXI Congresso Espírita Panamericano que será realizado em Santos, no ano de 2012, poderá ser o que estabelecerá uma nova plataforma doutrinária da CEPA.
O ICKS, enviou ao presidente da CEPA, Dante Lopez, oficio pedindo a criação de uma Comissão para estudar essa nova plataforma, a partir do Novo Modelo Conceitua l - Reescrevendo o modelo espírita, apresentado por Jaci Regis, no XX Congresso Espírita Panamericano, em Porto Rico.
Essa Comissão apresentaria no Congresso de 2012 o texto de uma Manifesto expondo a posição doutrinária da CEPA.
Damos abaixo o inteiro teor do ofício enviado, pela Internet no dia 4 de maio de 2009.

Santos, 4 de maio de 2009
Ilmo.Sr.
Dante Lopez
Presidente da CEPA

Prezado Dante,

O ICKS, na qualidade de entidade adesa à CEPA,
Considerando que a CEPA declarou-se laica e, portanto, modificou o conteúdo doutrinário, relativamente ao que aceitava anteriormente,
Considerando que é urgente estudar e decidir sobre os conteúdos doutrinário da CEPA,
Considerando que no XX Congresso Espírita Panamericano, realizado em San Juan, Porto Rico, Jaci Regis apresentou o NOVO MODELO CONCEITUAL –REESCREVENDO O MODELO ESPÍRITA,
Considerando que esse Modelo vem sendo debatido entre espíritas ligados à CEPA que, de modo geral o consideram útil para servir de base para um posicionamento da CEPA,
Considerando que em 2012, na cidade de Santos será realizado o XXI Congresso Espírita Panamericano,
Propõe:
1. seja criada uma comissão para estudar o referido Modelo Conceitual e utiliza-lo como base para um novo posicionamento doutrinário da CEPA.
2- que essa Comissão termine seus trabalhos de modo que ao final do XXI Congresso, em Santos, seja produzida uma Declaração de Princípios Doutrinários a ser adotado pela CEPA e entidades afiliadas e adesas.

Atenciosamente
Instituto Cultural Espírita de Santos

Jaci Regis – presidente
Rosana Regis Oliveira- vice presidente
Antonio Ventura- secretário
Mauricy Antonio da Silva – tesoureiro

Um comentário:

  1. Prezado Jaci.
    Concordo plenamente com a manifestação do presidente da CEPA sobre a inquestionável importância para o Espiritismo que tem todo o seu trabalho e dos demais amigos que labutam em torno do ICKS; mas, gostaria de tecer algumas considerações favoráveis à posição dele sobre a tal "pluralidade" (de ações ou interpretações) no movimento espírita.
    A citada reunião de 1975 conclui que o Espiritismo é "uma ciência positiva e experimental". Ora, como permacer assim (ciência positiva e experimental) atendo-se exclusivamente a uma única "doutrina", a de Kardec? Mais, a uma única interpretação desta doutrina, o laicismo? Para que o Espiritismo permaneça como ciência, ele deve albergar várias escolas, interpretações, pesquisas, hipóteses, teses e falseamentos, como qualquer ciência. Para que ele permaneça como ciência, Kardec, apesar de seu fundador, deve estar para ele assim como os fundadores (ou iniciadores, ou pioneiros) de outras ciências estão para elas. Por exemplo, assim como Comte está para a Sociologia; assim como Lamarck está para a Biologia; assim como estão os antigos babilônios para a Astronomia; quiçá, assim como Freud está para a Psicanálise (pois, já sofre seus questionamentos por outros pensadores que, por isto, não deixam de serem psicanalistas). Se formos praticar uma ortodoxia em relação à "doutrina de Kardec" aí sim, estaríamos criando uma nova religião; pois, estaríamos caindo no dogmatismo. Ou, na melhor das hipóteses, estudando uma filosofia (no caso a de Kardec, como outros poderiam estudar a filosofia de Kant, ou Nietsche, ou outros), mas, não, praticando uma "ciência experimental". Penso que para o desenvolvimento, a prática e a aplicação da ciência espírita são necessários congressos, simpósios, midia, centros, onde se choquem posições diversas sobre a excelente obra pioneira de Kardec, discutindo-se sua metodologia, suas conclusões, seus erros, suas dubiedades e suas indecisões sobre a natureza do conhecimento novo que ele descortinava, assim como, se delineiem e sugiram novos caminhos, intenções e aspirações para a continuidade do movimento gerado por tal ciência.
    Fraternalmente, João Donha.

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