terça-feira, 20 de outubro de 2015

Pela Sobrevivência da Literatura - por Alexandre Cardia Machado

É inegável que as pessoas estão cada vez com menos tempo disponível para a leitura, existe uma enormidade de concorrentes hoje, a televisão a cabo, com mais de 200 opções de acessos, a internet e mais recentemente o tablet, que permite inclusive a leitura de livros virtuais.

Não há dúvidas que o livro virtual veio para ficar, mas assim como o disco de vinil sobreviveu ao CD e às midias eletrônicas em geral, pela sua singularidade, o livro impresso ainda existirá por muitos anos. A lei do progresso não pode ser detida, como espíritas, sabemos disto, mas o livro impresso tem o seu valor real, ele é palpável, você pode sentir o seu cheiro, pode escrever, anotar, virar a orelha da folha e colocar na estante. Não depende de conexão com internet e muito menos de ter eletricidade disponível, além de que ninguém irá te assantar para roubar o teu livro.

Foto do Livro A Mulher na Dimensão Espírita - ICKS

Este artigo não é contra o livro virtual, ele terá cada vez mais o seu papel, é muito mais barato de ser feito e mais acessível ao leitor, não tem o mesmo charme, mas sobre o ponto de vista de acessar a informação e adquirir conhecimento e rapidez de acesso ao mesmo será sempre incomparável.

Agora voltando ao livro impresso, a revista Veja, em seu anexo – Veja São Paulo, trás uma matéria  -  A paulistana nota dez Ivani Naked que nos motivou a escever sobre este tema, iniciou um movimento em 2000, com a ajuda do marido William Nacked , criou o Instituto Brasil Leitor, que desde então criou 144 espaços para leitura em São Paulo, dispondo de um acervo de 20000 livros disponíveis para leitura de graça pela população. Parabéns a ela pela persistência. Ela considera a missão de seu instituto “ colocar a literatura no caminho das pessoas”.

Recentemente vivemos a experiência de tentar doar livros, na cidade de Santos, onde a prefeitura tem uma grande malha de bibliotecas públicas e recebemos a seguinte resposta: aceitamos livros de ficção, mas não queremos livros técnicos nem enciclopédias, pois ou não há interesse; ou existem em demasia. Assim que existe demanda de livros para leitura, mas a internet ocupou, sem dó, nem piedade o espaço das antigas enciclopédias, fato este que fez com que as mais tradicionais, só existam virtualmente, via internet.

Enquanto isto o livro espírita  passa pelo mesmo processo, mesmo a FEB já disponibiliza toda a sua enorme lista de livros gratuitamente, no seu site. De uma forma ou de outra, o importante é que existe espaço para os bons livros. Aqueles que queremos consultar várias vezes, que nos apoderamos, como se fosse parte de nosso arsenal de argumentação.

Fica então aqui o convite, comprem leiam e ofereçam de presente a amigos, filhos e netos, livros de qualidade espíritas ou não. E se tiverem livros em casa, ocupando espaço, busquem quem os possa disponibilizá-los ao grande público carente. Sejamos distribuidores de conhecimento, sonhos e ideias.


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