segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Obstáculos ao Progresso - uma reflexão por Alexandre Cardia Machado

Obstáculos ao progresso – uma reflexão

Confesso que me surpriendi pela semelhança de conteúdo, entre o texto que iremos reproduzir aqui abaixo, com o editorial escrito por mim na mês passado, hoje revendo jornais antigos me deparei com esta pérola editorial de Jaci Régis. Por acaso ou não, coincide com um momento de grandes quedas de políticos. O texto “ Obstáculos ao Progresso” é de setembro de 2009, publicado neste jornal.
“ Allan Kardec Perguntou:

781 – Tem o homem o poder de paralisar a marcha do progresso?
- Não, mas tem, às vezes, o de embaraçá-la.
O tema sugere pensar no progresso como necessidade ampla da sociedade e da pessoa.
Não apenas o progresso científico, econômico, mas o moral, do pensamento, da cultura.
No campo da moral, pública e particular, além do respeito às leis, sobretudo no respeito recíproco é a base real para que a pessoa cresça como ser e que se crie um ambiente social minimamente saudável.
As recentes e atuais controvérsias sobre o comportamento dos senadores da República, que têm motivado a repulsa e o escárnio da maioria da população.

Vemos homens públicos submetidos a constante investigação de sua propriedade, da sua moral.
Senadores de vários partidos, da situação e da oposição, foram flagrados em ilícitos fiscais e nepotismo, banalizando a serenidade do mandato de representantes de seus Estados.
Homens que envelhecem como protótipos de imoralidade, de uso indevido e criminoso dos bens públicos. Traçando um caminho tortuoso e irônico sobre a moralidade, sobre a capacidade do ser humano em se manter honesto.

A política é um exercício de cidadânia imprescindível para o beméstar social;
Esses homens, com comportamentos iníquos são pedras colocadas no caminho do progresso da sociedade, motivando os que tendem à fraude a buscar um lugar nesse sol sem calor que é a corrupção. E desanimando os que crêem na serenidade, no equilíbrio e na honestidade.
O inquietante é que são homens de fé. Vemo-los em missas e espetáculos religiosos empunhando o terço, ou seja, ajoelhando numa expressão externa de fé, que todavia não são paradigmas do comportamento diário. Alguns são sacerdotes de suas crenças.

Esse comportamento é um obstáculo ao progresso moral, à saúde social.
Claro que a sociedade tem meios de alijá-los do poder. Basta não votar neles. Expulsa-los pelo voto consciente.

Esse é o instrumento básico de democracia e deve ser usado positivamente pelo cidadão.
Em seu ensaio “ As Aristocracias”, allan Kardec projeta a utopia pe uma elite “intecto-moral”.
Porque, na visão dele “ A inteligência nem sempre constutui penhor de moralidade e o homem mais inteligente pode fazer péssimo uso de suas faculdades”.  O que aplica integralmente à maioria dos senadores e, por consequência, a certos políticos, cuja inteligência é notória, mas moralmente deficitária”.


Desde 2009 para cá algumas coisas mudaram e vários políticos foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal e, pleno gozo de seu mandato. Demonstrando que o voto além do voto a pressão do cidadão de alguma forma fez com que  a Justiça atuasse como deveria ser, protegendo a Constituição e o conjunto de normas legais que orientam a atuação de todos os cidadãos.

NR: Texto publicado no jornal Abertura de Maio de 2016.

Um comentário:

  1. Antônio, estas enviando algum email ao ickardecista1@terra.com.br? Estamos de férias até Fevereiro. Mas sempre ohamos os emails.

    Alexandre Machado

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