terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Um ano difícil que passa e a esperança no futuro - por Alexandre Cardia Machado

Um ano difícil que passa e a esperança no futuro

2017 foi um ano de transição no Brasil. Passado o processo traumático do Impeachment da Presidente da República em 2016, as rachaduras ficaram evidentes: a onda de notícias desagradáveis dos bastidores do poder em quase todos os níveis não pararam de chegar, a cada mês um novo escândalo.

Tratamos aqui, na página 4 de escravidão rural, ou algo assemelhado a isto.  Uma vergonha que estejamos no século 21 tratando de um assunto que deveria ter morrido no século 19.

O que pensar de 2018? Ainda que no momento o quadro de aspirantes à sucessão de Temer não esteja definido, há que se pensar que virão renovações e assim podemos entrar o ano com um novo ânimo.
Mas não só de más notícias vivemos em 2017. Realizamos o 15° Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita, que vem sendo realizado sem interrupção e com sucesso por 28 anos. Novos trabalhos foram apresentados que estaremos discutindo neste jornal durante o ano de 2018.

Na página 2, uma nova coluna, temporariamente, será criada: “ Ressonâncias do 15° SBPE para a Construção do Espiritismo que Queremos”, discutiremos os trabalhos apresentados e ao mesmo tempo disponibilizaremos os textos originais no blog do ICKS. Acompanhem.

Esta edição, como não poderia deixar de ser, tráz 2 artigos discutindo o Espiritismo e a Política, vale a leitura. O espiritismo, por seu caráter abrangente e ético tem muito a contribuir para o pensar político, ainda que não tenha caráter partidário.

Fernando Pessoa, no prólogo de uma obra escreve esta frase: Navegar é preciso, viver não é preciso , nas suas palavras:

“Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: navegar é preciso, viver não é preciso. Quero para mim o espírito d’esta frase, transformada a forma para a casar com o que eu sou: viver não é necessário; o que é necessário é criar. Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo. Só quero torná-la de toda a humanidade; ainda que para isso tenha de a perder como minha”. Fernando Pessoa.

O que é necessário é criar – eis aí um caminho certo a percorrer, buscar formas de unir a nação e os espíritas na busca de um bem estar maior para o nosso povo. Na coluna abaixo – “Gente que Faz”, Roberto Rufo nos tráz o caminho tomado por Jacques Conchon, o problema do suicídio estava ali, todos viam , mas ele criou algo e tem ajudado muitos a escapar deste ato desesperado.

Já que estamos navegando num universo poético, vamos recorrer a Chico Buarque de Holanda, “ desesperar jamais, já vivemos muito neste anos, afinal de contas não tem cabimento, entregar o jogo no primeiro tempo ... “.


A vida é assim mesmo, o progresso não se dá sem sustos, retrocessos, avanços e recuos, a vida é mesmo assim. Penso que isto tem um algo de beleza, há quem não concorde, mas a vida é bonita, mesmo sendo feia.

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