quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Livro Comportamento Espírita - por Roberto Rufo


Comportamento Espírita

"No dia 18 de Abril de 1857 uma nova luz surgiu nos horizontes mentais do mundo "( Herculano Pires )

Livro Comportamento Espírita - peça pelo ickardecista1@terra.com.br

 Em seu pequeno mas ótimo livro " Comportamento Espírita " Jaci Regis na Introdução  indaga : "o comportamento espírita é naturalmente diferente ou deve esforçar-se para ser "?  É bom repetir, como faz o autor no capítuo I, que o comportamento é a expressão da individualidade, exteriorizada em atos, palavras, gestos, ações e interiorizada em pensamentos, ideias, desejos, constituindo o que se chama de personalidade. Diz o autor ser o momento do homem assumir sua natureza espiritual e desenvolver no plano da vida terrena, novas formas de relacionamento e revolucionar seu projeto de vida.

Isto posto me volto para um instigante artigo do psiquiatra Daniel Martins de Barros intitulado " É fácil ser norueguês na Noruega". Ele relata o caso ocorrido no final de 2017, início de 2018, quando foi descoberto que uma mineradora atuando no Pará vinha burlando a lei e despejando conteúdo tóxico nos rios da região. A mineradora norueguesa atende pelo nome de Hydro, cujo controlador e maior acionista é o governo da Noruega.

O pensamento do articulista é intrigante: " deve ser difícil manter-se norueguês no Brasil ". Porque será? Diz o psicanalista que essa dificuldade é que antes de sermos cidadãos desse ou daquele país, somos seres humanos movidos a interesses. Estamos todos em busca da vantagem.  E porque não agiriam assim na Noruega?  Simples explica o psiquiatra Daniel de Barros, não é a natureza humana que muda de país para  país, mas o grau de freio que nos impomos.
Ele compara com a história de Ulisses, do livro Odisseia de Homero, que se amarrou no mastro do navio porque sabia que sendo humano não resistiria ao canto das sereias. Conclui o psiquiatra que países onde se diz existir um alto grau de conscientização, é porque se chegou a um ponto de que o ato de cooperação é mútuo, sendo então uma atitude mais racional cooperar. No entanto, segundo ele,  é óbvio que a sanção moral se faz muito mais presente, sançao esta que faz um brasileiro malandro respeitar a fila quando entra nos EUA por exemplo.
 Ao contrário,  espera-se do espírita, que o seu comportamento seja universal, pelo seu processo de reconstrução moral. Jaci Régis diz que a saída que o Espiritismo pode oferecer é a sua visão do homem e do objetivo da vida. Todos os instrumentos  dourtinários, complementa o autor, tendem para esse esclarecimento, essa compreensão, porque é a única que realmente importa.

 No último capítulo do livro " Comportamento Espírita " de nome " Fazer a hora " Jaci nos remete à figura de Zaqueu, o publicano, que ansiava entrar em contato com Jesus. Ao dizer a Zaqueu, após ser convidado a entrar em sua residência, " hoje a salvação entrou nesta casa ", queria dizer que Zaqueu começou a entrar no comando do seu destino, discernindo fatores, estabelecendo prioridades e sobretudo agindo.
Percebo que ao atingirmos esse grau de comprometimento requerido pela doutrina espírita, de acordo com a nossa vontade, disposição e trabalho, agiremos universalmente em quaisquer lugares do planeta. Nosso comportamento ficará imune a tantos cantos de sereia ainda existentes nos dias de hoje, sem precisar que nos amarremos no mastro da insegurança.


     Roberto Rufo  


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