tag:blogger.com,1999:blog-8190435979242028935.post3392454781550807275..comments2023-09-20T15:13:11.736-03:00Comments on Instituto Cultural Kardecista de Santos: Opinião em Tópicos: Justiça não é vingança - Milton Medran MoreiraInstituto Cultural Kardecista de Santoshttp://www.blogger.com/profile/07793270764233394011noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-8190435979242028935.post-79595631143545085792013-06-13T20:35:25.833-03:002013-06-13T20:35:25.833-03:00E você leitor do ABERTURA e seguidor de nosso blog...E você leitor do ABERTURA e seguidor de nosso blog, qual a sua opinião?<br /><br />Moderador do Blog.Instituto Cultural Kardecista de Santoshttps://www.blogger.com/profile/07793270764233394011noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8190435979242028935.post-75743365860722038042013-06-13T20:34:28.625-03:002013-06-13T20:34:28.625-03:00Este jovem hoje é engenheiro, já comprou um aparta...Este jovem hoje é engenheiro, já comprou um apartamento, um carro, estimula com sua história outros jovens a estudar e se qualificar para o mercado de trabalho, ajuda os que tem dificuldades com reforço escolar, mas é seguro quando afirma que “sem uma oportunidade, nada disso teria acontecido e o carinho das pessoas me fez mudar o que eu sentia, mas não sabia” ( pronto! Fora da caridade realmente não há salvação).<br /> <br />Este rapaz acabou se tornando o case de sucesso da minha avaliação. Eu escutei muitas histórias, e meu senso crítico e olhar, começaram, assim como este rapaz, a mudar. <br /> <br />Eu achava até então, que entendia o suficiente sobre causa e efeito, mas foram necessários muitos depoimentos de jovens e familiares para que eu realmente chegasse a conclusão que não é só a criminalidade uma doença da alma. É preciso se aprofundar na causa, ir fundo mesmo, para entender o efeito. O pré conceito ainda é o impeditivo que acaba estimulando a continuidade da criminalidade. A gente sabe que o menor com uma arma na mão existe, mas não quer chegar perto para entender o porquê daquilo. Nem quando tiram a arma das mãos dele. De nada adianta diminuir a maioridade penal para 16 ou 14 anos. Essa atitude vai transferir para os de 12 e 13 o que os mais velhos fazem hoje.<br /> <br />Há a necessidade de alteração nas leis, no sentido de punir quem leva este adolescente a cometer o crime. Não existem políticas públicas claras e quem acaba cuidando do assunto é a sociedade. O Estado transfere para nós o que seria papel dele.<br /> <br />E uma vez transferido, podemos escolher se viramos reféns ou mudamos nosso comportamento. <br /> <br />A oportunidade bem conduzida e administrada pode sim mudar a realidade de uma pessoa, de uma família, de um bairro, cidade ou País. <br /> <br />Terminei meu projeto com um relatório contendo pouco mais de 180 páginas e saí dele me sentindo do avesso emocionalmente (e vejam, eu estou acostumada a escutar muito já que sou Ouvidora).<br /> <br />No final, esses jovens reconhecem o que conhecem, e é preciso contribuir para que eles desenvolvam capacidade reflexiva (hoje encontra-se adormecida somente) e possam despertar o senso moral. Acho que o caminho é esse...<br /> <br /> Fica aqui meu abraço a todos do jornal Abertura e meu carinho pela família Régis.<br /> <br />Beatriz de Domênico<br />Instituto Cultural Kardecista de Santoshttps://www.blogger.com/profile/07793270764233394011noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8190435979242028935.post-19030188462942884082013-06-13T20:33:01.583-03:002013-06-13T20:33:01.583-03:00Hoje, ao ler a matéria do Milton Medran no Abertur...Hoje, ao ler a matéria do Milton Medran no Abertura, sentei e escrevi sobre o tema que ele aborda e divido com vocês a minha experiência sobre o assunto. <br /> <br />Ano passado gerenciei a avaliação de um projeto social do Governo Federal junto a uma empresa de economia mista, e hoje, ao ler a matéria do Milton Medran que aborda o tema criminalidade não posso deixar de dar minha opinião sobre o assunto. Aqueles que me conhecem, sabem que nasci em família espirita e desde sempre participei de discussões sobre as controvertidas opiniões acerca de temas ligados a violência, causa e efeito e a tão citada frase utilizada “fora da caridade não há salvação”.<br /> <br />E não há mesmo! Em 2012, passei seis meses rodando o País, entrevistando jovens que participaram deste programa (jovens em situação de vulnerabilidade social e econômica, em alguns casos, essa vulnerabilidade era extrema) e afirmo que entrei para o projeto ignorante e saí dele graduada no que diz respeito a inversão de valores. <br /> <br />Vou resumir para que entendam a mudança do meu olhar com relação ao assunto, a história de um jovem, hoje com seus 20 e poucos anos, mas que entrou para o programa ainda menor de idade por insistência da mãe que já não sabia mais o que fazer para afastá-lo dos “amigos” que o levavam para o tão temido “mau caminho” das drogas, violência e do crime organizado.<br /> <br />Ao entrar para o programa, esse jovem conheceu uma realidade totalmente diferente à qual estava acostumado a ver diariamente. Ele tinha que acordar cedinho para ir à escola, da escola ia direto para o SENAI onde passava o resto do dia num curso de qualificação. Chegava em casa cansado e ainda tinha deveres para fazer e entregar no dia seguinte. Esse processo durou um ano e em seguida, mais um ano aprendendo sobre o ambiente corporativo já que saía da escola e ia direto para a empresa (para que entendam, as empresas, a partir da lei 10.097 tem que cumprir uma cota de jovens aprendizes) colocar em prática o que tinha aprendido no curso de qualificação. Ia trabalhar. Chegava em casa exausto e ainda tinha que fazer seu relatório para entregar no dia seguinte.<br /> <br />Durante o programa, este jovem recebeu salário, uniforme e benefícios, começou a entender a importância do trabalho, a responsabilidade com o dinheiro, mas segundo ele, o maior benefício foi a oportunidade de descobrir que a mudança comportamental transformou ele em exemplo na comunidade onde morava e a atitude de muitos “amigos” também mudou. Quando questionado sobre as dificuldades, a maior delas, segundo ele, foi deixar de ganhar um dinheiro que vinha de forma fácil com o tráfico e ter que escolher entre agir da forma certa ou perder a vida tão jovem sem a oportunidade de vivenciar algo diferente.<br /> <br />O conhecimento que ele adquiriu ajudou a mudar a sintonia, despertou nele o senso de responsabilidade, a vontade de crescer, e a influência dele acabou ajudando a diminuir a violência na comunidade e na escola. Os primos que antes ficavam na rua, passaram a frequentar a escola na esperança de também participar de um programa e mudar suas vidas. Os irmãos mais novos começaram a sentir orgulho e resolveram estudar. Alguns amigos se afastaram, outros se aproximaram, e muitos hoje trabalham e abriram mão do "dinheiro fácil".<br /><br />Segue o comentário abaixo...<br /> <br /> <br />Beatriz de DomênicoInstituto Cultural Kardecista de Santoshttps://www.blogger.com/profile/07793270764233394011noreply@blogger.com