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segunda-feira, 10 de maio de 2021

Mediunidade de Cura - por Alexandre Cardia Machado

Mediunidade de Cura 

Neste ano de 2021 resolvi publicar uma série de artigos sobre este tema, vou adicionar todos neste mesmo link, assim que, se você gosta do assunto, salve este link.

Alexandre Cardia Machado

 

Allan Kardec trata do assunto especialmente no Livro dos Médiuns na questão 175 / 176 – Médiuns curadores, de onde destacamos:

“Diremos apenas que este gênero de mediunidade consiste, principalmente, no dom que possuem certas pessoas de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer medicação. Dir-se-á, sem dúvida, que isso mais não é do que magnetismo. Evidentemente o fluido magnético desempenha aí importante papel, porém quem examina cuidadosamente o fenômeno sem dificuldade reconhece que há mais alguma coisa”.

“Todos os magnetizadores são mais ou menos aptos a curar, desde que saibam conduzir-se convenientemente, ao passo que nos médiuns curadores a faculdade é espontânea e alguns até a possuem sem jamais terem ouvido falar de magnetismo”.

“5ª Há pessoas que verdadeiramente possuem o dom de curar pelo simples contato, sem emprego dos passes magnéticos? – certamente; não tens disso múltiplos exemplos?”

“6ª Nesse caso, há também ação magnética, ou apenas influência dos Espíritos? – Uma e outra

Coisa. Essas pessoas são verdadeiros médiuns, pois que atuam sob a influência dos Espíritos; isso, porém, não quer dizer que sejam quais médiuns escreventes, conforme o entende”.

No ano de 1991, fazíamos parte do GPCEB – Grupo de Pesquisas Científicas Ernesto Bozzano, formado por cinco jovens oriundos da MEEV – Mocidade Espírita Estudantes da Verdade do Centro Espírita Allan Kardec (CEAK) de Santos e fomos procurados pelo médium de curas que reside em Santos – Bernardino Pereira Via Júnior, então com 24 anos. Ele veio ao CEAK indicado pelo médium Chico Xavier, que lhe dissera, procure o CEAK, por que lá eles estudam os fenômenos espíritas.

O Médium nos procurou para que fizéssemos uma investigação dos fenômenos que ele vinha desenvolvendo em seu Centro Espírita.

Nosso grupo era formado na época por: Ademar Arthur Chioro dos Reis, Alexandre Cardia Machado, Marcelo Coimbra Régis, Reinaldo di Lucia e Vladmir Grijó. Depois Gisela Régis Henrique se juntou ao grupo. Fizemos uma reunião com o médium Bernardino num domingo pela manhã no CEAK e resolvemos investigar os trabalhos por ele desenvolvidos.

Desta primeira experiência surgiu um trabalho que foi apresentado no III SBPE – Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita em 1993, assim denominado: Caso Friermann: Pesquisa de um caso que sugere cura espiritual através de médium.

O caso Friermann:

Este estudo nos abrigou a trabalhar em quatro campos ao mesmo tempo:

1.       Pesquisa de campo;

2.       Pesquisa biográfica de outros médium curadores;

3.       Seleção de pacientes que seriam utilizados para avaliar a eficácia do diagnóstico;

4.       Investigação Espiritual – utilizando o Espírito chamado Dr. Porchat, médico que trabalha há mais de 50 anos no CEAK.

Para que isto fosse possível desenvolvemos um projeto de pesquisa, nesta época nosso companheiro de GPCEB, Ademar Arthur acabava seu mestrado e desenvolveu o projeto de pesquisa de campo, de nossas leituras identificamos um estudo realizado com o médium José Arigó que poderíamos reproduzir, mas desta vez com muito mais controle.

Desta forma decidimos avaliar a capacidade do conjugado Médium/ espírito diagnosticar os pacientes, sem que nenhum deles pudessem conversar, assim o processo era o seguinte:

1.       Dr. Ademar selecionava os pacientes que concordassem em passar pelo tratamento médico espiritual;

2.       Dr. Ademar fazia anamnese, conferia os registros médicos e passava ao grupo de campo, o nome da pessoa – ninguém do grupo de campo sabia nada sobre o diagnóstico e acompanhávamos o paciente na primeira vez que eles se apresentavam para tratamento.

3.       Gravávamos tudo que o médium dizia e preenchíamos a ficha correspondente ao paciente, o paciente neste primeiro contato não podia falar nada;

4.       Os pacientes poderiam ou não seguir com o tratamento, nosso objetivo era apenas detectar o percentual de acerto no diagnóstico, na primeira sessão o espírito observava o paciente e dava o diagnóstico em média em 3 minutos;

5.       Como o processo era de duplo cego, só calculamos o resultado dos acertos ao final do período de testes.

O estudo de comparação que nos utilizamos está descrito no livro: Arigó o cirurgião da faca enferrujada, editora nova época – Fuller, John G. A diferença entre os dois estudos é que a equipe americana, entrevistava as pessoas na fila, antes de serem tratadas, anotava a queixa e comparava com o diagnóstico do Espírito do dr. Fritz. Em nossa pesquisa, como já explicamos tratávamos com pacientes que passavam por consultório e o diagnóstico era muito mais preciso. Em ambos os casos os pacientes não podiam falar com o médium / espírito.

Uma vez feito este trabalho nos dedicamos ao desenvolvimento do processo de mediunidade de cura, apresentamos em 1995, em Porto Alegre, no IV SBPE um trabalho denominado: Estudo Metodológico da Mediunidade de Cura.

A sinopse de inscrição do trabalho foi a seguinte:

Durante o período em que o GPCEB elaborava a pesquisa de campo do médium e Espírito Bernardino / Friermann, tratamos de arguir um conjunto de médicos espirituais a respeito de uma série de questões relacionadas à mediunidade curadora e o seu processo.

Para a realização deste trabalho se fez necessário a realização de 12 sessões mediúnicas nas quais concorreram quatro médicos espirituais. São eles os Dr. Friermann, dr. Porchat, Dr. Ângelo e Dr. Sérgio.

Para tanto foi desenvolvido um questionário com 52 questões.

Ao longo do ano, na coluna Abrindo a Mente estaremos trazendo detalhes destas e outras pesquisa sobre este tema tão controverso, como a mediunidade de cura.

Abrindo a mente – Mediunidade de Cura – primeira parte

Estaremos em 2021 fazendo uma série de artigos cobrindo diversos aspectos da chamada mediunidade de cura, começaremos por onde sempre devemos nos basear, em Allan Kardec.

No ano de 1867, em várias edições da Revista Espírita, Allan Kardec mencionou, comentou e tratou da mediunidade curadora.

Na edição de outubro de 1867, assim se refere Kardec “Há mais de dois anos os espíritos nos haviam anunciado que a mediunidade curadora tomaria grandes desenvolvimentos, e se via um poderoso meio de propagação do Espiritismo. Até então não tinha havido senão curadores operando, por assim dizer, na intimidade e sem ruídos. Dissemos aos Espíritos que, a propagação fosse mais rápida, era preciso que eles fossem muito poderosos para que as curas tivessem repercussão no público. Isto acontecerá, foi a resposta, e haverá mais um”.

Na mesma edição, numa comunicação datada de 12 de março de 1867, o abade príncipe Hohenlohe, que foi médium curador quando encarnado, afirma, através de médium Desliens que mediunidade curadora “é chamada a desempenhar um grande papel no período atual da revelação”.

Médicos – Médiuns

No artigo sobre a condessa de Clérament, que possuía faculdade curadora, embora sem se dizer médium ou espírita, Kardec a chama, devido aos seus conhecimentos de plantas medicinais e de medicina, embora não fosse médica, de “médicos-médiuns, como também haveria os médiuns-médicos”.

Kardec expõe que, sendo a mediunidade curadora uma faculdade capaz de ser desenvolvida por pessoas de variadas posições, não haveria surpresa que entre os médiuns, muitos fossem também médiuns. Então, haveria uma ligação, pois, estes “à ciência adquirida, juntarão as faculdades mediúnicas especiais”.

“O Médium curador, deve usar sua mediunidade gratuitamente (...) deve achar os meios no trabalho ordinário, como o teria feito antes de conhecer a mediunidade”. Isso porque “a faculdade do médium curador nada lhe custou; não lhe exigiu estudo; nem trabalho; nem despesas; recebeu-a gratuitamente”. Por isso ele não deve dar “ao exercício de sua faculdade senão tempo que lhe pode consagrar materialmente. Se tira este tempo de seu repouso e se emprega em tornar-se útil aos seus semelhantes o que teria consagrado a distrações mundanas, é o verdadeiro devotamento e nisto só tem mais mérito. Os Espíritos não pedem mais e não exigem nenhum sacrifício desarrazoado. Não se poderia considerar devotamento e abnegação o abandono de seu trabalho para entregar-se a um trabalho penoso e mais lucrativo”.

Quanto aos médicos e no seu campo, os psicólogos clínicos, acrescentaríamos que, também sejam médiuns, Kardec vê a coisa diferente. São profissionais que possuem um gabarito científico. “ A medicina é uma das carreiras socias que se abraça para dela fazer uma profissão e a ciência médica só se adquire a título oneroso, por um trabalho assíduo, por vezes penoso;  o saber médico é, pois, uma conquista pessoal, o que não é o ocaso da mediunidade”, argumenta Kardec.

Finaliza Kardec; “ se, ao saber humano, os Espíritos juntam seu concurso pelo dom de uma aptidão mediúnica, é para o médico um meio a mais para se esclarecer, para agir mais segura e eficazmente, pelo que deve ser reconhecido, mas não deixa de se médico, é a sua profissão, que não deixa para ser médium”.

Kardec finaliza recomendando que o médico-médium não pode deixar de ser médico e tornar-se um médium profissional. E acrescenta “saberá conciliar seus interesses com os deveres de humanidade”.

Para abrir a sua mente: Leia a revista Espírita – ano de 1867.


Metodologia para provar as curas espirituais

Voltando ao ano de 1986 durante a realização do 7° Congresso Espírita Estadual da USE, o dr. Abrahão Rotberg, professor de Dermatologia e 2° vice-presidente da Associação Médica Espírita de São Paulo, apresentou trabalho sobre “Metodologia da Avaliação das Curas por Entidades Espirituais”.

Os conceitos apresentados pelo dr. Rotberg causaram repercussões negativas em muitos congressistas, que diante do rigor da metodologia proposta, chegaram até a perguntar, se ele era realmente espírita. Este congresso foi o estopim da separação do grupo de Espíritas laicos da USE.  O choque se deu pela abordagem e pela falta absoluta de qualquer rigor científico na análise dos fenômenos mediúnicos ocorridos nos Centros Espíritas e a facilidade com que a maioria se entrega, deslumbrada, a médiuns curadores que, vez por outra, surgem como portadores de cura de todas as doenças, fazendo operações, inclusive com instrumentos cirúrgicos.

O Jornal Espiritismo e Unificação, antecessor de nosso ABERTURA em outubro de 1986 publicou um resumo que disponibilizaremos no blog do ICKS para revisão de nossos leitores.

O trabalho escrito pelo dr. Rotberg era e segue sendo muito sério, calcado em princípios rígidos, que na verdade são os que, efetivamente podem levar a uma avaliação correta e segura se a cura é realmente proveniente de entidades espirituais. Neste artigo faz-se um resumo da proposição do dr. Rotberg.

Segundo o dr. Abrahão, a cura de doenças orgânicas e funcionais por ação de entidades espirituais é francamente admitida pelo Espiritismo kardequiano. Por isso, afirma que “o médico espírita admite, portanto, a possibilidade da intervenção do mundo espiritual nos mecanismos, ainda que apenas por coerência com a doutrina que abraçou”.

Entretanto, adverte que “transformar essa possibilidade em probabilidade ou certeza, é problema completamente diferente. “Será necessário, como em todas as outras ciências, instituir uma metodologia de trabalho que possa produzir provas satisfatórias desse tipo de atividade espiritual”.

Exigências metodológicas:

Exigência n°1 - O diagnóstico correto e documentado e fundamentado da doença que se pretende curar antes de iniciar o tratamento de cura espiritual.

Exigência n°2 - Exclusão de doenças espontaneamente involutivas, ou seja, doenças involutivas por mecanismos imunológicos, salvas algumas exceções por ele informadas.

Exigência n° 3 - Exclusão de doenças psicossomáticas e/ou influenciáveis por psicoterapia, para evitar que a cura não se dê pela fama do médium ou do local onde se realiza junto com psicoterapia.

Exigência n° 4 – ausência de terapêutica paralela, considerando claro que o objetivo é a prova da cura espiritual por via mediúnica, uma terapêutica paralela poderia ser a causadora da cura.

Exigência n° 5 – Exclusão da possível atividade curadora direta do próprio médium, ou seja, o médium pode ser capaz de animicamente ajudar pelo passe a cura do doente.

Exigência n° 6 – exigência de acompanhamento da evolução por médico especialista

Exigência n° 7 – exigência de ambiente reservado e calmo

Exigência n° 8 – exigência de documentação científica e comunicação ética

Em conclusão estas exigências podem ser excessivas e rigorosas, mas, haja visto o que é feito pela ANVISA no caso das vacinas de COVID-19, nada do que se pede aqui está em desacordo com a ciência, se quiséssemos determinar a validade ou efetividade de um tratamento espiritual de cura, todo este processo deveria ser seguido.

Para abrir mais a sua mente: veja o artigo completo no blog do ICKS - Metodologia para provar as curas espirituais – Dr. Abrahão Rotberghttps://www.blogger.com/blog/post/edit/8190435979242028935/7213755444912145183


Página 6 – Estudo metodológico da Mediunidade de Cura - IV – SBPE – Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita – Porto alegre -1993.

 

No artigo inicial desta série descrevemos a pesquisa realizada pelo GPCEB – Grupo de Pesquisas Científicas Ernesto Bozzano, formado por cinco jovens oriundos da MEEV – Mocidade Espírita Estudantes da Verdade do Centro Espírita Allan Kardec (CEAK) de Santos. Formado na época por: Ademar Arthur Chioro dos Reis, Alexandre Cardia Machado, Marcelo Coimbra Régis, Reinaldo di Lucia e Vladmir Grijó e Gisela Régis Henrique.

Leia o texto completo no link abaixo:

https://www.blogger.com/blog/post/edit/8190435979242028935/7494983987218963669


Desta primeira experiência surgiu um trabalho relatado em Janeiro e que foi apresentado no III SBPE – Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita em 1993, assim denominado: Caso Friermann: Pesquisa de um caso que sugere cura espiritual através de médium.

Durante o período em que o GPCEB elaborava a pesquisa de campo do médium e Espírito Bernardino / Friermann, tratamos de arguir um conjunto de médicos espirituais a respeito de uma série de questões relacionadas à mediunidade curadora e o seu processo.

Para a realização deste trabalho se fez necessário a realização de 12 sessões mediúnicas nas quais concorreram seis médicos espirituais. São eles os Dr. Friermann, dr. Porchat, Dr. Ângelo e Dr. Sérgio, dr.Ivon Mesquita e dr. João Neves.

Para tanto foi desenvolvido um questionário com 52 questões.

Ao longo deste ano digitalizaremos o trabalho e o disponibilizaremos no blog do ICKS.

O trabalho aborda a questão sob a ótica dos médicos desencarnados.

Destaques do trabalho:

Da Evocação dos espíritos:

Quando decidimos aprofundar a pesquisa tratamos de informar a equipe Espiritual do CEAK da necessidade de contarmos com um grupo de médicos Espirituais que nos possibilitassem ampliar o grupo pesquisado. Isto foi prontamente atendido, fato que deve ser destacado, porque, de uma forma geral a evocação direta, não tem sido bem sucedida, nas nossas reuniões de pesquisa.

Durante este período de pesquisa pudemos contar com várias reuniões onde tivemos 3 médiuns atuando ao mesmo tempo permitindo o debate entre as entidades e a equipe do GPCEB.

Marco Teórico Referencial:

Foram feitas 20 perguntas, com sub questões, totalizando 29 respostas.

Apresentaremos como ilustração apenas uma perguntas e resposta dada pelo Dr. Ângelo.

- Quais são as bases da cirurgia espiritual em termos conceituais?

Temos um material completamente diferente do que vocês usam. Mas usamos os instrumentos que são necessários, nosso campo é mais atuante no campo vibratório, nós conseguimos armazenar as vibrações dos amigos que estão neste grupo e vamos levar a estas criaturas (refere-se às pessoas que estão sendo tratadas) tudo aquilo que nós conseguimos, e durante a noite, muitas vezes o tratamento é demorado, não é imediato, não é um processo milagroso também, onde se toca e a ferida cessa, não. Muitas vezes temos o trabalho bem longo.

Continuaremos a descrever este trabalho nos próximas edições.

Para saber mais: Estudo metodológico da Mediunidade de Cura - IV – SBPE – Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita – Porto alegre -1993 a ser disponibilizado no blog do ICKS.

 Nota: Artigo originalmente publicado no Jornal Abertura de Santos.

Gostou? Você pode encontrar muito mais no Jornal Abertura – digital, totalmente gratuito.

Acesse: CEPA Internacional



quinta-feira, 20 de junho de 2019

Abrindo a Mente - Cuidado com o Novo Golpe Mediúnico - por Alexandre Cardia Machado


Abrindo a mente - Novo golpe mediúnico

Allan Kardec no Livro dos Médiuns já nos advertia em relação aos perigos da mediunidade e dos médiuns, a história está repleta de charlatães e não perderemos tempo aqui relembrando, mas sim tentando alertar os amigos leitores.

No Livro dos Médiuns encontramos referência ao Charlatanismo em 3 lugares: Primeira Parte, no Capítulo 4° - ... do Charlatanismo; na Segunda Parte, capítulos 27° e 28° , Das contradições e das mistificações e Do charlatanismo e do embuste. Além destes capítulos o mestre faz referência à palavra Charlatanismo 28 vezes nesta obra.

Por que Kardec faria tantas menções a isto? Porque os médiuns charlatães existem desde sempre e sendo a mediunidade algo sutil, muitos ardis podem ser usados para enganar as pessoas.
Fica o convite a todos que revisem os pontos assinalados. 

Destacaremos aqui:

“ Médiuns interesseiros 304. Como tudo pode tornar-se objeto de exploração, nada de surpreendente haveria em que também quisessem explorar os Espíritos. Resta saber como receberiam eles a coisa, dado que tal especulação viesse a ser tentada. Diremos desde logo que nada se prestaria melhor ao charlatanismo e à trapaça do que semelhante ofício. Muito mais numerosos do que os falsos sonâmbulos, que já se conhecem, seriam os falsos médiuns e este simples fato constituiria fundado motivo de desconfiança.”

“306. Médiuns interesseiros não são apenas os que porventura exijam uma retribuição fixa; o interesse nem sempre se traduz pela esperança de um ganho material, mas também pelas ambições de toda sorte, sobre as quais se fundem esperanças pessoais”

“308. A faculdade mediúnica, mesmo restrita às manifestações físicas, não foi dada ao homem para ostentá-la nos teatros de feira e quem quer que pretenda ter às suas ordens os Espíritos, para exibir em público, está no caso de ser, com justiça, suspeito de charlatanismo, ou de mais ou menos hábil prestidigitação. Assim se entenda todas as vezes que apareçam anúncios de pretendidas sessões de Espiritismo, ou de Espiritualismo, a tanto por cabeça. Lembrem-se todos do direito que compram ao entrar”

Não precisamos ir muito longe para sabermos de médiuns que correm o Brasil, fazendo palestras, recebendo cartas de Espíritos e vendendo livros com grande divulgação. O que há de ruím nisso? Tudo ou nada. Nada se forem honestos e tudo se forem charlatães.

Nos dias de hoje é muito fácil obter informações de uma pessoa que ficou viúva, que perdeu um filho ou de um marido que perdeu sua esposa, as informações estão nas redes sociais. Em eventos públicos como os que disse acima, nestas visitas em cidades, muitas vezes os grupos que as organizam de forma sincera, para receber algum médium famoso, criam grupos de WhatsApp, fazem propagandas pelo Fecebook. Logo, algumas pessoas comentam que gostariam de ir e receber uma carta de seu ente querido, dizem algo como: Vou sim, perdi meu filho e não me conformo, dizem o nome do filho, e está aberta a porta para o “medium charlatão” .

Pelo Facebook, alguém com algum conhecimento de informática, começa a pesquisar e vai montando um mosaico, com nome, apelido da pessoa que desencarnou, onde ela estudou, quem eram seus amigos que se manifestaram ou comentaram no face. Tudo isso e principalmente se a morte foi trágica, darão o pano de fundo para a montagem da farsa da carta espiritual em geral vaga, mas com alguns elementos de identificação. Isto está acontecendo é só dar um “google” para ver.

Concluindo: “Melhor é repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria errônea. Efetivamente, sobre essa teoria poderíeis edificar um sistema completo, que desmoronaria ao primeiro sopro da verdade, como um monumento edificado sobre areia movediça, ao passo que, se rejeitardes hoje algumas verdades, porque não vos são demonstradas clara e logicamente, mais tarde um fato brutal ou uma demonstração irrefutável virá afirmar-vos a sua autenticidade”. (Erasto, livro dos Médiuns capítulo XX)

Para abrir mais a sua mente: Leia e estude o Livro dos Médiuns.

Nota: Artigo originalmente publicado no Jornal Abertura de Santos.

Gostou? Você pode encontrar muito mais no Jornal Abertura – digital, totalmente gratuito.

Acesse: CEPA Internacional


terça-feira, 2 de junho de 2015

Gabinete psico mediúnico uma experiência de saúde emocional - por Alexandre Cardia Machado e Cláudia Régis Machado

Gabinete psico mediúnico uma experiência de saúde emocional:

Autores: Cláudia Régis Machado e Alexandre Cardia Machado


Agradecimentos:

Este trabalho não poderia ter sido feito sem o apoio incondicional da equipe física formada pelos amigos Zilda Maria de Souza Pereira, Mauricy Silva, Antônio Ventura, Pedro Molina, Elizabeth Molina, Yuri Souto Maior e Cláudio Lepage e naturalmente da equipe espiritual, formada por vários colaboradores anônimos e pelos Espíritos que se identificaram como Antero, Diana e Cuidadoso. Um agradecimento especial, em memória ao criador do Gabinete Psico - Mediúnico, Jaci Régis que pensou, implementou a ideia e coordenou o trabalho até o momento da sua desencarnação. Ele sempre repetia “que não havia nada tão importante como o servir e que o espírita deve ter como meta ajudar o próximo”.




1 - Objetivo do trabalho:

Este trabalho descreverá a atividade que está em desenvolvimento no Instituto Cultural Kardecista de Santos - ICKS, desde Setembro de 2009, onde utilizando o intercâmbio mediúnico, suporte psicológico a pessoas com problemas emocionais, noções rápidas de Espiritismo e emissão energética próxima uma equipe formada por sete colaboradores vem ajudando semanalmente muitas pessoas a superar dificuldades existências.

O trabalho descreverá a função desempenhada por cada colaborador, suas principais atribuições, descrevendo o trabalho executado pelos Espíritos e apresentando resultados obtidos. Visa sistematizar e servir como referência por outras casas espíritas. A técnica central é de uma terapêutica breve, relaxamento , apoiada por energias e suporte espirituais com o objetivo de dar um reforço moral, equilíbrio espiritual e anímico.

Verificou-se que as grandes maiorias dos que terminam o processo, geralmente de 10 sessões, ao receberem alta, saem muito mais confiante na sua própria capacidade de manterem-se em equilíbrio, com maiores possibilidades de bem viver.



2 - Bases para o trabalho

Jaci Régis[1], em seu trabalho sobre a Espiritossomática, assim se refere ao ser humano:

“O Ser espiritual integra-se naturalmente no corpo. Ele é, temporariamente, o corpo. Entra na vida corpórea como uma aventura existencial que lhe exigirá o emprego de todas as energias e capacidades para sair-se bem, ao final. O rendimento, a eficiência dessa aventura, como sabemos, varia ao infinito, para cada personagem humana.”

É para ajudar algumas pessoas que estão em dificuldades psico-espirituais, a encontrar um rumo mais seguro que este trabalho foi idealizado.

Segundo Jaci, neste mesmo artigo, “referindo-se aos problemas afetivos definidos no campo da patologia psicológica, entendemos que o homem pode refazer seu caminho, descobrir suas potencialidades e desobstruir os canais de sua energia afetiva. Daí a necessidade de uma terapia espiritossomática, que atue no corpo e no Espírito. O encontro da espiritualidade, passa pela valorização do corporal, em que ela se insere. Quando entendemos o homem nessa globalidade, trabalhamos no presente, que é o único momento real da vida do Espírito. O passado é o presente que passou, o futuro é o presente que virá. O amanhã só se concretiza quando se torna hoje”.

            “Coube aos conceitos Kardequianos, deslocar para o espírito o centro da personalidade, até então, fixada nas células cerebrais orgânicas. Permitiu uma invasão maior e definitiva no campo da espiritualidade, dando condições de pesquisas mais profundas, mais coerentes e mais reais relativas ao estudo do homem em sua total integridade como matéria, energia e espírito atuante.”[2]

A organização do trabalho foi feita com o objetivo de aproveitar uma série de técnicas que são usadas em Centros Espíritas (CE) e em “grupos de aconselhamento psicológico”, a inclusão de sessões de emissão energética (passe), baseia-se na convicção da efetividade desta técnica para a reposição de energia dos pacientes, conforme destacado por Ivan Dutra[3] em 1991 – referindo-se a população de frequentadores das sessões de passe” verificou-se que a grande maioria dos entrevistados relata que a aplicação do passe, traz sensações positivas como: aumento de bem-estar, aumento de energia, efeitos psicológicos de alívio, calma e serenidade (60%). Estes resultados estão de acordo com o que Ney Prieto Peres (1986) afirma, quando diz que as pessoas que participam de trabalhos espirituais em sua maioria alcançam um bem-estar geral”.

Ainda segundo Dutra, Herculano Pires (1985) coloca a respeito dos efeitos psicológicos do passe, que o efeito direto das pessoas no ambiente com intensão de ajudar o paciente, desperta o sentimento de segurança e confiança em si próprio, “que quer dizer, a sensação após o passe pode ser resultado tanto da doação fluídica (energética), como do contato com outras pessoas (calor humano)”.

Herculano Pires[4] refere-se ao Centro Espírita considerado aqui como gênero, representando qualquer entidade espírita onde o mesmo acredita que, ter nas suas palavras “no desempenho da sua função, o CE é, sobretudo, um centro de serviços ao próximo, no plano propriamente humano e no plano espiritual. O ensino evangélico puro, as preces e os passes, o trabalho de doutrinação representa um esforço permanente de esclarecimento e orientação de espíritos sofredores e de suas vítimas humanas, que geralmente são comparsas necessitados da mesma assistência”.

O trabalho realizado no ICKS não é o tradicional “atendimento fraterno”[5][6] que ocorre em centros Espíritas, e sim um trabalho de tratamento metódico psico-mediúnico. Que embora também seja fraternal não tem como objetivo acolher pessoas que buscam o ICKS como um CE. Este trabalho é para ajudá-las a se recompor energética, espiritual e psicologicamente, por um tempo determinado. Ajudando-os a encontrar subsídios internos capazes de mantê-los firmes sem o nosso acompanhamento.



2.1 – Bases Espíritas do Gabinete Psico-Mediúnico:

As reuniões mediúnicas exigem um equilíbrio de energias e uma forte determinação mental de seus participantes, Ademar dos Reis[7], assim descreve a importância da preparação do ambiente: “A reunião mediúnica é uma conjugação de energias e reclama um equilíbrio emocional, sendo o preparo atribuição de ambas as partes envolvidas (encarnados e desencarnados). É preciso sensibilidade para o ritmo de cada reunião.”.

Assim, sempre antes de iniciarmos os trabalhos de mediunidade e de emissão energética procede-se a uma preparação, através da mentalização de todos os componentes encarnados na atividade que será realizada e a abertura mental para a doação da necessária energia àqueles que a necessitam.

Os emissores energéticos assistem à palestra sobre a Doutrina Kardecista e depois se dirigem à sala de passe, onde se juntam aos companheiros que participarão da reunião mediúnica (um médium e dois coordenadores). Neste momento iniciamos a mentalização através de uma prece simples seguida da necessária introspecção e elevação mental de toda a equipe. Nesta hora sempre é solicitado o apoio dos Espíritos da casa, para todas as atividades.

Uma vez feito isto, a equipe da reunião mediúnica se dirige para a sala correspondente enquanto a equipe de emissão energética segue em concentração até que se iniciem os trabalhos.

Estas descrições coincidem com as apresentadas por Marcelo Régis[8] com relação aos cuidados efetuados pela equipe espiritual no Centro Espírita Allan Kardec de Santos– por relatos dos Espíritos que se comunica em nossas reuniões, o grupo espiritual a que pertencemos chamado de Nossa Casa é o mesmo. Alguns espíritos fazem parte dos trabalhos no ICKS e no CEAK de Santos-SP.

O Livro Psicografado de autoria de Marina Fidélis[9] descreve o “CE é agência, escola de liberdade”.

Dentro do princípio definido na introdução ao trabalho esta é a maior motivação à realização do mesmo.




2.2 – Bases Psicológicas do Gabinete Psico-Mediúnico:


Aconselhamento:
Segundo Henriette Morato[10] o aconselhamento psicológico é a expressão mais direta e específica do que é o trabalho do psicólogo. De acordo com ela, o aconselhamento começou por volta dos anos 40, depois da guerra no sentido de poder ajudar os veteranos de guerra que estavam voltando.

E parece ter tomado corpo e expressão na década de 1950-1960. A partir de então o aconselhamento tem sido um método de assistência psicológica destinada a restaurar no indivíduo, suas condições de crescimento e de atualização, habilitando-o a perceber, sem distorções, a realidade que o cerca e a agir, nessa realidade, de forma a alcançar ampla satisfação pessoal e social.

A ajuda envolve a pessoa a refletir para dar sentido a sua existência e assumir suas situações de vida. Focam-se no processo de aconselhamento, conversas com temas emocionais e vivenciais.

Aconselhar não é dar conselhos, ou prescrever condutas que deveriam ser seguidas. Pelo contrário, trata-se de ajudar o sujeito a compreender-se a si próprio e à situação em que se encontra e ajudá-lo a melhorar a sua capacidade de tomar decisões que lhe sejam benéficas. O aconselhamento está centrado na resolução de problemas do sujeito, focalizado no presente, com uma duração mais curta, orientado para a reflexão e ação. Tentado ajudar o cliente a sair da dificuldade e se prevenir, se cuidar para que permaneça assim.

O aconselhamento não trabalha para mudanças de personalidade nem para conflitos inconscientes. Reforça e gratifica as conquistas que o cliente vai efetuando.
Segundo Scheefer[11] pode-se falar em aconselhamento como ação educativa preventiva, de apoio, situacional voltada para solução de problemas.

Para o aconselhamento não há fórmulas, nem metodologia estruturada, mas existem atitudes terapêuticas que o caracterizam e devem ser seguidas:

1. Não ser diretivo - facilita que a mensagem seja assimilada, reduz as tensões, pois não há julgamentos e acima tudo ajuda o cliente a perceber a si mesmo e o meio que vive com objetivo, se necessário, de alterar sua percepção.
2. Ser congruente – “Rogers[12] fala que os terapeutas melhor sucedidos no lidar com os clientes são reais e exibem autenticidade”.
3. Expressar atitudes positivas de aceitação e de calor humano para com o cliente. O conselheiro preza o cliente, não aprova, nem reprova. É o sentimento positivo sem reservas e julgamentos. O terapeuta vê o cliente como um ser com potencial.
4. Ter compreensão empática - o conselheiro deve compreender o cliente, ter senso do mundo interno e das significações pessoais do cliente como se fosse ele próprio, seu próprio mundo, porém mantendo a neutralidade. Esta condição é, segundo May[13]  a chave para o processo de aconselhamento, pois é através dela que todos os conselheiros atingem as pessoas.
5.Fazer um acolhimento adequado e proporcionar ao cliente um ambiente aconchegante. Estabelecer uma relação de confiança e ser facilitador para que as exposições dos temas auxilie o cliente na resolução de seus problemas e tomada de decisões. 
6. Ter uma comunicação competente com clareza da linguagem empregada. O objetivo maior do aconselhamento é conseguir que o cliente torne-se ele mesmo seu agente transformador e possa ecolher medidas para melhor satisfaçãopromovendo seu bem estar. É promover o bem estar psicológico e a autonomia pessoal no confronto com as dificuldades e com os problemas.

 Problemas mais comuns que o aconselhamento atende:

Depressão/Luto.
Ansiedade/Stress.
Dificuldades Relacionais.
Situações causadoras de Mal-Estar Físico e/ou Psicológico.

Muitas pessoas não conseguem passar por situações de crise sozinhas e necessitam de apoio de amigos e familiares.

No trabalho do gabinete psico-mediúnico os clientes são selecionados após a entrevista. Selecionamos pessoas que não apresentem  problemas psicológicos graves, mas que estão vivendo um momento difícil, e que precisam de ajuda para gerir todos os fatores intervenientes em questão.  Muitos se mostram desestabilizados no enfrentamento dos momentos difíceis por demonstrarem de personalidades fracas e problemáticas que acabam por aflorar em desequilíbrio mental-emocional, sendo que outros mostram desanimo e falta de coragem, apesar de terem personalidades estruturadas.

Estruturamos o nosso trabalho para atender este tipo de problemática e como não temos a pretensão de fazer terapia em grupo adequamos o nosso atendimento como aconselhamento, mas não de forma clássica. Mas com modificações e adaptações que ajudassem as pessoas que nos procuram. Para isso acolhemos as pessoas identificando a sua demanda e esclarecemos sobre o trabalho que desenvolvemos para evitar fantasias e mitos, pois uma orientação neste tipo de trabalho é compreendido de forma mágica e mística.  Mágica acreditando que os espíritos resolveram os problemas, de alguma forma diferente e mística porque a orientação é dada por alguém do além, do plano extrafísico.

 Os pacientes logo no inicio percebem que a situação não é esta, mas que consiste na mudança da situação que se encontra, com trabalho constante, persistência. Trabalhamos com aqui e agora fazendo-os compreender o que ocorre com eles, bem como a importância de buscar o crescimento emocional, psíquico e moral, enfim desenvolvimento global.

Adotamos o aconselhamento como técnica terapêutica visando oferecer perspectiva de vida onde cada um sinta responsável pela sua própria vida, co-responsável pela sua qualidade de vida, por suas escolhas e por sua liberdade. Valorizando a vida e cada momento, mesmo na dor e no sofrimento e acreditando na sua própria capacidade.


3- Descrição do trabalho:

Descreveremos o trabalho desenvolvido considerando a seguinte estrutura:

Componentes e funções dos membros encarnados do ICKS:
Componentes e funções dos membros oriundos do plano Extrafísico

3.1 - Componentes e funções dos membros encarnados do ICKS:

3.1.1 - Dinâmica dos trabalhos e duração dos tratamentos:

O trabalho foi dimensionado para funcionar em 10 semanas sendo que as atividades transcorrem da seguinte maneira, no primeiro dia, o paciente chega entre 19h00min e 19h30min para anamnese – conforme o tipo de problema apresentado o paciente é aceito para o tratamento, já se integrando aos trabalhos no mesmo dia.

3.1.2 - Palestra Espírita:

A partir de meados de 2010 foi implantada uma palestra espírita básica, englobando os princípios básicos e leis morais, normalmente apresentadas pelo Sr. Mauricy Silva – tem duração de 20 minutos, no máximo. Os emissores energéticos assistem à palestra para preparação e foco de pensamento.

Durante o período da palestra um dos colaboradores, Sr. Mauricy faz a chamada das pessoas que vão falar com o espírito no Gabinete Mediúnico e das pessoas que vão para a sala de emissão energética.


3.1.3 Indução a renovação do pensamento, relaxamento e respiração.

Utilizamos para início da sessão um relaxamento físico e mental conquistado através do controle da respiração e da indução sugestiva propiciando uma maior abertura mental aos pacientes. Lembrando que a reunião inicia com uma pequena explanação sobre os princípios Kardecistas. Elegemos iniciar desta maneira porque somos uma instituição espírita e recebemos pessoas de todos os credos e para mostrar quais são os fundamentos filosóficos do nosso trabalho.

3.1.4- Aconselhamento:

Seguindo à palestra espírita, a psicóloga Cláudia Régis Machado inicia uma preleção de aproximadamente 1 hora, com assuntos psicológicos variados, os quais relatarão num tópico aparte.
Técnica aplicada –
Utilizamos a exposição de temas psicológicos como ferramenta terapêutica que tem como objetivo fazer com que os pacientes se identifiquem com o tema da explanação e venham a refletir. São motivados para que esta reflexão ocorra e em alguns momentos expressem suas dúvidas e questionamentos.
Não é uma terapia de grupo, mas como colocamos antes um aconselhamento que leve a reflexão e posteriormente a ação para mudanças necessárias. Mantemos um enfoque no aqui e agora. Estimulamos que a decisão de mudança e as conquistas sejam buscadas com muito trabalho, persistência, cuidado e que cada um possa confiar e descobrir suas próprias potencialidades porque cada paciente é responsável por sua vida e sobre as suas escolhas. A palestra busca incentivar os pacientes a assumir novas atitudes e riscos.  Quando necessário orientamos na busca de apoio terapêutico profissional por que há muitas pessoas despreparadas, mostrando pouco conhecimento e percepção de si mesmo. Outros um pouco mais desestabilizados ou com estrutural emocional muito fragilizada que necessita de medicação para se equilibrarem orgânica e psiquicamente.

Fora a exposição, estabelecemos um ambiente terapêutico e tenha o seu papel importante Irvin Yalon no seu livro Cura de schopernhaguer diz que é sempre difícil descrever qual é o “ingrediente realmente importante” para a melhora dos pacientes, mas que existe na criação dos grupos um “ambiente curativo”. Compartilho dessa ideia não no papel de cura, pois não há tempo hábil nem é o nosso objetivo, mas temos a consciência que no trabalho que desenvolvemos criamos este ambiente vibracional, auxiliado pela espiritualidade onde é possível “mergulhar nas águas curativas” conforme Irvin assim se refere.

O ambiente criado pela espiritualidade, pelos participantes da equipe do gabinete, e o desenvolvimento dos temas psicológicos tem grandes propriedades regenerativas do estado mental de cada um dos pacientes.
Tópicos que são abordados:

Tratamos de assuntos como autoestima, busca de força interior, qualidade dos pensamentos e das ações. Orientação sobre a importância da vida e do viver. Valores que norteiam a vida, importância de estar aberto e disponível para mudanças quanto necessários. Autoconfiança.Busca da espiritualidade. Objetivos, propósitos e projeto de vida, mudança de hábitos, paciência.

Estimular a reflexão, olhar para si mesmo e as mudanças de atitudes perante a vida, mudança de comportamento.

Catalisar as energias psíquicas e espirituais no redirecionamento da vida.


3.1.4 - Sala de Emissão Energética - passe:

Trabalham nesta atividade quatro colaboradores, Sra. Elizabeth Molina, Sr. Antônio Ventura, Sr Yuri Souto Maior e Sr. Carlos Lepage.

A emissão energética pode ser individual ou em conjunto, conforme a melhor opção dependendo do número de pacientes no dia, de forma a reduzir ao máximo possível à interferência na palestra de aconselhamento.


3.1.5 - Gabinete Mediúnico;

Dispomos de uma médium psicofônica – Zilda Maria de Souza Pereira.
Dois coordenadores – Sr. Pedro Molina e o Sr. Alexandre Machado

Os pacientes conversam com o espírito na 1ª vez que vem a casa, na 5ª vez e na 10ª vez - onde é reavaliada a condição do paciente e a sua alta pode ou não ser dada, dependendo de mútuo acordo, neste período tivemos cerca apenas cinco casos onde o tratamento foi estendido para 15 sessões.


3.2 - Componentes e funções dos membros oriundos do plano Extrafísico

Espíritos que participaram desta descrição: Diana, Cuidadoso.

3.2.1 - Recepção- entrevista e anamnese:

São dois espíritos de guarda, em caso de necessidade pedem ajuda a outros companheiros que vem rapidamente para acudir e que não participam normalmente da reunião.

Na atividade de anamnese, comparecem amigos espirituais dos entrevistados acompanhados de um Espírito de guarda da casa para proteção espiritual.


3.2.2 - Sala de palestra e Aconselhamento:

Existem vários espíritos nesta sala, um amigo espiritual da Psicóloga e Espíritos que fazem trabalho semelhante ao dela no plano espiritual – eles trazem espíritos para serem tratados na sala. Com o objetivo de tomar consciência de si mesmo, distinguir o estado em que se encontram, ou mesmo apenas para efeitos motivacionais.


3.2.3 - Sala de emissão energética - passe:

Existe um Espírito coordenador da sala.


3.2.4 - Gabinete Mediúnico:

Espírito de consulta mediúnica que vem trabalhando conosco desde 2009:

Espírito Antero – comunicava-se pelo médium Jaci Régis desde 2009: declarou-se amigo espiritual de Jaci, dava suporte físico e espiritual para que ele pudesse levar até o fim das suas possibilidades o trabalho a que ele se propôs. Nas últimas semanas de 2010, com os problemas de saúde de Jaci Régis, ele desligou-se dos trabalhos, pois o Jaci precisou de muito apoio, o Espírito Antero esteve com ele até sua desencarnação e a nova médium Zilda não mais o recebeu, embora tenhamos relatos de sua presença nas reuniões.

Espírito Diana – comunica-se com a médium Zilda, substituiu o Espírito Antero a partir de Outubro de 2010, não participava antes deste trabalho, mas acolheu o pedido e veio trabalhar conosco. Diana nos relata que normalmente existem três espíritos na sala do Gabinete Mediúnico. Diana ficou sabendo do trabalho pelo grupo de amigos que vive junto a Santos, ela não é daqui, veio por afinidade com o trabalho – antes trabalhava em um hospital espiritual.

Espírito Cuidadoso – vem participando de algumas reuniões, desde 15 de agosto de 2011 – não está desde o início do trabalho, mas já está há algum tempo, não quer se identificar ainda, mas tem alternado com a Diana na consulta mediúnica.

Frequentemente recebemos visitas de Espíritos amigos, da comunidade espiritual do Centro Espírita Allan Kardec de Santos.


3.2.5 - Considerações dos Espíritos quanto aos pacientes:

Segundo o Espírito Diana, “os pacientes são pessoas muito solitárias, o trabalho é preparado antes, eles pensam muito antes de decidir por entrar na casa – existe uma atração, eles nos atraem quando estão no processo de escolha”.

Alguns Espíritos da casa tem conhecimento sobre o paciente, Diana propriamente não os conhece e nem faz acompanhamento deles, pois não quer ser influenciada ou influenciar o paciente ou médium. Reservando-se para o aconselhamento.

Pacientes com sinais de depressão – os amigos espirituais apoiam o médico deles, no período em que eles estão em tratamento conosco.

Paciente obsidiado – não é fácil para os Espíritos determinar que um paciente esta com um obsessor, segundo Diana “eles se escondem, mas tem uma determinada hora em que eles não aguentam mais o ambiente e se mostram. Nesta hora nossos Guardas quase que os anestesiam e retiram do ambiente, a maioria foge em seguida após passar o torpor, pois não aceitam facilmente à doutrinação”.

Considerações dos Espíritos quanto aos trabalhos de uma forma geral:

De acordo com o Espírito Diana “Nós seguíamos as orientações do Jaci até o seu afastamento da reunião, o trabalho planejado incialmente por ele era outro, os amigos foram se agregando ao trabalho à medida que ele dava as diretrizes. O Espírito Antero tinha uma afinidade muito grande com o Jaci”.

“A espiritualidade é parte coadjuvante, não se dispersem, tratem de fazer o trabalho com amor”.

De acordo com o Espírito Cuidadoso “os Espíritos que acompanham e participam do nosso trabalho não fazem seguimento dos pacientes (após o término do tratamento), só o fazem no período em que eles estão vinculados ao ICKS”.


4 - Estatísticas:

    1. Perfil do frequentador (idade, sexo, estado civil, número de filhos).
    2. Quadro psicológico (queixa principal)
    3. Percentual que conclui o tratamento


Levantamento do trabalho Psico-mediúnico

Pessoas atendidas  186,  Idade média= 44,16 anos.

Sexo: Feminino  131             Masculino 55

Filhos:   Sim 124,  Não 60

Terminaram o tratamento:

   Sim   70, Não   116
 

NR: os gráficos foram removidos por incompatibilidade com o Blog. 


5 - Resultados

Comentários baseados nas estatísticas:

Obtivemos um resultado positivo, considerado como tal pelo número de pessoas que terminam o tratamento na média de 37,6%, 

Não existe um processo de avaliação final dos pacientes embora recebamos feedback livre dos mesmos, a percepção é positiva entre aqueles que terminam os trabalhos.

39% das pessoas que nos procuram descobrem que o trabalho que realizamos não é o que buscam e abandonam o trabalho após o primeiro dia, não retornando. 23,4% desistem antes de chegar à segunda reunião mediúnica. Isto está de acordo com a referência bibliográfica onde Irvin[14] declara que, as pesquisas mostram que o tratamento não faz efeito para cerca de um terço dos pacientes. Conseguimos um pouco mais 37,6% o que mostra estarmos no caminho certo.
Às vezes a pessoa faz terapia e não é ajudada, precisa procurar outro tipo de ajuda. Nosso grupo tem consciência de que não poderemos ajudar a todos que nos procuram, porque talvez o tipo de trabalho que oferecemos não atinja a todos da mesma forma e se faça necessário à busca, por estes pacientes, de outras formas de terapia.
O trabalho embora sendo desenvolvido com a ajuda de uma psicóloga não se faz necessário que a pessoa que exerça este mesmo papel tenha a formação em psicologia, mas os preceitos colocados no item 2.2 devam ser mantidos para que o trabalho seja eficaz.

6- Conclusão

            A terapêutica aplicada apresenta um resultado positivo, de conclusão de tratamento e alta de cerca de 35% das pessoas que nos buscam.

            Este trabalho requer dedicação, compromisso da equipe do ICKS e suporte constante da equipe Espiritual.

Esperamos que a descrição do mesmo sirva de apoio a outras iniciativas semelhantes em outros CE.



7 - Bibliografia

1 -Centro Espírita – Herculano Pires;
2 - Espiritismo e Exercício Mediúnico – Espírito Marina Fidélis, psicografado – Maury Rodrigues da Cruz; 1985 Curitiba Ed.SBEE;
3 -Mecanismos da Mediunidade – Ademar Arthur Chioro dos Reis Ed. CPDoc – São Paulo 2005;
4 -Hipnometria – Técnica Espírita de Tratamento de Doentes Mentais – Denizard Souza – Anais do II SBPE – 1991. Santos-SP
5 - Centro Espírita do Ponto de vista dos desencarnados – GPCEB – Marcelo Coimbra Régis - Anais do II SBPE – 1991. Santos-SP
6 - Mediunidade e vida – Amilcar Del Chioro Filho
7 - Perfil dos Frequentadores do Centro Espírita nosso Lar – Ivan Dutra e Nilva Busatta - Anais do II SBPE – 1991. Santos-SP
8 -Espiritossomática – Jaci Régis. Anais do IV SBPE – Porto Alegre RS
9 - A cura de Shopeenhauer – Irvin D.Yalom
11 –Scheffer, Ruth – Teorias de aconselhamento – Ed. Atlas - 1970.
13 – May, Rollo – A arte do Aconselhamento Psicológico - Ed Vozes – 1984.
14 – Carls Rogers – Terapia centrada no cliente – Ed Vozes – 1951









Referências no texto
[1] Espiritossomática – Jaci Régis.

[2] Hipnometria – Técnica Espírita de Tratamento de Doentes Mentais – Denizard Souza
[3] Perfil dos Frequentadores do Centro Espírita nosso Lar – Ivan Dutra
[4] O Centro Espírita – página 7
[5] Mediunidade e vida – Amilcar Del Chioro Filho
[6] www.nenossolar.com.br
[7] Mecanismos da Mediunidade – Ademar Arthur Chioro dos Reis – página 47
[8] O Centro Espírita do Ponto de vista dos desencarnados – GPCEB – Marcelo Coimbra Régis
[9] Espiritismo e Exercício Mediúnico – página 13
[11] Scheffer, Ruth – Teorias de aconselhamento
[12] Carls Rogers – Terapia centrada no cliente
[13] May, Rollo – A arte do Aconselhamento
[14] A cura de Shopeenhauer – Irvin D.Yalom