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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O Papa desistiu - Bento XVI renunciará - por Alexandre Cardia Machado

Em Abril de 2007 publicamos um editorial com o título “As razões do Papa”, do mesmo destacamos as principais bandeiras defendidas pelo Papa Bento XVI, eram elas: Não ao divórcio, missa em Latim, acusação de praga ao segundo casamento com a recusa aos sacramentos à estas pessoas, dentre outras, como podemos perceber quase nada mudou, talvez as razões do Papa em 2007 e o insucesso na mudança da Igreja, ainda sejam as mesmas razões de o fazer desistir.




No dia 11 de Março de 2013, o Papa Bento XVI surpreendeu os católicos do mundo inteiro. Anunciou a decisão em latim, em uma reunião do conselho de cardeais. “Queridos irmãos, convoquei vocês para comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter repetidamente reexaminado minha consciência perante Deus, cheguei à certeza de que minhas forças, devido a minha idade avançada, não são mais adequadas para o exercício do ministério de Pedro”, anunciou.

O último Papa a renunciar havia sido Gregório XII, em 1415, antes do descobrimento da América e ainda na idade média, não deixa de ser uma raridade. Joseph Alois Ratzinger foi eleito no dia 19 de abril de 2005, não deixará de ser Papa, só perderá o poder e deve ficar recluso para meditação, teremos dois Papas, o que é mais uma vez uma novidade. Os noticiários irão cobrir a maratona da eleição de um novo pontífice, mas o que aprendemos disto.

Acreditamos que o primeiro ensinamento é que a sociedade evolui, nas suas leis e na forma de conviver em sociedade, mesmo o Papa é incapaz de deter o progresso, a Igreja já deveria ter aprendido ao perder a corrida do conhecimento para a ciência, já no século XVII. Está perdendo a corrida da fé cristã para as igrejas pentecostais, a corrida social para os movimento de defesa de monorias, poir por mais que publique encíclicas, nem mesmo os católicos as leem.

A Igreja há de eleger um Papa ligado aos movimentos sociais, moderno, mais novo, ou, mais uma vez verá o mundo mudar ao seu redor, sem poder fazer muito para ajudar na orientação de seus fiéis. O novo pontífice terá que enfrentar de frente a corrupção interna no banco do vaticano, a pedofilia praticada por padres mundo afora, a camisinha, o sexo livre, o divórcio, ou ficará distante do mundo no qual o seus seguidores vivem, há que saber orientar, sem uma reforma interna, acreditamos que não terá sucesso, a saída de Ratzinger demontra cabalmente a humanidade de seus líderes, quem sabe os faça descer do pedestal e se aproximar do povo.