terça-feira, 26 de junho de 2012

Obama e o casamento gay

Marcelo C. Regis – Panamá

O presidente americano Barak Obama anunciou recentemente seu apoio ao casamento gay e se tornou assim o primeiro presidente americano a defender abertamente o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O casamento gay é um direito que avança lentamente nas democracias mais consolidadas e diversos países europeus já aprovaram a medida. Nos Estados Unidos, considerada a mais sólida das democracias ocidentais, essa questão ainda é muito relativizada. Atualmente somente seis estados americanos concedem à união entre pessoas do mesmo sexo o mesmo status legal que o casamento tradicional: New York, Massachusetts, Connecticut, Iowa, Vermont e New Hampshire – alguns outros estados americanos reconhecem alguma forma de união civil entre homossexuais e concedem benefícios mais limitados a esses casais.



Para compreender melhor esse assunto é preciso entender como funciona a federação americana. Historicamente o governo federal americano sempre deixou para os estados a tarefa de definir e sacramentar legalmente o casamento. Porém em 1996 o congresso americano promulgou o Defense of Marriage Act, definindo explicitamente o casamento como a união entre um homem e uma mulher, portanto considerando inválido em nível federal o casamento gay. Porém os estados americanos são independentes para legislar sobre esse tema e sendo assim podem considerar legal em nível estadual o casamento homossexual. Do ponto de vista prático, um casal gay casado em New York é tratado perante a lei estadual e tem acesso aos mesmos benefícios estaduais que qualquer outro casal, porém, como sua união não é reconhecida em nível federal, não tem acesso a nenhum dos benefícios federais tais como seguro social (pensão e aposentadoria,) medicare (seguro médico), food stamps (algo como o bolsa família), partilhas de bens fora do estado, etc. Atualmente 10 países reconhecem o casamento homossexual irrestritamente: Argentina, Bélgica, Canadá, Islândia, Noruega, Países Baixos, Portugal, Espanha, África do Sul e Suécia, porém vários outros países europeus reconhecem alguma forma de união civil entre pessoas do mesmo sexo e oferecem acesso a benefícios similares ou idênticos aos casais heterossexuais (adoção, herança, decisões medicas, etc.). Casamentos desse tipo também são realizados e reconhecidos no estado brasileiro de Alagoas e na Cidade do México.


Obviamente, nenhum país muçulmano aceita a união homossexual tratando-a como crime capital, punível até com a pena de morte. China e Índia também não tem legislação sobre o tema. Portanto, como quase sempre ocorre com avanços sociais e direitos humanos, são os países ocidentais que lideram o debate. Porem, na maior democracia do planeta o tema alimenta debates apaixonados entre conservadores e liberais e promete esquentar mais durante a campanha eleitoral. O debate entre as partes normalmente concentra-se em volta dos seguintes argumentos:


Argumentos contrários: moralmente a união homossexual seria contrária aos desígnios de Deus, conforme definido pelo cristianismo e outras religiões. Alguns argumentam que haveria um grande impacto na criação e desenvolvimento das crianças criadas por esses casais, impactando as novas gerações e colocando em risco a estabilidade e prosperidade do país. A união gay destruiria os valores familiares que são a base da sociedade, estimularia mais pessoas ao homossexualismo e também facilitaria a legalização da poligamia – afinal ao abrir-se o caminho para a união gay, por que não reconhecer outras formas heterodoxas de casamento? Os contrários as uniões homossexuais sustentam que crianças criadas em lares homossexuais estariam mais expostas e mais inclinadas ao homossexualismo e que ao perderem a referência do modelo familiar tradicional estariam mais propensas ao desenvolvimento de problemas psicológicos e a serem mais infelizes. Em geral se parte do pressuposto que o homossexualismo seria um mal, uma doença ou aberração e que legalizar o casamento gay, seria como legalizar qualquer outra aberração sexual e portanto a sociedade não deveria incentivar tal prática.


Argumentos a favor: legalmente os argumentos se concentram em que o homossexual ao pagar seus impostos como qualquer outro cidadão teria os mesmos direitos e deveres legais que qualquer outro heterossexual. Além disso, o reconhecimento legal viria apenas reconhecer algo amplamente aceito e praticado abertamente e evitaria os constrangimentos atuais – hoje mesmo que estejam juntos por mais de 30 anos, um parceiro do mesmo sexo não tem direito de opinar sobre decisões médicas, não tem acesso ao seguro médico federal, nem ao plano de pensão federal do parceiro, não tem direitos legais na herança e partilha de bens do parceiro, etc. A união gay conta também com amplo apoio da comunidade científica no que se refere à saúde mental e psicológica de filhos criados por casais gays. Diversas associações médicas e psicológicas americanas concordam que não há nenhuma evidência negativa que justifique a proibição da união e constituição de família por pessoas do mesmo sexo. De fato os dados disponíveis confirmam que crianças criadas por casais gay têm exatamente o mesmo desenvolvimento que qualquer outra criança. Também não se achou nenhuma correlação entre homossexualismo dos filhos e preferência sexual dos pais ou qualquer outro indício de que a perda da referência familiar tradicional impacte o desenvolvimento normal e sadio das crianças.


Espiritismo: o Livro dos Espíritos trata o casamento implicitamente como a união entre um homem e uma mulher e não encontramos muitas referências a homossexualidade nas obras básicas. A realidade é que o homossexualismo está presente em nossa cultura e sociedade desde os tempos tribais, é uma realidade e não é possível ignorá-lo. Parece-me o mais justo e condizente com a Doutrina Espirita deixar que pessoas adultas definam seus próprios destinos, desde que não prejudiquem um ao outro, a sociedade ou a comunidade em geral. Dessa forma me parece que mais dia, menos dia todos os países democráticos irão reconhecer legalmente a união homossexual e conceder a esses cidadãos os mesmos direitos e deveres impostos a qualquer outro casal.
publicado originalmente no ABERTURA de Junho de 2012

Outros Artigos de Marcelo Coimbra Régis:

O Terceiro Chimpanzé - Marcelo Régis


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domingo, 17 de junho de 2012

CORRUPÇÃO: EPIDEMIA OU “SOBREVIVÊNCIA POLÍTICA” - por Roberto Rufo

Texto originalmente publicado no Jornal ABERTURA de Maio de 2012

Roberto Rufo e Silva
“A moral é a regra para se conduzir bem, quer dizer, a distinção entre o bem e o mal”. (Resposta dos Espíritos à pergunta 629, de O Livro dos Espíritos).
É revoltante. Acaba de ser absolvido pelo Supremo Tribunal Federal, por falta de provas, o ex-presidente Fernando Collor de Mello. Passados 20 anos ele agora é indicado pelo seu partido, o PTB, para compor a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que irá investigar as ações do contraventor Carlinhos Cachoeira.
Hoje, constato tristemente, que a corrupção está nas entranhas do Estado, em todos os seus poderes. E isto é aceito até com certa naturalidade, tendo como argumentos o presidencialismo de coalização, ser indispensável para a governabilidade, permitir que o Brasil cresça, e por muitas outras desculpas esfarrapadas. A quem interessa esse estado de coisas?
Pergunta 634: Porque o mal está na natureza das coisas? Eu falo do mal moral. Deus não poderia criar a Humanidade em melhores condições?
Resposta dos Espíritos: “Já te dissemos: os Espíritos foram criados simples e ignorantes. Deus deixa ao homem a escolha do caminho; tanto pior para ele, se toma o mau: sua peregrinação será mais longa”. Fernando Collor de Mello não teve que passar por essa longa peregrinação. Hoje no Senado preside comissões e até indica diretores de empresas estatais, como a BR Distribuidora. Por onde andam os “caras-pintadas”? Por certo muitos deles estão usufruindo agora de alguma sinecura estatal. A quem interessa esse estado de coisas?
Temo que essa CPMI do Carlinhos Cachoeira vá como as outras para as calendas, em termos de punição efetiva. Lembram-se quando o publicitário Duda Mendonça chegou a confessar na CPMI do Mensalão, que havia recebido dinheiro numa conta do exterior pelos serviços prestados na campanha do ex-presidente Lula? O fato foi recebido, inclusive pela oposição, como natural. Por que será que a oposição agiu desse modo?
Pergunta 893: Qual a mais meritória de todas as virtudes?
Resposta dos Espíritos: “Todas as virtudes têm seu mérito, porque todas são sinais de progresso no caminho do bem. Há virtude toda vez que há resistência voluntária ao arrastamento das más tendências. Mas o sublime na virtude consiste no sacrifício do interesse pessoal para o bem do próximo, sem oculta intenção”.
A nossa sorte, se podemos assim chamar, é que economia se descolou da política. O País vai avançando, não tanto quando poderia, mas muitos cidadãos constroem dignamente suas vidas.
Espero, se vivo estiver, não ver daqui 20 anos o Senador Demóstenes Torres, tal como o Collor, fazendo parte de uma CPMI, feita para apurar outra denúncia de corrupção bilionária. Algumas perguntas em nome da curiosidade: quando o Congresso vai revogar o impeachment do ex-presidente Collor e fazer uma sessão de desagravo para ele? Onde estão os “caras-pintadas”? Ninguém vai sair vestido de preto pelas ruas?
Porque em todos os indícios de malversação do dinheiro público o nome do ex-deputado José Dirceu aparece em destaque? Porque a oposição é tão bovina? A quem interessa esse estado de coisas?
Começo a suspeitar que alguns desejam que a coisa beire o insustentável, para depois aparecerem com as velhas fórmulas salvacionistas, ou seja, a “revolução redentora” (até a TFP começa a reaparecer), ou finalmente a redenção pela via do socialismo revolucionário (alguns nunca esqueceram esse velho sonho da Internacional Socialista).
Em ambos os casos a liberdade será a primeira vítima.
Numa sessão do tipo “vale a pena ler de novo” vamos à pergunta 895 do Livro dos Espíritos: Além dos defeitos e dos vícios sobre os quais ninguém se enganaria , qual é o sinal mais característico da imperfeição? "O interesse pessoal. As qualidades morais, frequentemente, são como a douração colocada sobre um objeto de cobre e que não resiste à pedra de toque. Um homem pode possuir qualidades reais que o fazem, para todo o mundo, um homem de bem. Mas essas qualidades, ainda que sejam um progresso, não suportam certas provas e basta, às vezes, tocar a corda do interesse pessoal, para por o fundo a descoberto. O verdadeiro desinteresse é uma coisa tão rara sobre a Terra, que é admirado como um fenômeno quando ele se apresenta. O apego às coisas materiais (eu acrescentaria às causas ideológicas) é um sinal notório de inferioridade, porque quanto mais o homem se prende aos bens deste mundo, menos compreende sua destinação. Pelo desinteresse, ao contrário, ele prova que vê o futuro de um ponto de vista elevado”. Na mosca!

 

Outros Artigos de Roberto Rufo e Silva:



TRABALHO ESCRAVO E A RIO+20 = DOIS BRASIS

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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Curso sobre Mediunidade de Cura - início em 12 de Junho 2012

Não percam a oportunidade, estes cursos simplesmente não existem, vejam o conteúdo:
Curso Mediunidade de Cura:
Alexandre Cardia Machado
1 – Introdução – Mediunidade de Cura:
• Como surgiu a idéia do curso.
• Bases Teóricas da mediunidade de cura e dos médiuns curadores.
• Experiência de passe em plantas - Trabalho apresentado no XII Simposio Brasileiro do Pensamento Espírita - Alexandre Cardia Machado
2 – Grandes Médiuns Curadores:
• José Arigó
• Edson Queiroz
• Maurício da Silva Magalhães
• Rúbens Farias Jr entre outros
Textos complementare:
Fonte: Revista Internacional de Espiritismo – março/2005 Orson Peter Carrara – Mediunidade de Cura
O CURANDEIRO “PATO”: ASCENÇÃO E DECADÊNCIA DA PRÁTICA DE RELIGIOSIDADE POPULAR NO NORTE DO PARANÁ E SUAS IMBRICAÇÕES COM A DIOCESE DE JACAREZINHO Patrícia Batista Depizzol1
3 – Riscos e Metodologia de contrôle da Mediunidade Curadora
• Trabalho apresentado no IV Simposio Brasileiro do Pensamento Espírita - Alexandre Cardia Machado - GPCEB
4 – Estudos de Casos:
• Espírito Dr. Fritz
• Espírito Dr. Freerman:
• Trabalho Apresentado no III Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita – Alexandre Cardia Machado - GPCEB

Outros artigos publicados no blog sobre o mesmo assunto:

Curso Teórico de Mediunidade de Cura termina com o sucesso de sempre:


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sábado, 2 de junho de 2012

O que nos pertence? Jaci Régis

Jaci Régis – originalmente publicado no jornal ABERTURA de Dezembro de 2009
Ouvia a propaganda: o que faz você feliz, faz feliz também outra pessoa?
O anúncio denuncia o que se sabe teoricamente. Que não há felicidade possível isolada e egoisticamente. Embora a maioria persiga ardentemente esse objetivo de felicidade para si e o resto que se dane.
Mas a reciprocidade está na base da existência humana. O cenário que nos cerca nos faz personagens dos fatos, das relações.
Todavia, como manter a própria serenidade? Como evitar absorver o desequilíbrio que nos cerca? Uma expressão me chamou a atenção.
– Isso não me pertence! Dizia a mulher.
Era uma senhora de talvez uns 60 anos, falando no celular. Interessei-me e, curioso, perguntei-lhe de que se tratava.
Ela não se fez de rogada.
Sorriu e disse: – Era uma questão de priorizar e cuidar apenas daquilo que nos pertence.
Diante do meu silêncio prosseguiu.
– Veja só. Acabei de receber um telefonema de minha filha. Ela queria que eu interviesse numa discussão entre ela e o marido. Ora, isso não me pertence.
Como assim, arrisquei?
– Ela é adulta, casada, dona de seu destino, continuou. Não há porque eu me intrometer nas suas desavenças e nos momentos em que precisa decidir.
E, sintomaticamente afirmou “o que não me pertence, não me angustia”.
Depois pensei sobre o episódio. O que me pertence?
Pertence-me o caminho que dou à minha vida.
Pertence-me o dia de hoje.
Pertence-me o trabalho que quero realizar.
E o que não me pertence?
Não me pertence dirigir a vida dos outros.
Não me pertence tornar-me juiz de disputa que não tenho nada a ver.
Não levarei essa atitude de defesa, pensei, a um ato de egoísmo, de indiferença?
Afinal, todos estamos entrelaçados. Nossos caminhos se cruzam, nossos interesses também.
Não somos uma ilha cercada de indiferença.
Há a questão do amor, do carinho, do auxílio, da ajuda. Entretanto, concluí, fixar-se naquilo que nos pertence não significa indiferença.
Indiferença pela dor alheia.
Indiferença pelos amigos.
Indiferença para os problemas que nos cercam.
Sou um cidadão, político. Tudo o que diz respeito à humanidade, aos problemas humanos, me interessa.
Na medida do possível não apenas me interesso por eles, mas interajo, intervindo no real.
Mas, se pratico a psicologia clínica, não sou indiferente ao problema do cliente. Ao contrário. É meu dever e meu interesse ajudá-lo a superar seus obstáculos e neuroses. Todavia, seus problemas não me pertencem.
Não vejo indiferença, mas sabedoria. Assim, creio que é sabedoria acompanhar a agitação do mundo, seus problemas, suas notícias, mas manter a visão da separação de minhas energias, meu equilíbrio diante das perturbações sociais e humanas.
Dessa forma evito entrar nessa lamentável formatação mental em que muitos entram, ao introjetar, vivenciar as dores do mundo, os desequilíbrios das pessoas, como se fossem seus mesmos.
É o que sucede, por exemplo, quando certas pessoas se fixam na visão mórbida da vida e se sentem morrer a cada notícia da morte de alguém, de desastres, calamidades.
A dor do próximo compartilho. Mas não a introjeto, nem deixo dominar minha mente.
Porque não me pertence.
E o que não me pertence não me angustia.
E me deixa pronto para refletir e decidir.

Outros artigos de Jaci Régis:



Livros de Jaci Régis a venda pela Internet:

http://icksantos.blogspot.com/2011/12/livros-de-jaci-regis-venda-pela.html

Um ano sem a presença física de Jaci Régis

http://icksantos.blogspot.com/2011/12/um-ano-sem-presenca-fisica-de-jaci.html

Do Jesus Pré-cristão ao Jesus Cristão - Jaci Régis

http://icksantos.blogspot.com/2011/10/do-jesus-pre-cristao-ao-jesus-cristao.html



Jaci Régis biografia e vida – por Ademar Arthur Chioro dos Reis

http://icksantos.blogspot.com/2011/10/jaci-regis-bibliografia.html

Ligação espírito cérebro

http://icksantos.blogspot.com/2009/08/ligacao-espirito-cerebro-jaci-regis.html

Considerações sobre a Reencarnação

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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Experiência de passe em plantas - resultado final 7% a mais de crescimento - ICKS

Já começa a tornar-se uma tradição, nos cursos de Mediunidade, quando do estudo teórico e prático da emissão energética próxima, mas conhecida como passe, a realização de experiência científica comparativa entre um grupo de mudas de feijão que recebem passe dos alunos e que são comparados a grupo semelhante de controle.
Um trabalho recente apresentado no XII SBPE por Alexandre Cardia Machado pode ser encontrado no link abaixo:
http://www.cepainfo.org/index.php?option=com_abook&view=book&catid=31%3Axii-simposio&id=155%3Aexperiencia-do-passe-em-plantas&Itemid=3&lang=pt
Vamos publicar a sequência de fotos, dia a dia e depois o resultado final.
Segue foto do dia 4 ( 25/05/2012 )- Em cima as plantas que estão sendo regadas com água fluidificada e que tiveram até o momento 1 sessão de passe, em baixo as plantas de controle.
Dia 5 ( 26/5/2012) - todas as plantas começaram a crescer, vamos manter a vibração à distãncia, para que no final encontremos um desenvolvimento médio superior ao das plantas de controle.
Dia 6 (27/5/2012) - a Experiência evolui bem, em 2 dias teremos uma nova sessão de passe e na quarta-feira 30/5 faremos a medição e cálculos. Segue para apreciação a foto do dia.
Dia 7 (28/5/2012) - Tudo segue muito bem, as plantas estão se desenvolvendo bem, amanhã haverá mais uma sessão de passe!
Dia 8 (29/5/2012) - hoje é um dia chave para o sucesso da experiência, pois levaremos as plantas para a sala de aula e para nova sessão de passe e irradiação na garrafa de água que é utilizada no teste.
Vejam o grupo dando passe nas plantas - amanhã será o último dia. (29/5/2012)
Hoje é o grande dia, na aparência o grupo de teste está mais desenvolvido que o controle, mas só medindo é que efetivamente saberemos, não é mesmo? Ainda hoje sairão os resultados, vamos deixar a água energizada atuar por mais algumas horas, alunos continuem com a emissão energética e demais blogueiros, torçam. À noite mediremos e pesaremos as plantas e depois publicaremos os resultados.
Após calcularmos, obtivemos um crescimento do caule e folhas de 6,8 % maior que o controle, desprezando-se o maior valor e o menor valor tanto nas plantas de teste, como no controle, chega-se a 6,9% - demonstrado com sucesso que o passe e a água fluidificada em conjunto dão um resultado positivo.

Outros artigos relacionados publicados no blog :




Curso Teórico de Mediunidade de Cura termina com o sucesso de sempre.

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Curso sobre Mediunidade de Cura - início em 12 de Junho 2012

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Fato Espírita - Fenômeno Zíbia

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GABINETE PSICO-MEDIÚNICO DO ICKS

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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Abrindo a mente - A pluralidade dos mundos habitados e o critério de falseabilidade por Alexandre Cardia Machado

A pluralidade dos mundos habitados e o critério de falseabilidade por Alexandre Cardia Machado

A ciência baseia as suas teses na possibilidade de testá-las, chamamos a isto de falseabilidade, ou seja, se eu afirmo que “meus olhos são verdes” , é possível imaginar uma série de experiências capazes de provar ou refutar a minha afirmação. Se ao final destas experiências ficar provado que eles são castanhos, a minha tese inicial é derrubada.
A pluralidade dos mundos habitados, é um dos princípios espíritas, estabelecidos por Allan Kardec, ele o fez baseado na razão, pois pensou, não haveriam razões para que apenas a Terra assim o fosse, pela confirmação de vários espíritos que se apresentaram como extraterrestres, não só a Kardec mas em diversas partes do mundo – o que garantiria a universalidade das comunicações.
A tese então apresentada era: “ todos os planetas são habitados”, convido os leitores a irem até a questão 55 do LE. São habitados todos os globos que se movem no espaço? E a resposta dos Espíritos é – sim.
Aplicando o critério de falseabilidades, testaríamos a antítese, ou seja:
Nem todos os planetas (globos) são habitados? Hoje a ciência tem feito experimentos em diversos planetas e em especial no nosso planeta irmão, que chamamos de satélite que é a Lua. Em nenhum deles até o momento foi possível observar algum sinal evidente de vida extraterrestre. Isto nos leva inevitavelmente a confirmar a antítese, ou seja: Nem todos os planetas são habitados.
Alguns espíritas seguem tentando explicar o inexplicável, dizendo que os espíritos que habitam estes planetas ou corpos celestes estão em faixas de ondas diferentes e etc. Solicito então que revisem a nota de Kardec na mesma questão, ele fala claramente de seres vivos (encarnados) e não de espíritos desencarnados.
Assim, deveríamos seguir com a tese da pluralidade dos mundos habitados, apenas que, um pouco reduzida, pois o fenômeno da vida, como já amplamente discutido em artigos anteriores é algo que leva tempo para ocorrer e não é possível imaginar, nos dias de hoje que esteja presente em todos os lugares ao mesmo tempo.
Para saber mais:
O que é método científico – Fernando Gewandsznajder – Ed Livraria Pioneira – SP -1973
Texto originalmente publicado no Jornal Abertura - Maio de 2008.

O que o amigo leitor pensa à respeito? Deixe seu comentário.


Outros artigos relacionados publicados no blog :





EVOLUÇÃO DO PRICÍPIO EPIRITUAL:

Reencarnação e o desenvolvimento do homem

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sexta-feira, 18 de maio de 2012

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Ouvir o Silêncio - conto de Jaci Régis

Quando Ahmed chegou à casa de Aghan, seu mestre, encontrou-o sentado, braços largados, cabeça ereta e olhos fechados. A principio Ahmed pensou que seu mestre dormia e temeu acorda-lo. Agahan era um homem de pouco mais de sessenta anos, alto, olhos castanhos penetrantes. Usava o turbante tradicional de sua tribo.
Era respeitado pela sabedoria. Morava numa casa no alto de uma pequena colina de frente para o mar. De sua larga janela via o mar ao longe, como a perder-se no infinito das ondas. Mas assim que Ahmed entrou ele voltou-se e sorriu.
-Mestre o que estavas fazendo, perguntou Ahmed. -Ouvindo o silêncio respondeu ele O aprendiz mirou-o admirado e surpreso. Como se pode ouvir o silêncio? Na sua mente havia a surpresa, porque ouvir é uma ação de escutar sons, vozes. Teria o silêncio um som? -Sim, disse Aghan, adivinhando a perplexidade do jovem discípulo. O silêncio é provido do som sem ruído, de musica sem sonoridade, de imagens sem imagens. -Oh! Mestre recamou Ahmed, assim como posso aprender. -Aghan passou a mão delicadamente na cabeça do jovem e permaneceu silencioso.
Depois, disse,ouvimos no silencio da noite o piar de passarinhos e sons controversos. Ouvimos no silêncio de nossas preces o leve rumor da túnica do Senhor roçando docemente nossa cabeça, sem vê-lo. A pausa seguiu-se de um silencio doce.
-Sobretudo, continuou Aghan, após tomar um gole de água, ouvimos nossa alma. Quando sabemos ouvir nossa alma, é como houvesse um estouro sem som, uma erupção sem ruído, mas que nos desperta para as realidades de nosso coração. -Ah! Mestre, interrompeu Ahmed, é uma ação difícil. Quando fico em silêncio minha cabeça estoura é de pensamentos diversos, imagens difusas, sensações esquisitas. Raramente saem emoções suaves, pensamentos serenos. -Não se aflija meu amigo, respondeu Aghan, no seu silêncio você ouve o vento e não o silencio, E o veno pode ser uma brisa suave, refrescante, como um vendaval destruidor. O vento é um mensageiro, com mensagens boas e mensagens más. Ahmed era um jovem de pouco mais de vinte anos. Era um rapaz bonito, de olhos claros, altura mediana e que se decidira buscar a sabedoria. Entre seus colegas destacava-se pelo pensamento diferente, pela procura do que seria a verdade. Conhecera Aghan e se afeiçoara a ele e dele recebeu carinho e atenção. Pelo menos uma vez por semana ia até sua casa e ali ficavam horas ouvindo o mestre. Aghan ofereceu-lhe água fresca. O rapaz aceitou com alegria pois fazia calor e a subida na colina provocara suor e sede.
-Mestre, fala-me mais sobre o silêncio. Para mim, ficar em silêncio é calar a boca, não emitir som, mas não impede que meu pensamento voe. Não articulo a palavra mas discurso em mim mesmo. -É natural Ahmed que seja esquisito eu dizer que ouço o silêncio. Mas devemos aprender a buscar no interior de nós mesmos respostas sem palavras e decisões sem articular pensamentos. E prosseguiu -Há formas de comunicação sutis, além da palavra e da imagem. São ondas espontâneas que invadem o silêncio de nossa mente, com surpreendentes soluções que nos inundam, nos capturam, com respostas de antigas questões. -Seria a meditação profunda que muitos conseguem realiza/ -Certamente que sim. Mas também podemos ouvir o silêncio na multidão, dentro do vozerio externo. É uma questão de postura, não de falsa superioridade. Ahmed ficou pensativo. Ainda não penetrara no ensinamento do mestre. -Ahmed, continuou Aghan, o pensamento é uma onda que oscila, ondula no espaço, em nos e em torno de nós. É uma fonte inesgotável de sensações sem palavras, sem som. Claro que podemos povoá-lo de sons e imagens. Mas de comum, ele é um dialogo mudo da alma consigo mesma. -Continue mestre, pediu o rapaz. -Veja. Um casal de amantes, falo amantes como resultado do amor, comunica-se silêncio das expressões do olhar. Muitos se fazem entender sem palavras pelo simples franzir da testa, quando essa mensagem muda é compreendida por aqueles que a conhecem. Sinalizo com isso que todos nós temos uma vida íntima, indevassável onde construímos as idéias os sonhos. Estes sim, cheios de ação, cor, movimento e até palavras, Mas são produto do silêncio em busca de expressões visuais nas reentrâncias de nosso cérebro.
Ahmed ficou pensativo e depois falou -Mestre compreendo que ouvir o silêncio é esse momento solitário mas não penoso de se aconchegar íntimo. Nesse momento embora integrado no mundo esterno, vivemos um mundo diferente, sem limites, sem fronteiras. Vou aprender a ouvir o silêncio. Ahmed e Aghan ficaram m silêncio. Depois sorriram mutuamente e se despediram

quarta-feira, 16 de maio de 2012

A Profanação do Sagrado - Coluna Ciência da Alma em homenagem a Jaci Régis

Texto originariamente publicado em no Jornal Abertura de Julho de 2009 e republicado em Março de 2012
Há muitos anos atrás, quando visitava Juiz de Fora, em Minas Gerais, um espírita, sabendo de minhas posições, perguntou para provocar-me: “O que pensa de Jesus? E eu: “sou seu fã”. Ele riu e disse: “você é iconoclasta ...”. Na verdade sou um profanador do sagrado.
Mas antes de mim, muitos anos antes, Allan Kardec também profanou o sagrado. Ao dizer que não havia milagre, nem sobrenatural, ele despiu a divindade dos adornos que lhe davam o sentido de insondabilidade de seus secretos desígnios.
Também antes dele, Karl Marx afirmou que “tudo o que é sagrado será profanado”, vaticinando os tempos que viriam e de que ele mesmo se tornou provocador.
O que é o sagrado?
Um monte é apenas um relevo no cenário da natureza. Mas se a autoridade religiosa e a cultura dizem que ele é sagrado, o crente ao galgar suas encostas sentirá um frenesi de energias misteriosas e o ouriçar de seus pelos. Ele sentirá que está perto de seu deus. Olhará aquele monte como morada divina, temerá e amará seu perfil altaneiro, coroado de neve ou cerrado de mata virgem. Penetrá-lo desavisadamente é profanar a morada de seu deus.
O rio Ganges é apenas um fluxo de águas como qualquer rio. Mas consagrado como divino, sagrado, torna-se um ícone do desejo da fé e da esperança. Banhar sem suas águas é um prêmio para o crente que sente nelas a presença de seu deus. Desrespeitar as tradições sobre o rio sagrado é profanar uma morada de seu deus.
Algumas décadas atrás, eu propus que ao invés de “evangelização” usássemos “espiritização”. Fui naturalmente criticado e a ideia rejeitada. Entretanto, tempos depois, Divaldo Franco pronunciou essa palavra. Então, houve quem quisesse atribuir-lhe a autoria que na verdade é minha. Divaldo nem sabe disso. Mas o fato chamou a atenção porque, sendo Divaldo consagrado como porta-voz do divino, suas palavras têm um poder muito maior do que as minhas, um simples homem comum.
Allan Kardec na elaboração da sua utópica terceira revelação, perguntou: “quem tem a liberdade de interpretar as Escrituras Sagradas?”. Responde dizendo que a ciência tem esse direito e, depois estendeu essa liberdade, dizendo que “o direito de exame pertence a todos, e as Escrituras não são mais a arca santa na qual ninguém se atreveria a tocar com a ponta dos dedos, sem correr o risco de ser fulminado”.
Vemos que Kardec foi um profanador do sagrado. Pois milhões acreditam que as escrituras são sagradas, intocáveis, verdade absoluta.
Todavia, o caminho da profanação é difícil.
Em primeiro lugar, os crentes não apenas temem ser fulminados, como estão certos de que são revelações divinas. Ao ouvir a leitura de um versículo sentem o arrepio das emoções da palavra de Deus escorrendo pelos seus ouvidos e compulsando os livros sagrados, mesmo tendo sido impressos recentemente. Parece que estão tocando com os dedos a mão divina escrevendo as verdades ali expostas.
Mas, por outro lado, o progresso só foi possível com a profanação do sagrado.
O casamento, por exemplo. Foi consagrado: “O que Deus uniu não desuna o homem”. Era o casamento indissolúvel, pétreo. Uma vez entrado não havia saída. A sociedade civil profanou o sagrado com o divórcio.
De passagem, recordo que o sagrado que Allan Kardec desprezou continua nas entrelinhas do entendimento dos espíritas em geral. No caso do casamento, não sendo possível atribuí-lo a Deus, resolveu-se que ele tinha que ser indissolúvel porque teria sido combinado antes do nascimento e estaria no quadro das expiações/provas, que são marca registrada do nosso mundo. Portanto, o casamento poderia ser uma forma de pagamento de débito do passado. Essa suposta combinação lhe daria uma conotação sagrada.
Voltando à pergunta do espírita de Juiz do Fora, naquela época não tinha uma visão mais clara como atualmente sobre a vida e a obra de Jesus de Nazaré, de quem continuo fã e admirador cada vez maior. O Nazareno foi consagrado. Seu nascimento, sua vida, sua morte são partes de uma encenação dramática que permeou todo o longo caminho do cristianismo. Por fim, o filho de Maria e José tornou-se o próprio Deus cristão. Portanto, sagrado.
Agora me vejo profanando seu estado sacro pensando nele como um homem extraordinário, talvez até casado e pai de filhos, com uma mensagem definitiva para a felicidade pessoal e social. Todavia, também profanei o sentido sagrado dado ao progresso, que Kardec simbolizou em três revelações, numa visão muito especial da ação divina, a partir do seu conhecido eurocentrismo.
Mas o mundo não é apenas a Europa. O mundo é uma confusão de crenças, idiomas, culturas.
Se existe um Deus acima de toda essa confusão, o sagrado é particular, regional, provisório.
Vamos descobrindo que a obra divina se manifesta pela naturalidade dos fatos, pelo conflito dos valores, esperanças e iniquidades humanas.
Para nós, que sempre tentamos sintetizar a vontade de Deus no sagrado, parece difícil entender que a profanação desse circulo de ferro de ignorância, crendice e fratricida, seja imprescindível para criar uma humanidade razoavelmente equilibrada, para não dizer feliz.
Libertos poderemos talvez entender que somente o amor será o caminho dessa felicidade.
Amor que falamos mas não sabemos como exercitar, que nos sugere algo que pretendemos alcançar, mas não sabemos como. Esse amor que não é profano ou sagrado. Estabelecerá um estado de satisfação e prazer apenas agora sonhado ou imaginado.