terça-feira, 21 de outubro de 2025

A Questão da Nomenclatura - Reinaldo Di Lucia

 

A questão da nomenclatura – Reinaldo di Lucia

 

Publicado no Jornal Abertura de Santos em agosto de 1992

 

 O II Congresso Internacional de Transcomunicação Instrumental, realizado em São Paulo em maio último acabou sendo um elemento profundamente perturbador na ordem algo monótona do movimento espírita, mesmo sem ter esta intenção.

Esta perturbação deve-se, primeiramente, ao tema do Congresso: o fato de ter sido exposta a um público acostumado a ouvir apenas palestras de cunho evangélico a possibilidade de um contato com o  "Piano Espiritual” através de aparelhagem eletrônica, dispensando-se mesmo  a presença de um médium ostensivo na reunião,  causou um verdadeiro pânico. Que, no entanto, é facilmente explicável se considerarmos que a maioria absoluta das casas espiritas de nosso país baseia sua existência em reuniões mediúnicas de aconselhamento e/ou desobsessão, tendo os principais médiuns poderes quase ditatoriais, que as vezes estendem-se à própria vida dos frequentadores.

 Mas pode-se localizar ainda uma fonte de perturbação: a apresentação de um novo termo -  Transcomunicação Instrumental (TCI) - que mais que uma simples sigla passou a significar quase uma ameaça à Doutrina Espírita. Levantam-se então os defensores de uma suposta “pureza doutrinária” a proclamar que a TCI, tal qual a TVP (Terapia de Vidas Passadas), a Parapsicologia, e outras tantas descobertas modernas são doutrinas espúrias que tentam incorporar-se ao Espiritismo.

Mais ainda, chegam ao ponto de supor que os Espíritos envolvidos na pesquisa dessas paraciências são necessariamente de caráter inferior, já que manifestam algumas posições que contrariam a Doutrina Espírita.

Esta postura, mais do que ama preocupação com a possibilidade de descaracterização do Espiritismo, espelha um outro fator: o verdadeiro pavor que o movimento espirita possui do novo, da possibilidade que novas concepções venham a impor-se com a força da demonstração cientifica, subvertendo o status que e colocando em xeque a posição dos "donos de centro”.

 

E é exatamente nessa posição que reside o perigo de ver a Doutrina Espirita estagnar-se no tempo, estratificar-se em seus próprios conceitos, dogmatizar itens que mesmo Kardec considerava com simples opiniões sujeitas a verificação. Numa palavra, ver a Doutrina Espírita transformar-se  numa seita de cunho religioso, perdendo suas grandes forças, que são o poder de argumentação e a agilidade para acompanhar as descobertas da ciência.

Obviamente, não são defende aqui a tese de que a Doutrina Espírita deva acolher qualquer novidade mística, por mais estapafúrdia que seja, apenas acompanhar modismos. Entretanto, é necessário recordar que ela possui, ao lado de seu caráter filosófico (racional), uma estrutura cientifica (experimental), e  que, se àquela basta teorizar sobre o universo, a esta última cabe o dever de demonstrar suas leis, estando, portanto, sujeita à análise de fatos, por mais exaustivo que isso possa ser.

Esta análise de fato deve obrigatoriamente ser feita em conjunto com as ciências de investigação do universo, para que a ciência espirita não fique enclausurada em si mesma, desatualizando-se. Porém, para que isto ocorra, a ciência espírita deve, antes de mais nada, utilizar um vocabulário que permita o livre trânsito das informações. É por aí que deve iniciar-se a modernização da Doutrina Espírita.  

Analisando-se o Espiritismo em sus perspectiva histórica, observa-se que Kardec, como homem de ciência que era, empregava termos que eram utilizados pelos cientistas da época, como magnetismo, animismo, fluido, entre outros. Entretanto, o meio científico evoluiu sensivelmente desde a metade do século XIX, e a ciência espirita deve acompanhar esta evolução. Para isso, sugere-se, a título de exemplo, algumas alterações necessárias.

 

1) FENOMENOS ANÍMICOS. O termo animismo deve ter sido empregado pela primeira vez por Stahl, em seu sistema médico, considerando a alma como o princípio vital.  Atualmente onde não há a interferência de um Espírito desencarnado.

Na verdade, praticamente todos os fenômenos mediúnicos conhecidos podem ser produzidos por faculdades especiais de determinadas pessoas (comumente conhecidas como sensitivos). Sugere-se então o emprego dos termos FENÔMENO PARAPSIQUICO para aquele em que não há interferência de desencarnados, e  FENÔMENO MEDIÚNICO para aquele em que os desencarnados ocupam o papel preponderante.

2) FLUÍDO: A época de Kardec, vigorava a necessidade de meios materiais para a  transmissão de energias. Um exemplo disto é o conceito  de éter, um material sutil que preencheria o universo e serviria para a transmissão  da luz. A eletricidade e o magnetismo e também considerados fluídos, e Kardec estendeu o uso do termo a todos  os elementos matérias sutis postulados pela Doutrina Espírita.

 

Em nossos dias a palavra fluido é usada nas ciências físicas para designar qualquer líquido ou gás. Percebe-se facilmente a mudança total de sentido em relação à sua utilização por Kardec. O termo atual que mais se aproxima do conceito original é ENERGIA.

 

3) MENTE:  É muito comum, tanto dentro como fora do meio espirita, empregar indistintamente  mente e cérebro para indicar o elemento pensante do ser humano. Entretanto, de ponto de vista conceitual, o Espiritismo considera o Espirito como elemento inteligente, sendo o cérebro nada mais que um instrumento material de transmissão das ideias e controle do corpo. Deve-se tanto quanto possível, utilizar apenas termo ESPÍRITO para designar o princípio inteligente.

4) ALMA: O próprio Kardec define alma como sendo o Espírito encarnado. No entanto, nada difere um Espirito encarnado de um desencarnado, em sua essência. O termo alma, porém, está bastante desgastado, sendo utilizado para expressar os mais diversos conceitos, muitas vezes conflitantes entre si. É aconselhável que se empregue apenas ESPÍRITO.

Os exemplos acima são apenas alguns que se pode citar, dentre os muitos existentes. É importante lembrar que não se pode estabelecer um conceito filosófico sem ter suficientemente claro o significado dos termos usados para exprimir este conceito. É impossível fazer o Espiritismo acompanhar a evolução cientifica sem antes atualizar sua nomenclatura.

Reinaldo Di Lucia é engenheiro e membro do GPCEB

Conhece a homepage do ICKS - www.icks.ong.br

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

sábado, 18 de outubro de 2025

O poder da fé e da política por Roberto Rufo e Silva

 

                                                      O poder da fé e da política

 

"A política é um bordel. Sempre foi e sempre será. Na verdade, é pior. O bordel é mais honesto. O sujeito paga e tem um serviço".(Luiz Felipe Pondé).

 "O mal do mundo é que Deus envelheceu e o Diabo evoluiu". (Millôr Fernandes).

 

Roberto Rufo e Silva

 Quem deseja ascender e se manter no poder se utiliza de várias estratégias espirituais ou filosóficas para arregimentar o maior número de seguidores e com isso pôr em prática a ideologia que lhe convém.

A cultura e a política são dois caminhos muito utilizados para se introduzir artigos de fé ou ideologias totalitárias nas mentes e corações dos cidadãos. 

Com seu aspecto mais racional e de equilíbrio emocional o Espiritismo procura, com pouco sucesso, introduzir conceitos que visem a evolução intelecto-moral da humanidade. O Espiritismo não fala às paixões, tão ao gosto dos líderes populistas e demagogos. Daí sua parca percepção junto ao conjunto da sociedade.

A literatura espírita em geral aborda temas como a vida após a morte, a reencarnação e a comunicação com os espíritos. A cultura espírita promove atividades assistenciais e educativas, valoriza a fraternidade, a solidariedade o que deveria influenciar o comportamento e as relações sociais dos seus seguidores. Sem arroubos de fé ou discursos revolucionários de tomada do poder pela força.

De larga influência nos meios de esquerda mundiais o filósofo marxista Antônio Gramsci viu com clareza em sua teoria da hegemonia cultural que o Estado usa , nas sociedades  ocidentais, as instituições culturais para conservar o poder. Logo para se alterar esse quadro urge que os grupos de esquerda assumam o controle dos meios culturais e de comunicação. Sua teoria obteve grande êxito nos países do ocidente, já que no países do leste europeu o estado totalitário sempre teve enorme poder sobre os  meios culturais. O cancelamento é hoje  uma ação muito utilizada em redes sociais por quem detém o poder dos meios de comunicação culturais e artísticos. Atualmente é um alto risco o livre pensar pois a patrulha ideológica, como descreveu o cineasta Cacá Diegues a respeito da crítica cinematográfica de sua época, hoje está instalada nas universidades  federais, nas redações de jornais e no sites. Ouso dizer que o Jaci Regis que conhecemos não teria o mesmo espaço hoje e sofreria na pele o processo de cancelamento. Depois de desencarnado o processo de apagamento já se instalou.

Do lado do "pensamento" espiritual de direita o perigo para a obstrução da evolução racional das pessoas é mais devastador ainda. O novo filme da diretora Petra Costa de nome Apocalipse nos Trópicos, se propõe a examinar a interseção entre a política e as lideranças evangélicas no Brasil. Ela filmou um ato convocado pelo pastor Silas Malafaia e ouviu uma declaração inflamada que lhe chamou a atenção: "Deus deve tomar o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, e expulsar a escória desse país". E um dos pastores falava que "deus decretou o fim do governo do ímpio e falava da necessidade de uma guerra espiritual". As músicas eram sobre o apocalipse, os cultos falavam e associavam a pandemia ao apocalipse. Os pastores pediam ao governo Bolsonaro que ele criasse uma situação que aceleraria o fim do mundo e, portanto, a volta de Jesus.

Isso é uma teologia muito presente entre os evangélicos fundamentalistas no Brasil e nos EUA. Os aliados  dominionistas de Donald Trump acreditam nisso, e que acelerar o fim do mundo vai acelerar a volta de Jesus.

Dominionismo, também conhecido como teologia do domínio, é uma corrente teológica e política que interpreta Gênesis 1:28 como um mandado para os cristãos exercerem controle sobre a sociedade e suas diversas esferas, como governo, cultura (olha ela aqui de novo) e economia.

Nos resta o Espiritismo com sua visão otimista da vida, enfatizando a imortalidade da alma, a reencarnação como motor da evolução pela sucessão de aprendizados. A vida passa a ser uma oportunidade de crescimento, mesmo diante de adversidades. Se vai triunfar só saberemos num futuro muito distante.

Artigo Publicado no Jornal de Cultura Espírita - ABERTURA setembro de 2025.

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/45-jornal-abertura-2025?download=354:jornal-abertura-setembro-2025

Roberto Rufo é Bacharel em Filosofia, colunista do Abertura e reside em Santos.

 

 

sábado, 27 de setembro de 2025

Palestra online - La Reencarnación a la luz de la fé razonada - por Alexandre Cardia Machado

 Quem tiver interesse, houve uma interessante conversa entre Engenheiros Espíritas, em espanhol, sobre o tema:La Reencarnacion a la luz de la fe razonada - ou Reencarnação sobre a ótica da fé Raciocinada em português.

veja aqui:

https://youtube.com/live/8KkYauzteLw?si=7PAsOeUQbCt_QoVE 


Participação de Alexandre Cardia Machado



segunda-feira, 15 de setembro de 2025

O Censo de 2023 e o Espiritismo - ICKS

 

O Censo e o Espiritismo

O Censo de 2022 registrou uma redução percentual e real de pessoas que se declararam espíritas. 0,3% a menos. O espiritismo é mais importante na Região Sudeste com 2,7%.

Na cidade de Santos onde resido, 29.196 pessoas se declararam espíritas, 7,87% da população, ficando no terceiro lugar após católicos e evangélicos. A sensação é de que muito mais gente se interessa pelo espiritismo, só que não se declara espírita apesar deste percentual estar mais que o triplo da média nacional de 1,9%.

Na divulgação do Censo anterior ... Jaci Régis escreveu sobre este tema, um artigo de nome – Espiritismo segunda opção. Acredito que a releitura faz todo o sentido neste momento.

O artigo foi publicado no Jornal Abertura de junho de 2005 e pode ser acessado  no blog do ICKS: https://icksantos.blogspot.com/2022/07/espiritismo-segunda-opcao-por-jaci-regis.html

A época a FEB assim se pronunciou à Veja que fez uma reportagem a respeito: "Segundo a Federação Espírita Brasileira", diz a reportagem da VEJA, mais de 40 milhões de pessoas seguem a doutrina de Allan Kardec no Brasil. Apenas 2% dos brasileiros se dizem Espíritas, nos censos oficiais. A imensa maioria simplesmente acrescenta, sem dramas de consciência, os ensinamentos de Kardec, aos das religiões que professam oficialmente".

Do artigo de Jaci Régis reproduzimos integralmente o foco dado pelo autor a esta questão:

“O QUE BUSCAM OS CATÓLICOS NO ESPIRITISMO?

Certamente é hipotético afirmar que quarenta milhões "seguem" a doutrina de Allan Kardec, no Brasil. O que acontece é que milhões de católicos, pois é pouco provável que protestantes o façam, frequentam algumas vezes ou seguidamente os centros espíritas em busca de serviços que eles oferecem à população, seja no campo da assistência social, seja no consolo espiritual, através de consultas e passes.

 Essa multidão seria bem menor se os centros espíritas ensinassem efetivamente a doutrina de Allan Kardec, mas não uma adaptação religiosa e personalista dos princípios espíritas. Com isso a comunicação dos Espíritos e a reencarnação, não teriam o caráter folclórico que assumem, como se vê na reportagem.

Em muitos dos que se chamam de "centro espírita", lamentavelmente extremamente distantes do Espiritismo, esses católicos ficarão muito à vontade, porque neles se faz uma imitação medíocre do catolicismo, inclusive com preces católicas como ave-maria e outras. E, quando ali se discursa, os discursos não diferem do catolicismo, a não ser no que tange à comunicação com os Espíritos e uma tênue referência à reencarnação, moldada, contudo, no viés da punição e da purificação, bem ao gosto da doutrina católica.

Essa é a tal de multidão que acredita na reencarnação e na comunicação com os mortos. Para eles, não se trata apropriadamente de assumir o Espiritismo como uma segunda religião, como uma opção mais folclórica, mais ansiosa e supersticiosa sem qualquer reflexão filosófica ou prova científica.

 O que se pode dizer também de muitos que se dizem oficialmente espíritas.

 O QUE DEVERIA SER DADO AOS CATÓLICOS QUE BUSCAM O ESPIRITISMO

A transformação do Espiritismo numa religião formal, cada vez mais formal, acaba numa deformação do conteúdo doutrinário e numa traição aos projetos e finalidades dadas por Kardec à sua doutrina.

A reportagem de Veja, traduz que os católicos que procuram o Espiritismo querem informações concretas e objetivas sobre a reencarnação, a imortalidade e a comunicação com os mortos, onde eles vivem e como vivem.

Entretanto, não é isso que encontram nos centros espíritas. Estes, quase sempre, se formam com "principal finalidade será o estudo e a divulgação do evangelho de Jesus".

 O que marca a existência do Espiritismo é o seu conteúdo filosófico, seu esforço por provar cientificamente a existência e a evolução do Espírito, na qual a reencarnação se insere. Para isso utiliza a mediunidade como instrumento de prova da Imortalidade, da sobrevivência e comunicabilidade entre vivos e mortos. A partir dessa compreensão que o Espiritismo trará sua contribuição à humanidade. Ora, o "estudo do evangelho", é feito nas igrejas católicas e protestantes, diariamente. O que o Espiritismo brasileiro acrescenta ao fixar-se nesse estudo evangélico? Explicações sobre fatos ali narrados e acompanha, insensatamente, a sacralização feita pela Igreja da figura de Jesus Nazareno.

 A reportagem diz que "O que o Espiritismo tem de próprio, ainda que não seja um monopólio seu, é o fato de acenar com a certeza de que, no futuro, haverá outras vidas, quantas forem necessárias para tirar as manchas da alma".

 Aí entra a deformação básica do instituto da reencarnação, pois a transformação religiosa do pensamento espírita fixou-se, como era de esperar, na questão das penas e gozos futuros, de acordo com o viés judaico-católico, que se assenta na concepção do pecado original, na necessidade de purificação.

Mas a reencarnação no Espiritismo não é instrumento de resgate, de pagamento de dívidas de "outras vidas". Na essência, o processo evolutivo guarda a relação do Espírito consigo mesmo, na relação com os outros, sem estar ligado a erros pontuais ou severos de "outras vidas", como se cada capítulo do processo evolutivo, ficasse estanque e restrito, desconhecendo que o ser espiritual é uma individualidade permanente e que seu projeto é evoluir para compreender a si mesmo e sua inserção na vida.

 Fora dessa visão, tudo gira em torno de explicar de forma diferente as crenças, os castigos, as dores, os pecados.

 Na verdade, o próprio Kardec, devido às premências do seu tempo, utilizou-se de explicações para contestar tradições judaico-cristãs.

Por exemplo, os anjos da guarda seriam Espíritos protetores. Os demônios, Espíritos obsessores. Os Anjos, Espíritos puros.

Foi um erro. Porque na verdade para o Espiritismo não existem anjos da guarda, demônio ou anjos, céu ou inferno. Nada disso tem qualquer respaldo na teoria espírita. Simplesmente não existem.

Tentar dar versão espírita a essas tradições só prejudica a separação necessária de nossos conceitos com o judaico-cristianismo, promovendo confusões e permitindo interligações conflitantes.

Então, o que poderíamos fazer e alguns estão fazendo, é limpar essa linguagem, caminhar para a pesquisa e para produção de uma filosofia capaz de suplantar o obscurantismo católico e protestante e afirmar o Espiritismo não como uma segunda opção, mas como a opção clara, despida de crendices e confusões.

Para isso é preciso um novo posicionamento.

 Kardec admitiu que o Espiritismo poderia ser um auxiliar das religiões. Para isso, naturalmente, é preciso manter sua identidade, sua diferença e fazê-lo promíscuo com elas.

 Auxiliar é uma coisa, é dar subsídios, explicações para as religiões e não tornar-se satélite delas.

 Talvez para os dirigentes da Federação Brasileira e outros, ser a segunda opção da Igreja Católica, seja a gloria. 


Artigo publicado no Jornal Abertura de julho de 2025.

Queres ler o jornal completo? Baixe aqui!

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/45-jornal-abertura-2025?download=348:jornal-abertura-julho-2025


domingo, 24 de agosto de 2025

Baixe Grátis - E-Book Anais do 15° SBPE - Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita

Anais do 15° SBPE - Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita

disponível gratuitamente 


Baixe na página da CEPA o seu exemplar deste importante evento de 2017, realizado em Santos - SP.

Lançamos neste mês de agosto de 2025 e esperamos futuramente disponibilizar todos os anais dos 15 SBPEs.



Clique no link abaixo:

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/39-mais-livros?download=352:anais-do-15-simposio-brasileiro-do-pensamento-espirita

Se quiser conferir a reportagem do Jornal Abertura sobre o 15° SBPE, basta clicar abaixo que ela está dispnível aqui no blog.


Clique aqui abaixo:

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

FRANCISCO MADERO - PRESIDENTE ESPIRITA DO MÉXICO por Jon Aizpúrua

 

FRANCISCO MADERO - PRESIDENTE ESPIRITA DO MÉXICO

 

Jon Aizpúrua

 

Nota da Redação: Este artigo trás a luz aos brasileiros de um personagem importante da história democrática mexicana e que ao conhecer o espiritismo mudou completamente a sua vida. Demonstrando o poder inegável da Doutrina Espírita. 

          Francisco Ignacio Madero, erroneamente chamado de Francisco Indalecio Madero (Parras de la Fuente, Coahuila, 1873 – Cidade do México, 1913). Homem simples e idealista, honesto e gentil, político com firmes convicções democráticas e sincera preocupação social, cujo pronunciamento contra a longa ditadura do General Porfirio Díaz desencadeou a Revolução Mexicana. Após seu assassinato enquanto ocupava o cargo de presidente mexicano, ficou conhecido como o "Apóstolo da Democracia".

 

Homem de terno e gravata

O conteúdo gerado por IA pode estar incorreto.

Francisco Ignacio Madero

 

          Além de sua renomada carreira política, ele também tinha o status único e sem precedentes de ser o único governante de um país. Ele expressou publicamente sua adesão à doutrina espírita fundada e sistematizada por Allan Kardec em seus discursos, cartas e livros, bem como sua firme convicção de que o progresso da humanidade deve estar alinhado à evolução moral e espiritual de seus líderes. Portanto, ele via o Espiritismo não apenas como uma forma de compreender o espírito e a vida após a morte, mas também como um guia para as pessoas elevarem sua consciência e se identificarem com os princípios do amor, da liberdade, da justiça e da igualdade.

           Familia e Estudos

            Membro de uma família abastada de proprietários de terras e industriais, primogênito de Francisco Madero e Mercedes González, recebeu sua educação inicial em casa, continuou seus estudos no Colégio Jesuíta San Juan, em Saltillo, e posteriormente consolidou sua formação nos Estados Unidos e na França. Em 1886, seus pais o matricularam nas Academias Culver, em Indiana, e ele então foi para Baltimore, onde estudou agricultura na Escola Saint Mary. Em 1889, foi enviado a Paris, onde moravam vários parentes, para estudar contabilidade, economia política e sistemas comerciais no Liceu Hoche de Versailles, e estudos de avaliação comercial na École des Hautes Études Commerciales (HEC), em Paris. Finalmente, ingressou na Escola Técnica de Agricultura da Universidade Berkeley, em São Francisco.

           Após receber uma educação completa, retornou ao México em 1893 e dedicou-se à administração das propriedades e outros bens do pai; prosseguiu com estudos sobre a produção de vinho em Coahuila; modernizou os sistemas agrícolas; promoveu a educação; e fundou a escola comercial em San Pedro de las Colonias, onde residia. Propôs a construção de represas para abastecer a região durante as secas e, após a publicação da proposta, recebeu uma carta de felicitações do presidente Porfirio Díaz. No entanto, comovido com a miséria da população rural e as condições subumanas dos operários fabris, decidiu ingressar na política, começando em sua região natal e se espalhando gradualmente por todo o país. Madero começou a namorar Sara Pérez Romero por volta de 1897, e eles se casaram seis anos depois. Não tiveram filhos.

          Intensa participação política

          A longa ditadura do General Porfirio Díaz, que durou de 1876 a 1910, consolidou um modelo rígido de ordem política, econômica e social, garantindo a paz imposta ao país como condição indispensável para seu desenvolvimento econômico. Benfeitor da oligarquia agrária, protetor dos privilégios da Igreja Católica e dos investimentos americanos e europeus, o ditador perpetuou seu poder violando o princípio constitucional da não reeleição. A estabilidade política e algumas melhorias econômicas não corrigiram os desequilíbrios sociais e, em vez disso, agravaram a deterioração das condições de vida dos camponeses e da população urbana pobre. Nos anos que seriam os últimos do chamado "Porfiriato", o descontentamento não se limitou aos setores mais desfavorecidos; vozes críticas surgiram entre as próprias elites, novos partidos políticos foram fundados e novas lideranças surgiram, entre elas Francisco Ignacio Madero.

         Sua atividade política começou em 1904, quando concorreu à prefeitura de San Pedro de las Colonias. Com o apoio apenas da família e movido por seus ideais, competiu em desvantagem contra o candidato do partido governista e foi derrotado pela poderosa máquina governamental. Por volta de 1905, os abusos de poder do governador de Coahuila levaram ao início de seu ativismo político: fundou o Partido Democrático Independente e começou a expressar suas ideias no jornal El Demócrata.

         Em 1908, Porfirio Díaz declarou que o povo mexicano estava maduro para a democracia e anunciou a convocação de eleições, sua intenção de não se reeleger e de permitir a participação de outros partidos políticos. Madero aproveitou essa oportunidade para publicar o livro "A Sucessão Presidencial de 1910", uma obra moderada em defesa das liberdades civis e da verdadeira democratização do país, que foi amplamente divulgada e aceita. Mas uma mudança repentina de opinião do presidente, que se declarou candidato novamente, frustrou as expectativas e causou indignação generalizada. Tudo isso apenas intensificou o ativismo de Madero.

          Em 1909, o Partido Nacional Anti-reeleição indicou Madero como candidato presidencial e iniciou sua campanha nacional com o slogan "Sufrágio efetivo e nenhuma reeleição". No entanto, o ditador ordenou sua prisão e encaminhamento para uma prisão em San Luis Potosí. Assim, com seu rival subjugado, o Congresso reelegeu Díaz para um novo mandato de seis anos. Madero concluiu que não era possível chegar ao poder por meio de eleições e que somente uma revolta armada poderia trazer uma mudança real. Em outubro de 1910, conseguiu escapar para os Estados Unidos e, de seu exílio em San Antonio, Texas, publicou o programa político denominado "Plano de San Luis Potosí", no qual denunciava os abusos da ditadura, a necessidade de substituí-la por um governo democrático e a urgência de beneficiar os setores agrários, devolvendo aos camponeses as terras que lhes haviam sido confiscadas. A data de 20 de novembro de 1910 foi marcada para a revolta, à qual os camponeses aderiram com grande entusiasmo. Esta data entrou para a história como um marco que marcou o nascimento da Revolução Mexicana.

          Entre os insurgentes, juntamente com outros líderes locais, estavam alguns dos líderes que desempenhariam um papel fundamental nesse processo: Pascual Orozco, Emiliano Zapata e Pancho Villa. Diante da incapacidade do governo e da impotência do exército, a Revolução logo se espalhou por todo o país e, em 7 de junho de 1911, Madero entrou triunfantemente na capital. Um governo provisório foi formado, convocado para eleições, e em novembro daquele ano, ele assumiu o cargo de presidente constitucional do México.

          Embora o governo Madero tenha durado apenas quinze meses, obteve avanços notáveis em educação, saúde, condições de trabalho e organização do erário público. Também fomentou a atividade econômica, proporcionando maiores benefícios aos produtores de médio e pequeno porte e estabelecendo acordos mais justos e equilibrados com empresas internacionais. Politicamente, estabeleceu um regime de liberdade e democracia parlamentar. No fim das contas, porém, seus esforços se mostraram infrutíferos. Teve que confrontar setores representativos do antigo regime, o militarismo, a oligarquia e o clericalismo, bem como líderes revolucionários agrários como Emiliano Zapata, que exigiam medidas tão radicais que, se adotadas, mergulhariam a nação no caos.

          Em meio a essas lutas, o general Victoriano Huerta, que parecia leal a Madero e gozava de sua confiança, ganhou destaque. Comandante das forças que deveriam defender o governo, ele foi instrumental em uma famosa e ignominiosa traição durante os chamados Dez Dias Trágicos, nome dado aos violentos eventos ocorridos na capital mexicana de 9 a 19 de fevereiro de 1913. Huerta ordenou a prisão de Madero, obrigou-o a assinar sua renúncia e prometeu-lhe permissão para deixar o país com sua família. No entanto, em 22 de fevereiro de 1913, Madero e seu vice-presidente, José María Pino Suárez, foram fuzilados por um grupo de soldados no pátio da penitenciária. 

Seus passos iniciais no espiritismo

           Em suas Memórias, escritas em 1909, Madero relatou seu encontro com as ideias espíritas aos dezoito anos, enquanto estudava administração e comércio em Paris: 

Entre as minhas muitas e variadas impressões daquela época, a descoberta que mais impactou minha vida foi que, em 1891, por acaso, me deparei com alguns números da Revue Spirite, da qual meu pai era assinante e que era publicada em Paris desde sua fundação pelo imortal Allan Kardec. 

          O jovem estudante mexicano comenta que não tinha crenças religiosas ou filosóficas na época e que as ideias católicas de sua infância haviam desaparecido, de modo que se sentia na melhor disposição para julgar os ensinamentos do Espiritismo. Leu o máximo de exemplares daquela revista que conseguiu encontrar e adquiriu as obras de Allan Kardec: 

Não li esses livros, mas os devorei, porque suas doutrinas, tão racionais, tão belas, tão novas, me seduziram, e desde então me considero espírita. 

          Frequentou vários centros espíritas e ficou positivamente impressionado com os fenômenos que presenciou. Foi informado de que ele próprio era médium escrevente e decidiu comprovar isso organizando sessões com seus familiares, seguindo as instruções de Kardec em O Livro dos Médiuns. Após várias tentativas, começou a sentir que uma força além de seu controle movia sua mão com muita rapidez e, nos meses seguintes, as mensagens transmitiram lições importantes para completar sua formação intelectual e enfatizaram questões morais. Parou de beber, tornou-se vegetariano e aprendeu a aplicar técnicas de cura baseadas na homeopatia e no passe magnético. Reconhecia que o Espiritismo o transformara de um jovem depravado e indiferente em um homem justo, bondoso, atencioso e preocupado com o destino do mundo, particularmente de sua pátria. 

 

De volta ao México

 

          Aos vinte anos, Madero retornou ao México, formado profissionalmente como administrador e transformado em suas crenças pelo Espiritismo. Imediatamente entrou em contato com sociedades espíritas, assinava os periódicos então publicados e, com o apoio da família, fundou o Centro de Estudos Psicológicos San Pedro, onde promovia estudos doutrinários enquanto exercia sua faculdade mediúnica. Motivado pelo desejo de difundir os ensinamentos espíritas, Madero adquiriu livros de Kardec, Lèon Denis, Gabriel Delanne, Amalia Domingo Soler, Quintín López Gómez e outros autores de editoras francesas e espanholas, e os distribuiu generosamente a pessoas interessadas que conheceu ao longo do caminho. 

          O movimento espírita mexicano que Madero encontrou ao chegar não estava em seu auge, devido aos obstáculos impostos pelo regime porfiriano devido à sua aliança com a Igreja Católica. No entanto, em anos anteriores, havia demonstrado considerável força e se espalhado por todo o país, graças à atuação de diversas figuras de grande prestígio social, entre as quais o General Refugio González e o intelectual Santiago Sierra. Em 1872, esses homens fundaram uma revista para a divulgação e defesa dos ideais do Espiritismo, intitulada La Ilustración Espírita (A Ilustração Espírita), que circulou até 1893. Essa publicação gozou de grande prestígio no México e no exterior por seu excelente conteúdo e apresentação gráfica. Naquele ano, uma grande assembleia foi convocada a partir de suas páginas, que concordou com a criação da Sociedade Espírita Central da República Mexicana, da qual participaram dezenas de sociedades das principais cidades. Nos anos seguintes, esse órgão central representou o Espiritismo perante as autoridades e o público, conquistando seu reconhecimento e respeito, como ocorreu nos famosos debates realizados no Colégio Hidalgo, na capital, nos quais se discutiu o tema do Espiritismo e sua relação com a ciência, o materialismo e o positivismo. 

          O ano de 1906 pode ser considerado o ponto de partida de uma nova era na vida do Espiritismo mexicano, que, embora breve, foi muito intensa e produtiva em termos de divulgação. Em abril daquele ano, realizou-se o Primeiro Congresso Espírita Nacional, com a presença de delegados de quarenta sociedades espíritas e a participação de representantes de Cuba, Porto Rico, Nicarágua e das cidades de Laredo e San Antonio, no Texas. Foram discutidos temas de grande interesse doutrinário, acatadas as conclusões dos Congressos Espíritas Internacionais de Barcelona (1888) e Paris (1900), e aprovadas importantes resoluções, entre elas a criação de uma comissão científica e experimental para a verificação dos fenômenos psíquicos e mediúnicos, a fundação de uma livraria espírita e de um jornal chamado El Siglo Espírita, que circularia até 1911. Pela primeira vez, acordou-se estabelecer relações com os movimentos espíritas de outras nações para criar uma Confederação Espírita Latino-Americana, projeto que só se tornaria realidade em 1946, quando foi fundada em Buenos Aires a Confederação Espírita Pan-Americana (CEPA). 

          Em 1908, realizou-se o Segundo Congresso Nacional Espírita, reunindo delegados de setenta e cinco centros espíritas. Teve significativo alcance internacional, com a presença de representantes de dez países, e foram discutidos trabalhos submetidos por proeminentes escritores europeus e americanos. Madero participou ativamente de ambos os Congressos, deixando uma marca duradoura com seu conhecimento, seu entusiasmo pelos ideais espíritas e seu status como uma figura pública que já brilhava intensamente no cenário político nacional. Em meio à sua agenda lotada, Madero encontrou tempo para terminar um livro que vinha escrevendo aos trancos e barrancos: Manual Espírita, um resumo dos ensinamentos básicos do Espiritismo, que seria publicado em 1911, após assumir a presidência da nação. Considerou apropriado, para não confundir o ideal espírita com circunstâncias políticas, assiná-lo com um pseudônimo e, neste caso, adotou o nome "Bhima", personagem mítico do texto épico indiano, o Mahabharata. 

           Além de suas leituras constantes, ele também fornecia informações obtidas no mundo espiritual, as quais psicografava. No desenvolvimento de suas atividades mediúnicas, distinguem-se duas etapas, com base em seu conteúdo e propósitos específicos. A primeira abrange os anos iniciais, desde seu retorno ao México até 1905. Uma entidade espiritual que se apresentou como "Raúl", o irmão mais novo que havia falecido tragicamente anos antes, instou Madero a aderir aos padrões morais derivados dos ensinamentos espiritualistas, insistindo que ele evitasse perder tempo com jogos, rejeitasse vícios, dedicasse boa parte de seus bens materiais a ajudar os pobres e lutasse por sua transformação interior. 

          Segundo suas memórias, ele cumpriu a disciplina prescrita e então iniciou uma segunda fase, na qual suas comunicações eram transmitidas por meio de um espírito que se identificava como "José". Agora, tendo superado a luta para controlar seus instintos, essa entidade anunciou que ele deveria se preparar para cumprir uma tarefa desafiadora em defesa da democracia mexicana. Anunciou que escreveria um livro que abalaria o clima político e o ajudaria a cumprir a tarefa que lhe fora confiada. "José" o chamou em suas comunicações de "soldado da liberdade e do progresso" e um "combatente incansável pela causa democrática". 

          Pode-se dizer que as comunicações mediúnicas recebidas por Madero retrataram com admirável precisão o caminho que ele percorreu desde o início do século: sua árdua preparação, a disciplina espiritual que teve que seguir, seus erros e acertos, a publicação de seu livro "A Sucessão Presidencial" em 1910, sua cruzada pelo México erguendo as bandeiras da regeneração moral e política, até que finalmente governou sua amada pátria como presidente. Uma parte significativa dessa obra, tão importante para a história mexicana, veio, em parte, das mensagens que ele recebeu de seu conselheiro espiritual. 

           Vários líderes espíritas ocuparam cargos em ministérios e escritórios durante sua administração de quinze meses. Um deles, que permaneceu ao seu lado como leal amigo e conselheiro, foi o escritor, poeta e jornalista costarriquenho Rogelio Fernández Güell, que serviu como Diretor da Biblioteca Nacional do México, o primeiro e último estrangeiro a dirigir aquela prestigiosa instituição cultural. Fernández Güell desempenhou papel de destaque em ambos os Congressos, fundou e editou a revista Helios e escreveu várias obras relacionadas a temas espíritas, incluindo Psiquis sin velo (Psiquê sem Véu), que dedicou com carinhoso afeto ao presidente. Ele também escreveu um livro histórico e político, El moderno Juárez. Estudio sobre la identidad de Francisco I. Madero (O Juárez Moderno. Um Estudo sobre a Personalidade de Francisco I. Madero), que destacou a imensa tarefa que ele desempenhou como presidente do país. 

           Durante grande parte de sua curta vida, Francisco Ignacio Madero oscilou entre dois polos que dominaram seu pensamento e suas ações: sua prática política e suas convicções espiritualistas. Alguns buscaram separar o Madero político do Madero espiritualista, com base em seus interesses ou pontos de vista particulares. Mas a verdade é que o idealismo de Madero, derivado dos princípios filosóficos e valores éticos do kardecismo, nos quais ele acreditava inequivocamente, norteou suas ações no espinhoso mundo da política partidária. Ele estava convencido de que era possível alcançar uma sociedade melhor, mais humana e inclusiva, livre e equitativa, apelando à educação e à boa-fé dos indivíduos. Talvez houvesse ingenuidade em seu projeto utópico, mas a imensa lição de dignidade que ele nos deixou com seu exemplo e seu sacrifício permanecerá para sempre como um legado indestrutível.

Artigo originalmente publicado no Jornal Abertura -agosto de 2025, se acessar o jornal clique no link abaixo:

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/45-jornal-abertura-2025?download=353:jornal-abertura-agosto-2025



segunda-feira, 18 de agosto de 2025

I Concurso Literário - Prêmio Jaci Régis - Relato de experiência atual positiva com jovens no Centro Espírita

 

I Concurso Literário – Prêmio Jaci Régis – ICKS – 1ª Edição 2025/26

Prazo de Inscrição foi  prorrogado para - 15 de dezembro de 2025

Conte a sua experiência positiva


Regulamento:

Tema –“ Relato de experiência atual positiva com jovens no Centro Espírita“

Objetivo

Divulgar a importância do Centro Espírita em seus diversos aspectos, atendimento ao público, divulgação espírita, atividades socioculturais, em sua comunidade. Queremos publicar um e-book com os 10 melhores trabalhos escritos, com isto esperamos influenciar a outros grupos espírita a fazer a diferença. Nosso apoio é  filosófico e material.

Este livro será oferecido ao público espírita de forma gratuita pelo site do ICKS.

Prazo de Inscrição

15 de dezembro de 2025, este prazo poderá ser estendido caso tenhamos poucos candidatos.

Onde inscrever

Através do Email do ICKS ickardecista1@terra.com.br .

Regras

1.      O candidato deverá enviar a sinopse de uma página do trabalho até 15 de dezembro 2025, na sinopse deverá conter o nome do autores), endereço e Email ao ICKS pelo Email – ickardecista1@terra.com.br ;

2.      O ICKS comunicará por Email ao candidato até o dia 31 de janeiro 2026 se seu trabalho foi selecionado;

3.      Caso selecionado o interessado deverá enviar o trabalho final  até 28 de fevereiro de 2025;

4.      O trabalho deverá ser enviado em Word, letra Arial 12, não podendo ultrapassar 12 páginas A4;

5.      O Trabalho deverá relatar uma experiência com jovens de mocidade espírita real e atual, citando o nome do Centro Espírita, período de realização e incluindo pelo menos 2 fotos de atividades deste grupo;

6.      O Trabalho deverá ser escrito como uma resenha, incluindo: autor(s), pequeno currículo, introdução, desenvolvimento,  crítica, conclusão e bibliografia, se utilizada;

7.      O envio da sinopse de uma página já será utilizada como autorização para o ICKS utilizar o trabalho no livro a ser produzido, bem como referenciá-lo no Jornal Abertura;

Cronograma

·         Divulgação do concurso a partir de agosto de 2025;

·         Conclusão da inscrição do trabalho até de 15 de dezembro de 2025;

·         Avaliação das sinopses dos trabalhos até 31 de janeiro de 2026;

·         Entrega dos trabalhos finais em word por Email até 28 de fevereiro de 2026;

·         Avaliação dos trabalhos até 8 de abril de 2026;

·         Divulgação dos resultados – 15 de abril de 2026;

·         Elaboração do e-book e os livros impressos – 31 de maio de 2026;

·         Solenidade de entrega dos prêmios online – até 30 de junho de 2026.

 

Premiação

1° Colocado – Prêmio em dinheiro de R$ 3.000,00, além de 15 livros Impressos;

2° Colocado - Prêmio em dinheiro de R$ 2.000,00, além de 10 livros Impressos;

3° Colocado - Prêmio em dinheiro de R$ 1.000,00, além de 5 livros Impressos;

Coordenação: última atualização 27/10/2025


Jaci Régis - Escritor espírita, fundador do ICKS, desencarnado em 2010.

A cobertura completa sobre o tema pode ser lida no Jornal Abertura de setembro de 2025

Baixe aqui:

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/45-jornal-abertura-2025?download=354:jornal-abertura-setembro-2025