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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Abrindo a Mente - As diversas teorias sobre a criação do Universo - por Alexandre Cardia Machado

 

As diversas teorias sobre a criação do Universo

Conforme proposto no artigo de dezembro de 2023, faremos em 2024 uma série de análises de possíveis teorias cosmológicas sobre a criação e a formação do Universo. No meu livro – Uma Breve História do Espírito, parto da hipótese mais provável e que contém mais evidências, ou seja, que o Universo observável incluindo o Mundo dos Espíritos tenha seu início conhecido a partir do Big Bang. Para os que queiram saber de mais detalhes leiam o livro.

Voltando ao artigo de dezembro de 2023 “ Sabine afirma que muitos campos de estudo não possuem dados suficientes nem para a formulação de hipóteses científicas, um exemplo é a ideia de “multiverso”. Não que existam pesquisas, na verdade há, só que ela alega que os divulgadores deveriam ser mais claros ao dizer que se trata de uma possiblidade, ainda não confirmada.


Voltei, portanto, a estudar sobre o multiverso e comecei pelo clássico – O Universo em uma Casca de Noz, livro de 2002 escrito por Stephen Hawking. Enquanto o fazia a CEPA – Associação Espírita Internacional liberou o livro e-book da Coleção Livre-Pensar: A Evolução dos espíritos, da matéria e dos mundos – de Gustavo Molfino e Reinaldo di Lucia. No capítulo 6 – A física depois de Kardec e sua influência na Teoria Espírita - os autores abordam a mudança radical na física a partir de Albert Einstein e Max Planck através da  Relatividade e do aparecimento da Física Quântica. “ A Mecânica Quântica e a Teoria da Relatividade mudaram completamente o mundo científico. Não só em termos de compreensão do Universo em suas estruturas fundamentais, mas também em metodologia de pesquisa”.

Os autores salientam que o modelo espírita de Universo baseia-se na Física Clássica e buscam uma das teorias atuais chamada  de Teoria das Cordas, que propõe um universo não Quadri dimensional ,mas sim com 10 dimensões. Onde 6 deles seriam o hiperespaço. E dizem “ essa teoria impacta diretamente no espiritismo em muitas de suas explicações relacionadas à matéria, como a formação do Universo, dos astros e planetas, a existência de outros tipos de matéria (como a chamada matéria escura) e, consequentemente, nos conceitos de perispírito e emissões de energia. Afeta também as ideias da criação e do surgimento do espírito, bem como a dualidade espírito-matéria.” Os autores param por aí, propõe que estudemos isto, mas no presente livro não avançam em teorias que expliquem como. Recomendamos a leitura.

É interessante, neste ponto lembrar que a física não é matemática. É uma ciência que se propõe descrever os fenômenos naturais, usando a matemática. A ideia de um mundo matemático é conhecida como platonismo, remontando, portanto, aos gregos de 2500 anos atrás. É claro que esta influencia chaga até nós. Com a ideia de que Deus fez tudo matematicamente perfeito, será?

O Conceito de multiverso incorpora o Universo que sabemos que existe, no qual vivemos, mas entende teoricamente (teoricamente significa que é matematicamente possível de se calcular, mas não significa que exista, para tanto há que se comprovar) que possa haver outros universos em dimensões diferentes, como por exemplo a teoria das cordas ou também a teoria das branas, fica aqui a pulga atrás da orelha, voltaremos ao tema no próximo mês, enquanto isto deem uma olhada nos ebooks recomendados abaixo.

 

Para abrir mais a sua mente: Leiam: Uma Breve História do Espírito de minha autoria: https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/27-icks-colecao-abrindo-a-mente?download=200:uma-breve-historia-do-espirito-alexandre-cardia-machado

Leiam também o recém lançado - A Evolução dos espíritos, da matéria e dos mundos – de Gustavo Molfino e Reinaldo di Lucia.

 - https://cepainternacional.org/site/pt/phoca-ebooks?download=277:a-evolucao-dos-espiritos-da-materia-e-dos-mundos

 Este artigo acima foi publicado originalmente no Jornal Abertura - edição janeiro/fevereiro de 2024

Quer ver o jornal completo, baixe grátis:

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/42-jornal-abertura-2024?download=286:jornal-abertura-janeiro-de-2024


quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Abrindo a mente Abertura de número 400, minha participação - por Alexandre Cardia Machado

 

Abrindo a mente

Abertura de número 400, minha participação

O Abertura surge em abril de 1987, nos primeiros anos ter um artigo assinado no Jornal Abertura era muito difícil, o Abertura talvez fosse o canal mais importante de nossa corrente alternativa ao Espiritismo a Brasileira da FEB.

Tive um primeiro artigo publicado em fevereiro de 1989 no exemplar número 23 chamava-se “A origem da vida”, casualmente o ponto central de meu livro – Uma breve história do Espírito. A partir deste momento, deste debut, passei a escrever alguns artigos de cunho científico regularmente.

Em outubro de 1993, após um convite especial de Jaci Régis, passei a dividir a página 3 do jornal com Jaci, Eugenio Lara e Roberto Rufo, foi um momento importante por que passei a ter uma presença constante, logo depois Jaci instituiu um Conselho de Redação, onde participavam, além dele, Roberto Rufo, Eugenio Lara e modestamente este que aqui escreve.

Minha coluna, em 1993 foi inaugurada com um artigo chamado “O Super homem não vem”, era um artigo interessante, que diz muito com a minha característica, pessoas que lideram, são importantes, mas não são nada sem os que a acompanham e interagem com elas. O mote era que ninguém fotografava o dia seguinte ao “salvamento do Super homem”, ele quebrava paredes, provocava acidente de automóveis, queimava prédios, e ninguém via o trabalhão para arrumar tudo depois. A imprensa só focava no herói.

Acreditamos fortemente no trabalho em equipe e me sinto honrado com estar à frente deste jornal em 35% do seu tempo de vida, sendo redator de 143 dos 400 Aberturas editados. Um trabalho feito sempre em grupo.

Em 1997,  meu velho, lá em Porto Alegre, editou um livro “familiar”, que posso chamar de meu primeiro livro. Meu pai, Jorge Armando Severo Machado era assinante e seguidamente citava em seu Boletim do Lions Clube, artigos do Abertura. Este livreto é composto exclusivamente por artigos meus do Abertura, selecionados por meu pai, entre 1993 e 1997.




Esta é minha Breve história no Abertura, feliz em trabalhar pela divulgação de um espiritismo livre pensador e progressivo. Espero que esta história perdure por muito mais anos.

Para Abrir mais a sua mente: Vá no site da CEPA e leia os Aberturas, disponíveis desde 2018.

https://cepainternacional.org/site/pt/publicacoes Busque – Jornal Abertura.




segunda-feira, 10 de julho de 2023

A curiosidade humana e a adrenalina por Alexandre Cardia Machado

 

A curiosidade humana e a adrenalina

 

“O homem, que procura nos excessos de todo gênero o requinte do gozo, coloca-se abaixo do bruto, pois que este sabe deter-se, quando satisfeita a sua necessidade. Abdica da razão que Deus lhe deu por guia e quanto maiores forem seus excessos, tanto maior preponderância confere ele à sua natureza animal sobre a sua natureza espiritual...” (Livro dos Espíritos questão 714)

O ser humano é curioso por natureza, graças a isto, nossos antepassados ultrapassaram desertos, montanhas, inventaram a navegação e mais recentemente, conseguimos aprender a fazer equipamentos capazes de voar e submergir.



Necessidades de pesquisas, resgate de tripulações em submarinos militares levaram alguns países a desenvolver submarinos capazes de atingir grandes profundidades, 10 vezes maiores que os usados para fins militares.

Atualmente está sendo criada uma demanda cada vez maior por aventuras  de todos os tipos, viagens ao espaço, mergulhos cada vez mais profundos, hotéis pendurados em montanhas e assim vai. Não é de surpreender que um acidente gravíssimo como o ocorrido com o submarino Titán, tenha levado a morte dos 5 tripulantes que foram ver os destroços do Titanic.

Hoje está na moda viver experiências, fazer, cada vez mais o inusitado, ou o que foi realizado apenas por poucos. Querem sentir vertigens, subir o nível de adrenalina no sangue. Tudo ocorre com uma aura de segurança, mas onde cada turista, ou usuário assina sempre um termo de responsabilidade e ciência dos riscos que isenta os organizadores de indenizações. Mas porque se importariam, a vida é uma só, pensam eles, temos que aproveitar.   “Quem não arrisca não petisca” velho ditado.

Como deveríamos pensar como espíritas? Sabemos de nossa imortalidade dinâmica, logo, poderíamos arriscar até mais, não? Porém, sabemos que para nós, viver é muito mais do que acumular emoções, é construção familiar e comunitária é pensar no bem comum. Não queremos dizer que não correremos riscos, mas sim, que devemos analisar os riscos com o máximo de cuidado possível. E tomar decisões racionais.

Mas porque sabendo dos riscos, assim mesmo alguns vão em frente? Parece que uma parte da humanidade tem este tipo de comportamento. São espíritos inquietos. Gostam de inovação.  Este comportamento como já falamos tem nos permitido expandir horizontes. Só que aqui e ali, muita gente desencarna. 

 Num mundo globalizado, um submarino é feito com componentes produzidos mundo afora. Os projetistas precisam assegurar-se de que tudo está de acordo com o projetado. 

Neste caso específico, o equipamento precisa resistir a pressões enormes, passando por  ciclos de pressurização e descompressão. Gerando fadiga. Logo, inspeções precisam ser feitas, para identificar o aparecimento de trincas. 

Engenharia existe para nos guiar em como construir equipamentos e como mantê-los funcionando adequadamente. Para isto existem códigos de projetos a serem seguidos, organizações de especialistas etc.

 Tudo indica que no caso em questão, a seleção de materiais na construção, como a célula de segurança ter sido construída com fibra de carbono e não com titânio como todos os outros submarinos que fazem estas operações, não foi a mais adequada. Já havia dúvidas, agora está provado o erro de projeto.

 O Titan já havia feito com sucesso 3 mergulhos, a esta profundidade de 4000 m. 

Talvez isto tenha passado a impressão de que existia risco, mas que, com sorte, não aconteceria nada. Sorte e azar não combinam com pressões altíssimas. Que sirva de alerta aos desavisados, arriscar a vida, pode resultar em morte.

 Assistimos, em todas as mídias, foi um caso clássico de combinação de erro de projeto, ou erro operacional, junto com a espírito curioso e consumidor de atividades extremas, daquelas pessoas.  E este consumo por aventura não irá acabar só porque houve este trágico fim, infelizmente isto realimenta o processo.

 Um dos que sofreram o acidente era neto de alguém que morreu ou sobreviveu no naufrágio do Titanic, não venham alimentar a ideia de que isso tenha alguma confecção real com o acidente. Nem acreditem em pessoas que possam enviar mensagens pseudo-mediúnicas, explicando as conexões causais. Não temos como comprovar nada disso.  

Este foi o Editorial do Jornal ABERTURA de Santos -SP de julho de 2023.

Quer ler o jornal completo -baixe aqui:

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/31-jornal-abertura-2023?download=244:jornal-abertura-julho-de-2023

Quer ver outras publicações disponíveis - vá no site:

https://cepainternacional.org/site/pt/publicacoes



segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Abrindo a Mente - O Misticismo e Charlatanismo no Espiritismo - Por Alexandre Cardia Machado

 Abrindo a Mente

O Misticismo e Charlatanismo no Espiritismo

Recentemente fomos convidados a falar sobre este tema em um centro Espírita de Santos, isto me fez refletir sobre os mecanismos que estão por trás de ações fraudulentas associadas a mediunidade. Esta preocupação não é recente, o mestre Kardec já tratava disto.

Allan Kardec no Livro dos Médiuns já nos advertia em relação aos perigos da mediunidade e dos médiuns, a história está repleta de charlatães e não perderemos tempo aqui relembrando cada caso destes, mas sim tentando alertar os amigos leitores.

No Livro dos Médiuns encontramos referência ao Charlatanismo em 3 lugares: Primeira Parte, no Capítulo 4° - Dos sistemas – Exame dos diferentes modos que o Espiritismo é encarado ... do Charlatanismo; na Segunda Parte, capítulos 27° e 28°, Das contradições e das mistificações e do charlatanismo e do embuste. Além destes capítulos o mestre faz referência à palavra Charlatanismo 28 vezes nesta obra.

No século XIX eram extremamente comuns shows teatrais com a presença de médiuns e embusteiros, misturava-se claramente a mediunidade real, no caso em especial de efeitos físicos com truques de ilusionismo. Este tipo de show diminuiu muito, mas não significa que tenha terminado.

Didaticamente vamos apresentar o conceito dos termos misticismo e charlatanismo, no sentido em que são empregados na obra de Kardec.

Mistificação (farsa): Ação intencional do Médium em enganar as pessoas quanto a origem de uma comunicação ou efeito físico, não confundir com animismo (real).


                                                   Filme - Fé de mais não cheira bem.

Charlatanismo: é uma ação intencional do Médium em enganar as pessoas com objetivos exercer poder quer econômico ou social (caracteriza-se por recebimento por algo que não é verdade).

O charlatanismo sempre existiu na sociedade, não apenas no campo do Espiritismo, por que isto corre? Pela falta de caráter de alguns espíritos encarnados, de baixa elevação espiritual.

Mecanismo usado:

Poderíamos dividir em dois tipos de mecanismos que de alguma maneira podem ser usados juntos ou separados:

Efeitos Físicos: basicamente se utilizam de técnicas de ilusionismos, semelhantes aos mágicos de circo. É o chamado predigitadores. Ou seja, necessita aprimorada técnica, mas o objetivo é enganar os frequentadores, buscando vantagem financeira.

Efeitos inteligentes: Este é o mais difícil de detectar pois qualquer processo mediúnico é propenso a engano, comunicação imperfeita e animismo, no entanto o nosso enfoque está relacionado a situações em que haja movimentação financeira, grande foco do charlatão.

O que observar para não ser enganado:

Não precisamos ir muito longe para sabermos de médiuns que correm o Brasil, fazendo palestras, recebendo cartas de Espíritos e vendendo livros com grande divulgação. O que há de ruim nisso? Tudo ou nada. Nada se forem honestos e tudo se forem charlatães.

Nos dias de hoje é muito fácil obter informações de uma pessoa que ficou viúva, que perdeu um filho ou de um marido que perdeu sua esposa, as informações estão nas redes sociais.

Quando estes médiuns famosos participam de eventos públicos, nestas visitas em cidades, quase sempre os grupos que as organizam de forma sincera, para receber algum médium famoso, criam grupos de WhatsApp, fazem propagandas pelo Fecebook. Logo, algumas pessoas comentam que gostariam de ir e receber uma carta de seu ente querido, dizem algo como: Vou sim, perdi meu filho e não me conformo, dizem o nome do filho, e está aberta a porta para o “médium charlatão”.

Outra forma muito comum é aquela onde as pessoas que vão participar da “sessão” devem chegar com antecipação, com isto em um local cheio, as pessoas circulam, conversam, contam seus problemas. Isto cria a oportunidade, pessoas que fazem parte da trama se misturam e capturam os casos e principalmente os detalhes, que fazem com que rapidamente se possa criar uma comunicação forjada.

Hoje existe o ponto eletrônico que pode facilmente ser escondido e as informações então passadas ao suposto médium.

Recado final, fiquem atentos, vejam se existe alguma forma de venda de livros, remédios ou qualquer outra atividade econômica associada.

Se forem procurar ajuda espiritual chequem na internet se existem reclamações e principalmente não falem com ninguém, sobre o seu problema. Esperem que os espíritos amigos se manifestem, peçam apenas mentalmente por ajuda.

Para abrir mais a sua mente: assistam ao filme de 1992 com Steve Martin – título em português: Fé de mais não cheira bem.

Artigo publicado no jornal Abertura de agosto de 2022.

Baixe aqui:

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/22-jornal-abertura-2022?download=194:jornal-abertura-agosto-de-2022


quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Abrindo a Mente: Telescópio James Webb um novo túnel do tempo por Alexandre Cardia Machado

 

Abrindo a Mente

Telescópio James Webb um novo túnel do tempo

 

Toda a vez que olhamos por um telescópio, na verdade fazemos uma viagem no tempo, em direção ao passado. Quando apontamos para uma estrela, como por exemplo a estrela Alfa de Centauro, uma estrela dupla, a mais próxima do Sol e consequentemente de nós terrestres, ela está a 4 anos luz de distância e o que vemos é a luz emitida há 4 anos. Ou seja, estamos vendo o passado.


Crédito fotográfico – NASA, ESA, CSA e STScl.

O Telescópio Espacial James Webb, lançado ao espaço este ano, está posicionado no ponto de Lagrange – L2 a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, é uma posição no espaço onde o telescópio fica em equilíbrio gravitacional entre a Terra e o Sol. Neste mesmo local outros 2 telescópios espaciais já ficaram por lá, foram eles o Herschel e o Observatório Plank.

Este telescópio custou 10 bilhões de dólares, e por que gastamos tanto com um projeto como este? Porque ele tem objetivos de grande interesse científico, nos ajudará a entender melhor nossa história. Seu primeiro objeto de pesquisa foi a fotografia em infravermelho de uma estrela muito distante com uma idade aproximada de 700 milhões de anos após o Big Bang, ou seja, a luz emitida por ela está navegando pelo espaço há cerca de 13 bilhões de anos e de igual maneira fazemos uma viagem no tempo de 13 bilhões de anos.

O Telescópio James Webb foi construído por um consórcio entre a NASA (EUA), ESA (Europeia e a Agência Espacial Canadense, contou com a ajuda de 300 universidades, desde o projeto e execução do telescópio, foguete e objetivos. Tem a previsão de operação de 5 anos, podendo operar por mais 5, dependendo do consumo de combustível.

Os principais objetivos são, revisitar exoplanetas já identificados, buscando fotografar em espectro de infravermelho, buscar as primeiras luzes do Universo, que como sabemos levou bastante tempo até que esfriasse o suficiente para que a matéria pudesse dar início a formação de estrelas e fotografar as nebulosas, buscando entender o nascimento de estrelas.

Um outro telescópio espacial o Kepler, lançado em 2009, encontrou 2,6 mil planetas fora do sistema solar (exoplanetas). Ele operou até 2018, hoje vaga no espaço e um dia se chocará com o Sol. Dentre estes planetas, 30 são os que requerem mais atenção do Webb, são os que tem até duas vezes o diâmetro da Terra e estão localizados nas zonas de habitabilidade de suas estrelas.


Crédito fotográfico – NASA, ESA, CSA e STScl.

Sendo a Pluralidade dos Mundos Habitados um princípio Espírita, ainda que nem todos os planetas sejam habitados, alguns devem ser, logo, acompanhar o desenrolar desta missão Webb, passa a ser um objetivo desta coluna e de tempos em tempos vamos atualizando os nossos leitores.

Para abrir mais a sua mente: vá ao site da Nasa específico para esta missão - https://www.nasa.gov/mission_pages/webb/main/index.html

 Artigo publicado no jornal ABERTURA de SETEMBRO DO 2022. Os dois últimos parágrafos não saíram por erro na edição. Caso você tenha gostado deste artigo e queira ler o jornal Abertura na integra, clique no link abaixo:

Já está disponível gratuitamente o exemplar de setembro de 2022, no link abaixo, no site da CEPA:

 

 https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/22-jornal-abertura-2022?download=198:jornal-abertura-setembro-de-2022




terça-feira, 6 de setembro de 2022

Abrindo a mente Evolução intelectual x evolução moral por Alexandre Cardia Machado

 

Abrindo a mente

Evolução intelectual x evolução moral

Por que avançamos tanto no conhecimento geral e não temos uma evolução social e moral equivalente?



Me animei a escrever novamente sobre este tema, tão complexo após assistir na TV Cultura, o programa Linhas Cruzadas onde a jornalista Thaís Oyama entrevista Luiz Felipe Pondé, tendo como tema “O conhecimento faz uma pessoa melhor?”. Todos conhecem o filósofo e professor Pondé, que tem uma abordagem centrada no conhecimento que cita diversas correntes de pensamento, mas raramente ou até melhor nunca se refere ao Espiritismo.

Fui buscar um artigo que escrevi aqui no jornal ABERTURA em outubro de 1989 e que  está disponível no blog do ICKS intitulado “A Trajetória da Ciência Espírita”, onde discorri a respeito da evolução intelectual da humanidade e uma comparação com o mesmo processo nas religiões e na filosofia. Vou trazer aqui a alguns aspectos do artigo.

A principal característica do conhecimento científico é que ele é autocorretivo, “capaz de colocar em dúvida, antigas “verdades” quando encontra provas mais adequadas, corrigindo-se, progredindo, aperfeiçoando-se”. (*)

Sobre esta característica Kardec concorda e tece o seguinte comentário “Há”, todavia, capital diferença entre a marcha do Espiritismo e a das Ciências; a de que estas não atingiram o ponto que alcançaram, senão após longos intervalos, ao passo que alguns anos bastaram ao Espiritismo, quanto não a galgar o ponto culminante, pelo menos a recolher uma soma de observações bem grande para formar uma Doutrina”. (OLE). Claro Kardec apoiava-se no conhecimento, desde os seus primeiros passos.

Segundo Popper, “a melhor estratégia que um cientista deve seguir não é a de tentar comprovar uma hipótese”. Ao contrário, ele deve pensar sempre em realizar testes, isto é, quando resistir à refutação, será considerada pelos menos provisoriamente, como uma explicação adequada dos fatos, e pode até mesmo ser aceita ou adotada para fins práticos, ganhando inclusive o estatuto de uma lei científica. )
O que é filosofia, Prado, C- Série- Primeiros Passos).

Kardec entendia bem isto e muito antes de Popper declarou em A Gênese “Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque se as novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará”.

Portanto, Kardec tinha noção de que o Espiritismo haveria de evoluir o que, no entanto, não foi entendido por seus seguidores que elegeram a Doutrina escrita em 1857 como uma verdade acabada. Quase nada mais se acrescentou e incorreu-se no erro e no risco de passar-se de Científico para Pseudocientífico ou, nas palavras de Gewandsznajder “Não é por acaso que algumas pseudociências estagnaram e seus seguidores tenham se limitado a repetir as mesmas ideias, técnicas e princípios pretensamente verdadeiros de centenas até milhares de anos atrás. As pseudociências costumam se isolar-se da ciência. Seus seguidores ostentam às vezes completa indiferença para com as descobertas científicas, sustentando princípios e leis que frequentemente contradizem os princípios científicos”. (*)

Precisamos estar atentos quanto a isto, para não permitirmos que uma Doutrina de tamanha abrangência seja transformada em pseudociência por falta de produção cientifica. Este esforço tem sido feito pela corrente livre-pensadora.

Além disto a transposição do conhecimento para as mudanças sociais e morais é muito lento, pois a sociedade é o fruto das interações individuais, e os indivíduos estão em diferentes estágios de compreensão intelectual.  Portanto cada um tem sua própria visão de mundo. No entanto creio fortemente que é pelo conhecimento e educação que o mundo melhorará.

Para abrir mais a sua mente: leia A Trajetória da Ciência Espírita de Alexandre Cardia Machado – pesquise no blog do ICKS.  https://icksantos.blogspot.com/search?q=a+trajet%C3%B3ria+da+ci%C3%AAncia+esp%C3%ADrita

(*) Referência - Livro  -  O que é método científico, Gewandsznajder.

Artigo originalmente publicado no Jornal Abertura de julho de 2022 - quer ler o jornal completo?

Baixe aqui:

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/22-jornal-abertura-2022?download=189:jornal-abertura-julho-de-2022



quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Abrindo a Mente - Marte – proximidade da Terra e as três missões lançadas - por Alexandre Cardia Machado

 

Abrindo a Mente

Marte – proximidade da Terra e as três missões lançadas

Seguimos atentos a aquele que parece ser, no futuro um local onde humanos poderão sobreviver, há muito caminho a percorrer, muito a aprender, mas quem sabe, futuras gerações poderão habitar o planeta vermelho, tornando o princípio espírita da pluralidade dos mundos habitados uma realidade.

Proximidade

Marte e Terra são planetas vizinhos, a Terra está mais próxima do Sol e dá uma volta ao seu redor em 365 dias e seis horas, já o planeta vermelho, completa sua órbita entorno do Sol em 686 dias. Com isto em alguns períodos do ano, a Terra e Marte se aproximam, sendo estes momentos os mais propícios para lançamento de missões a Marte, que nestes casos levam 8 meses para atingir o objetivo.

Hope Mars – Marte Esperança

A sonda Hope foi construída pelo Centro Espacial Mohammed Bin Rashid dos Emirados Árabes Unidos, em parceria com a Universidade do Colorado Boulder, a Universidade Estadual do Arizona e a Universidade da Califórnia em Berkeley. Esta sonda ficará em órbita no planeta.

Trata-se da primeira missão científica planetária liderada por uma nação árabe-islâmica, o que certamente será uma inspiração para as próximas gerações. A nave espacial levará três instrumentos científicos para estudar a atmosfera, o clima e o tempo do planeta. As observações podem ajudar os pesquisadores a entender melhor a transição de Marte de um mundo quente e úmido para o planeta frio e deserto de hoje.

Tianwen -1 (as perguntas celestiais)

Missão chinesa, que será formada por dois componentes, um satélite orbital e um jipe do tamanho de um carrinho de golfe. Se tudo der certo a China será o terceiro país a pousar um objeto terrestre em Marte e por ter sido lançado antes que o Perseverance, poderá ser o quinto robô a pousar no planeta. O nome Tianwen é inspirado em um antigo poema chinês, e pode ser traduzido como “as perguntas celestiais”. 

Mas sabemos que o orbitador tem seis instrumentos, incluindo uma câmera de alta resolução, um magnetômetro e um espectrômetro mineral, que permitirá aos membros da equipe saber a composição das rochas da superfície. Também há seis instrumentos no carrinho que pousará no planeta, incluindo uma estação meteorológica, um detector de campo magnético e um radar capaz de penetrar no solo e detectar gelo de água abaixo da superfície a uma profundidade de cerca de 100 metros.

Mars 2020 Perseverance – (Marte 2020  Perseverância)

Este certamente é o mais aguardado dos três, a NASA lançará seu quinto carrinho robô para Marte, os anteriores foram o Patfinder (1997-1997 – operou por 3 meses) Spirit (2004 – 2010),  Opportunity (2004-2010) e Curiosity (2012 – ainda ativa).

O Perseverance terá algumas missões: coletar amostras a serem trazidas à Terra em uma futura missão, terá um radar de penetração (1000 m) no solo com o objetivo de detectar gelo em seu interior, fundamental, para uma futura missão humana ao planeta. E terceiro levará um pequeno drone, ou helicóptero de 1,8 kg. Se tudo der certo, pela primeira vez poderemos observar o terreno à frente do robô de cima. Tem também o objetivo de verificar a dificuldade de voar na atmosfera rarefeita de Marte.

Para abrir mais a sua mente: vá no Google e digite: https://canaltech.com.br/espaco/conheca-as-tres-missoes-que-serao-lancadas-ao-planeta-vermelho-em-julho-167673/

Nota: Artigo originalmente publicado no Jornal Abertura de Santos.

Gostou? Você pode encontrar muito mais no Jornal Abertura – digital, totalmente gratuito.

Acesse: CEPA Internacional 


segunda-feira, 20 de julho de 2020

Abrindo A Mente: E se Deus fosse um de nós e a conquista da galáxia - por Alexandre Cardia Machado

O título pode ser um pouco exagerado mas ele decorre de um estudo e trabalho que desenvolvemos no ICKS há alguns anos. 

Estou transformando este trabalho em uma série de artigos explorando a possibilidade de que humanos venham e ocupar os diversos planetas que já sabemos que poderiam, sob determinadas circunstâncias abrigar vida. Vamos conversar sobre algumas hipóteses e como, com persistência, determinação e muito tempo, isto poderia acontecer. Estou me baseando num artigo publicado na Revista Scientific American em seu blog de autoria de Caleb Scharf – Diretor do Instituto de Astrobiologia da Universidade de Columbia. 

O Espiritismo tem como um de seus princípios a Pluralidade dos Mundos Habitados, as evidências cientificas nao demonstram isto, precisamos entender por que e quem sabe a vida seja muito mais rara do que imaginávamos.

 Na Via Láctea, talvez haja até 300 bilhões de estrelas. As melhores estimativas dos esforços de busca de exoplanetas, como as realizadas com o telescópio espacial Kepler da NASA, sugerem que dentro desse oceano de corpos estelares pode haver mais de 10 bilhões de mundos pequenos e rochosos em configurações orbitais propícias a condições de superfície temperadas. Essas manchas exoplanetárias podem gerar e suportar sistemas vivos e podem fornecer uma rede de pontos de referência para qualquer espécie determinada a migrar pelo espaço interestelar. Alguns estudos sobre o tema no século XX: O mais famoso é que, durante um almoço em 1950 com colegas cientistas, o físico Enrico Fermi reconheceu esse fato e, segundo a história, deixou escapar: “Você nunca se perguntou onde estão todos?” O paradoxo de Fermi: “a menos que espécies tecnologicamente proficientes sejam extremamente raras, elas deveriam ter se espalhado praticamente por toda a galáxia até agora, mas não vemos nenhuma evidência para elas”. Fermi calculou em termos aproximados que a Via Láctea poderia ser ocupada em alguns milhões de anos. 

Em 1975, o astrofísico Michael Hart produziu o primeiro estudo quantitativo e matizado dessa ideia, no qual apresentou o que ficou conhecido como "fato A." de Hart. Isso se refere à ausência de alienígenas na Terra hoje. Esse fato até agora cientificamente incontestável levou Hart à conclusão de que nenhuma outra civilização tecnológica existe atualmente - ou jamais existiu - em nossa galáxia. A chave dessa afirmação, assim como no insight original de Fermi, está no tempo relativamente curto, em termos espaciais, que aparentemente levaria para que uma espécie se espalhasse pelos 100.000 anos-luz da Via Láctea, mesmo usando modestos e muito mais lentos que sistemas de propulsão de foguetes como os que usamos na Terra nos dias de hoje. 

O físico Frank Tipler também estudou o problema e relatou seu trabalho em 1980, demonstrando, assim como Hart, que em poucos milhões de anos alienígenas adequadamente motivados poderiam realmente visitar todos os lugares. Dado que nosso sistema solar existe há 4,5 bilhões de anos e que a Via Láctea foi montada há pelo menos 10 bilhões de anos, houve tempo mais do que suficiente para que as espécies terminassem em todos os mundos habitáveis. Porém, essas investigações consideraram a propagação da vida um tanto diferente. 

Hart assumiu um processo de colonização “na carne” por uma espécie biológica, enquanto Tipler imaginou enxames de sondas, de máquinas auto-replicantes, ou seja carregando micro-organismos que se espalhariam sem restrições. Na maioria dos cenários de assentamento, os sistemas estelares e seus planetas tornam-se habitados, se ainda não eram, e servem como a próxima base de operações para o lançamento de novos sistemas. Para as máquinas auto-replicantes da Tipler, os principais limites de sua expansão seriam a disponibilidade de energia e matérias-primas suficientes para produzir cada geração subsequente e intensão permanente, pois trata-se de um processo de milhares de gerações. Sempre existem muitas suposições importantes em qualquer estudo como esse. 

Alguns são razoáveis e facilmente justificáveis, mas outros são mais complicados. Por exemplo, todos os cenários envolvem suposições sobre o escopo da tecnologia usada para viagens interestelares. Além disso, quando a espécie está “pronta para o passeio”, em vez de enviar emissários robóticos sofisticados, a suposição mais fundamental é que os seres vivos podem sobreviver a qualquer tipo de viagem interestelar. Sabemos que viajar a até 10% da velocidade da luz exige alguma tecnologia bastante selvagem - por exemplo, propulsão por bomba de fusão ou velas de luz colossais acionadas por laser. 

Também deve haver proteção contra os impactos desgastantes dos átomos de gás interestelares, bem como das migalhas de rochas que destroem as naves, cada uma das quais carrega o soco de uma bomba para uma espaçonave a qualquer fração decente da velocidade da luz. Viajar em velocidades mais modestas é potencialmente muito mais seguro, mas resulta em tempos de trânsito entre estrelas de séculos ou milênios - e está longe de ser óbvio como manter uma equipe viva e bem por períodos de tempo que podem exceder muito a vida útil individual. 

Veremos agora um pouco mais as dificuldades desta empreitada. 

Em outros lugares da galáxia, pode haver arquipélagos de espécies interestelares para quem os visitantes cósmicos são a norma, ou seja, aglomerados muito próximos de estrelas que em tese permitiriam vistas entre elas. Imaginemos que possam existir outras civilizações avançadas em outros planetas na nossa galáxia. As suposições mais controversas, no entanto, giram em torno de questões de motivação e projeções que se pode fazer sobre a longevidade de civilizações inteiras e seus possíveis assentamentos planetários. Ou então se uma espécie exótica simplesmente possa não estar interessada em alcançar outras estrelas? Toda a ideia de um possível assentamento galáctico literalmente desapareceria. 

Esse foi um argumento proposto por Carl Sagan e William Newman em 1983 como uma refutação ao que eles chamaram de "abordagem solipsista (idealista)" à inteligência extraterrestre. Já para o cosmólogo Jason Wright, esse tipo de proposição é, sem dúvida, uma "falácia". Dito de outra forma: parece impossível especular com precisão o comportamento de uma espécie inteira como se estivesse pensando com uma mente unificada. Nós, humanos, certamente não nos encaixamos nessa categoria, dificilmente a humanidade concordaria numa empreitada de séculos. 

Por outro lado mesmo que a vasta maioria das supostas civilizações espaciais da Via Láctea não tente se espalhar pela galáxia, basta uma cultura ( um planeta) indo contra a corrente para espalhar sinais de vida e tecnologia por centenas de bilhões de sistemas estelares. De fato, a história do paradoxo de Fermi está inundada de diversos debates sobre suas suposições subjacentes, bem como de uma enorme variedade de "soluções" postuladas. Poucas, se houver alguma, dessas soluções são prontamente testáveis. Embora alguns incluam ideias bastante diretas, outros são estritamente ficção científica.

Por exemplo, pode ser que o custo em recursos para atingir a capacidade de atravessar rapidamente o espaço interestelar seja muito alto, mesmo para uma espécie soberbamente tecnológica. Isso certamente poderia reduzir o número de exploradores. Ou talvez o crescimento populacional não seja, como muitos pesquisadores supõem, uma forte motivação para viajar para as estrelas, especialmente para uma espécie que restrinja quaisquer impulsos vorazes e desenvolva um ambiente verdadeiramente sustentável de coexistência em seu sistema doméstico e ambiental.

A derradeira revolução verde removeria o ímpeto de ir mais longe em busca de algo que não fosse a exploração científica. Podem também existir alguns tipos de impedimentos, como os religiosos, morais ou simplesmente desinteresse. Como alternativa, talvez cataclismos naturais, de explosões de supernovas a explosões do buraco negro central da Via Láctea, simplesmente eliminem a vida galáctica com regularidade o suficiente para impedir que ela se espalhe. 

Propostas mais ultrajantes incluem a hipótese do zoológico. Nesse cenário, estamos sendo mantidos deliberadamente isolados e no escuro pelos poderes alienígenas que eventualmente existem. Limitantes: Existem fatores básicos e universais em jogo, desde a escassez de bons lugares para ancorar até o tempo que leva para uma população se preparar para avançar mais no vazio. Cientistas tentando elaborar uma estratégia investigativa que fizesse o menor número possível de suposições não substanciadas e que pudesse ser testado ou restringido de alguma forma com dados reais chegaram a algumas conclusões:

No centro deste exercício, havia o simples pensamento: como ondas de exploração ou assentamento poderiam ir e vir através da galáxia, com humanos surgindo em um dos períodos solitários. Essa ideia está relacionada ao fato original de Hart - de que não há evidências aqui na Terra hoje de exploradores extraterrestres. Mas vai além, perguntando se podemos obter limites significativos para a vida galáctica, restringindo o período exato de tempo que a Terra poderia ter passado despercebida. 

Talvez há muito, muito tempo, alienígenas chegassem e se fossem. Ao longo dos anos, vários cientistas discutiram a possibilidade de procurar artefatos que poderiam ter sido deixados para trás após essas visitas ao nosso sistema solar. O escopo necessário de uma pesquisa completa é difícil de prever, mas apenas a situação na Terra acaba sendo um pouco mais gerenciável. 

A pesquisa local: 

Em 2018 Gavin Schmidt, do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA, junto com Adam Frank, produziu uma avaliação crítica para saber se poderíamos dizer com absoluta certeza se houve uma civilização industrial anterior a nossa na Terra. Por mais fantástico que possa parecer, Schmidt e Frank argumentam - como fazem a maioria dos cientistas planetários - que na verdade é muito fácil para o tempo apagar essencialmente todos os sinais da vida tecnológica na Terra.

 A única evidência real depois de um milhão ou mais de anos se resumiria a características estranhas, como moléculas sintéticas, plásticos ou precipitação radioativa. Restos fósseis e outros marcadores paleontológicos são tão raros e dependem de condições tão especiais de formação que podem não nos dizer nada neste caso. Schmidt e Frank também concluem que ninguém ainda realizou as experiências necessárias para procurar exaustivamente essas assinaturas não naturais na Terra. 

O ponto principal é que, se uma civilização industrial em escala própria existisse alguns milhões de anos atrás, talvez não soubéssemos disso. Isso absolutamente não significa que tenha existido; indica apenas que a possibilidade não pode ser rigorosamente eliminada. Nos últimos anos, buscam as implicações maiores e mais abrangentes da galáxia dessas idéias em uma investigação liderada por Jonathan Carroll-Nellenback, da Universidade de Rochester, e com Jason Wright, da Universidade Estadual da Pensilvânia. 

Um avanço no desenvolvimento de uma série de simulações de computador que permitem construir uma imagem mais realista de como as espécies podem se mover em uma galáxia considerando o seu próprio movimento. Como todas as estrelas se movimentam, elas podem abrir janelas de oportunidade ao se aproximarem, uma das outras. Se você tirar uma foto instantânea de estrelas a algumas centenas de anos-luz do sol, verá que elas estão se movendo como as partículas de um gás. 

Em relação a qualquer ponto fixo nesse espaço, uma estrela pode estar se movendo rápida ou lentamente e no que é efetivamente uma direção aleatória. Reduza o zoom ainda mais, para escalas de milhares de anos-luz, e você começará a registrar o grande movimento orbital compartilhado que carrega uma estrela como o nosso Sol pela Via Láctea, dando uma volta ao redor de seu núcleo a cada 230 milhões de anos. 

Estrelas muito mais próximas do centro galáctico demoram muito menos tempo para completar uma volta. odo este movimento tende a proporcionar oportunidades de aproximação entre estrelas, permitindo “janelas” de milhões de anos para que uma determinada civilização possa enviar missões a planetas que orbitem as estrelas com que se aproximam no espaço. Como estamos falando de números enormes de estrelas, a possibilidade de migração de seres vivos que possam existir na galáxia aumenta muito. 

Costumo sempre reforçar que a estrela mais próxima da Terra está a 4,25 anos-luz é a Próxima -Centauri, para termos uma ideia, chamamos a distância média da Terra ao Sol de 1 UA. Ou seja – uma unidade astronômica. Próxima - Centauri está a 268 mil UA. O objeto terrestre que está mais distante da Terra é a nave Voyager 1, lançada em 1977 e que está hoje a 148 UA, ou seja está 147 vezes mais longe do Sol que a Terra, isto em anos-luz significa 20, 35 horas-luz. Se a Voyager 1 estivesse indo na direção de Próxima-centauri poderia chagar lá daqui a 76 milhões de anos. 

O grande problema para a colonização interestelar é a distância. Mas se consideramos a possibilidade de uma aproximação de uma estrela, por este movimento da galáxia e se tivermos mais tecnologia e capacidade de viajar a velocidades maiores, em algum momento poderíamos saltar a outro sistema estelar. Em tempos de pandemia é bom pensarmos em como dar este salto. 

Estamos ainda que nos primeiros passos desta corrida. 

Gostaria de reforçar o novo princípio Espírta que defendo: Alguns planetas são habitados, quem sabe nos caiba vir a habitar outros planetas em algum momento no futuro. 

Para abrir mais a sua mente: veja no site da revista ScienficAmerican – home page – www.scintificamerica.com; veja também sobre a missão Voyager –  https://voyager.jpl.nasa.gov/mission/status/ 

Artigo publicado em 4 edições do Jornal Abertura de Janeiro a maio de 2020

Nota: Artigo originalmente publicado no Jornal Abertura de Santos.

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segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Abrindo a mente - Sonda espacial New Horizon se aproximou de Última Thule por Alexandre Cardia Machado


Abrindo a mente – agosto 2019
Sonda espacial New Horizon se aproximou de Última Thule.

Acho que pouca gente já ouviu falar deste mini-planeta, asteróide ou planeta anão que orbita o nosso Sol, muito depois da órbita do rebaixado Plutão. Mas no dia primeiro deste ano esta nave espacial americana, lançada em 2006 e que já foi responsável por um razante sobre Plutão em dezembro de 2014, noticiada aqui, passou na sua proximidade.


Considero extraordinário o esforço humano pelo conhecimento, o empenho necessário, para planejar, corrigir a rota  a esta ditância enorme e aproveitar ao máximo as oportunidades de observação destes pequenos navegantes espaciais.

A Última Thule, é o corpo celeste mais distante e mais primitivo da Terra que foi visitado por uma sonda espacial. New horizon passou a 3,5 mil quilômetros de distância do planetinha.

Vejam como isso aconteceu, após sua passagem por Plutão, a sonda foi direcionada para um este asteroide, chamado então de 2014 MU69 e apelidado de “Última Thule” (nome de origem grega e latina que significa "além do universo conhecido"). Este objeto vinha intrigando os astrônomos desde sua descoberta em 2014 pelo telescópio espacial Hubble. Depois de mais de 4 anos de viagem (afinal, o objeto está a mais de 6,5 bilhões de quilômetros da Terra), no dia 1 de janeiro de 2019, pouco depois da virada do ano, a sonda atingiu o alvo.  

Esta foi uma grande demonstração da capacidade da mente humana, de aproveitar oportunidades, o Hubble havia recem fotografado  a Última Thule e a NASA reprogramou a tragetória para que este encontro fosse possível.

Quer ler o jornal Abertura de agosto de 2019, completo?



Última Thule pertence ao cinturão de Kuiper, formado por asteróides além da órbita de Netuno. Ele é parte da classe de asteróides chamada "Clássico Frio", de objetos com órbita quase circular e com baixa inclinação, indicando que sofreram pouca perturbação desde sua formação (que se acredita ter sido na mesma época da formação do Sistema Solar). 
Evidentemente, não é um objeto onde se possa esperar encontrar nenhum sinal de vida. 
Ultima Thule é um binário de contato de tamanho total aproximado de 30km, com uma superfície com crateras de impacto de corpos menores e com os dois lóbulos quase idênticos de cor bastante avermelhada (lembra um amendoim). Os dados completos enviados pela sonda demorarão mais de 15 meses para chegar até nós e serem completamente analisados.
Mais uma clara evidência de que nem todos os “planetas” são habitados.

Para abrir a sua mente: https://www.on.br/index.php/pt-br/ultimas-noticias/525-new-horizons-ultima-thule.html - Nos limites do Sistema Solar: a passagem da sonda New Horizons pelo asteroide "Última Thule"

 Nota: Artigo originalmente publicado no Jornal Abertura de Santos.
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quinta-feira, 20 de junho de 2019

Abrindo a Mente - Cuidado com o Novo Golpe Mediúnico - por Alexandre Cardia Machado


Abrindo a mente - Novo golpe mediúnico

Allan Kardec no Livro dos Médiuns já nos advertia em relação aos perigos da mediunidade e dos médiuns, a história está repleta de charlatães e não perderemos tempo aqui relembrando, mas sim tentando alertar os amigos leitores.

No Livro dos Médiuns encontramos referência ao Charlatanismo em 3 lugares: Primeira Parte, no Capítulo 4° - ... do Charlatanismo; na Segunda Parte, capítulos 27° e 28° , Das contradições e das mistificações e Do charlatanismo e do embuste. Além destes capítulos o mestre faz referência à palavra Charlatanismo 28 vezes nesta obra.

Por que Kardec faria tantas menções a isto? Porque os médiuns charlatães existem desde sempre e sendo a mediunidade algo sutil, muitos ardis podem ser usados para enganar as pessoas.
Fica o convite a todos que revisem os pontos assinalados. 

Destacaremos aqui:

“ Médiuns interesseiros 304. Como tudo pode tornar-se objeto de exploração, nada de surpreendente haveria em que também quisessem explorar os Espíritos. Resta saber como receberiam eles a coisa, dado que tal especulação viesse a ser tentada. Diremos desde logo que nada se prestaria melhor ao charlatanismo e à trapaça do que semelhante ofício. Muito mais numerosos do que os falsos sonâmbulos, que já se conhecem, seriam os falsos médiuns e este simples fato constituiria fundado motivo de desconfiança.”

“306. Médiuns interesseiros não são apenas os que porventura exijam uma retribuição fixa; o interesse nem sempre se traduz pela esperança de um ganho material, mas também pelas ambições de toda sorte, sobre as quais se fundem esperanças pessoais”

“308. A faculdade mediúnica, mesmo restrita às manifestações físicas, não foi dada ao homem para ostentá-la nos teatros de feira e quem quer que pretenda ter às suas ordens os Espíritos, para exibir em público, está no caso de ser, com justiça, suspeito de charlatanismo, ou de mais ou menos hábil prestidigitação. Assim se entenda todas as vezes que apareçam anúncios de pretendidas sessões de Espiritismo, ou de Espiritualismo, a tanto por cabeça. Lembrem-se todos do direito que compram ao entrar”

Não precisamos ir muito longe para sabermos de médiuns que correm o Brasil, fazendo palestras, recebendo cartas de Espíritos e vendendo livros com grande divulgação. O que há de ruím nisso? Tudo ou nada. Nada se forem honestos e tudo se forem charlatães.

Nos dias de hoje é muito fácil obter informações de uma pessoa que ficou viúva, que perdeu um filho ou de um marido que perdeu sua esposa, as informações estão nas redes sociais. Em eventos públicos como os que disse acima, nestas visitas em cidades, muitas vezes os grupos que as organizam de forma sincera, para receber algum médium famoso, criam grupos de WhatsApp, fazem propagandas pelo Fecebook. Logo, algumas pessoas comentam que gostariam de ir e receber uma carta de seu ente querido, dizem algo como: Vou sim, perdi meu filho e não me conformo, dizem o nome do filho, e está aberta a porta para o “medium charlatão” .

Pelo Facebook, alguém com algum conhecimento de informática, começa a pesquisar e vai montando um mosaico, com nome, apelido da pessoa que desencarnou, onde ela estudou, quem eram seus amigos que se manifestaram ou comentaram no face. Tudo isso e principalmente se a morte foi trágica, darão o pano de fundo para a montagem da farsa da carta espiritual em geral vaga, mas com alguns elementos de identificação. Isto está acontecendo é só dar um “google” para ver.

Concluindo: “Melhor é repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria errônea. Efetivamente, sobre essa teoria poderíeis edificar um sistema completo, que desmoronaria ao primeiro sopro da verdade, como um monumento edificado sobre areia movediça, ao passo que, se rejeitardes hoje algumas verdades, porque não vos são demonstradas clara e logicamente, mais tarde um fato brutal ou uma demonstração irrefutável virá afirmar-vos a sua autenticidade”. (Erasto, livro dos Médiuns capítulo XX)

Para abrir mais a sua mente: Leia e estude o Livro dos Médiuns.

Nota: Artigo originalmente publicado no Jornal Abertura de Santos.

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quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Abrindo a Mente - Finalmente encontramos água em Marte - por Alexandre Cardia Machado


Finalmente encontramos água em Marte

Era uma das descobertas mais esperadas, não significa que tenhamos encontrado vida, ou mesmo que ela exista, mas água no estado líquido aumenta muito a probabilidade.

Cientistas da Agência Espacial Italiana anunciaram nesta quarta-feira que existe água líquida em Marte, de forma constante.

Para especialistas, essa descoberta, de um reservatório subterrâneo permanente de água líquida, aumenta consideravelmente as chances de haver vida no planeta ou de conserver a vida, caso venhamos a ocupar o planeta um dia.

"Foram anos de debate e investigações, ficamos anos discutindo se isso era mesmo possível. Mas agora podemos dizer: descobrimos água em Marte", disse o astrônomo Roberto Orosei, pesquisador da Universidade de Bolonha e principal autor da descoberta.

A água líquida e perene foi encontrada 1,5 km abaixo de uma camada de gelo, próxima ao Polo Sul de Marte. "Trata-se de um lago com 20 quilômetros de diâmetro", contou Orosei. A descoberta será publicada na revista Science no mês de Julho.

"Sem água, nenhuma forma de vida como a conhecemos poderia existir. Por isso é grande o interesse na detecção de água líquida em outros planetas", contextualiza a pesquisadora Anja Diez, do Instituto Polar Norueguês.

"Acidentes geográficos como vales mostram que água líquida deve ter sido presente em Marte no passado. Mas apenas pequenas quantidades de água gasosa haviam sido identificadas na atmosfera, além de água congelada. Gotículas de água foram vistas condensando e havia a hipótese de água líquida em encostas durante o verão marciano. Corpos estáveis de água líquida, entretanto, até o momento não haviam sido encontrados."

A descoberta da equipe de Orosei baseou-se em análise de dados obtidos por radar da missão Mars Express, sonda espacial lançada em 2003 pela Agência Espacial Europeia e pela Agência Espacial Italiana.

"Em comparação com os lagos terrestres, é um lago pequeno com seus 20 quilômetros de diâmetro. Mas não conseguimos saber a profundidade do lago porque a água atenua o sinal do radar. O que sabemos é que (a profundidade) é de pelo menos de um metro - ou o radar não seria capaz de revelar sua existência", diz o astrônomo. "Mesmo no caso mais pessimista, portanto, acredito que o volume de água deve ser de várias centenas de milhões de metros cúbicos."

Orosei acredita que esta descoberta seja só a primeira. "É apenas a primeira descoberta de uma quantidade grande de água líquida em Marte. Mas sob as calotas deve haver muito mais", aposta.

Em próximos artigos debateremos o impacto desta descoberta e em que ela pode ajudar a termos um plano B para o planeta Terra, quem sabe no futuro não venhamos a habitar nosso planeta vizinho. E tornar efetivo o princípio da pluralidade de mundos habitados. Temos escrito muito  a respeito da importância para o Espiritismo e principalmente para a humanidade a possibilidade de buscarmos outro planeta como possível morada no futuro.

Para abrir mais a sua mente:  Cientistas encontram água líquida em Marte, descoberta que pode transformar busca por vida – site Terra – www.terra.com.br .