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quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

A cultura do bom exemplo por Cláudia Régis Machado

 

A cultura do bom exemplo

O título “A cultura do bom exemplo” veio do editorial da revista Vida Simples que o abordou focando o ambiente profissional e me motivou a escrever e não poderia trocá-lo tal a abrangência que ele contém e a possibilidade de explorá-lo também na Doutrina Espírita.

O exemplo tem um papel de grande importância para a estruturação psicológica, comportamental e espiritual do ser humano. Tanto o bom como para o mau exemplo, pois o início dos nossos comportamentos veem da imitação que fazemos das figuras parentais e do ambiente que nos cerca.

"Pense sempre além do imediato"


Nossas primeiras figuras tem um apelo muito forte no qual queremos fazer igual ou semelhante. É a bagagem familiar, aprendemos a agir vendo alguém  agir, observando casos reais.

Daí enquanto pais, avós, tios ou pessoas comuns é de grande valia nos preocuparmos com nossas atitudes, pensamentos e comportamentos nos círculos que vivemos e atuamos com responsabilidade daquilo que estamos transmitindo àqueles que convivem com a gente, seja no campo familiar, profissional  ou social. Quando escrevemos também somos alvos de todas as colocações que fizermos.

A cultura do exemplo é uma força capaz de moldar muitas vezes a identidade pessoal e social de um indivíduo assim como fortalecê-la. Pois o exemplo é a imagem viva que inspira aqueles  que estão em processo de aperfeiçoamento, tornando a ideia possível, se o outro pode conseguir porque eu não.

Na formação moral, o exemplo serve como inspiração, é guia, força, uma luz que incentiva a seguir o bom caminho porque a estruturação moral não é uma tarefa fácil, é um exercício diário contra as vicissitudes e adversidades da vida e isto traz fortaleza interior.

As figuras que são um exemplo devem ser exaltadas na sociedade porque são provas viva de que homens podem  alcançar sua melhora e evolução com um estado de espírito forte, com esforço e dedicação. Necessitamos dessas figuras que são modelos a serem seguidos, Jesus por exemplo, suas obras, mensagens e a sua maneira de ver o mundo foram deixadas para que ajamos melhor e com maior equilíbrio.

O exemplo faz parte da vivência terrena e representa um papel de muita importância na construção do sujeito ético.

Podemos aqui falar da ética espírita que é construída a partir dos preceitos espíritas que vem naturalmente da sua filosofia que bem assimilada gera comportamentos mais harmônicos e um bom proceder. Fundamental que o espírita  incorpore em suas atitudes o saber de que somos espíritos imortais, em evolução contínua e dinâmica necessitando reformulações, adequações e novos aprendizados para o desenvolvimento de potencialidades.

A busca de valores espirituais: respeito, gentiliza, bem-estar, integridade, humanidade, alguns entre outros valores que fazem parte da nossa natureza espiritual; valores que devem levar ao amadurecimento dos espíritos quando impressa em todas as nossas ações e nossos pensamentos .

Algo significante e valioso é agirmos de acordo com o nosso discurso  o que não nos faz santos, mas nos torna verdadeiros.

Falamos em cultura porque tem poder abrangente, tem energia e intensidade para abarcar e multiplicar ações principalmente no caso dos bons exemplos. Cultivá-la faz com que  se transborde do nosso cotidiano para todos os espaços e situações, criando uma rede de atuações quando compartilhamos com os entes queridos, incentivando hábitos saudáveis, com a capacidade de moldar a atmosfera pessoal  e o lugar em que vivemos.

Qualquer um pode escolher aperfeiçoar-se moralmente a exigência mínima é o querer.

Dentro da Espiritismo o exemplo é bastante exaltado no campo moral. Atua no campo interno quanto a mudanças de critérios e objetivos, mas também na ação direta, o que cada um pode fazer com os exemplos observados.

Os exemplos são fatores externos que provocam repercussão, que nos mobilizam para de reestruturarmos nossos níveis mentais e motivacionais. E com isto só teremos benefícios concretos pois produzimos ambiente agradável para viver, enriquecendo nossas vidas bem como nossas relações ficam mais leves e equilibradas. Saber que servimos de exemplo também nos traz muita satisfação.

Portanto o exemplo é uma força que repercute. Nossas atitudes inspiram atitudes, quer seja do bem como do mal.

“Pedra jogada em um lago criam ondas que reverberam muito além do ponto de origem”.

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sábado, 14 de outubro de 2023

A história de cada um - por Cláudia Régis Machado

 

A história de cada um

 

Todas as pessoas têm uma história de vida e, na concepção espírita das múltiplas encarnações, compreendem que já tiveram vários existências no percurso de sua evolução que por suposto tem muitas histórias de vidas que se traduzem, se mostram na sua existência atual.

Creio que aquilo de importante que se construiu na trajetória evolutiva como espírito  não se perde e fica armazenado no seu interior e se exprimirá em síntese na vida presente, o que  leva de forma progressiva a definição de sua estrutura.



“Cada encarnação é um novo começar, mas ninguém e, propriamente, novo”. Somos uma construção que foi desenvolvida através das vidas sucessivas, mas que nos primeiros anos de vida é esquecida para dar espaço para novas experiências, para educação e novas realidades que ao longo do processo vai desconstruir aquilo que não é mais satisfatório, que não atende a nova realidade, ressignificando e reajustando sua estrutura. Tendo um novo olhar para esse “eu” mais intrínseco.

Construir e desconstruir, ressignificar e significar são movimentos realizados pela introspecção e honestidade que proporciona uma investigação interna, visando equilíbrio e harmonia pessoal e relacional.

Muito se fala de autoconhecimento que não é um processo fácil e, uma maneira, não a única, que ajuda a conquistar é escrever o que se aprendeu com os erros e acertos, como estes impactaram e que rumos foram tomados a partir daí, se aproveitaram ou não o que foi oferecido, quais os sentimentos advindos das vivencias, relatos desses sentimentos, como nasceram as oportunidades e possibilidades por conquista de esforço e desempenho. Como enfrentou as circunstâncias, as intempéries e as situações inusitadas que a vida lhe trouxeram. A palavra pode ser a mão que conduz o olhar para  dentro de nós mesmo.

Quando escrevemos nos envolvemos de tal forma e entrando no fluxo da escrita podemos  conectar e também reconectar com partes de nós mesmos. É um instrumento de crescimento fazendo romper com os limites de situações sedimentadas.

Reforçando o registro de vários aspectos da encarnação favorece um mergulho interno e  dá subsídios para entender melhor angústias, alegrias, tristezas, memórias infantis, ganhos, sucessos e insucessos.  A escrita pode também ser um momento de desabafo deixando o caminho vivencial menos penoso. Se algo já que não se encaixa na narrativa que estamos construindo, talvez seja hora de deixá-lo de lado

Toda esta ação é  para sermos protagonista da narrativa da nossa existência  já, que estamos acostumados a pensar que a influência sobre a nossa história não está em nosso controle.

Esta preleção que advém muito dos conceitos da Psicologia nos ajuda a nos conhecermos melhor e a fazer uma revisão constante daquilo que somos, do que poderemos ser. Com isto evoluir, crescer como espírito, questão que requer muito trabalho e esforço.

Acrescentando ainda, este procedimento acarreta maior clareza em relação ao enredo que desejamos para a história de vida e também elementos para tornar mais fácil escrever novos capítulos.

Lembremos que cada dia é uma oportunidade para adicionar novos elementos a história de vida: uma pitada de alegria, uma profunda tristeza, um desafio aparentemente impossível de resolver, uma história de amor para aquecer os corações. Além de muitos encontros, desencontros “.

E isso se faz com muito autoconhecimento, conversas, trocas, decisões e desapegos. Sendo a própria fonte principal de informação, embora não necessariamente a única.

Importante associar este ato como um cuidado das coisas do espírito num comportamento dinâmico e com a possibilidade de pensar a história de vida como um processo sempre de construção, buscando novos sentidos para vida ou para aspectos dela com ressignificação constante.

Alcançando uma narrativa original e criativa de própria vida.

Gostou do artigo - foi publicado no jornal Abertura de outubro de 2023, quer ler o jornal completo?

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sexta-feira, 17 de março de 2023

DESAPEGA - por Cláudia Régis Machado

 

DESAPEGA

A palavra desapegar é muito usada para expressar a ideia de desprender, desligar, distanciar e pode ser utilizada tanto para situações e bens materiais como para comportamentos, atitudes psicológicas, visão do mundo etc.

O desapego pode ser visto como deixar um problema, que atrapalha a dinâmica da vida, pois quanto mais o seguramos, de leve torna-se pesado. É pensar no que podemos simplificar naquilo que incomoda, no entanto neste artigo vamos explorar mais no campo do estilo de vida, o modo que conduzimos nossa existência.



 Uma expressão, talvez, se encaixe melhor nesta abordagem ‘Abrir mão do que não nos preenche mais” pois parece mais completa para o nosso enfoque.

Uma premissa para discutirmos este tema é ter consciência que viver é estar em constante transformação elegendo o que é mais relevante para uma jornada vivencial positiva. A essência da vida é o movimento, a evolução, o crescimento do ser, daí as mudanças estarão sempre presentes.

Olhando para os caminhos percorridos devemos levar em conta que é da natureza do comportamento humano nos sentirmos saudosos das coisas vividas, porque é a história de vida de cada um e porque trouxeram bons resultados deixando-nos adaptados. E na zona de conforto.  

Muitos ”chamados” da vida pedem para abrirmos mão de muitas coisas que não nos preenchem mais como: fim de um ciclo da vida, amadurecimento, maternidade, paternidade, aposentadoria entre outras coisas. Cenários que diversas vezes nos colocam face a face com a necessidade de transições para tornar a existência mais significativa e gratificante com maior qualidade.

” Todo fechamento de um ciclo é uma passagem para uma nova abertura”.

Neste caso, falamos em desapego de estilos de vida que contém comportamentos e atitudes que não tem mais o porquê de serem reproduzidos, pois não trazem felicidade, empatam a vida, não promovem alegria e fazem a vida sem graça.

Importante ressignificar nosso estilo de vida, olhá-lo sob novas luzes. Vislumbrar a vida com nova perspectiva porque a antiga não nos serve mais, não tem maior significado, só há perda de tempo e energia.

O ser humano tem padrões de comportamento que se repetem e geralmente nos viciamos nos caminhos automáticos quebrá-los não é fácil, entretanto alguns acontecimentos como os que foram citados anteriormente desencadeiam, provocam movimentos de renovação.

Em qualquer idade devemos nos enxergar como criadores de novos modos de ser e viver. Sair em busca de coisas que novas que correspondam às novas necessidades.

Acorde sua imaginação, interessante conversar com projetos novos com calma não se espantando com as crenças limitantes – “isto eu não consigo”. Abrir mão é uma escolha que deve estar alinhada a quem somos e queremos ser. Não é uma busca desenfreada e sim entender o que é necessário, o que importa.

Nesta nova busca é fundamental incluir sempre a perspectiva espiritual que amplia, aprofunda a dimensão da nossa realidade.

 Abrir mão pode ser visto como uma oportunidade de entender que “algo precisa terminar para a existência continuar a florir”.

Toda essa reflexão tem um paralelo com a Doutrina Espírita que vê o individuo como um espírito reencarnante com a chance de progredir, aprender para ser uma pessoa melhor sendo básico para isto ocorrer - mudanças - e com melhor entendimento podemos incentivar a procura, para estarmos melhores conosco mesmo e consequentemente com o mundo e com as outras pessoas.

Também podemos ver no desapego a lei de destruição que tem no fundo a mensagem: tirar algo para que outras coisas possam ser construídas e estruturadas.” É preciso que tudo se destrua para renascer e se regenerar o que é chamais de destruição não é senão uma transformação que tem como objetivo a renovação e o melhoramento dos seres vivos”.

Artigo publicado no jornal ABERTURA de novembro de 2022

Leia mais - Abertura novembro 2022: https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/22-jornal-abertura-2022?download=206:jornal-abertura-novembro-de-2022


sábado, 4 de março de 2023

Educação Espírita - por Cláudia Régis Machado

 

Educação Espírita

Pais, professores e educadores preocupam-se com a formação das crianças. Ocupam-se  com o desenvolvimento da saúde - nos hábitos higiênicos, cuidados pessoais, alimentação etc. Com o desenvolvimento motor - nas habilidades manuais, na orientação espaço e tempo, etc. Com o desenvolvimento do pensamento -cognitivo, a inteligência e com o desenvolvimento emocional e afetivo e outros elementos.

Enfim, pensando em Educação, na formação do ser, está incluso a dimensão moral. O desenvolvimento da moralidade, que pode levar à espiritualidade visto aqui com o olhar espírita que trata de colocar em seu cotidiano a ideia de imortalidade dinâmica, da dimensão espiritual, de transcender o material em busca de algo maior. É sobre este tema que vamos nos concentrar.  



Moral, regras de boa conduta, “um conjunto de deveres, ou seja, de ações consideradas obrigatórias”.Compreender o que é certo ou errado. O que é bom e o que é mau para nós e para os outros.  Metaforicamente falando, as regras equivalem a mapas, e os princípios, a bússolas. É com as bússolas que se fazem mapas e não ao contrário. Mas como para a demanda dos princípios morais há necessidade de  maior complexidade intelectual para serem compreendidos, inicia-se isto nas crianças com  a introdução das regras. E é através delas que a criança pequena entra em contato com a moral. Chegando a valores, princípios que nortearão uma filosofia de vida.”

Os espíritas sabem que os filhos são espíritos vividos e trazem experiências e tendências próprias, mas que reencarnam para criarem um nova estrutura de personalidade e caráter para ajudar na formação dessa estrutura cabe desenvolver todas as potencialidades assim como princípios morais, a espiritualidade possibilitando que o espírito progrida, melhore e suplante ou equilibre as tendências trazidas. 

O foco aqui a Filosofia Espírita que tem o espírito na perspectiva da imortalidade, da evolução e o progresso constante e a existência de Deus

Muitos pais educam os filhos através das regras de bem conviver, de bom relacionamento, da generosidade, dos direitos e deveres, o que é um excelente caminho sem dúvida, mas não aprofundam na busca de respostas e compreensão de outras questões como buscar propósitos maiores, ver o mundo não só pelo lado material e a busca de  valores morais mais sofisticados, deixam de lado da espiritualidade, muitas vezes  esquecido ou deixado para segundo plano. Acreditam que a vida lhes ensinará. Outros não se sentem preparados não  tem em si isto  desenvolvido ou até tem,  mas não são firmes em suas convicções. Pensam em deixar quando a criança for adulta, formada para buscarem por si mesmo. Dando liberdade de escolha e decisão. Acreditam ser este um ponto de livre arbítrio e que cada um mais tarde sozinho pode optar e definir suas preferências. É um modo de ver e agir.

Mas há responsabilidades, esta é a missão dos pais e educadores lançar as bases, semear, como fazem em outras áreas do bem viver. ”Oferecer estruturas confiáveis e úteis que facilitem a sua orientação”.

Lançar sementes para que mais tarde desabrochem ou não. As crianças necessitam de educação, orientação, estímulo e reforço e subsídios para que possam crescer e florescer positivamente.

Muitos podem perguntar quando devemos começar este aprendizado?

Piaget coloca que a criança só vai conseguir seguir regras de viver bem as relações sociais quando se estruturam em regras- a partir dos 6-7 anos. E quando de forma cristalina há interesse em participar e atividades coletivas e regradas e procedimentos que contem regras.

Atualmente existem estudos que mostram que as crianças de 5 anos não é só um ser obediente, mas sim dotada de sensibilidade moral mais ampla embora inacabada.  “ Por volta dos 4 e 5 anos de vida as crianças começam a perceber que ao lado das coisas que fazem há aquelas que devem ser feitas”. Ela vai observar, seguir exemplos das pessoas afetivamente conectadas, experimentar simpatia pelos sentimentos dos outros, mas sem explicações racionais. Havendo uma fusão de medo e amor, simpatia e confiança responsáveis pelas “primeiras vontades de penetrar o universo moral e ser penetrado por ele” .Mais tarde por volta de 8 a 9 anos os princípios morais que demandam maior sofisticação intelectual para serem entendidos entram em cena.

Agora que sementes lançar? Cada família vai cultivar a filosofia que norteia a sua vida, os valores que seguem, as posturas, atitudes éticas e morais. Ter isso como base.

Os pais espíritas irão viver, falar e colocar aos filhos os princípios da Doutrina Kardecista.

Reforçando ainda a  necessidade de se desenvolver a moralidade deste de cedo é por compreender que é na infância que o indivíduo é mais acessível, maleável a aprendizagem. A doutrina espírita corrobora com este ponto porque neste período de inocência e do esquecimento do passado que cria um campo fértil para melhor aprendizado.

Os pais que conseguem ver a profundidade e importância da educação moral, devem incentivar asa crianças na participação DAE ações generosas, estimulando a compreensão das virtudes e suas práticas. Este compromisso é positivo quando feito de forma tranquila e amorosa.

Parece uma carga pesada, mas existe auxílio nesta tarefa. Uma dela é a Infância Espírita outras são  os livros, as revistas, as publicações literárias especializadas.

A Infância Espírita tem como objetivo de ensinar o Espiritismo como um todo e não mais só a evangelização. Mostrando a doutrina em todos os seus aspectos  fazendo ligação com a realidade da vida, com o dia a dia da criança. Muitos Centros Espíritas tem em sua estrutura o departamento de Infância Espírita

Na Infância Espírita o Espiritismo é transmitido de forma sistematizada organizada e prazerosa. Adequado a cada faixa etária. Neste ambiente também é a oportunidade de se empregar o que se aprender, já que o ensino é feito em forma de grupos o que convida à convivência aplicando-se os princípios de respeito, solidariedade, olhar o outro nas suas peculiaridades etc.

Este trabalho deve ser feito com amor, criando  laços afetivos entre os participantes. As pessoas ficam aonde se criam vínculos afetivos. E o importante é que os orientadores mesmo sem formação acadêmica demonstrem atenção e conhecimentos pedagógicos e psicológicos e de Espiritismo.

Necessário também integrar neste trabalho as famílias e é importante que estas apresentem disposição em se integrarem ao trabalho e não só delegar. O lar é a unidade social educadora por excelência.

O projeto da Infância Espírita deve ser dinâmico, moderno, ter uma linguagem adequada ao publico infanto-juvenil. Onde há criança, há energia em movimento, inquietação e curiosidade.

A Infância Espírita não é uma tarefa simples requer responsabilidade e seriedade no na ocupação que vai ser desenvolvida.

Seria de grande proveito que a equipe de pessoas voltadas a este ofício apresente alguns pontos como serem:

1.       Estudiosos do Espiritismo

2.       Conectados com a modernidade para fazer ligação da doutrina com a realidade prática da vida .” Antenados” nas descobertas do mundo, nos conhecimentos alcançados.

3.       Atualizados para motivarem e estimularem as crianças e os jovens que lá frequentam para  aprenderem Espiritismo e terem laços afetivos.

 Os livros espíritas para esse público também devem ser feitos de uma maneira atraente, atual, que estimulem as crianças a procurarem a leitura espírita como algo gostoso de se ler e aprender. Com este intuito eu fiz o livro” Kadu e o Espírito Imortal”. Procurei levar técnica, brincadeiras e  tarefas para que o leitor buscasse com seu interesse conhecer o universo espírita. Este livro pode ser utilizado como programa para o orientador na Infância Espírita, já houve experiências neste sentido e se revelaram positivas.

Kadu e o Espírito Imortal é um livro dinâmico que estimula  as crianças e os jovens  a lerem e descobrirem como é prazeroso conhecer a Doutrina Kardecista, sua história, seus princípios e a partir daí pensar, analisar, discutir e praticar. E como a ideia do Espírito imortal, a  imortalidade muda toda a visão de si mesmo e do mundo que os rodeia.

Na linha da Educação Espírita há também a Pedagogia Espírita que é uma proposta mais ampla, que levaria os currículos e método escolar ao verdadeiro fim superior o da formação integral e não só a instrução, mas dando uma diretriz segura para o uso da inteligência e o desabrochar da qualidade dos sentimentos. A utilização da filosofia espírita no sistema educacional.

Artigo foi publicado no Jornal Abertura de dezembro de 2022.

Baixe aqui:

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/22-jornal-abertura-2022?download=207:jornal-abertura-dezembro-de-2022


terça-feira, 25 de outubro de 2022

Levar a vida mais leve - por Cláudia Régis Machado

 

Levar a vida mais leve

Certa vez atendendo um paciente este me perguntou o que fazer para levar uma vida de forma mais leve.

Como psicóloga, geralmente não temos uma resposta direta, nem dicas e citações, pois consideramos e levamos em conta muitos fatores e, como procedimento, sempre buscamos que cada um procure e encontre em cima dos questionamentos e colocações feitas, sua melhor forma de viver.



Não temos respostas prontas de como cada um pode levar a vida com mais leveza pois cada pessoa tem um perfil psicológico, uma estrutura emocional. Precisamos entender a razão e o porquê das perguntas, o que esta por trás da questão estabelecida.

Embora tenhamos uma postura empática, não é função do psicólogo, trazer verdades absolutas ou determinar o que o paciente deva fazer. No entanto nada é deixado de lado, toda pergunta é vista e olhado com interesse.

Sabemos que viver não é fácil, um desafio, uma aventura, de descobertas, aprendizado, erros e acertos. Viver é uma arte. A vida apresenta sempre situações que nos pedem ações para enfrentá-las e se possível resolvê-las.

Preocupar e preparar-se para determinados assuntos, como este “levar a vida com mais leveza” nos ajudam muito e, isto para que não fiquemos desestabilizados no enfrentamento dos momentos difíceis. Para que evitemos desequilíbrio mental-emocional ou mesmo desanimo e falta de coragem.

Com artigos, leituras, explanações e estudos espíritas podemos obter subsídios para discutir o assunto e, principalmente aplicar e colocar em prática, se assim o desejarmos ou conseguirmos.

A doutrina Kardecista nos dá base para encontrarmos um fortalecimento interior, energia psíquica. Fortalecimento este que nos facilita encarar a existência com tranqüilidade e responsabilidade. Seus conceitos para uma vida melhor, como maior significado e uma vida saudável estão espalhados por toda a Doutrina Espírita. Segundo Jaci Régis a “Doutrina Espírita facilita ao homem conhecer a si mesmo e compreender que depende de sua decisão comandar conscientemente a sua vida, seu próprio futuro”. O Espiritismo coloca que somos espíritos imortais criados simples e ignorantes em progresso, numa trajetória de construção do próprio ser para sermos espíritos melhores.

Mesmo com o conhecimento adquirido pelos estudiosos do Espiritismo, não podemos nos esquecer das idiossincrasias advindas: da história reencarnatória, do passado espiritual evolutivo, do perfil psicológico, da pressão familiar e do meio ambiente, que necessitam para construção do nosso ser, serem acomodados com a possibilidade de conseguirmos ter uma vida simples, com tranquilidade e com leveza.

Quando não nos sentimos satisfeitos e as inquietações afetivas nos afligem é bem positivo fazer uma autoanálise. Sabemos que somos imperfeitos, e necessitamos muitas vezes ter coragem e força para esse olhar intimo quando podemos nos ver realmente pois o objetivo sempre, é estar de bem conosco. Evoluir é a grande meta.

Dentro da Doutrina Kardecista vemos a reencarnação como chance de crescer espiritualmente e para crescer é necessário transformar o nosso modelo mental. Porém a mente humana é pretensiosa, há uma tendência de acomodação, da personalidade manter-se estática. Para sair do enredo mental, necessário se faz a ruptura da condição mental através de insights que podem dar abertura para uma nova perspectiva ou entendimento.

No entanto não podemos negar que existem pontos dentro dos perfis psicológicos que necessitam um olhar mais apurado e cuidadoso, pontos de autoconfiança, autoestima e problemas afetivos, definidos no campo da patologia psicológica, que pedem ajuda especializada porque sozinhos não conseguiríamos.

A possibilidade de ler artigos com vários apontamentos que nos auxiliam a levar a vida com mais leveza convém a todos sem exceção, pois necessitamos sempre de constantes cuidados e atenção; a vida cotidiana com seus afazeres e tarefas nem sempre nos permite muito tempo para conquista da leveza que desejamos e estes apontamentos servem como lembretes ou como uma “dieta para alma” expressão que li e cabe aqui.

Citamos alguns deles:

1.      Não leve tudo a sério o que não significa abdicar-se totalmente das tarefas diárias ou responsabilidades.

2.      Pare de transformar situações em problemas.

3.      Veja o lado bom; olhando além dos obstáculos, a análise de novas perspectivas pode tornar-se ilimitadas.

4.      Esteja cercada de pessoas boas podendo haver um ciclo de boas energias para serem trocados.

5.      Tenha momentos de alegria, prazer e mais bom humor.

6.      Auto compaixão ver as nossas dificuldades com acolhimento. Não é ter pena de si mesmo e ser permissivo e sim ter uma crítica gentil e carinhosa. Encorajando-se diante dos dissabores, a assumir riscos e tentar de novo.

7.      Você não precisa decidir tudo imediatamente várias coisas se resolvem naturalmente.

Importante encontrar propósitos e direções que nos encaminhem a uma vida mais leve, espontânea e divertida. Conquistando e recompondo-se energética e espiritualmente para uma vida mais plena.

Artigo publicado no jornal Abertura de outubro de 2022, na coluna de Cláudia Régis Machado - Pensando a Vida.

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sexta-feira, 10 de junho de 2022

Imortalidade em nossas vidas - por Cláudia Régis Machado

 

Imortalidade em nossas vidas

Cláudia Régis Machado

Às vezes pensar sobre a imortalidade nos parece algo distante que só pensamos quando estamos perto da morte. Mas como inseri-la em nosso dia a dia? Que comportamentos nos fazem expressá-la?



Primeiro o principal, ter o conceito que a imortalidade é dinâmica, não é um lugar, ou um estado do plano extrafísico. A Doutrina Espírita nos dá oportunidade junto do seu arcabouço estrutural de analisá-la de uma forma distinta da explicada pelo espiritualismo cristão, pois dentro da visão evolucionista que o Espiritismo nos propõe, de um continuum existencial, a vida se expressa e acontece em uma dimensão interexistencial no plano físico e extra físico Isto nos leva a perceber que a imortalidade não é estável. “A descoberta do plano extrafisico deu sentido à imortalidade e integrou as dimensões em que se manifesta o ser humano”. (Jaci Régis).

O conceito de imortalidade é de grande importância, o início, muitas vezes, para a compreensão da idéia espírita. Este é um do motivo que escrevi o livro – Kadu e o Espírito Imortal – livro infanto- juvenil que foi elaborado como um jogo, de idas e vindas para encontrar respostas e entender o fenômeno da morte, compreendendo assim a imortalidade de forma tranqüila, com leveza e de forma lúdica. O livro também é para adultos, iniciantes da Doutrina Espírita, que gostam de adentrar no assunto de um jeito ameno e pedagógico, que com certeza apreciariam, há no livro fatos da história do Espiritismo, sobre a mediunidade e outros pontos.

Mas voltando, o que a imortalidade propicia em nosso dia a dia?

Perceber-se imortal é um estado que é construído pouco a pouco na estrutura mental do espírito e, colocar em prática este estado é aprender a sua importância em nosso circulo de vivencia. Com isto seremos favorecidos, através de sua compreensão, um olhar, um sentir, um enxergar as coisas, os acontecimentos em nossas vidas e as pessoas do nosso redor com uma lente diferente.

Além do mais, e de suma relevância, levar a transformar nossa relação com os outros e também a visão de nós mesmos, porque a imortalidade dinâmica amplia a consciência de quem somos e o nosso papel e atuação no mundo e isto sem dúvida se reflete em nosso comportamento.

Esta é uma escolha que deve ser feita por nós todos os dias para que se torne um estado cotidiano e esteja presente em nossas reflexões e atitudes.

 Concretamente sabendo da existência do plano extrafísico, está demonstrado que somos imortais e sendo a vida um continum, o intercâmbio do plano físico e extrafisico torna-se presente onde as vibrações energéticas interligam e interagem. Como na manifestação da mediunidade de todas as ordens onde a comunicação com os amigos espirituais é uma realidade e nos fenômenos que sugerem reencarnação através da lembrança de sua vida pregressa.

Assim percebemos que ser imortal é real. “A imortalidade sinaliza a natureza espiritual do ser inteligente. Ela o define como um ente que permanece”.

A imortalidade se expressa também quando traz esperança para lidar com os conflitos da vida e quando amplia nosso ponto de vista para o futuro para a evolução espiritual.

Como coloca o Espiritismo- Ciência da Alma- o conceito de espiritualidade, de sermos espíritos imortais, atemporais em nossa estrutura de vida nos traz benefícios e responsabilidades.

O objetivo da Ciência da Alma é desenvolver a espiritualidade na estrutura da pessoa. Lutar para que a espiritualidade seja inserida como natural no comportamento humano, sendo assim, a “Imoralidade ganha um novo sentido e um novo horizonte, como a seqüência natural da pessoa além do fenômeno da morte”.

Lutar porque sabemos a significância desse conceito- sabemos aonde queremos chegar, mas há um caminho a percorrer , é preciso encontrar ferramentas, estudo, persistência, coragem para alcança- lo. É uma jornada para se viver melhor.

Artigo foi publicado no Jornal Abertura de maio de 2022.

Baixe aqui:

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/22-jornal-abertura-2022?download=174:jornal-abertura-maio-de-2022


 

segunda-feira, 30 de maio de 2022

O que é a vida - por Cláudia Régis Machado

 

O que é a vida?

 

Na filosofia espírita a vida corporal é a oportunidade para o espírito exercitar suas qualidades, desenvolver potencialidades, retratar suas condições vivenciais e acima de tudo um período de aprendizagem.

Para nós espíritas esse é objetivo de nossas vidas.

Para o Espiritismo realidade existencial inclui corpo físico, perispírito e espírito.

A vida tem uma dinâmica própria e podemos “construir o sentido da vida no viver quando fazemos ela ter significado ou valor.” Rodrigo Tavares Mendonça (psicólogo).

Parafraseando alguns versos da música de Gonzaguinha “O que é. O que é” destaco alguns que compõe nosso pensamento e inquietações sobre o que é a vida:



 

“A vida é viver. /

Somos nós que fazemos a vida, como der, ou puder ou quiser. /

Ela é maravilha ou é sofrimento. /

Ela é alegria ou lamento. /

Ela é luto ou prazer”.

 

Creio que a letra nos leva a pensar que os “ou” sejam uma escolha ou outra mas, na realidade nos movimentamos entre várias situações e sentimentos em momentos distintos, assim que um não exclui o outro.

Extraindo ainda da mesma música, o que completa aquilo que temos como pensamento

 

Viver e não ter a vergonha de ser feliz/

A beleza de ser um eterno aprendiz/

Que a vida devia ser bem melhor. E será/

Mas isso não impede que eu repita é bonita, é bonita é bonita/

É a vida.

 

Dando sequência podemos nos perguntar durante a trajetória da vida:

Como vivemos?

Quais os valores que comandam a nossa existência?

Qual o nosso olhar para o mundo e do nosso estar no mundo?

Quais atitudes que priorizamos em nossa vida? 

Questões estas que nos ajudam a dar uma condução, um sentido à vida.

 

“A vida sem reflexão não merece ser vivida” Sócrates.

 

 

Cada ser humano tem uma concepção própria acerca da vida, do mundo, do universo.

E essa concepção se manifesta nas atitudes, nos comportamentos, nos sentimentos. Na forma que levamos e direcionamos a nossa vida. Na maneira como enfrentamos acontecimentos como doenças, relacionamentos, mortes, perdas e trabalho. O dia a dia.

 

De acordo com Jaci Régis “A lei natural estabelece uma sequência fundamental para o desenvolvimento dos seres: sobrevivência convivência e produtividade.

O impulso agressivo estrutural do ser se transforma em vontade que garante a sobrevivência, em desejo que permite a convivência e a busca da felicidade o que cria uma produtividade capaz de propiciar o prazer.” Essa estrutura se manifesta como base na formulação da vida, da existência.

Tendo como fim a felicidade, ou seja, o homem busca vida boa e feliz.

“O prazer é a meta, na vida.

O sofrimento é transitório, eventual”. (Jaci Régis).


Este artigo foi ariginalmente publicado no Jornal Abertura de abril de 2022. Quer ver o jornal completo?

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segunda-feira, 9 de maio de 2022

Imortalidade em nossas vidas - por Cláudia Régis Machado

 

Imortalidade em nossas vidas

Cláudia Régis Machado

Às vezes pensar sobre a imortalidade nos parece algo distante que só pensamos quando estamos perto da morte. Mas como inseri-la em nosso dia a dia? Que comportamentos nos fazem expressá-la?



Primeiro o principal, ter o conceito que a imortalidade é dinâmica, não é um lugar, ou um estado do plano extrafísico. A Doutrina Espírita nos dá oportunidade junto do seu arcabouço estrutural de analisá-la de uma forma distinta da explicada pelo espiritualismo cristão, pois dentro da visão evolucionista que o Espiritismo nos propõe, de um continuum existencial, a vida se expressa e acontece em uma dimensão interexistencial no plano físico e extra físico Isto nos leva a perceber que a imortalidade não é estável. “A descoberta do plano extrafisico deu sentido à imortalidade e integrou as dimensões em que se manifesta o ser humano”. (Jaci Régis).

O conceito de imortalidade é de grande importância, o início, muitas vezes, para a compreensão da idéia espírita. Este é um do motivo que escrevi o livro – Kadu e o Espírito Imortal – livro infanto- juvenil que foi elaborado como um jogo, de idas e vindas para encontrar respostas e entender o fenômeno da morte, compreendendo assim a imortalidade de forma tranqüila, com leveza e de forma lúdica. O livro também é para adultos, iniciantes da Doutrina Espírita, que gostam de adentrar no assunto de um jeito ameno e pedagógico, que com certeza apreciariam, há no livro fatos da história do Espiritismo, sobre a mediunidade e outros pontos.

Mas voltando, o que a imortalidade propicia em nosso dia a dia?

Perceber-se imortal é um estado que é construído pouco a pouco na estrutura mental do espírito e, colocar em prática este estado é aprender a sua importância em nosso circulo de vivencia. Com isto seremos favorecidos, através de sua compreensão, um olhar, um sentir, um enxergar as coisas, os acontecimentos em nossas vidas e as pessoas do nosso redor com uma lente diferente.

Além do mais, e de suma relevância, levar a transformar nossa relação com os outros e também a visão de nós mesmos, porque a imortalidade dinâmica amplia a consciência de quem somos e o nosso papel e atuação no mundo e isto sem dúvida se reflete em nosso comportamento.

Esta é uma escolha que deve ser feita por nós todos os dias para que se torne um estado cotidiano e esteja presente em nossas reflexões e atitudes.

 Concretamente sabendo da existência do plano extrafísico, está demonstrado que somos imortais e sendo a vida um continum, o intercâmbio do plano físico e extrafisico torna-se presente onde as vibrações energéticas interligam e interagem. Como na manifestação da mediunidade de todas as ordens onde a comunicação com os amigos espirituais é uma realidade e nos fenômenos que sugerem reencarnação através da lembrança de sua vida pregressa.

Assim percebemos que ser imortal é real. “A imortalidade sinaliza a natureza espiritual do ser inteligente. Ela o define como um ente que permanece”.

A imortalidade se expressa também quando traz esperança para lidar com os conflitos da vida e quando amplia nosso ponto de vista para o futuro para a evolução espiritual.

Como coloca o Espiritismo- Ciência da Alma- o conceito de espiritualidade, de sermos espíritos imortais, atemporais em nossa estrutura de vida nos traz benefícios e responsabilidades.

O objetivo da Ciência da Alma é desenvolver a espiritualidade na estrutura da pessoa. Lutar para que a espiritualidade seja inserida como natural no comportamento humano, sendo assim, a “Imoralidade ganha um novo sentido e um novo horizonte, como a seqüência natural da pessoa além do fenômeno da morte”.

Lutar porque sabemos a significância desse conceito- sabemos aonde queremos chegar, mas há um caminho a percorrer , é preciso encontrar ferramentas, estudo, persistência, coragem para alcança- lo. É uma jornada para se viver melhor.

Artigo foi publicado no Jornal Abertura de maio de 2022.

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quarta-feira, 6 de abril de 2022

O Novo - por Cláudia Régis Machado

 

O NOVO

Minha primeira proposta é “abra-se ao novo”. Aproveitando o dizer do poeta Zack Magiezi

“O novo todo dia nos procura / Todo dia nos convida / Nos chama para ir /

Conhecer o desconhecido”.

Viver é estar em constante transformação. O novo muitas vezes aparece de circunstâncias sociais, econômicas, de proposta de desenvolvimento, e bate à porta a todo momento.

Este cenário se dá tanto nas situações pontuais ou em várias áreas da vida tanto na profissional como no pessoal. Este nos coloca necessariamente face a face com a mudança.



Mudar é o que o novo pede, e isto é um mecanismo imprescindível para o progresso e o crescimento.

Atentos e com a percepção do que estava ocorrendo ao nosso redor e com o nosso jornal Abertura que pleiteava que entrássemos em uma situação nova, isto é, o processo digital na distribuição do ABERTURA. A era digital já está aí há algum tempo, mas até então não sentíamos a necessidade desta mudança, mas o momento urgiu e pediu uma posição.

Estamos neste momento, o de transformação, de passar o jornal da forma impressa para a digital. Entrar na era digital que não é algo novo, mas para o jornal ABERTURA é uma nova etapa depois de 34 anos de jornal impresso. Este passo foi pensando com cuidado e dedicação advindo de um processo econômico, da tendência mundial e da simplificação, que nos fez buscar uma solução para que a continuidade do jornal que tem a função de divulgar e pensar na doutrina kardecista fossem preservados. A transição foi lenta para que todo o ano de 2021 preparássemos o nosso público leitor e isto ocorresse de forma tranquila e coesa com os compromissos assumidos anteriormente. 

Voltamo-nos a encontrar um caminho onde a permanência do bom trabalho realizado fosse conservada e a enfrentar o progresso, e com isto conquistar maior divulgação e penetração das ideias que o jornal defende e que se propõe a aprimorar e difundir. Abre-se um novo empreendimento com a visão de expandir, com as mídias sociais, para uma interação maior com um público novo. Não há mais distância, o acesso é ilimitado.

A informação, os artigos e os conteúdos estarão sempre disponíveis, assim também como o campo de pesquisa juntos aos jornais antigos, com mais facilidade e praticidade, as diversas fontes de conhecimento que geramos durante todos estes anos.

Pretendemos atingir leitores que não tinham acesso ao nosso jornal e com essa ferramenta expandir para aqueles que tenham interesse em conhecer o Espiritismo com um novo pensar.

A era digital é um impulso que nos encoraja a criar trilhas, levando-nos a pensar que existem outros moldes e que outras oportunidades podem advir, já que temos amealhado experiência com o blog do ICKS e a experiências de outros veículos.

“Com reflexão, disciplina e bom senso podemos transformar os espaços virtuais numa extensão de nossa criatividade, da nossa sede de conhecimento e de nossa empatia”. (Alexandre Carvalho)

Quando falamos do jornal falamos também de nós mesmo, o progresso está no seu percurso, solicitando tomada de posição de nossa parte. Segui-lo ou não é uma escolha. Mas uma boa atitude é:” vamos receber o que nos pede passagem. Vamos olhar as mudanças sob novas luzes”.

É natural que junto com o novo venham anseios, receios e incertezas, O novo é quase sinônimo de desconhecido e traz inquietude; o que irá ocorrer? var dar certo? a escolha foi a melhor? É um processo que não deve ser irracional, é preciso pensar, refletir, pesquisar e planejar qual o melhor caminho a seguir. É um desafio, mas é possível.

Como é um desafio para nós que fazemos o jornal, também é para o usuário que muitas vezes tem dificuldade de manejar essas ferramentas. Esperamos que os leitores se atualizem, busquem ajuda ou que nos solicitem pelo nosso e-mail -ickardecista1@terra.com.br  para que possamos orientá-los.

O leitor aqui é convidado a se reciclar e ampliar os seus conhecimentos tecnológicos. Com essas novas informações e perspectivas, o repertório de possibilidade e habilidades são enriquecidas. Não é um processo difícil e sim de fácil adaptação. Aceitação das coisas como elas se apresentam não negando os fatos produz efeitos positivos e, maiores são as chances de nos movermos em direção ao desconhecido com mais curiosidade e menos temor. Vendo potenciais

É necessário um espírita ou uma pessoa comprometida e com disposição de aprender, estudar a Doutrina Kardecista Progressista e Livre Pensadora. Um espírita proativo.

O aprendizado contínuo é pauta maior da nossa evolução. Acreditarmos que estamos velhos para aprender algo novo, é uma grande limitação. Temos potencial e em qualquer idade devemos olhar-nos como autores de novas alternativas para um bom existir.

Evoluir sempre, mesmo que a pequenos passos.

Vamos renovar uma história.

“No ainda desconhecido, algumas histórias só estão esperando começar” (Raphaela Mello).

Experimente:https://cepainternacional.org/site/pt/component/phocadownload/category/20-jornal-abertura-2021 

Artigo publicado no Jornal Abertura de dezembro de 2021.



quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

POR QUE JULGAMOS TANTO? por Cláudia Régis Machado

 

POR QUE JULGAMOS TANTO?

 

É da natureza humana fazer um julgamento, uma avaliação do mundo de acordo com suas crenças.

Não estou restringindo aqui ao aspecto moral do que é certo ou errado, mas um olhar que abrange vários itens da vida humana onde está contido também a perspectiva ética que compõem nossas crenças, a nossa percepção de mundo.

 



Cada pessoa é um mundo, que passa por situações e vivencias com as com as quais sofreu e aprendeu, que só ela conhece e compreende. 

 

Na maioria das vezes acreditamos que a nossa visão é a única válida, e isto atrapalha de ir, de ver mais além, e compreender outras perspectivas diferentes.

Precisamos ter uma abertura para saber que cada pessoa observa o mundo, o cotidiano sob seu próprio prisma, com lentes pessoais assim como nós.

Não existe problemas no processo de julgar, isto só passa a existir quando executamos de forma precipitada e imediatista. Não tomando cuidado de analisar o quanto sabemos daquela situação, daquela pessoa e o quanto não nos familiarizamos com o contexto que está inserido. Todos têm direito de expressar sua opinião, emitir seu ponto de vista e ser respeitado. Julgar não significa justificar os atos dos outros.

“Eu tenho a minha verdade e você tem a sua. Respeito é eu validar sua verdade, ainda que eu não a compreenda ou discorde de você”.

Não somos juízes, não estamos fazendo justiça, mas dando um parecer, uma opinião.

O que condenamos sempre, são os preconceitos tidos como crimes e as falsas informações com a intenção de difamar e prejudicar o outro.

Expressar e compartilhar pontos de vista não quer dizer convencer o outro nem que sua opinião deva prevalecer sobre a outra. Mas nem por isso devemos deixar de falar porque existimos a partir das nossas verdades, que não são imutáveis.

Troca de opiniões, através do diálogo é ouvir e transmitir com serenidade.

As diferenças não são negativas pois ajuda a abrir a mente diante de diversas situações e a liberdade para se repensar ou não, nossa visão de mundo.

Os julgamentos que realizamos são permeados por valores e preconceitos que carregamos dentro de nós. Revelam muito a respeito de nosso caráter, nossa personalidade e até como anda a nossa vida e quando nos desconhecemos, apesar de ser uma análise simplista, somos muito mais complexos tendemos como mecanismo de defesa projetar no outro, atribuir aos outros, nossos defeitos, sentimentos e desejos; que em psicanálise é uma forma do indivíduo defender-se dos próprios desejos imputando-os a outro sujeito.  

“A alma sempre tende a julgar os outros segundo o que pensa de si mesma”

– Giacomo Leopardi –

 

Uma atitude positiva e fundamental é o autojulgamento para trazer autoconhecimento, que facilita o olhar para si e para o outro. Traz uma flexibilidade para ouvir o pensamento do outro, e de se colocar no lugar do outro para conseguir uma postura de empatia.

Infelizmente executamos o ato de julgar com mais facilidade em relação ao outro do que a nossa própria avaliação. A postura muda quando somos julgados, sentindo-nos sensibilizados e incomodados.

Por isso quando o foco do julgamento é o comportamento do outro devemos sempre ter em mente: o que pretendemos realmente? É fazer com que os outros vejam nossa visão de mundo? Devemos ter a consciência que nosso padrão, nosso modo de ver o mundo não é o único.

Devemos ter cuidado para que nossos julgamentos não sejam uma especulação da vida alheia e que o uso não seja indiscriminado e virem fofoca pois geralmente se propagam rapidamente.

Abra sua mente e permita-se descobrir novas perspectivas para ampliar a sua visão de mundo. Faça do exercício de autoconhecimento um hábito, tornando-se assim mais gentis e tolerantes em suas análises.

Este artigo foi originalmente publicado no Jornal Abertura de novembro de 2021, interessado em ver o jornal? 

Baixe aqui:

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/20-jornal-abertura-2021?download=127:jornal-abertura-novembro-de-2021


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