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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Metodologia para provar as curas espirituais Dr. Abrahão Rotberg, 1986 – 7° congresso Espírita estadual – USE

 

Metodologia para provar as curas espirituais

Dr. Abrahão Rotberg, 1986 – 7° congresso Espírita estadual – USE

Durante a realização do 7° Congresso Espírita Estadual, o dr. Abrahão Rotberg, professor de Dermatologia e 2° vice-presidente da associação Médica Espírita de São Paulo, apresentou trabalho sobre “Metodologia da Avaliação das Curas por entidades Espirituais”. Os conceitos do dr. Rotberg causaram repercussões negativas em muitos congressistas, que diante do rigor da metodologia apresentada, chegaram até a perguntar, se ele era realmente espírita. Isso é explicado pela falta absoluta de qualquer rigor científico na análise dos fenômenos mediúnicos ocorridos nos Centros Espíritas e a facilidade com que a maioria se entrega, deslumbrada, a médiuns curadores que, vez por outra, surgem como portadores de cura de todas as doenças, fazendo operações, inclusive com instrumentos cirúrgicos.

O Jornal Espiritismo e Unificação, antecessor de nosso ABERTURA em outubro de 1986 publicou um resumo que disponibilizaremos no blog do ICKS para revisão de nossos leitores.

O trabalho do dr. Rotberg é sério, calcado em princípios rígidos, que na verdade são os que, efetivamente podem levar a uma avaliação correta e segura se a cura é realmente proveniente de entidades espirituais. Neste artigo faz-se um resumo da tese do dr. Rotberg.

Introdução

Segundo o dr. Abrahão, a cura de doenças orgânicas e funcionais por ação de entidades espirituais é francamente admitida pelo Espiritismo kardequiano. Por isso, afirma que “o médico espírita admite, portanto, a possibilidade da intervenção do mundo espiritual nos mecanismos, ainda que apenas por coerência com a doutrina que abraçou”.

Entretanto, adverte que “transformar essa possibilidade em probabilidade ou certeza, é problema completamente diferente. “Será necessário, como em todas as outras ciências, instituir uma metodologia de trabalho que possa produzir provas satisfatórias desse tipo de atividade espiritual”.

Metodologia

O dr. Rotberg formulou uma série de exigências criando uma tentativa de metodologia, que guiaria os pesquisadores especializados na investigação médico-espírita.

O que ele propunha em 1986

Exigência n°1 - O diagnóstico correto e preciso da doença a tratar é fundamental  para o estudo da mediunidade curadora, incluindo além da observação clínica, exames laboratoriais e instrumentais adequados. “Diagnósticos falhos ou incompletos não permitem apreciar a evolução do processo.”

Exigência n°2 - Exclusão de doenças espontaneamente involutivas, ou seja, doenças involutivas por mecanismos imunológicos, salvas algumas exceções por ele informadas. Tais como: “ o herpes zóster (observação nossa – hoje já existe vacina para isto desde 2017, mas não havia em 1986) espontaneamente involutivas por mecanismos imunológicos, não é aceitável para a observação. Porém a neurite zoster crônica, que sobrevive às manifestações cutâneas e que se tenha manifestado rebelde a todos os tratamentos médicos tentados, poderá ser admitida no estudo”

Exigência n° 3 - Exclusão de doenças psicossomáticas e/ou influenciáveis por psicoterapia

A fama do médium, a fé do paciente e o ambiente em que se realizam os trabalhos são formas muito ativas de psicoterapia que inutilizam a comprovação da atividade mediúnica.

Exigência n° 4 – ausência de terapêutica paralela.  Se o paciente receber terapêutica ortodoxa considerada útil para seu caso, paralelamente à ação mediúnica, a comprovação do valor desta última estará obviamente prejudicada. Esta é uma das maiores dificuldades práticas no estudo da mediunidade curadora.

Exigência n° 5 – Exclusão da possível atividade curadora direta do próprio médium, ou seja, o médium pode ser capaz de animicamente ajudar pelo passe a cura do doente.

Exigência n° 6 – exigência de acompanhamento da evolução por médico especialista – A avaliação dos resultados do tratamento deverá ser feita a curto e longo prazos e se valerá de todos os dados clínicos, laboratórios e instrumentais adequados para o caso em estudo. A análise da evolução deve ser feita por um médico especialista.

Exigência n° 7 – exigência de ambiente reservado e calmo

Exigência n° 8 – exigência de documentação científica e comunicação ética

Conclusão

Estas exigências podem ser excessivas e rigorosas, mas, haja visto o que é feito pela ANVISA no caso das vacinas de COVID-19, nada do que se pede aqui está em desacordo com a ciência, se quiséssemos determinar a validade de um tratamento espiritual de cura, todo este processo deveria ser seguido.

Resumido por Alexandre Cardia Machado

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 Nota: Artigo originalmente publicado no Jornal Abertura de Santos.

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