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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

O que é ser progressista? Por Alexandre Cardia Machado

Esta questão se faz importante num momento em que a humanidade alcança avanços impressionantes em todos os campos de conhecimento, a ciência a cada dia nos tráz novidades, a medicina, a internet, os meios de comunicação. No campo das questões sociais nos parece que o avanço é mais lento, pois esbarra em alguns pontos que gostaríamos de discutir aqui.

O progresso social depende da cultura, das características do país, da política, mas principalmente da economia. Muitos dirão e com razão que tudo depende da política, pois é neste campo que se discute as relações entre os poderes e suas consequências no campo social e finalmente na vida de cada cidadão. Então para ser progressista no campo social há que se permear a política. Nosso jornal desde o seu nascimento teve uma proposta de abertura, ao pensamento espírita, a atuação e participação social, à questão cultural em nosso campo de ação na ruptura com a religião espírita.

Recentemente fomos chamados por um companheiro espírita de não progressistas por termos uma linha de editoriação que não se relaciona diretamente com a esquerda política. Ficamos pensando, ah! então o termo progressista estaria ligado necessariamente a uma ideologia? Mas como assim? Talvez a uma ideologia progressista? Acontece que isto não existe, ideologias, sejam elas de esquerda ou de direita, elas, assim como as religiões não são progressistas. Existem movimentos sociais progressistas, que lutam por direitos humanos, como por exemplo no passado pela maior participação feminina, pelo  direito ao divórcio, pela redução das jornadas de trabalho, nem todas ideias de esquerda, mas certamente nenhuma delas de direita, daí talvez a ideia ou vontade da apropriação do conceito progressista.

O ABERTURA sempre se posicionou contra os atos de desrespeito aos direitos humanos e aos atos de fé sem raciocínio, sejam eles atos de fé religiosa ou ideológica. Este jornal foi contra a invasão do Afeganistão pelos EUA inclusive colocando uma faixa negra escrita paz em branco, em frente ao ICKS, pois foi um ato sem apoio internacional. Mas também não fomos e não seremos  favoráveis a nenhum ataque terrorista, pois somos fundamentalmente a favor da paz.

Nos sentimos à vontade de comentar qualquer ato de corrupção ativa ou passiva, sem nos preocuparmos por qual partido está por tráz, a corrupção talvez seja o maior mal que devemos nos livrar na sociedade atual. Ele carrega consigo toda uma marginalidade, um desrespeito a todos os cidadões por aqueles que recebem o mandato em seu nome. O ABERTURA defende o voto consciente, sem fazer campanha partidária, que cada um analise e pense em qual candidato melhor representa o seu conjunto de valores.

O ABERTURA possui colunistas que assinam as suas matérias, não fazemos censura, desde que o tema seja espírita ou relevante à sociedade e abordado sob a ótica espírita, ele será publicado, os editoriais em sua grande maioria são publicados sem assinatura por representarem a opinião do Jornal ABERTURA, normalmente escritos pelo seu Editor-chefe, como fazem todos os veículos jornalísticos.

O nome Abertura existe justamente por escrevermos sobre temas que outros jornais espíritas não abordam, revisamos textos de Allan Kardec que precisam ser atualizados, comparamos textos mediúnicos com textos de Allan Kardec para análise, algo que todo espírita deveria fazer, lançamos temas novos, questões sociais, promovemos debates, todo um conjunto de ações em nosso entender progressistas. Temos consciência de manter um canal aberto contra a mesmice e por isto lutamos constantemente para nos atualizarmos.

Mantemos o convite permanente aos nossos leitores que nos escrevam, que nos ofereçam a sua posição, através de nosso email ou de nosso blog, onde postamos algumas de nossas matérias e outras questões mais polêmicas, em um meio mais livre como deve ser o ambiente de internet. Temos um grande prazer em publicar as mensagens ou matérias enviadas.

Se isto não é ser progressista então talvez tenhamos que usar o termo aberto para nos definir, pois em essência é o que somos.

O que é ser progressista segundo algumas referências ? Na wikipédia uma definição livre é “O progressismo é uma doutrina política ou corrente filosófica muitas vezes relacionada ao evolucionismo e ao positivismo. O progressismo expressa a crença ou o desejo de evolução, desenvolvimento, aperfeiçoamento, superação. Opõe-se ao conservacionismo.   Políticas progressistas são aquelas que propõem mudanças sócio-econômicas radicais, para o desenvolvimento e o progresso da sociedade.” – nestes dois sentidos somos progressistas.


O diário online de português assim define a palavra, casualmente da mesma forma que Aurélio Buarque de Holanda –“que, ou pessoa que tem idéias políticas e sociais avançadas. Favorável ao progresso; que não é conservador ou reacionário.” Neste sentido o Abertura é progressista.

Publicado Originalmente no Jornal Abertura - Maio de 2014

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

XIII SBPE no Facebook

XIII  SBPE nas Redes Sociais


O XIII Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita agora está também no Facebook.

Além do blog do ICKS com informações atualizadas sobre o evento, a página do Facebook vem garantir ainda mais interatividade ao evento, proporcionando troca de informações e conteúdos entre aqueles que curtem a página do SBPE.

 Acesse  www.facebook.com/sbpe2013 e curta nossa página.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Doutrina Kardecista – modelo conceitual faz 5 anos - Modelo proposto por Jaci Régis

Doutrina Kardecista – modelo conceitual faz 5 anos




Lançada por Jaci Régis em Maio de 2008, em formato brochura e produzido pelo ICKS, o Modelo Conceitual encontra-se à venda pelo investimento de R$ 10,00.

Hoje já é possível, além de adquirir o exemplar no ICKS baixar o mesmo gratuitamente no site da CEPA - https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/32-icks-modelo-conceitual-jaci-regis?download=225:icks-modelo-conceitual
  

O material sacudiu os alicerces do movimento livre-pensador por assumir-se Kardecista e pós-cristão, sendo o marco de lançamento de uma corrente nova, renovadora, apartada do movimento espírita tradicional e, se um dia isto realmente acontecer, este documento terá que ser lembrado como o brado de liberdade. Jaci promoveu diversos debates com pensadores espíritas laicos no ICKS, em Santos, no CCEPA, em Porto Alegre, no CPDoc e também em uma edição do SBPE.



Jaci enviou seu material à CEPA propondo a sua discussão no âmbito da mesma, em um dos congressos organizados por esta instituição, tendo sido prontamente recusado, mas o impacto causado pela brochura foi tão grande que as ideias contidas em sua maioria foram incorporadas ao pensamento do nosso grupo, tendo sido este material usado como uma das bases para a Carta de Princípios da CEPA Brasil em Bento Gonçalves, em 2010. Acontecendo a mesma coisa no ICKS, em 2011, quando da elaboração de seus princípios norteadores, isto após a desencarnação de Jaci Régis, em dezembro de 2010.

O Jornal trimestral espírita catalão, Flama Espírita, vem analisando o texto completo desde 2010, já tendo percorrido 76% de seu conteúdo, e acreditamos que até o fim deste ano, David Santamaría terminará sua análise, e assim que estiver concluída, o blog do ICKS disponibilizará o conteúdo completo. Esta talvez fosse a maior aspiração de Jaci: que o texto fosse debatido, por isso dedicou o espaço deste jornal àqueles que assim o fizessem.

Histórico:

Maio de 2008 – Jaci Régis lança a brochura Doutrina Kardecista – Modelo Conceitual (reescrevendo o modelo espírita)

Junho 2008 – Régis apresenta em Porto Rico seu Modelo Conceitual, com muito sucesso, no XX Congresso Espírita Panamericano

Julho de 2008 – ABERTURA publica um artigo – Novo Modelo Conceitual, com depoimentos de espíritas que o leram – como Mario Horta e Gilberto Guimarães da Silva, de São Paulo (SP), José Aparecido Sanchez, de Jacarezinho, Gisela Régis, de Rio Claro e Ademar Arthur Chioro dos Reis, de Santos.

Novembro 2008 – ABERTURA publica Modelo Conceitual em Análise – após reunião onde foram convidados a debater o material no ICKS, Reinaldo Di Lucia, Alcione Moreno, Ricardo Nunes, Cláudia Régis Machado e Alexandre Machado, com a participação de Antonio Ventura, Arlete, Isabel Tavarez, Palmyra Coimbra Régis e José Alberto.

Dezembro de 2008 – ABERTURA publica a segunda reunião no ICKS para debater o Modelo, Doutrina Kardecista em debate, com a participação de Ademar Chioro dos Reis, Ciro Pirondi, Gilberto Guimarães. José Alberto, Jacira Jacinto da Silva, Jaílson Mendonza, Mauricy Antonio da Silva. Mauro Spínola e Roberto Rufo – neste grupo apenas Gilberto declarou-se religioso mas fez questão de participar da discussão. Neste momento, a grande rejeição estava no nome –doutrina Kardecista, posição que Ademar, Mauro e Jacira não nutriram simpatia. Hoje, passados cinco anos, fica claro que o nome pegou e é usado tranquilamente ainda que não tenha substituído a palavra Espiritismo.

Maio de 2009 – ABERTURA publica reportagem sobre a visita de Jaci Régis ao CCEPA – Centro Cultural Espírita Porto Alegre, onde estiveram presentes 20 pessoas de Porto Alegre, Florianópolis e Pelotas. Os comentários no geral foram muito positivos.

Junho de 2009 – a CEPA rejeita a proposta de Jaci Régis de que o novo modelo conceitual – reescrevendo o modelo espírita seja usado como base para um novo posicionamento da CEPA, nem consideraram necessária a constituição de uma comissão para análise do mesmo em que pese a admiração dos membros do conselho da CEPA pelo autor e pelo ICKS – deixa clara a CEPA que a atualização do pensamento espírita se dá pelos congressos e não por iniciativas individuais.

Julho de 2009 – O ABERTURA publica a resposta de Jaci Régis ao presidente da CEPA onde Jaci defende que “é natural que a atualização seja uma consequência de uma construção coletiva. Mas por que não pode partir de uma sugestão individual? A conclusão da atualização é coletiva, mas a iniciativa pode ser individual. Parece que assim tem sido a história do conhecimento humano ...”. Jaci assim não desiste, apenas muda o foco e prepara o lançamento de seu último livro – O Novo Pensar espírita, que mais tarde seria batizado de “Novo Pensar – Deus, Homem e Mundo”, à venda no ICKS por R$ 25,00.

Novembro de 2009 – O ICKS realiza o XI SBPE – uma mesa redonda é organizada para debater o Novo Modelo e Jaci Régis lança com muito sucesso o livro Novo Pensar – Deus, Homem e Mundo. Com a participação de Roberto Rufo, Cláudia Régis Machado e Eugenio Lara, Rufo afirma ser o Novo Modelo uma nova teoria do conhecimento ou epistemologia.

Respondendo a este desafio, o ICKS apresentará no XIII SBPE em outubro de 2013, uma análise epistemológica do que mais tarde Jaci chamaria de Ciência da Alma, que incorporaria ideias do Novo Modelo e Novo Pensar.

Destacaremos alguns pontos do modelo conceitual que se tornaram de domínio público e aceito pela maioria de nossa comunidade:

1 - Segundo o Espiritismo, não existem o céu, o inferno e o purgatório. Remendar pano velho com pano novo é incompatível, já disse Jesus de Nazaré. Anjo não pode ser sinônimo de Espírito Puro.

Diabo não pode ser justificado como condição de Espírito imperfeito ou obsessor. Purgatório não tem sentido na justiça divina, segundo o Espiritismo.



2 - O novo modelo começará por estabelecer que o universo não é estruturado, mas delineado. Seria, metaforicamente talvez, uma projeção da intenção divina, inteligência suprema e causa primária, centro ordenador e controlador, manifestado através da Lei Natural. Porque onde há Lei existe necessariamente controle.



3 - Neste modelo não existe espaço para a personalização do Ser Supremo, nem cabe o estabelecimento de atributos que o humanizariam, porque o paradigma disponível para pensar as virtudes é o humano.



A palavra delinear é bem clara, significa esboço, linhas gerais, marcos principais, e não um planejamento estrito, um mapa detalhado. É a mistura de determinação do reencarnante e do grupo em que se filia e o livre-arbítrio.

Não creiais, entretanto, que tudo o que sucede esteja escrito, como costumam dizer. (...) Só as grandes dores, os fatos importantes e capazes de influir no moral, Deus o prevê porque são úteis à tua depuração e à tua instrução. (859 a)



4 - Pelo novo entendimento a vida corpórea é um componente natural, desejado e necessário à evolução do Espírito. Numa visão dinâmica, contudo, concebemos a vida humana como um continuum existencial, através da vivência no plano extrafísico e no plano corpóreo, intermitentemente. Isso explica a realidade evolutiva das pessoas, em segmentos reencarnatórios. A pessoa humana possui uma biografia atemporal, em que experimenta uma extraordinária aventura de erro e acerto. Permanentemente inquietante e inquieta, sem correlação estrita com o tempo, mas desenvolvendo-se em seu próprio tempo.



5 - Encarnar e desencarnar é o motor básico da evolução do ser inteligente. A reencarnação é, pois, o instrumento básico da evolução do Espírito, desde as primeiras manifestações como Princípio Inteligente.



6 -No estágio evolutivo médio da humanidade terrena, o ponto de referência é a vida corpórea, onde ele elabora progressivamente sua identidade. Mas, como em todo o Universo, nesse aparente caos, a diretriz da Lei divina se estabelece seja pela hierarquização dos Espíritos, seja pelas pressões da realidade moral e intelectual que cada um desenvolve e vive. Todos seguem os rumos do produto de si mesmos. Embora numa visão genérica, o Plano Extrafísico de modo algum seja um lugar disciplinado, há, certamente, um centro coordenador, uma fonte dirigente que se manifesta sempre que solicitada ou quando necessário. Esse centro diretivo, constituído de Espíritos gabaritados atua, suplementa, buscando promover o equilíbrio pessoal e grupal.

Este modelo descarta totalmente a premissa da vida humana girando em torno da culpa e castigo.

O fluxo organizador e diretivo da Lei está “inscrito na consciência”, isto é, na formação da estrutura do corpo mental. Que significa isso? A Lei não é um discurso. É o conjunto de fatores que atuam sempre procurando a manutenção do equilíbrio. A Lei natural não é moral. O universo não tem propósitos restritos ou punitivos. Embora não haja possibilidade de entender todas as nuances da vida, nada na natureza autoriza o modelo de pecado e punição secular.



7 - Na visão evolucionista deste modelo não há lugar para um salvador. Mas positivamente tem lugar para as lições de Jesus de Nazaré. Nas suas lições Allan Kardec buscou a diretriz segura para o desenvolvimento ético e moral que o Espiritismo propõe.

Caráter, dor, prazer, desvios morais, perversões e santificações que definem o comportamento das pessoas foram desenvolvidos através das vidas sucessivas e por elas serão resolvidos.



8 - A reencarnação é uma aventura existencial.

Deixamos aqui o convite à leitura do Modelo Conceitual - entre em contato com o ICKS para saber como obter a sua cópia - ickardecista1@terra.com.br

segunda-feira, 10 de junho de 2013

O ICKS funciona na nova sede, por Redação

O ICKS começa a reforma da nova sede




A nova sede será no bairro Embaré, na Rua Paraguassú, 18 em Santos é claro, as obras de adaptação da casa, que durante muitos anos foi o consultório psicológico do Dr. Jaci Régis, esta sede nos foi doada pelo casal Jaci e Palmyra Régis ,com o objetivo de dar mais autonomia ao Instituto.

Nosso cronograma prevê o início das atividades na nova sede já em Julho. Aguardem a programação de inauguração.

Atualizando esta postagem, já estamos funcionando em nossa sede!


sexta-feira, 31 de maio de 2013

POR UM ESPIRITISMO PLANETÁRIO E ATUAL - Ricardo Nunes

“Na visão de Kardec, o Espiritismo não pode, de nenhum modo, estagnar-se; se o fizesse, não seria uma ciência, e nem mesmo uma filosofia, uma vez que tanto uma quanto outra só se efetivam com a contínua inquietação do pensamento. É preciso que haja um constante anseio pela busca de novos conhecimentos, os quais nos ajudarão a entender melhor o Universo que nos cerca, e, nos posicionarmos melhor frente a ele; ou seja, aprimorar a cosmovisão espírita” Reinaldo Di Lucia.


“A adjetivação do Espiritismo como cristão, na opinião da CEPA, é incorreta e desnecessária. A população mundial não é somente a do Ocidente. Na Ásia e na África, há um bilhão de muçulmanos, quase dois bilhões entre budistas, bramanistas, shintoístas, etc. Um Espiritismo chamado cristão é automaticamente destinado ao mundo ocidental, não é um Espiritismo planetário, internacional.” Jon Aizpúrua.

Toda filosofia nasce buscando resolver os problemas de sua época. Brota do contexto cultural a que pertence, visando resolver questões que se apresentam em seu período histórico. Um sistema filosófico não nasce do vazio, do vácuo, pelo contrário, ele sofre influência do “espírito do tempo”. Na verdade, uma boa corrente filosófica é aquela que busca resolver questões do seu momento presente, mas que consegue extrapolar sua época e oferecer ao futuro reflexões ainda válidas.

O Espiritismo nasceu pelas mãos de Allan Kardec dentro do seguinte contexto cultural. Por um lado, os adeptos de uma ciência positivista e agnóstica, que rejeitavam veementemente as chamadas questões metafísicas. Por outro lado, as igrejas cristãs, particularmente o catolicismo, que se via perdendo influência e poder.

Esta influência positivista fica bem evidenciada quando Kardec afirma, além do caráter filosófico, o caráter científico do Espiritismo. Neste sentido, Kardec valoriza, como base da nova ciência que estava propondo, os chamados fenômenos mediúnicos.

Já a influência da igreja fica patente por ocasião da publicação de O Evangelho segundo o Espiritismo, em resposta àqueles que acusavam o Espiritismo de ser antirreligioso. Não podemos esquecer que, para os cristãos da época, as manifestações espíritas eram obra do demônio.

Ao longo do tempo o positivismo comteano sofreu críticas acerbas, principalmente por suas pretensões absolutistas, que faziam da ciência o supremo conhecimento de caráter infalível. No século XX, alguns filósofos da ciência nos ensinaram que as verdades da ciência são provisórias e devem ser falseáveis. Quanto à igreja, sua órbita de influência ficou restringida ao campo da fé, preservando o dogma e a revelação divina que, segundo suas concepções teológicas, extrapolam e superam a razão natural.

O contexto cultural em que foi elaborado o Espiritismo se transformou. Estamos no século XXI, não mais em meados do século XIX.

Ante esta transformação devemos responder às seguintes perguntas, se desejamos que o Espiritismo prossiga como uma proposta ainda interessante para a humanidade: O materialismo contemporâneo se apresenta de que forma, com quais armas filosóficas? Que princípios científicos e filosóficos desta cultura pós-moderna em que vivemos, podemos utilizar em uma fundamentação atualizadora do Espiritismo?

No que diz respeito à questão ética, ante a globalização econômica e cultural vigente, cabe indagarmos: não seria o caso de pensarmos o Espiritismo como uma proposta que supere seu perfil originalmente cristão, com vistas a enaltecer e valorizar todas as culturas, religiosas ou não, que tenham chegado à compreensão da necessidade do bem e do respeito à alteridade?

A partir das respostas a estas questões poderemos construir um Espiritismo que esteja atualizado, sintonizado, e que possa, inclusive, abrir perspectivas, aos problemas filosóficos, científicos, sociológicos, antropológicos, estéticos e espirituais de nosso tempo. Já no campo das concepções éticas, com esta práxis atualizadora, certamente auxiliaremos a proposição de um “Espiritismo planetário”, e não apenas cristão, na bela expressão de Jon Aizpúrua.

domingo, 12 de maio de 2013

O Dilema dos Laicos – Jaci Régis

Os espíritas que acreditam que o Espiritismo é uma religião estão definidos. Eles, sejam simples pessoas ou acadêmicos e doutores, aceitam a religião e, ao revés de Kardec, afirmam: “a nossa fé (verdadeira) despreza a razão em qualquer época da humanidade”. Não temos, todavia, nada com isso. É o caminho escolhido e certamente toda generalização é cruel e falsa.




Mas e quanto aos laicos?

O laicismo é, por definição, a separação do Estado e da religião. Isso porque a religião, aqui entendida como instituição física e espiritual, se impôs sobre o Estado, talvez porque, na verdade, representava a nação.

Os espíritas laicos não são religiosos e, às vezes, contra a religião. Todavia, será possível desligá-lo, na prática, dos religiosos?

Não apenas em suas instituições que, de maneira geral, seguem o modelo tradicional dos centros espíritas religiosos, como na mentalidade.

Devido a isso, fizemos a proposta de denominar os “laicos” como espíritas kardecistas. Aí as controvérsias repousam na semântica, do gostar ou não de substituir “espiritismo” genericamente, por “kardecista”, especificamente.

Às vezes, como disse o rei Herodes Agripa para Paulo de Tarso: “as muitas letras”.

Isso pode acontecer a miúde entre os intelectuais laicos, não raro pelejando sobre palavras e ditando doutrina sobre exceções.

O que precisamos é uma mínima identidade de vista para que nosso segmento seja claramente distinguido dos religiosos, porque somos diferentes e nada mais que isso.

Diferentes porque temos um modelo distinto para nortear nosso entendimento.

Somos minoria e aceitar essa condição impõe, também, a não dispersão de forças.

Todavia, o ponto crucial desse problema é evitar o centralismo e manter a relação de entendimento.

Aliás, é o que queria Kardec na sua Constituição do Espiritismo. Unidade de vista, abertura mental. O que também levanta outro problema, porque exige flexibilidade de estar aberto ao novo, sem desprezar as raízes.

Há entre certos espíritas a tendência de acreditar na infalibilidade da ciência e questionar as bases da Doutrina, chegando quase ao materialismo espiritual, se isso fosse possível.

Outros artigos de Jaci Régis:


Livros de Jaci Régis a venda pela Internet:

http://icksantos.blogspot.com/2011/12/livros-de-jaci-regis-venda-pela.html

Um ano sem a presença física de Jaci Régis

http://icksantos.blogspot.com/2011/12/um-ano-sem-presenca-fisica-de-jaci.html

Do Jesus Pré-cristão ao Jesus Cristão - Jaci Régis

http://icksantos.blogspot.com/2011/10/do-jesus-pre-cristao-ao-jesus-cristao.html


Jaci Régis biografia e vida – por Ademar Arthur Chioro dos Reis

http://icksantos.blogspot.com/2011/10/jaci-regis-bibliografia.html

Ligação espírito cérebro

http://icksantos.blogspot.com/2009/08/ligacao-espirito-cerebro-jaci-regis.html


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A Orquestra - Sobre a vida de Jaci Régis por Carol Régis


O movimento Espírita de Santos sempre foi como uma Orquestra. Começou há muito, muito tempo, com músicos bastante novos, cheios de sonhos e idéias, cada qual em seu palco. Espíritas de diversas famílias que estudavam a doutrina em seus centros, fazendo intercâmbios de quando em vez.

Até que na década de 40, desembarcam no porto de Santos dois irmãos. O mais velho, tinha o dom do sorriso. Podia ser um violonista, com notas alegres, especialista no instrumento. Não há quem ouça sua música que não sorria imediatamente. Certamente encantador, trazia no olhar a admiração e a preocupação constante com o companheiro de viagem. Seria assim durante toda a jornada, sem fim.

O mais novo era especial. Poderia tocar o violino também, mas seu talento era mais intrigante. Seria capaz de tocar diversos instrumentos, tinha dotes intelectuais espetaculares. Dedicou-se ao Espiritismo com toda a alma, sentindo cada nota de Kardec como se fosse compor uma obra prima em homenagem ao mestre.

Como não podia deixar de ser, com o passar dos anos, todos aqueles músicos avulsos começaram a ensaiar juntos. Debatiam, estudavam, tocavam as partituras, nem sempre harmoniosas, do Espiritismo Santista. Viam que se destacavam do restante dos músicos Brasil afora. Faltava alguma coisa, uma diretriz, um norte a seguir.

E então, aquele músico, que tanto talento possuía, assumiu seu papel natural de líder, produtor de idéias, semeador de novidades. Enfrentava as divergências conceituais como um novo espetáculo a montar. Mediante àquela coragem e àquela paixão pelo ideal Kardecista, os espíritas santistas passaram a respeitar o músico como algo além: Jaci Régis tornava-se o Maestro.

E assim foi durante outros tantos tempos: o Maestro lançava sua Orquestra em turnês nem sempre amistosas. Propunha acordes e arranjos quase impossíveis de alcançar. Exigia ensaios exaustivos a seus parceiros de palco. A reação dos espíritas, que agora faziam parte da renomada Orquestra do Movimento Espírita de Santos, era variada. Alguns viam no mestre exemplo de homem e pensador a seguir. Outros discordavam de seus métodos e quiçá de suas obras. Mas nenhum deles podia abandonar o posto. Já estavam imersos naquele organismo vivo que se apresentava cada vez mais vanguardista sob a batuta de Jaci.

E estavam acostumados demais a ver aquela figura brilhante regendo, mesmo que, por vezes, quase imperceptível, em um canto mais escondido das coxias. Eram palestras, livros, obras de auxilio social, simpósios, tudo saído da mente daquele homem de saúde um tanto frágil. Era inacreditável como tal espírito cabia naquele corpo tão terreno.

Dizem que alguns músicos foram tocar em outras bandas. Ousavam dizer aos ventos sobre suas dúvidas a respeito do antigo Maestro. Mal sabiam que, mesmo sob nova regência, a base inegável e atavicamente tinha vindo de Jaci que, a essa altura, havia começado a ensaiar sua mais nova e ousada obra. Fruto de seu amor inabalável por Kardec e de décadas de filosofias íntimas, A Doutrina Kardecista era o retrato fiel da alma do Maestro: provocadora, embasada, inquietante.

Então, o Maestro recebeu propostas de tocar em outras Orquestras. Negou algumas, resistiu, lutou, mas inesperadamente partiu.

A Orquestra que assumirá agora é muito maior, muito mais especial que a anterior e Jaci dividirá o palco com tantos outros Maestros do nível dele. Será um novo desafio. A Orquestra de Santos? Sente-se órfã. Perdeu seu Maestro de tantos e tantos anos de Espiritismo. Mas, como bom pai, ensinou seus filhos a nortearem-se pelos palcos sozinhos. Seguirão, sem dúvida, tocando. Mas aquela ausência pelos corredores dos centros Espíritas por onde tocavam será sentida sempre. A saudade será amenizada pela certeza dos acordes que chegarão, cedo ou tarde, vindos dos palcos regidos por Jaci. Sua música será ouvida sempre, onde quer que ele se apresente.

Texto originalmente publicado no Jornal Abertura em Janeiro de 2011.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O que sabemos que sabemos? Abrindo a Mente - Alexandre Cardia Machado

O que sabemos que sabemos?
Originalmente publicado no Jornal Abertura de Novembro 2010

Início do século XIX – o que víamos, pensávamos era a realidade.
Metade do século XIX – existe uma explicação lógica para a existência do espírito.
Fins do século XIX – Freud desvenda o inconsciente.
Início do século XX – Einstein derruba a dualidade matéria e energia, demonstra que espaço euclideano não existe ( o espaço depende da massa distribuida ) e o tempo é uma dimensão.
Início do Século XX – O infinitamente pequeno é probabilístico – a matéria se comporta ora como onda e ora como partícula.
Metade do Século XX – A evolução das espécies proposta 100 anos antes é provada através da descoberta da genética moderna.
Fins do século XX – O homem vai á Lua e orbita permanentemente o planeta em estações espaciais.
Início do Século XXI – O Genoma humano e de diversos animais é decifirado, todos os seres humanos estão conectados por ondas eletromagnéticas ( TV aberta, TV a cabo, celular, web, etc).

Sabemos , ao constatar estes saltos que o conhecimento de hoje é muito menor do que será em 20 anos, não temos a menor idéia de quais saltos tecnológicos ou de conhecimento daremos em vinte ou quarente anos. Até hoje, ainda que estes paradigmas tenham ligações com o conhecimento anterior, nenhum sábio previu, com uma antecipação de 10 anos que seja, que o velho telefone do Alexander Graham Bell viraria uma plataforma multimidia, interligada por microndas, satélites e cabo, permitindo acessar qualquer ponto do planeta, pessoas, notícias, temperatura ambiente, humidade relativa do ar entre outros milhares de opções.

Enquanto isto quais foram os saltos dado pelo espiritismo?
Período de codificação ( 1857 a 1868)
Período de crescimento científico ( fim do século XIX)
Período de Cristianização ( inicio do século XX)
Período Mediúnico Psicográfico ( meados do século XX)
Período Transcomunicacional ( fins do século XX)
Perído de atualização que com grande esforço tentamos implementar no início do século XXI, ainda que o grande sucesso da década tenha sido o filme “Nosso Lar” que não veio para atualizar nada.

Comparando o saber científico com o espiritualista, vemos que mudamos muito pouco, em velocidade muito menor, com a permanencia da fase anterior em paralelo com a nova etapa por muito tempo, não temos saltos não acompanhamos o progresso.

Sugiro que vocês naveguem no Google, no Bing, na Wikepedia não fiquem parados – estudem e comparem e se estiverem fazendo a mesma coisa, do mesmo jeito há 10 anos, provavelmente estarão fazendo algo errado, superado ou que esteja no mínimo desatualizado. Até colecionadores de antiguidade tem blog ou Ipod.

Para abrir mais a sua mente leia:
www.google.com.br; www.bing.com.br ; http://pt.wikipedia.org/wiki/Espiritismo

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A DOR - na visão Kardecista por Jaci Régis

Certamente a dor e o sofrimento são constantes e atingem a todos. Pela doença, pela opressão, pelos conflitos. A dor individual intrapessoal,interpessoal ou grupal confrange, une, desune, arrebenta, estraçalha coração, anima a fogueira do ódio, ou eleva a resignação, a alienação e impotência diante do inevitavel. Mas,apesar disso, parece que o mal cresce, que as injustiças são maiores, os tempos piores.
Porque o homem sofre?

Reportando-se apenas as explicações mistico-religiosas, vemos que todas as crenças aceitam e afirmam que Deus pune. Os antigos queriam deuses ferozes, dominadores, inflexiveis. Que destruiam colheitas, inundavam as terras, queimavam populações. Para aplacá-los sacrificavam animais, pessoas e coisas. Sangue e lágrimas, para agradar os deuses. Mesmo o Deus invisível dos judeus, o iracundo Jeová, deus vulcânico, não tinha menos paciência ou flexibilidade. Parcial e colérico condenou Moises a não ver a Terra Prometida e fez derrubar as muralhas de Jericó para a vitória dos judeus. Submeteu Abraão à prova mais dura e a Jó a sofrimentos crueis para provar a fé, a fidelidade e a submissão.
A expulsão do Paraíso, o dilúvio, Sodoma e Gomorra são mostras bíblicas de que o Senhor tem seus limites. Na verdade a Bíblia é o relato do conflito entre Deus e as criaturas. Aquele sempre insatisfeito com estas e estas sempre desobedecendo, aborrecendo seu criador. De tal forma que Jeova resolve punir para sempre as gerações. Mas o sangue do Cordeiro é que viria resgatar o pecado do mundo.

Nos Evangelhos cristãos, a dor tem lugar distinto. No Sermão da Montanha, Jesus de Nazaré teria dito ...Bem aventurados os que choram, porque serão consolados... Bem aventurados vós que agora chorais, porque rireis. Ai de vos que agora rides, porque gemereis e chorareis.

Esse quadro escuro marcou a sociedade cristã. O homem foi colocado numa posicão de impotência, cumulado de culpa, desobediência e sujeito à ação fulminante da divindade. Nada de alegria. Nem de felicidade. Essa, quando tudo da certo, só depois da morte. Aqui, a dor é soberana. O Velho Testamento diz, sem meias medidas, que Deus não faz acordo com quem desobedece suas leis.

No Espiritismo,a vida terrena é colocada, filosoficamente, como um exercício natural e inerente ao processo de crescimento espiritual. Mas quando a vida é analisada sob o ponto de vista moral, a encarnação é ainda vista como um mal necessário, e relacionada com expiação de erros, como condição para almas condenadas pela Justiça Divina. Além disso, a categorização da Terra como planeta de provas e expiações, vale de lágrimas, prisão ou hospital, dá um sentido ainda mais trágico a todo o processo. Batizada pelo passado, a vida terrena é tida como um exílio e o corpo um fardo pesado.

Desde o início, a dor e o sofrimento tambem foram louvados, como formas “naturais" para pessoas tão inferiores. De um modo geral, as seguintes palavras do Espírito Santo Agostinho, sintetiza essa concepção: “Vossa Terra é por acaso um lugar de alegrias, um paraiso de delícias? A voz do profeta não soa ainda os vossos ouvidos? Nao clamou ele que haveria choro e ranger de dentes para os que nascessem neste vale de dores? Vós, que nele vieste viver, esperai, portanto lágrimas ardentes e penas amargas. E quanto mais agudas e profundas forem as vossas dores voltai os olhos aos céus e bendizei ao Senhor por vos ter querido provar! (...) Felizes os que sofrem e choram! Que suas almas se alegrem porque serão atendidos por Deus" (0 EvangelhoSegundo o Espiritismo, capitulo V).

Ao fundar o Espiritismo, Kardec, como é natural, absorveu todo o ideário moral ao cristianismo. Desde então, muitas concepções sadomasoquistas foram incorporadas ao dia-a-dia doutrinario, dando um colorido escuro, doloroso, ao entendimento da vida.

O Espiritismo cristão apologia a dor, o sofrimento, dá-lhe expressão grandiloquente e quem sofre estoicamente é o heroi. Na verdade,toma a vida terrena umaverdadeira odisseia para ser levada a terrno.

No livro O Consolador, o Espirito Emmanuel, através da mediunidade de Francisco Candido Xavier, afirma: "Podemos classificar o sofrimento do Espirito como a dor-realidade e o tormento fisico, de qualquer natureza, como a dor-ilusão (...) a dor física é um fenômeno, enquanto a dor moral é essencial (...) só a dor espiritual é bastante grande e profunda para promover o luminoso trabalho do aperfeirçoamento e da redenção" (pagina 239). E, em segundo diz "No trabalho de nossa redenção individual ou coletiva a dor e sempre o elemento amigo e indispensavel."

Diz ainda Emmanuel: "A redenção de um Espirito encarnado, na Terra, consiste no resgate de todas as suas dividas." (pagina 241).

O Espiritismo como Ciência da Alma, pensa a espírito como um ser em busca da felicidade, sendo a dor um obstáculo a ser superado.

Jaci Régis - extraído do livro Novas Idéias

Publicado originalmente no Jornal Abertura em Dezembro de 2010

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Abrindo a Mente - A vida com ela é, ou seria? Primeria vez foi encontrado um ser vivo que contém na sua estrutura do DNA um componente inédito As

Artigo de Alexandre Cardia Machado

O Processo de adaptação, de sobrevivência do mais forte nos supreende a cada dia, revestido de todo um marketing especial, a Nasa, Revista Science e a Organização Pesquisa Geológica dos Estados Unidos deram a conhecer que pela primeria vez foi encontrado um ser vivo que contém na sua estrutura do DNA um componente até então inédito. Até esta data os componentes básicos eram Carbono, Hidrogênio, Nitrogênio, Oxigênio Enxofre e Fósforo. A vida mais uma vez nos ensina, nada parece ser absoluto, sempre há algo a aprender.

Em um lago chamado Mono, na Califórnia, que contém uma grande concentração de Arsênio (As), componente que causa envenenamento na maior parte dos seres vivos, mas que neste ecosistema sustem a vida vegetal em sua borda e algumas bactérias no interior do mesmo, mas que agora finalmente encountrou-se bactérias que incorporaram, na sua estrura do DNA, parcialmente o As. Esta constatação abre as portas a diversas especulações, quais sejam que passou a ser possível imaginar outras trocas químicas, de alguns dos outros componentes básicos. Afetando inclusive nossa forma de pesquisar a possibilidade de vidas em outros planetas.

Antes de ficarmos eufóricos, há que se considerar que esta bactéria, trocou 2 elementos químicos que estão na mesma categoria da tabela periódica e que isto é extremamente comum na química. Esta é a razão pela qual muito se cogitou, na possibilidade de troca do Carbono pelo Silício. A própria Nasa estuda isto. Claro que até o momento não encontramos nenhum ser vivo, na terra que tivesse este tipo de alteração na sua composição de DNA. O Silício é muito mais comum, na Terra que o Carbono, além de não ser um veneno e no entanto a vida se desenvolveu à partir deste elemento que dispõe de uma facilidade, plasticidade e variabilidade muito maior, capaz de criar toda um química chamada Orgânica.

O grande artista foi a bactéria GFAJ-1 for fazer a troca química no DNA pois outros sers vivos conseguiram adaptar-se sem necessitar disto. Um outro caso desafiador acaba de ocorrer nos úlimos 10 anos em uma região da polinésia, uma bactéria foto sensível partilhou o seu DNA com um Krill ( pequeno camarão) formando o primeiro animal capaz de fazer fotossíntese – esta simbióse pode explicar como seres tão pequenos como bactérias deram orígem a todos os animais que exitem hoje. Assim como o caso da bactéria GFAJ-1 isto só foi possível de ser conhecido por haver uma forma de adquirir conhecimento, que é seguida por toda a comunidade científica, ou seja, artigos técnicos, registros bem organizados e disponíveis ao acesso de outros pesquisadores pela internet.

Esta descoberta, claro favorece a tese Espírita da Pluralidade dos Mundos Habitados, não façamos disto uma falácia, mas a confirmação que a vida, uma vez gerada é capaz de adaptar-se, pela lei de evolução e que sabemos existe um grande ator presente em todos os processos o chamado Principio Espiritual. Escrevi em meu trabalho A Evolução do Principio Espiritual- 2009 que a vida fora da Terra deveria ser buscada à partir do estudo dos limites da vida na Terra ( Vulcões, lagos salgados, fundo do mar, em meio ao gelo etc).
Para abrir mais a sua mente leia: Revista Veja, 8 de Dezembro de 2010. Avida como ela (agora) também é. – Naiara Magalhães, Naiara .A Evolução do Pricípio Espiritual – XI SBPE – Machado, Alexandre - 2009

Artigo publicado originalmente no Abertura de Dezembro de 2010.

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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O SER HUMANO E A EVOLUÇÃO, UMA ANÁLISE PRÉ-HISTÓRICA - por Alexandre Cardia Machado

1. INTRODUÇÃO


Alexandre Cardia Machado

A primeira pessoa a tratar do evolucionismo foi Aristóteles (14,93), na sua Physicae Auscultationes (16,1987) que proclamava a evolução de todos os seres, desde a matéria ao pensamento. O tema teve posteriormente a contribuição de personalidades como Buffon, Lamarck, Saint-Hilaire, Wallace, Darwin e Haeckel, todos de alguma forma tentaram se contrapor à idéia bíblica de que todas as espécies foram “especialmente criadas”.
O fato é que o homem e o macaco têm um ancestral em comum. A determinação da espécie exata que deu origem ao homem moderno tem ocupado a atenção mundial, no campo da Paleontologia. Allan Kardec, em A Gênese, tratou do assunto nos capítulos X (Gênese Orgânica), XI (Gênese Espiritual – Princípio espiritual), este artigo procura estabelecer um paralelo entre a posição de Kardec – baseado nos ensinamentos dos espíritos e na ciência de 1868 – com os conhecimentos científicos do final do século XX.
Os humanos têm uma estrutura semelhante à dos chimpanzés e gorilas (a mesma estrutura anatômica básica e constituição genética similar), provavelmente herdadas de um ancestral que deve ter vivido há cerca de 10 milhões de anos. Sabe-se que (4,91) o primata mais antigo descoberto ate o momento foi um lêmur, pequeno animalzinho que vive até hoje, na ilha de Madagascar, no entanto, seus ancestrais já estavam por aqui a cerca de 50 milhões de anos.
Um interessante artigo foi publicado na revista Superinteressante (8,88), destacamos que: “Charles Darwin afirmou que os homens e os macacos têm a mesma origem, o que a ciência pode reforçar hoje, com o Aegyptopithecus de 35 milhões de anos. Até recentemente, porém, não se acreditava que a família dos humanos se confundia com a de chimpanzés e gorilas”, esta posição sempre foi um tabu, mormente no século passado. ”Hoje os cientistas tendem a aceitar que todos fazem parte de um único grupo, no qual homem e chimpanzé são parentes próximos, ao passo que gorilas q orangotangos são primos evolutivos mais afastados do gênero Homo.” (8,88).
Segundo Lima, “a semelhança física entre os humanos e os macacos inquestionável, porém o parentesco que há entre nós adquire destaque quando se comparam as proteínas humanas com as desses nossos parentes” (13,90).
A seguir apresento um quadro comparativo de homologia bioquímica, estabelecendo a relação entre proteínas presentes nos mamíferos, entre eles o homem.

Homem - 100%; Chimpanzé - 97%; Gorila - 92%; Gibão - 79%; Babuíno - 75%; Macaco aranha - 58%; Lêmur - 37%; Porco - 8%

A POSIÇÃO DE KARDEC

Com o objetivo de orientar o raciocínio do leitor, vamos expor, de forma simplificada, os principais pontos da Doutrina Espírita sobre a evolução do homem, extraídos das obras básicas.

1. Aceitação da existência de diversos ramos de primatas, que deram origem a diversas árvores (homem, chimpanzés, gorilas, etc.).
2. Aceitação do princípio, ainda que à nível de hipótese “de que o homem tenha se utilizado da vestimenta do macaco” na fase de elaboração do envoltório definitivo.
3. O Espírito modela o seu envoltório, talha-o de acordo com a sua inteligência.
4. Os mundos progridem, fisicamente, pela elaboração da matéria e, moralmente, pela purificação dos Espíritos que o habitam.
5. Existência da raça Adâmica.
6. Os selvagens também fazem parte da humanidade, evoluirão, mas sem dúvida, não será em corpos da mesma raça física.
7. Existência de dois tipos de seres, os que não são procriados (geração espontânea) e os que se propagam por reprodução, dando origem a novas espécies (teoria da evolução de Darwin).
A seguir apresentaremos como a ciência atual interpreta a evolução humana e sempre que couber, estaremos fazendo uma comparação com a posição de Kardec.

2. OS PRIMEIROS PASSOS – OS HOMINÍDEOS DESCEM DAS ÁRVORES

Estudos demonstram que os ancestrais humanos passaram a ser bípedes há cerca de, 7 milhões de anos, segundo Richard Leakey, (14,95) estes seres são chamados de “Australopicíneos, ou símios meridionais” (Australoptécos), o representante mais conhecido desta fase chama-se “Lucy” e foi encontrado ao meio de rochas calcáreas na África Oriental, na região do Afar, na Etiópia. Lucy viveu à cerca de 3,2 milhões de anos.
Pegadas conservadas por cinzas vulcânicas mostram que os Australoptécos viviam em grupos familiares à cerca de 3,8 milhões de anos.
A revista Superinteressante de fevereiro de 1996 publicou a notícia da descoberta de um fóssil de Australopteco na região de Chade na África, local onde até então não se imaginava que os mesmos pudessem ter habitado. Este fóssil foi encontrado por um time de primeira linha de Arqueoantropólogos a cerca de 2000 km dos sítios anteriores, o que nos leva a crer que o processo evolutivo desta família pode ter ocorrido em pontos diferentes da África.
Não sabemos com certeza se o Australoptécos foi um ancestral humano ou se seguiu uma evolução paralela, o certo é que esta família desapareceu por volta de 1,7 milhões de anos atrás. No entanto a descoberta de um fóssil de australopthecus robustus de 1,8 milhões de anos, mais precisamente de sua mão, segundo Randall Susman (8,88), reacende a polêmica sobre o desaparecimento desta espécie pois as mãos encontradas eram muito semelhantes às humanas, portanto capazes de fabricar utensílios. Segundo Randall, a sua dieta vegetariana pode ter sido a causa de sua extinção.
Espiritamente poderíamos imaginar a luta dos princípios espirituais, visando identificar, qual das espécies de hominídeos seria mais favorável ao desenvolvimento da inteligência, uma luta no melhor estilo Darwinista.
O paleontólogo francês Yves Coppens (7,96), co-descobridor de Lucy e defensor da idéia do desenvolvimento do homem à partir do lado leste da África, na chamada “East Side Story”, por sua teoria a cerca de 4 milhões de anos, as diversas formas de hominídeos evoluíram, através do isolamento causado pela formação de um imenso vale no meio da África. No oeste, manteve-se a floresta úmida, cheia de árvores onde se desenvolveram os gorilas e os macacos. No leste uma savana com poucas árvores e menos abrigo, neste ambiente o homo teria se desenvolvido.
Lima afirma que a evolução dos ancestrais humanos se deu entre 8 e 4 milhões de anos, primeiramente pela adoção da postura ereta e posteriormente pelo desenvolvimento do cérebro. Tanto que, atualmente, os antropólogos centralizam a sua observação mais nas pernas e na bacia, do que nos crânios e mandíbulas como antigamente (13,90).
Leakey também defende esta idéia e afirma que os Australoptecos seriam os primeiros “humanos” erectus, apesar do aspecto e hábitos simiescos, segundo ele, há concordância entre os antropólogos em quatro pontos: “primeira, a origem da família humana a 7.000.000 anos, segunda, a proliferação das espécies bípedes, terceiro a 3.000.000 anos surge o gênero homo, e quarta, muito mais tarde, surgem os homens modernos” (14,95).

Podemos resumir as dúvidas atuais dos antropólogos em 3 questões:

1. “Qual a forma precisa da árvore da família humana?
2. Quando a linguagem falada sofisticada começou a evoluir?
3. O que provocou o aumento dramático no tamanho do cérebro na pré-história humana?” (15,1995)

PONTO 1 – A POSIÇÃO DE KARDEC

Aceitação da existência de diversos ramos, que deram origem a diversas árvores. Para Kardec, o homem e o macaco afastaram-se através de procriações sucessivas, formando ramos de uma mesma árvore, até que finalmente as duas árvores se separam formando troncos distintos. “O tronco se bifurcou: produziu um ramo, que por sua vez se tornou tronco”, complementando: “ Como em a Natureza não há transições bruscas, é provável que os primeiros homens aparecidos na Terra pouco diferissem do macaco pela forma exterior e não muito também pela inteligência. Em nossos dias ainda há selvagens que, pelo comprimento dos braços e dos pés e pela conformação da cabeça, tem tanta parecença com o macaco, que só lhe faltam ser peludos, para se tornar completa a semelhança” (10,1868).
Fica claro que Kardec possuía uma idéia evolucionista. Idéia distinta da Teoria de Darwin, apesar de Charles Darwin já ter apresentado a sua Origem das Espécies (16,1987), mas que, até aquele momento não havia conseguido o apoio integral da comunidade cientifica da sua época.

3 O SURGIMENTO DO GÊNERO HOMO

A família ou gênero Homo surge a cerca de 2 milhões de anos² diferencia-se dos Australoptecos por possuir um cérebro maior, crânio arredondado e face tipicamente humana. O representante mais antigo foi encontrado em Olduvai (Tanzânia), sendo classificados como Homo habilis, pois possuíam a habilidade de confeccionar utensílios.
O Homo erectus surge por volta de 1,7 milhões de anos e resiste até cerca de 200.000 anos a.C. possuíam cérebros maiores e mais desenvolvidos. Viveram no Sudeste da Ásia e China. O grupo africano que até alguns anos atrás era classificado como Homo erectus, hoje é chamado de Homo sapiens primitivo. O australopteco por não possuir a capacidade de construir utensílios nem construir abrigos ficou restrito à África tropical. Já o homo habilis, dominou o fogo e o vestuário e iniciou a expansão pela Europa e Ásia.
No mesmo artigo referido, (2,96) revela que foram encontrados os fósseis mais antigos de homo erectus na Ásia, num sitio, na China. Além disto, ferramentas feitas com pedras, de mesma qualidade das encontradas na Europa também foram descobertas recentemente na África, contrariando a tese anteriormente aceita, de que, esta habilidade teria se desenvolvido apenas na Europa.
Portanto, a cerca de 1,8 a 2 milhões de anos conviviam, disputando territórios e recursos os homo habilis, os homo erectus e os australoptecos. Por volta tenha sido encontrado até o momento fósseis de 500.000 anos³.
Uma das mais sensacionais descobertas recentes foi a do menino de Turkana, um exemplar de cerca de 9 anos de homo erectus encontrado quase que de corpo inteiro, uma sensação em arqueologia, uma vez que em geral encontra-se partes de ossos. Esse garoto pode-se dizer assim, viveu a cerca de 1.500.000 anos atrás, ele foi descoberto em 1984, porém só em 1993 é que a antropóloga americana Holly Smith, da Universidade de Michigan conseguiu
determinar a sua datação. Este exemplar tinha 1,60m de altura. Um adulto poderia ter de 1,88 a 2m de altura.
Neste mesmo sítio foram encontrados 2000 fragmentos de ossos e 1500 peças de pedras lascadas que, nos próximos anos, podem acrescentar muitos dados à interpretação da pré-história.
Há cerca de 500.000 anos uma nova espécie começa a surgir na terra, é o homo sapiens. Fósseis datados de 250.000 a 150.000 anos demonstram a evolução do homo sapiens até uma espécie que o sucederá os chamados homo sapiens neanderthalensis, mais conhecidos como “homem de Neandertal”, esta espécie viveu na Europa e no Oriente Médio, nos anos de 100.000 a 35.000 anos a.C. Tinham feições toscas, com grandes mandíbulas, testa proeminente, corpos musculosos e robustos.

PONTO 2 - A POSIÇÃO DE KARDEC

Aceitação do principio, ainda que a nível de hipótese “de que o homem tenha se utilizado da vestimenta do macaco” na fase de elaboração do envoltório definitivo. (A Gênese, cap.9, pág. 212/3, questão 15) “admitida essa hipótese, pode-se dizer que, sob a influencia e por efeito da atividade intelectual do seu novo habitante, o envoltório se modificou, embelezou-se nas particularidades, conservando a forma geral do conjunto. Melhorados, os corpos, pela procriação, se reproduziram nas mesmas condições, como sucede com as árvores de enxerto. Deram origem a uma espécie nova, que pouco a pouco se afastou do tipo primitivo, à proporção que o Espírito progrediu (10,1868)”.
Cabe aqui apenas uma ressalva, a idéia de que o intelecto altera o corpo é uma interpretação no “estilo Lamark”, ou seja, a necessidade provoca pequenas mudanças no corpo físico, de geração em geração. Um exemplo clássico é o da girafa, que teria expandido o pescoço afim de alcançar os galhos mais altos, hipótese essa abandonada desde a publicação dos trabalhos de Darwin e Wallace.
A frase “por efeito da atividade intelectual do seu novo habitante” trás uma idéia de ação imediata, infelizmente não foi desta forma que as coisas aconteceram, como poderemos ver a seguir.

4. O APARECIMENTO DO HOMEM MODERNO

A determinação exata no momento em que o homem moderno surge no cenário ainda levanta muitas controvérsias, pois durante um determinado período eles convivem paralelamente a estas últimas espécies. Surgiram os chamados “homem moderno”, ou “homo sapiens sapiensis”, com idade de 90.000 a 110.000 anos, provavelmente em algum lugar entre a península Indiana, o Oriente Médio e o leste da África, um dos primeiros espécimes encontrados foi o homo sapiens sapiensis Cro-Magnon (1868 na França), que
durante muito tempo fez os cientistas pensarem que o homem moderno tivesse se desenvolvido na Europa (9,90).

PONTO 3 – A POSIÇÃO DE KARDEC

O Espírito modela o seu envoltório e o apropria às suas novas necessidades; aperfeiçoa-o e lhe desenvolve e completa o organismo, talha-o de acordo com sua inteligência (10,1868).

A MUDANÇA FÍSICA CONSTANTE, O SINAL DA EVOLUÇÃO, O DESENVOLVIMENTO CEREBRAL, O SINAL DA PRESENÇA DO ESPÍRITO

Cabe um comentário a esta posição espírita, por trás desta afirmação está a tese de que o Espírito molda o corpo físico, vejamos como pensa a ciência.
Seria a inteligência (espírito) o dínamo da mudança do homem?
A questão é de suma importância, abalando a todos que tentaram estudar o assunto, Darwin, Robert Broom e Alfred Russel Wallace, debateram a questão da evolução em todos os campos, porém no que diz respeito ao homem, os três concordavam em que uma ação divina interferia diretamente no processo evolutivo. “Wallace e Broom debatiam-se entre forças conflitantes, uma intelectual, outra emocional. Eles aceitavam o fato de que o Homo Sapiens originava-se em ultima instância da natureza pelo processo de evolução, mas sua crença na espiritualidade essencial, ou essência transcendente, da humanidade levou-os a construir para a evolução explicações que mantinham a distinção humana” (15,1995).
Durante muitas décadas, acreditou-se que o crescimento do cérebro humano fosse o dínamo da evolução humana, a partir da década de 70, constatou-se que não foi bem assim, primeiro deu-se o bipedismo, em segundo lugar o desenvolvimento da habilidade dos membros superiores e muito depois o crescimento do cérebro.
Existem duas correntes que divergem sobre o modelo de predominância do bipedismo, são elas:
• A liberação dos membros superiores que possibilita o transporte das coisas;
• A postura bípede é um modo de locomoção mais eficiente do ponto de vista energético.
A cerca de 2,5 milhões de anos, os homens começaram a deixar registros fósseis de utilização de ferramentas feitas a partir de pedras lascadas.
• O período correspondente de 2,5 a 1,4 milhões de anos é chamado de período Ondoviano, onde as ferramentas eram obtidas sem uma forma predominante indicando um estado mental muito primitivo.
• O segundo período, a partir de 1,4 milhões de anos, chamado período achaulense, onde percebe-se um modelo mental determinado a ferramenta que seria produzida.
• Uma descoberta muito importante foi a de que os objetos de pedra foram feitos por indivíduos predominantemente destros, como os
humanos atuais. Contrastando com os macacos que são indiferentemente destros ou canhotos.
Por último, o desenvolvimento do cérebro, segundo o Atlas da História do Mundo (1,1995) o “essencial do desenvolvimento humano de 2,5 milhões de anos atrás até 10.000 anos a.C. foi a mudança física permanente, já que os Australoptecos de cérebro pequeno foram substituídos por formas primitivas do Homo e depois por seres humanos com características do homem moderno. A chave para o sucesso humano, porém, reside no desenvolvimento da cultura e tecnologia, possibilitado por um cérebro cada vez maior. Esse desenvolvimento intelectual e sobretudo a invenção da fala e linguagem possibilitaram ao homem assumir um lugar de destaque na história da evolução”.
Durante muito tempo os cientistas formularam teorias à respeito do desenvolvimento do homem baseados, mais na intuição do que em fatos, Leakey nos coloca: “graças a Isaac e ao arqueólogo Lewis Binford, então na Universidade do Novo México. Ambos deram-se conta de que muito da interpretação dominante dos registros pré-históricos tinha base em suposições implícitas. De modo independente, eles começaram a separar o que poderia ser realmente conhecido a partir dos registros daquilo que simplesmente era suposto” (15,1995).
Lima (13,90) explica como os cientistas determinaram se os primatas possuíam ou não a capacidade da fala, existem 2 regiões no cérebro humano responsáveis pela fala, são elas a Área de Broca, no hemisfério esquerdo, responsável pela coordenação da boca, língua e laringe, e a Área de Wernicke, que coordena os padrões neurais. Através da análise do volume cerebral, do volume da região do hemisfério esquerdo, foi possível identificar que os australoptecos não os tinham desenvolvidos, e portanto não devem ter desenvolvido a fala.
Os chimpanzés treinados também conseguem reproduzir um vocabulário representado por símbolos de cerca de 200 palavras, no entanto não são capazes de formar sentenças organizadas gramaticalmente.
O ponto crítico da análise evolucionista é a falta do elo principal, da corrente, o chamado “elo perdido”, evidentemente que, quando esta expressão foi criada, na verdade faltavam muitos elos, hoje, com o aumento da pesquisa, com o incremento de técnicas combinadas de genética, datação de carbono, antropologia e paleontologia, espera-se em curto espaço de tempo, encontrar a peça faltante.
Mas apenas encontrar o corpo de transição não é suficiente para explicar o salto intelectual, neste aspecto, como veremos abaixo, Kardec propõe a hipótese extraterrestre, ou seja, a migração para o nosso planeta de Espíritos menos evoluídos de outros globos, com o objetivo de forçar a evolução humana.

PONTO 4 - A POSIÇÃO DE KARDEC

Os mundos progridem, fisicamente, pela elaboração da matéria e, moralmente, pela purificação dos Espíritos que o habitam.
Desta forma os mundos chegariam a períodos de transformação onde, então, Espíritos em grande quantidade migrariam de um mundo a outro,
conforme o seu estado de adiantamento. “É quando se dão as grandes emigrações (nos 34 e 35). Os que apesar da sua inteligência e do seu saber, perseveraram no mal, sempre revoltados contra Deus e suas leis, se tornariam daí em diante um embaraço ao ulterior progresso moral, uma causa permanente de perturbação para a tranqüilidade e a felicidade dos bons, pelo que são excluídos da humanidade a que até então pertenceram e tangidos para mundos menos adiantados, onde aplicarão a inteligência e a intuição dos conhecimentos que adquiriram ao progresso daqueles entre os quais passam a viver, ao mesmo tempo que expiarão, por uma série de existências penosas por meio de árduo trabalho, suas passadas faltas e seu voluntário endurecimento.”
Algumas teses à este respeito foram lançadas ao longo do tempo, Eric Von Daniken, sem duvida é o autor mais conhecido, através do seu livro “ Eram os deuses astronautas?”, que aborda o tema sobre a ótica de uma colonização física da Terra por Ets.
Esta hipótese, levantada pelos Espíritos, na codificação, em verdade transfere o problema da evolução intelectual do homem, da Terra para um outro planeta. No caso de esta hipótese ser analisada mais profundamente, teríamos que tentar descrever os mecanismos de migração perfeitamente. Considerando que a época de Kardec, a hipótese de vida inteligente, nos demais planetas do sistema solar, era uma hipótese com validade científica, a dificuldade de locomoção restringia-se a alguns milhões de quilômetros. Acreditamos que esta hipótese hoje deva ser analisada com muito ceticismo.

5. A PRÉ-HISTÓRIA

Durante o Mesolítico (30.000 a 10.000 a.C.), o homem moderno, já como o único Homo existente, desenvolve a habilidade da caça utilizando o arco e a flecha, passando a viver em grupos menores, uma vez que as espécies grandes, quase todas foram extintas no período anterior. Com a nova técnica de caça o homem passou a abater aves e pescar, aumentando a sua capacidade de adaptação ao meio ambiente. Também é desta fase o início da domesticação de animais. (13,90)
As pinturas rupestres desta época ganham clareza e realismo muito grandes, representam animais perfeitamente, no entanto em nenhum momento figuras humanas são representadas. (13,90) Isto nos leva a considerar que os humanos daquela época tivessem receio em representar as figuras humanas, para não atrair o Espírito dos mesmos.
O Neolítico (10.000 a 4.000 a.C.) caracteriza-se pelo surgimento da agricultura, existem sítios arqueológicos datados de 9.000 a.C. onde sementes de trigo e cevada foram encontradas. Com a agricultura apareceram as primeiras aldeias. No oriente médio por volta de 6.000 anos a.C. já havia aldeias de tamanho considerável. Na Grécia quase ao mesmo tempo e na Grã-Bretanha por volta de 4.000 a.C. é atingida pela expansão da agricultura.
A Idade do Bronze e do Ferro confunde-se com a história, já aparece a civilização, as cidades estado, o comércio e principalmente a guerra, desta forma, chega-se ao estágio que se caracteriza pela evolução tecnológica em escala geométrica, fazendo com que o homem salte em menos de 5.000 anos da criação da escrita à conquista do sistema solar.

6. OS SUMÉRIOS, TALVEZ A RAÇA ADÂMICA?

O berço da civilização sem dúvida fica na Mesopotâmia (6,1991). Na época da ascensão dos Sumérios, 8.500 a.C., a maior parte da população humana era nômade, os homens perambulavam em pequenos grupos, de uma região para outra, alimentando-se dos animais que caçavam, das sementes e talos de plantas silvestres que colhiam, por todo o globo os homens se vestiam de peles de animais e buscavam abrigo em cavernas ou cabanas toscas. Tratavam de sobreviver. No entanto, os Sumérios foram os primeiros a desenvolver a agricultura, domesticar animais e formar cidades, com regras. Estabeleceram a monarquia e as classes sociais. Irrigaram a terra, desviaram rios e estabeleceram laços comerciais com as outras regiões em desenvolvimento. Criaram o arado, o primeiro calendário e foram os primeiros Astrônomos da história.
PONTO 5 – A POSIÇÃO DE KARDEC
Existência da raça Adâmica, de origem espiritual extraterrestre, ou seja, formada por anjos decaídos; (A Gênese, cap.9, pág. 231, questão 45) “Os Espíritos que a integram foram exilados para a Terra, já povoada, mas de homens primitivos, imersos na ignorância, que aqueles tiveram por missão fazer progredir, levando-lhes as luzes de uma inteligência desenvolvida.” Kardec referia-se à raça Adâmica como sendo a branca, considerando-a inclusive superior às demais (negra, amarela, etc.) até no seu próprio tempo. “Não é esse, com efeito, o papel que essa raça há desempenhado até hoje? Sua superioridade intelectual prova que o mundo donde vieram os Espíritos que a compõe era mais adiantado do que a Terra”.

OS SUMÉRIOS – O BERÇO DA CIVILIZAÇÃO

Os Sumérios acreditavam na existência de divindades. Foram os primeiros a desenvolverem um clero, pois justamente estes sacerdotes descobriram que precisavam de um método de preservação de registros, como colheitas, impostos e carregamentos comerciais. Foram criados os pictogramas que representavam os cereais, animais, etc, seguidos da quantidade, tudo isso em argila, em forma de tabletes. Isso já por volta de 8.000 a.C. A partir destes tabletes os Sumérios passaram a identificar alguns símbolos que representavam idéias, um exemplo: uma boca junto com linhas onduladas (água), representava sede. A seguir foram feitas experiências com fonemas. Criaram um instrumento em forma de cunha que facilitava o trabalho do escriba. A escrita cuneiforme foi então estabelecida na mesopotâmia (3.000 a.C) e a seguir se espalhou pelo velho mundo.
A chamada pré-história, não tem uma data específica para determinar o seu fim, uma vez que sua definição é “o período anterior a invenção da escrita” (5,1995), esta data, portanto não é fixa para toda a humanidade, na Mesopotâmia a história começou em 3.000 a.C., o norte da Europa só conheceu a escrita por volta do ano 500 d.C., enquanto que populações indígenas e aborígenas não a conhecem até os dias de hoje.

7. AS RAÇAS ATUAIS

Em 1987, dois bioquímicos da Universidade da Califórnia, Vicent Sarich e Allan Wilson, fizeram um estudo comparando proteínas humanas e de chimpanzés para ter uma idéia aproximada do tempo que os dois se separaram de um ancestral comum, a resposta foi de 5 milhões de anos.
O paleontólogo Jay Gould comentando a descoberta bioquímica da Geneticista Rebecca Cann, da Universidade do Havaí, junto com colegas da Universidade de Berkeley, de que o ancestral comum de todos os homens modernos teria cerca de 290.000 anos, afirma: “nos faz compreender que todos os seres humanos são mesmbros de uma mesma família, que teve uma origem recente em apenas um lugar”.

PONTO 6 - A POSIÇÃO DE KARDEC

“Os selvagens também fazem parte da humanidade e alcançarão um dia o nível em que se acham seus irmãos mais velhos. Mas, sem dúvida, não será em corpos da mesma raça física, impróprios a um certo desenvolvimento intelectual e moral”. (10,1868)

A UTILIZAÇÃO DE TÉCNICAS GENÉTICAS

Através da utilização da técnica do DNA mitocondrial, muito útil para traçar árvores genealógicas porque contém apenas a herança da mãe, só sendo alterado por mutações que afetam apenas a herança da mãe.
Com relação às raças existentes atualmente, comparando as amostras coletadas dos mais diversos grupos étnicos, os cientistas verificaram serem pequenas e triviais as diferenças entre as raças. “A cor da pele, por exemplo, é resultado de mera adaptação ao clima – negra na África, para se proteger do sol forte; branca na Europa, para facilitar a absorção dos raios ultravioleta, que ajudam a produção da vitamina D.” (8,88). O que nos leva, portanto, a crer que, antes da expansão do homem moderno os nossos ancestrais comuns eram todos negros. (13,90)
Todas as experiências feitas até hoje com seres humanos de diversas origens jamais conseguiram demonstrar a superioridade racial de qualquer tipo sobre os outros, qualquer ser humano, dispondo de condições semelhantes de alimentação e educação, apresentará resultados médios semelhantes em quaisquer testes psicológicos. É evidente que a comparação direta entre um europeu com um índio semi civilizado no interior da Amazônia, dentro de critérios desenvolvidos por europeus demonstrará uma superioridade muito grande à favor do primeiro.
O racismo é uma criação recente, surgida com os grandes descobrimentos, quando por razões econômicas inciaram-se as escravidões em massa de negros e índios, baseados na tese logo desenvolvida que estes formavam uma sub-raça, isto levou a que o Papa, em 1537 declarasse que os indígenas eram seres humanos e possuidores de alma imortal. (13,90) Claro está que os seres humanos brancos, de olhos azuis, são oriundos dos
primeiros homo sapiens sapiens, que eram negros e que as diferenças na inteligência e na posição social ocupada pelas diversas raças, se originam de sua história natural e não da sua história biológica.
O aspecto sociológico, cultural, genético e alimentar, devem se somar ao espiritual para que todo esse processo seja entendido.

8. A IDÉIA DE EVOLUÇÃO SEGUNDO KARDEC

PONTO 7 - A POSICAO DE KARDEC

"Existência de dois tipos de seres, os não procriados (geração espontânea) e os que se propagam por reprodução, dando origem a novas espécies (teoria da evolução de Darwin) - (11,1868): "Os seres não procriados formam, pois, o primeiro escalão dos seres orgânicos e, provavelmente, um dia serão contados na classificação cientifica. Quanto às espécies que se propagam por procriação, uma opinião que não, mas que hoje se generaliza sob égide da ciência, é que os primeiros tipos de cada espécie são o produto da espécie imediatamente inferior. Assim estabeleceu-se uma cadeia ininterrupta, desde o musgo e o líquem até o carvalho, depois o zoofita, o verme da terra e o homem, se se considerarem apenas os pontos extremos, há uma diferença que parece um abismo, mas quando se aproximam todos os elos intermediários, encontra-se uma filiação sem solução de continuidade". (11,1868).
Kardec escreve este artigo, 7 meses após a publicação da Gênese (10,1868), portanto, sem receio de rever os seus pontos de vista. A credito que a Gênese só não foi revisada em tempo devido ao óbito de Kardec em 1869 (no livro em questão, o mestre se declara totalmente a favor da teoria da geração espontânea).
No mesmo artigo (11,1868), Kardec declara-se claramente a favor da evolução da Doutrina, através da discussão e da adesão as descobertas cientificas "Sendo a Revista um terreno de estudo e de elaboração de princípios, nela dando claramente a nossa opinião, não tememos empenhar a responsabilidade da doutrina, porque a doutrina a adotara, se for justa, e a rejeitara, se for falsa". Este é, no meu entender, uma deixa de Kardec para que o seu trabalho seja permanentemente estudado, ampliado e revisto, no caso de a ciência evoluir e lhe demonstrar que um determinado principio deixou de ter validade cientifica.

9. CONCLUSAO

É extraordinário avaliar que Kardec em 1868 pudesse antecipar uma série de desenvolvimentos científicos que só se consolidaram muitos anos apos a sua morte.
No entanto, alguns de seus pontos não encontraram guarida na ciência, poderão argumentar alguns, de que a ciência poderá lá chegar algum dia. Não é bem assim, algumas áreas já possuem suficiente material para que uma base sólida possa ser montada, permanecendo, é claro, espaço para mudanças posteriores em seus detalhes. São exemplos disto a Teoria da Origem das Espécies, publicada por Darwin em 1858 (12,1986), 10 anos antes da
publicação da Gênese, permaneceu em discussão ate que a serie de descobertas de fósseis viessem a lhe comprovar a razão.
O que nos faz estranhar é o fato dos Espíritos não se manifestarem a favor da Teoria de Darwin, já que os mesmos opinavam sobre tudo, vide a Revista Espírita. O homem de Neanderthal foi descoberto em 1856 e, no entanto os cientistas recusavam-se a enxergá-lo como um ancestral do homem. Kardec, no entanto em 1868, após a publicação da Gênese, muda de posição, provavelmente dando atenção à corrente que se engrossava pelos científicos, favoráveis à teoria da evolução.
Um dos princípios básicos do Espiritismo é o da evolução infinita, outro o da lei do progresso, penso estar colaborando com este artigo para o progresso e a evolução da Doutrina Espírita.
Finalizando, a ciência ainda tem muitas dúvidas a respeito de detalhes como: Qual a forma precisa da árvore da família humana? Quando a linguagem falada sofisticada começou a evoluir? O que provocou o aumento dramático no tamanho do cérebro na pré-história humana? O Espiritismo trás hipóteses que ajudam a compreender estas questões, porém deve adequar-se àquilo que já está perfeitamente entendido.
Como ultima questão, deixarei com vocês um outro problema, se a evolução humana teve influencia espiritual, como defendemos, de que forma, e onde estes espíritos superiores evoluíram?

10. BIBLIOGRAFIA

1. ATLAS DA HISTÓRIA DO MUNDO, Folha de São Paulo, Geofrey Parker, 4ª ed.;1995, 320p.
2. REVISTA SUPERINTRESSANTE; Fevereiro 1996, Editora Abril, São Paulo 1996.
3. REVISTA SUPERINTERESSANTE; Outubro 1993, Editora Abril, São Paulo, 1993.
4. REVISTA SUPERINTRESSANTE; Abril 1991, Editora Abril, São Paulo, 1991.
5. ENCICLOPÉDIA COMPACTA DE CONHECIMENTOS GERAIS, ISTOÉ GUINNESS, Ed. Três Ltda. Rio de Janeiro, 1995.
6. HISTÓRIA EM REVISTA, a era dos reis divinos, Editora de Time-Life Livros, Abril Livros, Rio de Janeiro,1991.
7. CIÊNCIA- PRÉ HISTÓRIA - Jornal Folha de São Paulo, caderno de ciências, 3 de março de 1996. São Paulo, 1996.
8. REVISTA SUPERINTERESSANTE; Setembro 1988, Editora Abril, São Paulo 1988.
9. REVISTA SUPERINTRESSANTE; Fevereiro 1990, Editora Abril, São Paulo 1990.
10. KARDEC, ALLAN; A Gênese – os milagres e as predições segundo o espiritismo; (Le Gênese, lês miracles et lês prédictions selon lê spiritisme, janeiro de 1868) – Tradução de Guillon Ribeiro; FEB, 1944.
11. REVISTA ESPÍRITA – Jornal de Estudos Psicológicos; 1868; Edicel, São Paulo, s/d.
12. DAMPIER, WILLIAM C.; História da Ciência, São Paulo, Ibrasa, 1986. 249p.
13. LIMA, CELSO P.; Evolução Humana, São Paulo, Ed. Ática, 1990. 95p.
14. DAY, MICHAEL H.; O homem fóssil, 3º ed. São Paulo, Ed. Melhoramentos, 1993, 157p.
15. LEAKEY, RICHARD; A origem da espécie humana, Rio de Janeiro, tradução Alexandre Tort, Rocco, 1995. 159p.
16. DARWIN, CHARLES; A origem das espécies, Tradução: FONSECA, EDUARDO, Editora Tecnoprint, Rio de Janeiro. 387p.
17. REVISTA SUPERINTERESSANTE; Setembro de 1997, Editora Abril, São Paulo, 1997.

Anexo 1 - GÊNESE HUMANA E ESPIRITUAL – ÁRVORE EVOLUTIVA

1- Lemur – primeiro primata detectado – 50 milhões de anos
2- Aegyptopithecos – 35 milhões de anos
3- 20 milhões de anos (linha que separa os hominídeos, gorilas e chimpanzés, dos orangotangos)
4- Mitopithecus- 8 milhões de anos
5- Australopthecus ramidus – 4,4 milhões de anos (fóssil mais antigo)
6- Australopthecus anomensis – (1995) 4 milhões anos
7- Australopthecus afarensis – (1974) 3,3 milhões de anos (Lucy)
8- Australopthecus africanus – 4 milhões de anos a 1,5 milhões
9- Homo rodolfensis – 2,4 milhões de anos (início do aumento do cérebro)
10- Homo eagaster – 2,1 milhões de anos
11- Homo habilis – (1972) – 2,0 milhões de anos
12- Australopthecus robustos – (1938) – 1,7 milhões de anos
13- Homo erectus – 1,5 milhão de anos a 400 mil anos
14- Homo sapiens – 400 mil anos
15- Homo sapiens neanderthalensis – (1856) – 200 mil anos a 30.000 anos
16- Homo sapiens sapiensis – surge entre 100 mil e 50.000 anos a.C

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