Os espíritas que acreditam que o Espiritismo é uma religião estão definidos. Eles, sejam simples pessoas ou acadêmicos e doutores, aceitam a religião e, ao revés de Kardec, afirmam: “a nossa fé (verdadeira) despreza a razão em qualquer época da humanidade”. Não temos, todavia, nada com isso. É o caminho escolhido e certamente toda generalização é cruel e falsa.
Mas e quanto aos laicos?
O laicismo é, por definição, a separação do Estado e da religião. Isso porque a religião, aqui entendida como instituição física e espiritual, se impôs sobre o Estado, talvez porque, na verdade, representava a nação.
Os espíritas laicos não são religiosos e, às vezes, contra a religião. Todavia, será possível desligá-lo, na prática, dos religiosos?
Não apenas em suas instituições que, de maneira geral, seguem o modelo tradicional dos centros espíritas religiosos, como na mentalidade.
Devido a isso, fizemos a proposta de denominar os “laicos” como espíritas kardecistas. Aí as controvérsias repousam na semântica, do gostar ou não de substituir “espiritismo” genericamente, por “kardecista”, especificamente.
Às vezes, como disse o rei Herodes Agripa para Paulo de Tarso: “as muitas letras”.
Isso pode acontecer a miúde entre os intelectuais laicos, não raro pelejando sobre palavras e ditando doutrina sobre exceções.
O que precisamos é uma mínima identidade de vista para que nosso segmento seja claramente distinguido dos religiosos, porque somos diferentes e nada mais que isso.
Diferentes porque temos um modelo distinto para nortear nosso entendimento.
Somos minoria e aceitar essa condição impõe, também, a não dispersão de forças.
Todavia, o ponto crucial desse problema é evitar o centralismo e manter a relação de entendimento.
Aliás, é o que queria Kardec na sua Constituição do Espiritismo. Unidade de vista, abertura mental. O que também levanta outro problema, porque exige flexibilidade de estar aberto ao novo, sem desprezar as raízes.
Há entre certos espíritas a tendência de acreditar na infalibilidade da ciência e questionar as bases da Doutrina, chegando quase ao materialismo espiritual, se isso fosse possível.
Outros artigos de Jaci Régis:
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http://icksantos.blogspot.com/2011/12/livros-de-jaci-regis-venda-pela.html
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Do Jesus Pré-cristão ao Jesus Cristão - Jaci Régis
http://icksantos.blogspot.com/2011/10/do-jesus-pre-cristao-ao-jesus-cristao.html
Jaci Régis biografia e vida – por Ademar Arthur Chioro dos Reis
http://icksantos.blogspot.com/2011/10/jaci-regis-bibliografia.html
Ligação espírito cérebro
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domingo, 12 de maio de 2013
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Ciência da alma - por Jaci Régis
Este texto lido por Jaci Régis na forma de um discurso no II Encontro Nacional Da CepaBrasil em Bento Gonçalves, RS em 4 de setembro de 2010. Sendo este o último discurso feito por Jaci.
O Autor deste texto desncarnou em 13 de dezembro do mesmo ano, após 45 dias internado por uma complicação renal.
A identidade do Espiritismo no século XXI
Allan Kardec elaborou o Espiritismo dentro da cultura cristã. Formatou a doutrina dentro de 3 parâmetros, compatíveis com o modelo cristão. 1. O mundo é de provas e expiações, 2, Os habitantes são espíritos imperfeitos que expiam suas faltas no processo de vidas sucessivas, 3. Deus se manifestou em tres grandes momentos, para a salvação moral humanidade, nos dez mandamentos de Moises, nas palavras de Jesus Cisto e, finalmente, pela manifestação dos Espíritos. São as três revelações da Lei de Deus Dentro desses parâmetros, aceitou que Jesus Cristo trouxe a verdade possível e que o Espiritismo completaria a verdade atual.
A trajetória de Kardec é sinuosa. Queria que o Espiritismo fosse uma ciência. Mas criou uma religião, sem querer que fosse religião. Na verdade agiu como equilibrista da razão e da fé. Todavia aceitou que o motivo central do Espiritismo era restaurar o cristianismo e implantar no mundo o Reino de Deus, utopia evangélica que está na base das aspirações místicas e irreais da humanidade ocidental, cristã. Isso levou à aceitação do Espiritismo como o Consolador Prometido, representava também tacitamente a certeza de que Jesus Cristo era a verdade e toda a verdade teria vertido pela sua boca. Esse Consolador simbolizaria a vinda do Senhor ao mundo, completaria todas as verdades e ficaria conosco para sempre. Era a expressão da ilusão de que, brevemente, por obra divina, haveria modificações espetaculares na face da Terra.
Surgiria um reino de paz, de alegria, de fraternidade. Era a implantação do Reino de Deus no mundo. Que mundo? Sem qualquer demérito para as lições inigualáveis do Nazareno, estamos num tempo em que as exclusividades e as verdades absolutas não têm lugar. No Evangelho segundo o Espiritismo, Kardec afirmou que o Espiritismo não vinha destruir a lei cristã, como o Cristo não teria destruído a lei mosaica. Essa seqüência teológica provinha do sentimento de uma intervenção direta de Deus ou Jesus no encaminhamento das soluções e no desenvolvimento moral das civilizações.
O céu comandando a Terra. Jesus Cristo, o rei governando o mundo. Mas o tempo da era cristã, no seu aspecto institucional, político e religioso estava no fim. Desenvolver a idéia espírita dentro do caldo de cultura cristã foi um paradoxo. Pois o Espiritismo na sua estrutura básica é a negação do cristianismo. Consequentemente ficou prisioneiro dessa imagem profética da vinda do reino. Kardec então elaborou seu pensamento tentando encontrar justificativas e argumentos para as afirmações teológicas dos profetas e messias.
Seria diminuir seu gênio reduzir sua obra a essa análise simples. Pois sua obra é capaz de superar os entraves contextuais e projetar-se para o futuro, porque teve s sabedoria de abrir o caminho para o progresso, de tal forma que seria capaz de reciclar-se, aceitando as novas idéias e mudar o que fosse necessário para não imobilizar-se, que seria, disse, o suicídio da doutrina.
É baseado nessa extraordinária abertura para a evolução e progresso das idéias que creio ser válido propor uma definição dinâmica para o Espiritismo nos dias atuais. A definição do Espiritismo: O século vinte um desponta como uma incógnita sob a liderança inconteste da ciência dura e coadjuvada pelas ciências humanas.
Como definir, compreender e projetar o Espiritismo neste século vinte e um? Neste século, o Espiritismo terá pelo menos duas expressões.
1.O Espiritismo cristão a) Religião Espírita Atualmente, de modo geral e majoritariamente o Espiritismo é uma religião cristã, cujos programas e o entendimento remetem-se aos textos evangélicos e aos enunciados do século dezenove, repetindo as palavras de Allan Kardec, sem atentar para o contexto em que foram ditas. Os espíritas cristãos são basicamente católicos mediúnicos. b) Espiritismo laico cristão. Substituiu-se o tríplice aspecto de Ciência Filosofia e Religião, por Ciência, Filosofia e Moral, isto é a moral cristã. Ambos os movimentos não fazem ciência e não filosofam.
2 - Espiritismo pós-cristão A única saída para o Espiritismo alcance sua originalidade e ofereça uma contribuição genuína para a sociedade é escoima-lo do enfoque teológico da Igreja. Isto é, ser um Espiritismo pós-cristão. Esse Espiritismo pós-cristão não apenas abandonará a retórica e a teologia católica, como se organizará sugestivamente como uma ciência humana.
A Ciência da alma Como conseqüência, o Espiritismo pós-cristão, se estruturará como a Ciência da Alma , a maneira de uma ciência humana, especifica e sui generis,... Como Ciência da Alma, o Espiritismo abandona a ilusão de ser uma revelação divina, para ombrear-se com o esforço das ciências humanas que surgiram para entender o ser humano, suas limitações, problemas e futuro, fora dos limites das ciências duras, físicas. Isto é, uma ciência humana cujo objeto é explicar o ser humano, como uma alma, sua estrutura, sua atuação e sua evolução. Com isso pode desenvolver um espírito crítico e explorar a realidade essencial do ser humano dentro da lei natural, da naturalidade dos processos evolutivos, através da reencarnação, como uma alma atemporal, imortal e em crescimento, seja no campo intimo seja no campo social.
Como Ciência da Alma, o Espiritismo abandona sua pretensão autárquica de se abranger todos os problemas da humanidade, mas apóia-se nos esforços das demais ciências humana que compõem o leque das realidades e comportamentos das pessoas. O objetivo maior será dar na cultura o sentido sério, basicamente defensável aos postulados puros do Espiritismo. Terá que dispor de recursos e meios para provar, insofismavelmente, a imortalidade. O que implicará na renovação do exercício e objetivos da mediunidade, superando a fase meramente moralista e religiosa em que se situa atualmente. Só a prova da imortalidade será a base de renovação social, humana e do pensamento humano e sustentará as teses da reencarnação e da evolução do Espírito. Investindo na estruturação de uma base compatível com a evolução do conhecimento humano, introduzindo a noção de espiritualidade como uma busca natural, imprescindível para o equilíbrio pessoal e social, a Ciência da Alma,ajudará o desenvolvimento ético na sociedade em mudança que vivemos.
Ou seja, a Ciência da Alma tentará por todos os modos oferecer um tipo de entendimento do ser humano que sempre foi o objeto do Espiritismo, de forma atualizada, dentro de um aspecto que integrará o rigor cientifico e a expressão da sensibilidade e do sentimento na análise da realidade da alma humana. Muitos podem questionar se um Espiritismo pós-cristão, a estruturação da Ciência da Alma, pode ser kardecista, dada a crítica e a reelaboração que se faz necessária do trabalho de Allan Kardec, conforme temos provado. É kardecista na medida em que se apoiará nos alicerces básicos, puros, do pensamento doutrinário, desprezando os acessórios das interpretações e extensões contextualizadas no inicio e do tempo decorrente. O caráter da Ciência da Alma, como qualquer ciência humana será essencialmente progressivo, jamais se imobilizando no presente, apoiada somente no que for provado. Assimilará as idéias reconhecidamente justas, de qualquer ordem que sejam físicas ou metafísicas. Pois não quer ser jamais ultrapassada, constituindo isso uma das principais garantias de credibilidade.
http://icksantos.blogspot.com/2011/12/livros-de-jaci-regis-venda-pela.html
Um ano sem a presença física de Jaci Régis
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Do Jesus Pré-cristão ao Jesus Cristão - Jaci Régis
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Jaci Régis biografia e vida – por Ademar Arthur Chioro dos Reis
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Ligação espírito cérebro
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Considerações sobre a Reencarnação
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O que nos pertence? Jaci Régis
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O Autor deste texto desncarnou em 13 de dezembro do mesmo ano, após 45 dias internado por uma complicação renal.
A identidade do Espiritismo no século XXI
Allan Kardec elaborou o Espiritismo dentro da cultura cristã. Formatou a doutrina dentro de 3 parâmetros, compatíveis com o modelo cristão. 1. O mundo é de provas e expiações, 2, Os habitantes são espíritos imperfeitos que expiam suas faltas no processo de vidas sucessivas, 3. Deus se manifestou em tres grandes momentos, para a salvação moral humanidade, nos dez mandamentos de Moises, nas palavras de Jesus Cisto e, finalmente, pela manifestação dos Espíritos. São as três revelações da Lei de Deus Dentro desses parâmetros, aceitou que Jesus Cristo trouxe a verdade possível e que o Espiritismo completaria a verdade atual.
A trajetória de Kardec é sinuosa. Queria que o Espiritismo fosse uma ciência. Mas criou uma religião, sem querer que fosse religião. Na verdade agiu como equilibrista da razão e da fé. Todavia aceitou que o motivo central do Espiritismo era restaurar o cristianismo e implantar no mundo o Reino de Deus, utopia evangélica que está na base das aspirações místicas e irreais da humanidade ocidental, cristã. Isso levou à aceitação do Espiritismo como o Consolador Prometido, representava também tacitamente a certeza de que Jesus Cristo era a verdade e toda a verdade teria vertido pela sua boca. Esse Consolador simbolizaria a vinda do Senhor ao mundo, completaria todas as verdades e ficaria conosco para sempre. Era a expressão da ilusão de que, brevemente, por obra divina, haveria modificações espetaculares na face da Terra.
Surgiria um reino de paz, de alegria, de fraternidade. Era a implantação do Reino de Deus no mundo. Que mundo? Sem qualquer demérito para as lições inigualáveis do Nazareno, estamos num tempo em que as exclusividades e as verdades absolutas não têm lugar. No Evangelho segundo o Espiritismo, Kardec afirmou que o Espiritismo não vinha destruir a lei cristã, como o Cristo não teria destruído a lei mosaica. Essa seqüência teológica provinha do sentimento de uma intervenção direta de Deus ou Jesus no encaminhamento das soluções e no desenvolvimento moral das civilizações.
O céu comandando a Terra. Jesus Cristo, o rei governando o mundo. Mas o tempo da era cristã, no seu aspecto institucional, político e religioso estava no fim. Desenvolver a idéia espírita dentro do caldo de cultura cristã foi um paradoxo. Pois o Espiritismo na sua estrutura básica é a negação do cristianismo. Consequentemente ficou prisioneiro dessa imagem profética da vinda do reino. Kardec então elaborou seu pensamento tentando encontrar justificativas e argumentos para as afirmações teológicas dos profetas e messias.
Seria diminuir seu gênio reduzir sua obra a essa análise simples. Pois sua obra é capaz de superar os entraves contextuais e projetar-se para o futuro, porque teve s sabedoria de abrir o caminho para o progresso, de tal forma que seria capaz de reciclar-se, aceitando as novas idéias e mudar o que fosse necessário para não imobilizar-se, que seria, disse, o suicídio da doutrina.
É baseado nessa extraordinária abertura para a evolução e progresso das idéias que creio ser válido propor uma definição dinâmica para o Espiritismo nos dias atuais. A definição do Espiritismo: O século vinte um desponta como uma incógnita sob a liderança inconteste da ciência dura e coadjuvada pelas ciências humanas.
Como definir, compreender e projetar o Espiritismo neste século vinte e um? Neste século, o Espiritismo terá pelo menos duas expressões.
1.O Espiritismo cristão a) Religião Espírita Atualmente, de modo geral e majoritariamente o Espiritismo é uma religião cristã, cujos programas e o entendimento remetem-se aos textos evangélicos e aos enunciados do século dezenove, repetindo as palavras de Allan Kardec, sem atentar para o contexto em que foram ditas. Os espíritas cristãos são basicamente católicos mediúnicos. b) Espiritismo laico cristão. Substituiu-se o tríplice aspecto de Ciência Filosofia e Religião, por Ciência, Filosofia e Moral, isto é a moral cristã. Ambos os movimentos não fazem ciência e não filosofam.
2 - Espiritismo pós-cristão A única saída para o Espiritismo alcance sua originalidade e ofereça uma contribuição genuína para a sociedade é escoima-lo do enfoque teológico da Igreja. Isto é, ser um Espiritismo pós-cristão. Esse Espiritismo pós-cristão não apenas abandonará a retórica e a teologia católica, como se organizará sugestivamente como uma ciência humana.
A Ciência da alma Como conseqüência, o Espiritismo pós-cristão, se estruturará como a Ciência da Alma , a maneira de uma ciência humana, especifica e sui generis,... Como Ciência da Alma, o Espiritismo abandona a ilusão de ser uma revelação divina, para ombrear-se com o esforço das ciências humanas que surgiram para entender o ser humano, suas limitações, problemas e futuro, fora dos limites das ciências duras, físicas. Isto é, uma ciência humana cujo objeto é explicar o ser humano, como uma alma, sua estrutura, sua atuação e sua evolução. Com isso pode desenvolver um espírito crítico e explorar a realidade essencial do ser humano dentro da lei natural, da naturalidade dos processos evolutivos, através da reencarnação, como uma alma atemporal, imortal e em crescimento, seja no campo intimo seja no campo social.
Como Ciência da Alma, o Espiritismo abandona sua pretensão autárquica de se abranger todos os problemas da humanidade, mas apóia-se nos esforços das demais ciências humana que compõem o leque das realidades e comportamentos das pessoas. O objetivo maior será dar na cultura o sentido sério, basicamente defensável aos postulados puros do Espiritismo. Terá que dispor de recursos e meios para provar, insofismavelmente, a imortalidade. O que implicará na renovação do exercício e objetivos da mediunidade, superando a fase meramente moralista e religiosa em que se situa atualmente. Só a prova da imortalidade será a base de renovação social, humana e do pensamento humano e sustentará as teses da reencarnação e da evolução do Espírito. Investindo na estruturação de uma base compatível com a evolução do conhecimento humano, introduzindo a noção de espiritualidade como uma busca natural, imprescindível para o equilíbrio pessoal e social, a Ciência da Alma,ajudará o desenvolvimento ético na sociedade em mudança que vivemos.
Ou seja, a Ciência da Alma tentará por todos os modos oferecer um tipo de entendimento do ser humano que sempre foi o objeto do Espiritismo, de forma atualizada, dentro de um aspecto que integrará o rigor cientifico e a expressão da sensibilidade e do sentimento na análise da realidade da alma humana. Muitos podem questionar se um Espiritismo pós-cristão, a estruturação da Ciência da Alma, pode ser kardecista, dada a crítica e a reelaboração que se faz necessária do trabalho de Allan Kardec, conforme temos provado. É kardecista na medida em que se apoiará nos alicerces básicos, puros, do pensamento doutrinário, desprezando os acessórios das interpretações e extensões contextualizadas no inicio e do tempo decorrente. O caráter da Ciência da Alma, como qualquer ciência humana será essencialmente progressivo, jamais se imobilizando no presente, apoiada somente no que for provado. Assimilará as idéias reconhecidamente justas, de qualquer ordem que sejam físicas ou metafísicas. Pois não quer ser jamais ultrapassada, constituindo isso uma das principais garantias de credibilidade.
Outros artigos de Jaci Régis:
Livros de Jaci Régis a venda pela Internet:
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Um ano sem a presença física de Jaci Régis
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Do Jesus Pré-cristão ao Jesus Cristão - Jaci Régis
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Jaci Régis biografia e vida – por Ademar Arthur Chioro dos Reis
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Ligação espírito cérebro
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Considerações sobre a Reencarnação
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O que nos pertence? Jaci Régis
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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
A Orquestra - Sobre a vida de Jaci Régis por Carol Régis
O movimento Espírita de Santos sempre foi como uma Orquestra. Começou há muito, muito tempo, com músicos bastante novos, cheios de sonhos e idéias, cada qual em seu palco. Espíritas de diversas famílias que estudavam a doutrina em seus centros, fazendo intercâmbios de quando em vez.
Até que na década de 40, desembarcam no porto de Santos dois irmãos. O mais velho, tinha o dom do sorriso. Podia ser um violonista, com notas alegres, especialista no instrumento. Não há quem ouça sua música que não sorria imediatamente. Certamente encantador, trazia no olhar a admiração e a preocupação constante com o companheiro de viagem. Seria assim durante toda a jornada, sem fim.
O mais novo era especial. Poderia tocar o violino também, mas seu talento era mais intrigante. Seria capaz de tocar diversos instrumentos, tinha dotes intelectuais espetaculares. Dedicou-se ao Espiritismo com toda a alma, sentindo cada nota de Kardec como se fosse compor uma obra prima em homenagem ao mestre.
Como não podia deixar de ser, com o passar dos anos, todos aqueles músicos avulsos começaram a ensaiar juntos. Debatiam, estudavam, tocavam as partituras, nem sempre harmoniosas, do Espiritismo Santista. Viam que se destacavam do restante dos músicos Brasil afora. Faltava alguma coisa, uma diretriz, um norte a seguir.
E então, aquele músico, que tanto talento possuía, assumiu seu papel natural de líder, produtor de idéias, semeador de novidades. Enfrentava as divergências conceituais como um novo espetáculo a montar. Mediante àquela coragem e àquela paixão pelo ideal Kardecista, os espíritas santistas passaram a respeitar o músico como algo além: Jaci Régis tornava-se o Maestro.
E assim foi durante outros tantos tempos: o Maestro lançava sua Orquestra em turnês nem sempre amistosas. Propunha acordes e arranjos quase impossíveis de alcançar. Exigia ensaios exaustivos a seus parceiros de palco. A reação dos espíritas, que agora faziam parte da renomada Orquestra do Movimento Espírita de Santos, era variada. Alguns viam no mestre exemplo de homem e pensador a seguir. Outros discordavam de seus métodos e quiçá de suas obras. Mas nenhum deles podia abandonar o posto. Já estavam imersos naquele organismo vivo que se apresentava cada vez mais vanguardista sob a batuta de Jaci.
E estavam acostumados demais a ver aquela figura brilhante regendo, mesmo que, por vezes, quase imperceptível, em um canto mais escondido das coxias. Eram palestras, livros, obras de auxilio social, simpósios, tudo saído da mente daquele homem de saúde um tanto frágil. Era inacreditável como tal espírito cabia naquele corpo tão terreno.
Dizem que alguns músicos foram tocar em outras bandas. Ousavam dizer aos ventos sobre suas dúvidas a respeito do antigo Maestro. Mal sabiam que, mesmo sob nova regência, a base inegável e atavicamente tinha vindo de Jaci que, a essa altura, havia começado a ensaiar sua mais nova e ousada obra. Fruto de seu amor inabalável por Kardec e de décadas de filosofias íntimas, A Doutrina Kardecista era o retrato fiel da alma do Maestro: provocadora, embasada, inquietante.
Então, o Maestro recebeu propostas de tocar em outras Orquestras. Negou algumas, resistiu, lutou, mas inesperadamente partiu.
A Orquestra que assumirá agora é muito maior, muito mais especial que a anterior e Jaci dividirá o palco com tantos outros Maestros do nível dele. Será um novo desafio. A Orquestra de Santos? Sente-se órfã. Perdeu seu Maestro de tantos e tantos anos de Espiritismo. Mas, como bom pai, ensinou seus filhos a nortearem-se pelos palcos sozinhos. Seguirão, sem dúvida, tocando. Mas aquela ausência pelos corredores dos centros Espíritas por onde tocavam será sentida sempre. A saudade será amenizada pela certeza dos acordes que chegarão, cedo ou tarde, vindos dos palcos regidos por Jaci. Sua música será ouvida sempre, onde quer que ele se apresente.
Texto originalmente publicado no Jornal Abertura em Janeiro de 2011.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
O que sabemos que sabemos? Abrindo a Mente - Alexandre Cardia Machado
O que sabemos que sabemos?
Originalmente publicado no Jornal Abertura de Novembro 2010
Início do século XIX – o que víamos, pensávamos era a realidade.
Metade do século XIX – existe uma explicação lógica para a existência do espírito.
Fins do século XIX – Freud desvenda o inconsciente.
Início do século XX – Einstein derruba a dualidade matéria e energia, demonstra que espaço euclideano não existe ( o espaço depende da massa distribuida ) e o tempo é uma dimensão.
Início do Século XX – O infinitamente pequeno é probabilístico – a matéria se comporta ora como onda e ora como partícula.
Metade do Século XX – A evolução das espécies proposta 100 anos antes é provada através da descoberta da genética moderna.
Fins do século XX – O homem vai á Lua e orbita permanentemente o planeta em estações espaciais.
Início do Século XXI – O Genoma humano e de diversos animais é decifirado, todos os seres humanos estão conectados por ondas eletromagnéticas ( TV aberta, TV a cabo, celular, web, etc).
Sabemos , ao constatar estes saltos que o conhecimento de hoje é muito menor do que será em 20 anos, não temos a menor idéia de quais saltos tecnológicos ou de conhecimento daremos em vinte ou quarente anos. Até hoje, ainda que estes paradigmas tenham ligações com o conhecimento anterior, nenhum sábio previu, com uma antecipação de 10 anos que seja, que o velho telefone do Alexander Graham Bell viraria uma plataforma multimidia, interligada por microndas, satélites e cabo, permitindo acessar qualquer ponto do planeta, pessoas, notícias, temperatura ambiente, humidade relativa do ar entre outros milhares de opções.
Enquanto isto quais foram os saltos dado pelo espiritismo?
Período de codificação ( 1857 a 1868)
Período de crescimento científico ( fim do século XIX)
Período de Cristianização ( inicio do século XX)
Período Mediúnico Psicográfico ( meados do século XX)
Período Transcomunicacional ( fins do século XX)
Perído de atualização que com grande esforço tentamos implementar no início do século XXI, ainda que o grande sucesso da década tenha sido o filme “Nosso Lar” que não veio para atualizar nada.
Comparando o saber científico com o espiritualista, vemos que mudamos muito pouco, em velocidade muito menor, com a permanencia da fase anterior em paralelo com a nova etapa por muito tempo, não temos saltos não acompanhamos o progresso.
Sugiro que vocês naveguem no Google, no Bing, na Wikepedia não fiquem parados – estudem e comparem e se estiverem fazendo a mesma coisa, do mesmo jeito há 10 anos, provavelmente estarão fazendo algo errado, superado ou que esteja no mínimo desatualizado. Até colecionadores de antiguidade tem blog ou Ipod.
Para abrir mais a sua mente leia:
www.google.com.br; www.bing.com.br ; http://pt.wikipedia.org/wiki/Espiritismo
Originalmente publicado no Jornal Abertura de Novembro 2010
Início do século XIX – o que víamos, pensávamos era a realidade.
Metade do século XIX – existe uma explicação lógica para a existência do espírito.
Fins do século XIX – Freud desvenda o inconsciente.
Início do século XX – Einstein derruba a dualidade matéria e energia, demonstra que espaço euclideano não existe ( o espaço depende da massa distribuida ) e o tempo é uma dimensão.
Início do Século XX – O infinitamente pequeno é probabilístico – a matéria se comporta ora como onda e ora como partícula.
Metade do Século XX – A evolução das espécies proposta 100 anos antes é provada através da descoberta da genética moderna.
Fins do século XX – O homem vai á Lua e orbita permanentemente o planeta em estações espaciais.
Início do Século XXI – O Genoma humano e de diversos animais é decifirado, todos os seres humanos estão conectados por ondas eletromagnéticas ( TV aberta, TV a cabo, celular, web, etc).
Sabemos , ao constatar estes saltos que o conhecimento de hoje é muito menor do que será em 20 anos, não temos a menor idéia de quais saltos tecnológicos ou de conhecimento daremos em vinte ou quarente anos. Até hoje, ainda que estes paradigmas tenham ligações com o conhecimento anterior, nenhum sábio previu, com uma antecipação de 10 anos que seja, que o velho telefone do Alexander Graham Bell viraria uma plataforma multimidia, interligada por microndas, satélites e cabo, permitindo acessar qualquer ponto do planeta, pessoas, notícias, temperatura ambiente, humidade relativa do ar entre outros milhares de opções.
Enquanto isto quais foram os saltos dado pelo espiritismo?
Período de codificação ( 1857 a 1868)
Período de crescimento científico ( fim do século XIX)
Período de Cristianização ( inicio do século XX)
Período Mediúnico Psicográfico ( meados do século XX)
Período Transcomunicacional ( fins do século XX)
Perído de atualização que com grande esforço tentamos implementar no início do século XXI, ainda que o grande sucesso da década tenha sido o filme “Nosso Lar” que não veio para atualizar nada.
Comparando o saber científico com o espiritualista, vemos que mudamos muito pouco, em velocidade muito menor, com a permanencia da fase anterior em paralelo com a nova etapa por muito tempo, não temos saltos não acompanhamos o progresso.
Sugiro que vocês naveguem no Google, no Bing, na Wikepedia não fiquem parados – estudem e comparem e se estiverem fazendo a mesma coisa, do mesmo jeito há 10 anos, provavelmente estarão fazendo algo errado, superado ou que esteja no mínimo desatualizado. Até colecionadores de antiguidade tem blog ou Ipod.
Para abrir mais a sua mente leia:
www.google.com.br; www.bing.com.br ; http://pt.wikipedia.org/wiki/Espiritismo
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
A DOR - na visão Kardecista por Jaci Régis
Certamente a dor e o sofrimento são constantes e atingem a todos. Pela doença, pela opressão, pelos conflitos. A dor individual intrapessoal,interpessoal ou grupal confrange, une, desune, arrebenta, estraçalha coração, anima a fogueira do ódio, ou eleva a resignação, a alienação e impotência diante do inevitavel. Mas,apesar disso, parece que o mal cresce, que as injustiças são maiores, os tempos piores.
Porque o homem sofre?
Reportando-se apenas as explicações mistico-religiosas, vemos que todas as crenças aceitam e afirmam que Deus pune. Os antigos queriam deuses ferozes, dominadores, inflexiveis. Que destruiam colheitas, inundavam as terras, queimavam populações. Para aplacá-los sacrificavam animais, pessoas e coisas. Sangue e lágrimas, para agradar os deuses. Mesmo o Deus invisível dos judeus, o iracundo Jeová, deus vulcânico, não tinha menos paciência ou flexibilidade. Parcial e colérico condenou Moises a não ver a Terra Prometida e fez derrubar as muralhas de Jericó para a vitória dos judeus. Submeteu Abraão à prova mais dura e a Jó a sofrimentos crueis para provar a fé, a fidelidade e a submissão.
A expulsão do Paraíso, o dilúvio, Sodoma e Gomorra são mostras bíblicas de que o Senhor tem seus limites. Na verdade a Bíblia é o relato do conflito entre Deus e as criaturas. Aquele sempre insatisfeito com estas e estas sempre desobedecendo, aborrecendo seu criador. De tal forma que Jeova resolve punir para sempre as gerações. Mas o sangue do Cordeiro é que viria resgatar o pecado do mundo.
Nos Evangelhos cristãos, a dor tem lugar distinto. No Sermão da Montanha, Jesus de Nazaré teria dito ...Bem aventurados os que choram, porque serão consolados... Bem aventurados vós que agora chorais, porque rireis. Ai de vos que agora rides, porque gemereis e chorareis.
Esse quadro escuro marcou a sociedade cristã. O homem foi colocado numa posicão de impotência, cumulado de culpa, desobediência e sujeito à ação fulminante da divindade. Nada de alegria. Nem de felicidade. Essa, quando tudo da certo, só depois da morte. Aqui, a dor é soberana. O Velho Testamento diz, sem meias medidas, que Deus não faz acordo com quem desobedece suas leis.
No Espiritismo,a vida terrena é colocada, filosoficamente, como um exercício natural e inerente ao processo de crescimento espiritual. Mas quando a vida é analisada sob o ponto de vista moral, a encarnação é ainda vista como um mal necessário, e relacionada com expiação de erros, como condição para almas condenadas pela Justiça Divina. Além disso, a categorização da Terra como planeta de provas e expiações, vale de lágrimas, prisão ou hospital, dá um sentido ainda mais trágico a todo o processo. Batizada pelo passado, a vida terrena é tida como um exílio e o corpo um fardo pesado.
Desde o início, a dor e o sofrimento tambem foram louvados, como formas “naturais" para pessoas tão inferiores. De um modo geral, as seguintes palavras do Espírito Santo Agostinho, sintetiza essa concepção: “Vossa Terra é por acaso um lugar de alegrias, um paraiso de delícias? A voz do profeta não soa ainda os vossos ouvidos? Nao clamou ele que haveria choro e ranger de dentes para os que nascessem neste vale de dores? Vós, que nele vieste viver, esperai, portanto lágrimas ardentes e penas amargas. E quanto mais agudas e profundas forem as vossas dores voltai os olhos aos céus e bendizei ao Senhor por vos ter querido provar! (...) Felizes os que sofrem e choram! Que suas almas se alegrem porque serão atendidos por Deus" (0 EvangelhoSegundo o Espiritismo, capitulo V).
Ao fundar o Espiritismo, Kardec, como é natural, absorveu todo o ideário moral ao cristianismo. Desde então, muitas concepções sadomasoquistas foram incorporadas ao dia-a-dia doutrinario, dando um colorido escuro, doloroso, ao entendimento da vida.
O Espiritismo cristão apologia a dor, o sofrimento, dá-lhe expressão grandiloquente e quem sofre estoicamente é o heroi. Na verdade,toma a vida terrena umaverdadeira odisseia para ser levada a terrno.
No livro O Consolador, o Espirito Emmanuel, através da mediunidade de Francisco Candido Xavier, afirma: "Podemos classificar o sofrimento do Espirito como a dor-realidade e o tormento fisico, de qualquer natureza, como a dor-ilusão (...) a dor física é um fenômeno, enquanto a dor moral é essencial (...) só a dor espiritual é bastante grande e profunda para promover o luminoso trabalho do aperfeirçoamento e da redenção" (pagina 239). E, em segundo diz "No trabalho de nossa redenção individual ou coletiva a dor e sempre o elemento amigo e indispensavel."
Diz ainda Emmanuel: "A redenção de um Espirito encarnado, na Terra, consiste no resgate de todas as suas dividas." (pagina 241).
O Espiritismo como Ciência da Alma, pensa a espírito como um ser em busca da felicidade, sendo a dor um obstáculo a ser superado.
Jaci Régis - extraído do livro Novas Idéias
Publicado originalmente no Jornal Abertura em Dezembro de 2010
Porque o homem sofre?
Reportando-se apenas as explicações mistico-religiosas, vemos que todas as crenças aceitam e afirmam que Deus pune. Os antigos queriam deuses ferozes, dominadores, inflexiveis. Que destruiam colheitas, inundavam as terras, queimavam populações. Para aplacá-los sacrificavam animais, pessoas e coisas. Sangue e lágrimas, para agradar os deuses. Mesmo o Deus invisível dos judeus, o iracundo Jeová, deus vulcânico, não tinha menos paciência ou flexibilidade. Parcial e colérico condenou Moises a não ver a Terra Prometida e fez derrubar as muralhas de Jericó para a vitória dos judeus. Submeteu Abraão à prova mais dura e a Jó a sofrimentos crueis para provar a fé, a fidelidade e a submissão.
A expulsão do Paraíso, o dilúvio, Sodoma e Gomorra são mostras bíblicas de que o Senhor tem seus limites. Na verdade a Bíblia é o relato do conflito entre Deus e as criaturas. Aquele sempre insatisfeito com estas e estas sempre desobedecendo, aborrecendo seu criador. De tal forma que Jeova resolve punir para sempre as gerações. Mas o sangue do Cordeiro é que viria resgatar o pecado do mundo.
Nos Evangelhos cristãos, a dor tem lugar distinto. No Sermão da Montanha, Jesus de Nazaré teria dito ...Bem aventurados os que choram, porque serão consolados... Bem aventurados vós que agora chorais, porque rireis. Ai de vos que agora rides, porque gemereis e chorareis.
Esse quadro escuro marcou a sociedade cristã. O homem foi colocado numa posicão de impotência, cumulado de culpa, desobediência e sujeito à ação fulminante da divindade. Nada de alegria. Nem de felicidade. Essa, quando tudo da certo, só depois da morte. Aqui, a dor é soberana. O Velho Testamento diz, sem meias medidas, que Deus não faz acordo com quem desobedece suas leis.
No Espiritismo,a vida terrena é colocada, filosoficamente, como um exercício natural e inerente ao processo de crescimento espiritual. Mas quando a vida é analisada sob o ponto de vista moral, a encarnação é ainda vista como um mal necessário, e relacionada com expiação de erros, como condição para almas condenadas pela Justiça Divina. Além disso, a categorização da Terra como planeta de provas e expiações, vale de lágrimas, prisão ou hospital, dá um sentido ainda mais trágico a todo o processo. Batizada pelo passado, a vida terrena é tida como um exílio e o corpo um fardo pesado.
Desde o início, a dor e o sofrimento tambem foram louvados, como formas “naturais" para pessoas tão inferiores. De um modo geral, as seguintes palavras do Espírito Santo Agostinho, sintetiza essa concepção: “Vossa Terra é por acaso um lugar de alegrias, um paraiso de delícias? A voz do profeta não soa ainda os vossos ouvidos? Nao clamou ele que haveria choro e ranger de dentes para os que nascessem neste vale de dores? Vós, que nele vieste viver, esperai, portanto lágrimas ardentes e penas amargas. E quanto mais agudas e profundas forem as vossas dores voltai os olhos aos céus e bendizei ao Senhor por vos ter querido provar! (...) Felizes os que sofrem e choram! Que suas almas se alegrem porque serão atendidos por Deus" (0 EvangelhoSegundo o Espiritismo, capitulo V).
Ao fundar o Espiritismo, Kardec, como é natural, absorveu todo o ideário moral ao cristianismo. Desde então, muitas concepções sadomasoquistas foram incorporadas ao dia-a-dia doutrinario, dando um colorido escuro, doloroso, ao entendimento da vida.
O Espiritismo cristão apologia a dor, o sofrimento, dá-lhe expressão grandiloquente e quem sofre estoicamente é o heroi. Na verdade,toma a vida terrena umaverdadeira odisseia para ser levada a terrno.
No livro O Consolador, o Espirito Emmanuel, através da mediunidade de Francisco Candido Xavier, afirma: "Podemos classificar o sofrimento do Espirito como a dor-realidade e o tormento fisico, de qualquer natureza, como a dor-ilusão (...) a dor física é um fenômeno, enquanto a dor moral é essencial (...) só a dor espiritual é bastante grande e profunda para promover o luminoso trabalho do aperfeirçoamento e da redenção" (pagina 239). E, em segundo diz "No trabalho de nossa redenção individual ou coletiva a dor e sempre o elemento amigo e indispensavel."
Diz ainda Emmanuel: "A redenção de um Espirito encarnado, na Terra, consiste no resgate de todas as suas dividas." (pagina 241).
O Espiritismo como Ciência da Alma, pensa a espírito como um ser em busca da felicidade, sendo a dor um obstáculo a ser superado.
Jaci Régis - extraído do livro Novas Idéias
Publicado originalmente no Jornal Abertura em Dezembro de 2010
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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
O SER HUMANO E A EVOLUÇÃO, UMA ANÁLISE PRÉ-HISTÓRICA - por Alexandre Cardia Machado
O SER HUMANO E A EVOLUÇÃO, UMA ANÁLISE PRÉ-HISTÓRICA - por Alexandre Cardia Machado
Alexandre Cardia Machado
A primeira pessoa a tratar do evolucionismo foi Aristóteles (14,93), na sua Physicae Auscultationes (16,1987) que proclamava a evolução de todos os seres, desde a matéria ao pensamento. O tema teve posteriormente a contribuição de personalidades como Buffon, Lamarck, Saint-Hilaire, Wallace, Darwin e Haeckel, todos de alguma forma tentaram se contrapor à idéia bíblica de que todas as espécies foram “especialmente criadas”.
O fato é que o homem e o macaco têm um ancestral em comum. A determinação da espécie exata que deu origem ao homem moderno tem ocupado a atenção mundial, no campo da Paleontologia. Allan Kardec, em A Gênese, tratou do assunto nos capítulos X (Gênese Orgânica), XI (Gênese Espiritual – Princípio espiritual), este artigo procura estabelecer um paralelo entre a posição de Kardec – baseado nos ensinamentos dos espíritos e na ciência de 1868 – com os conhecimentos científicos do final do século XX.
Os humanos têm uma estrutura semelhante à dos chimpanzés e gorilas (a mesma estrutura anatômica básica e constituição genética similar), provavelmente herdadas de um ancestral que deve ter vivido há cerca de 10 milhões de anos. Sabe-se que (4,91) o primata mais antigo descoberto ate o momento foi um lêmur, pequeno animalzinho que vive até hoje, na ilha de Madagascar, no entanto, seus ancestrais já estavam por aqui a cerca de 50 milhões de anos.
Um interessante artigo foi publicado na revista Superinteressante (8,88), destacamos que: “Charles Darwin afirmou que os homens e os macacos têm a mesma origem, o que a ciência pode reforçar hoje, com o Aegyptopithecus de 35 milhões de anos. Até recentemente, porém, não se acreditava que a família dos humanos se confundia com a de chimpanzés e gorilas”, esta posição sempre foi um tabu, mormente no século passado. ”Hoje os cientistas tendem a aceitar que todos fazem parte de um único grupo, no qual homem e chimpanzé são parentes próximos, ao passo que gorilas q orangotangos são primos evolutivos mais afastados do gênero Homo.” (8,88).
Segundo Lima, “a semelhança física entre os humanos e os macacos inquestionável, porém o parentesco que há entre nós adquire destaque quando se comparam as proteínas humanas com as desses nossos parentes” (13,90).
A seguir apresento um quadro comparativo de homologia bioquímica, estabelecendo a relação entre proteínas presentes nos mamíferos, entre eles o homem.
Homem - 100%; Chimpanzé - 97%; Gorila - 92%; Gibão - 79%; Babuíno - 75%; Macaco aranha - 58%; Lêmur - 37%; Porco - 8%
A POSIÇÃO DE KARDEC
Com o objetivo de orientar o raciocínio do leitor, vamos expor, de forma simplificada, os principais pontos da Doutrina Espírita sobre a evolução do homem, extraídos das obras básicas.
1. Aceitação da existência de diversos ramos de primatas, que deram origem a diversas árvores (homem, chimpanzés, gorilas, etc.).
2. Aceitação do princípio, ainda que à nível de hipótese “de que o homem tenha se utilizado da vestimenta do macaco” na fase de elaboração do envoltório definitivo.
3. O Espírito modela o seu envoltório, talha-o de acordo com a sua inteligência.
4. Os mundos progridem, fisicamente, pela elaboração da matéria e, moralmente, pela purificação dos Espíritos que o habitam.
5. Existência da raça Adâmica.
6. Os selvagens também fazem parte da humanidade, evoluirão, mas sem dúvida, não será em corpos da mesma raça física.
7. Existência de dois tipos de seres, os que não são procriados (geração espontânea) e os que se propagam por reprodução, dando origem a novas espécies (teoria da evolução de Darwin).
A seguir apresentaremos como a ciência atual interpreta a evolução humana e sempre que couber, estaremos fazendo uma comparação com a posição de Kardec.
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2. OS PRIMEIROS PASSOS – OS HOMINÍDEOS DESCEM DAS ÁRVORES
Estudos demonstram que os ancestrais humanos passaram a ser bípedes há cerca de, 7 milhões de anos, segundo Richard Leakey, (14,95) estes seres são chamados de “Australopicíneos, ou símios meridionais” (Australoptécos), o representante mais conhecido desta fase chama-se “Lucy” e foi encontrado ao meio de rochas calcáreas na África Oriental, na região do Afar, na Etiópia. Lucy viveu à cerca de 3,2 milhões de anos.
2. OS PRIMEIROS PASSOS – OS HOMINÍDEOS DESCEM DAS ÁRVORES
Estudos demonstram que os ancestrais humanos passaram a ser bípedes há cerca de, 7 milhões de anos, segundo Richard Leakey, (14,95) estes seres são chamados de “Australopicíneos, ou símios meridionais” (Australoptécos), o representante mais conhecido desta fase chama-se “Lucy” e foi encontrado ao meio de rochas calcáreas na África Oriental, na região do Afar, na Etiópia. Lucy viveu à cerca de 3,2 milhões de anos.
Pegadas conservadas por cinzas vulcânicas mostram que os Australoptécos viviam em grupos familiares à cerca de 3,8 milhões de anos.
A revista Superinteressante de fevereiro de 1996 publicou a notícia da descoberta de um fóssil de Australopteco na região de Chade na África, local onde até então não se imaginava que os mesmos pudessem ter habitado. Este fóssil foi encontrado por um time de primeira linha de Arqueoantropólogos a cerca de 2000 km dos sítios anteriores, o que nos leva a crer que o processo evolutivo desta família pode ter ocorrido em pontos diferentes da África.
Não sabemos com certeza se o Australoptécos foi um ancestral humano ou se seguiu uma evolução paralela, o certo é que esta família desapareceu por volta de 1,7 milhões de anos atrás. No entanto a descoberta de um fóssil de australopthecus robustus de 1,8 milhões de anos, mais precisamente de sua mão, segundo Randall Susman (8,88), reacende a polêmica sobre o desaparecimento desta espécie pois as mãos encontradas eram muito semelhantes às humanas, portanto capazes de fabricar utensílios. Segundo Randall, a sua dieta vegetariana pode ter sido a causa de sua extinção.
Espiritamente poderíamos imaginar a luta dos princípios espirituais, visando identificar, qual das espécies de hominídeos seria mais favorável ao desenvolvimento da inteligência, uma luta no melhor estilo Darwinista.
O paleontólogo francês Yves Coppens (7,96), co-descobridor de Lucy e defensor da idéia do desenvolvimento do homem à partir do lado leste da África, na chamada “East Side Story”, por sua teoria a cerca de 4 milhões de anos, as diversas formas de hominídeos evoluíram, através do isolamento causado pela formação de um imenso vale no meio da África. No oeste, manteve-se a floresta úmida, cheia de árvores onde se desenvolveram os gorilas e os macacos. No leste uma savana com poucas árvores e menos abrigo, neste ambiente o homo teria se desenvolvido.
Lima afirma que a evolução dos ancestrais humanos se deu entre 8 e 4 milhões de anos, primeiramente pela adoção da postura ereta e posteriormente pelo desenvolvimento do cérebro. Tanto que, atualmente, os antropólogos centralizam a sua observação mais nas pernas e na bacia, do que nos crânios e mandíbulas como antigamente (13,90).
Leakey também defende esta idéia e afirma que os Australoptecos seriam os primeiros “humanos” erectus, apesar do aspecto e hábitos simiescos, segundo ele, há concordância entre os antropólogos em quatro pontos: “primeira, a origem da família humana a 7.000.000 anos, segunda, a proliferação das espécies bípedes, terceiro a 3.000.000 anos surge o gênero homo, e quarta, muito mais tarde, surgem os homens modernos” (14,95).
Podemos resumir as dúvidas atuais dos antropólogos em 3 questões:
1. “Qual a forma precisa da árvore da família humana?
2. Quando a linguagem falada sofisticada começou a evoluir?
3. O que provocou o aumento dramático no tamanho do cérebro na pré-história humana?” (15,1995)
PONTO 1 – A POSIÇÃO DE KARDEC
Aceitação da existência de diversos ramos, que deram origem a diversas árvores. Para Kardec, o homem e o macaco afastaram-se através de procriações sucessivas, formando ramos de uma mesma árvore, até que finalmente as duas árvores se separam formando troncos distintos. “O tronco se bifurcou: produziu um ramo, que por sua vez se tornou tronco”, complementando: “ Como em a Natureza não há transições bruscas, é provável que os primeiros homens aparecidos na Terra pouco diferissem do macaco pela forma exterior e não muito também pela inteligência. Em nossos dias ainda há selvagens que, pelo comprimento dos braços e dos pés e pela conformação da cabeça, tem tanta parecença com o macaco, que só lhe faltam ser peludos, para se tornar completa a semelhança” (10,1868).
Fica claro que Kardec possuía uma idéia evolucionista. Idéia distinta da Teoria de Darwin, apesar de Charles Darwin já ter apresentado a sua Origem das Espécies (16,1987), mas que, até aquele momento não havia conseguido o apoio integral da comunidade cientifica da sua época.
3 O SURGIMENTO DO GÊNERO HOMO
A família ou gênero Homo surge a cerca de 2 milhões de anos² diferencia-se dos Australoptecos por possuir um cérebro maior, crânio arredondado e face tipicamente humana. O representante mais antigo foi encontrado em Olduvai (Tanzânia), sendo classificados como Homo habilis, pois possuíam a habilidade de confeccionar utensílios.
O Homo erectus surge por volta de 1,7 milhões de anos e resiste até cerca de 200.000 anos a.C. possuíam cérebros maiores e mais desenvolvidos. Viveram no Sudeste da Ásia e China. O grupo africano que até alguns anos atrás era classificado como Homo erectus, hoje é chamado de Homo sapiens primitivo. O australopteco por não possuir a capacidade de construir utensílios nem construir abrigos ficou restrito à África tropical. Já o homo habilis, dominou o fogo e o vestuário e iniciou a expansão pela Europa e Ásia.
No mesmo artigo referido, (2,96) revela que foram encontrados os fósseis mais antigos de homo erectus na Ásia, num sitio, na China. Além disto, ferramentas feitas com pedras, de mesma qualidade das encontradas na Europa também foram descobertas recentemente na África, contrariando a tese anteriormente aceita, de que, esta habilidade teria se desenvolvido apenas na Europa.
Portanto, a cerca de 1,8 a 2 milhões de anos conviviam, disputando territórios e recursos os homo habilis, os homo erectus e os australoptecos. Por volta tenha sido encontrado até o momento fósseis de 500.000 anos³.
Uma das mais sensacionais descobertas recentes foi a do menino de Turkana, um exemplar de cerca de 9 anos de homo erectus encontrado quase que de corpo inteiro, uma sensação em arqueologia, uma vez que em geral encontra-se partes de ossos. Esse garoto pode-se dizer assim, viveu a cerca de 1.500.000 anos atrás, ele foi descoberto em 1984, porém só em 1993 é que a antropóloga americana Holly Smith, da Universidade de Michigan conseguiu determinar a sua datação. Este exemplar tinha 1,60m de altura. Um adulto poderia ter de 1,88 a 2m de altura.
Neste mesmo sítio foram encontrados 2000 fragmentos de ossos e 1500 peças de pedras lascadas que, nos próximos anos, podem acrescentar muitos dados à interpretação da pré-história.
Há cerca de 500.000 anos uma nova espécie começa a surgir na terra, é o homo sapiens. Fósseis datados de 250.000 a 150.000 anos demonstram a evolução do homo sapiens até uma espécie que o sucederá os chamados homo sapiens neanderthalensis, mais conhecidos como “homem de Neandertal”, esta espécie viveu na Europa e no Oriente Médio, nos anos de 100.000 a 35.000 anos a.C. Tinham feições toscas, com grandes mandíbulas, testa proeminente, corpos musculosos e robustos.
PONTO 2 - A POSIÇÃO DE KARDEC
Aceitação do principio, ainda que a nível de hipótese “de que o homem tenha se utilizado da vestimenta do macaco” na fase de elaboração do envoltório definitivo. (A Gênese, cap.9, pág. 212/3, questão 15) “admitida essa hipótese, pode-se dizer que, sob a influencia e por efeito da atividade intelectual do seu novo habitante, o envoltório se modificou, embelezou-se nas particularidades, conservando a forma geral do conjunto. Melhorados, os corpos, pela procriação, se reproduziram nas mesmas condições, como sucede com as árvores de enxerto. Deram origem a uma espécie nova, que pouco a pouco se afastou do tipo primitivo, à proporção que o Espírito progrediu (10,1868)”.
Cabe aqui apenas uma ressalva, a idéia de que o intelecto altera o corpo é uma interpretação no “estilo Lamark”, ou seja, a necessidade provoca pequenas mudanças no corpo físico, de geração em geração. Um exemplo clássico é o da girafa, que teria expandido o pescoço afim de alcançar os galhos mais altos, hipótese essa abandonada desde a publicação dos trabalhos de Darwin e Wallace.
A frase “por efeito da atividade intelectual do seu novo habitante” trás uma idéia de ação imediata, infelizmente não foi desta forma que as coisas aconteceram, como poderemos ver a seguir.
4. O APARECIMENTO DO HOMEM MODERNO
A determinação exata no momento em que o homem moderno surge no cenário ainda levanta muitas controvérsias, pois durante um determinado período eles convivem paralelamente a estas últimas espécies. Surgiram os chamados “homem moderno”, ou “homo sapiens sapiensis”, com idade de 90.000 a 110.000 anos, provavelmente em algum lugar entre a península Indiana, o Oriente Médio e o leste da África, um dos primeiros espécimes encontrados foi o homo sapiens sapiensis Cro-Magnon (1868 na França), que durante muito tempo fez os cientistas pensarem que o homem moderno tivesse se desenvolvido na Europa (9,90).
PONTO 3 – A POSIÇÃO DE KARDEC
O Espírito modela o seu envoltório e o apropria às suas novas necessidades; aperfeiçoa-o e lhe desenvolve e completa o organismo, talha-o de acordo com sua inteligência (10,1868).
A MUDANÇA FÍSICA CONSTANTE, O SINAL DA EVOLUÇÃO, O DESENVOLVIMENTO CEREBRAL, O SINAL DA PRESENÇA DO ESPÍRITO
Cabe um comentário a esta posição espírita, por trás desta afirmação está a tese de que o Espírito molda o corpo físico, vejamos como pensa a ciência.
Seria a inteligência (espírito) o dínamo da mudança do homem?
A questão é de suma importância, abalando a todos que tentaram estudar o assunto, Darwin, Robert Broom e Alfred Russel Wallace, debateram a questão da evolução em todos os campos, porém no que diz respeito ao homem, os três concordavam em que uma ação divina interferia diretamente no processo evolutivo. “Wallace e Broom debatiam-se entre forças conflitantes, uma intelectual, outra emocional. Eles aceitavam o fato de que o Homo Sapiens originava-se em ultima instância da natureza pelo processo de evolução, mas sua crença na espiritualidade essencial, ou essência transcendente, da humanidade levou-os a construir para a evolução explicações que mantinham a distinção humana” (15,1995).
Durante muitas décadas, acreditou-se que o crescimento do cérebro humano fosse o dínamo da evolução humana, a partir da década de 70, constatou-se que não foi bem assim, primeiro deu-se o bipedismo, em segundo lugar o desenvolvimento da habilidade dos membros superiores e muito depois o crescimento do cérebro.
Existem duas correntes que divergem sobre o modelo de predominância do bipedismo, são elas:
• A liberação dos membros superiores que possibilita o transporte das coisas;
• A postura bípede é um modo de locomoção mais eficiente do ponto de vista energético.
A cerca de 2,5 milhões de anos, os homens começaram a deixar registros fósseis de utilização de ferramentas feitas a partir de pedras lascadas.
• O período correspondente de 2,5 a 1,4 milhões de anos é chamado de período Ondoviano, onde as ferramentas eram obtidas sem uma forma predominante indicando um estado mental muito primitivo.
• O segundo período, a partir de 1,4 milhões de anos, chamado período achaulense, onde percebe-se um modelo mental determinado a ferramenta que seria produzida.
• Uma descoberta muito importante foi a de que os objetos de pedra foram feitos por indivíduos predominantemente destros, como os humanos atuais. Contrastando com os macacos que são indiferentemente destros ou canhotos.
Por último, o desenvolvimento do cérebro, segundo o Atlas da História do Mundo (1,1995) o “essencial do desenvolvimento humano de 2,5 milhões de anos atrás até 10.000 anos a.C. foi a mudança física permanente, já que os Australoptecos de cérebro pequeno foram substituídos por formas primitivas do Homo e depois por seres humanos com características do homem moderno. A chave para o sucesso humano, porém, reside no desenvolvimento da cultura e tecnologia, possibilitado por um cérebro cada vez maior. Esse desenvolvimento intelectual e sobretudo a invenção da fala e linguagem possibilitaram ao homem assumir um lugar de destaque na história da evolução”.
Durante muito tempo os cientistas formularam teorias à respeito do desenvolvimento do homem baseados, mais na intuição do que em fatos, Leakey nos coloca: “graças a Isaac e ao arqueólogo Lewis Binford, então na Universidade do Novo México. Ambos deram-se conta de que muito da interpretação dominante dos registros pré-históricos tinha base em suposições implícitas. De modo independente, eles começaram a separar o que poderia ser realmente conhecido a partir dos registros daquilo que simplesmente era suposto” (15,1995).
Lima (13,90) explica como os cientistas determinaram se os primatas possuíam ou não a capacidade da fala, existem 2 regiões no cérebro humano responsáveis pela fala, são elas a Área de Broca, no hemisfério esquerdo, responsável pela coordenação da boca, língua e laringe, e a Área de Wernicke, que coordena os padrões neurais. Através da análise do volume cerebral, do volume da região do hemisfério esquerdo, foi possível identificar que os australoptecos não os tinham desenvolvidos, e portanto não devem ter desenvolvido a fala.
Os chimpanzés treinados também conseguem reproduzir um vocabulário representado por símbolos de cerca de 200 palavras, no entanto não são capazes de formar sentenças organizadas gramaticalmente.
O ponto crítico da análise evolucionista é a falta do elo principal, da corrente, o chamado “elo perdido”, evidentemente que, quando esta expressão foi criada, na verdade faltavam muitos elos, hoje, com o aumento da pesquisa, com o incremento de técnicas combinadas de genética, datação de carbono, antropologia e paleontologia, espera-se em curto espaço de tempo, encontrar a peça faltante.
Mas apenas encontrar o corpo de transição não é suficiente para explicar o salto intelectual, neste aspecto, como veremos abaixo, Kardec propõe a hipótese extraterrestre, ou seja, a migração para o nosso planeta de Espíritos menos evoluídos de outros globos, com o objetivo de forçar a evolução humana.
PONTO 4 - A POSIÇÃO DE KARDEC
Os mundos progridem, fisicamente, pela elaboração da matéria e, moralmente, pela purificação dos Espíritos que o habitam.
Desta forma os mundos chegariam a períodos de transformação onde, então, Espíritos em grande quantidade migrariam de um mundo a outro, conforme o seu estado de adiantamento. “É quando se dão as grandes emigrações (nos 34 e 35). Os que apesar da sua inteligência e do seu saber, perseveraram no mal, sempre revoltados contra Deus e suas leis, se tornariam daí em diante um embaraço ao ulterior progresso moral, uma causa permanente de perturbação para a tranqüilidade e a felicidade dos bons, pelo que são excluídos da humanidade a que até então pertenceram e tangidos para mundos menos adiantados, onde aplicarão a inteligência e a intuição dos conhecimentos que adquiriram ao progresso daqueles entre os quais passam a viver, ao mesmo tempo que expiarão, por uma série de existências penosas por meio de árduo trabalho, suas passadas faltas e seu voluntário endurecimento.”
Algumas teses à este respeito foram lançadas ao longo do tempo, Eric Von Daniken, sem duvida é o autor mais conhecido, através do seu livro “ Eram os deuses astronautas?”, que aborda o tema sobre a ótica de uma colonização física da Terra por Ets.
Esta hipótese, levantada pelos Espíritos, na codificação, em verdade transfere o problema da evolução intelectual do homem, da Terra para um outro planeta. No caso de esta hipótese ser analisada mais profundamente, teríamos que tentar descrever os mecanismos de migração perfeitamente. Considerando que a época de Kardec, a hipótese de vida inteligente, nos demais planetas do sistema solar, era uma hipótese com validade científica, a dificuldade de locomoção restringia-se a alguns milhões de quilômetros. Acreditamos que esta hipótese hoje deva ser analisada com muito ceticismo.
5. A PRÉ-HISTÓRIA
Durante o Mesolítico (30.000 a 10.000 a.C.), o homem moderno, já como o único Homo existente, desenvolve a habilidade da caça utilizando o arco e a flecha, passando a viver em grupos menores, uma vez que as espécies grandes, quase todas foram extintas no período anterior. Com a nova técnica de caça o homem passou a abater aves e pescar, aumentando a sua capacidade de adaptação ao meio ambiente. Também é desta fase o início da domesticação de animais. (13,90).
As pinturas rupestres desta época ganham clareza e realismo muito grandes, representam animais perfeitamente, no entanto em nenhum momento figuras humanas são representadas. (13,90) Isto nos leva a considerar que os humanos daquela época tivessem receio em representar as figuras humanas, para não atrair o Espírito dos mesmos.
O Neolítico (10.000 a 4.000 a.C.) caracteriza-se pelo surgimento da agricultura, existem sítios arqueológicos datados de 9.000 a.C. onde sementes de trigo e cevada foram encontradas. Com a agricultura apareceram as primeiras aldeias. No oriente médio por volta de 6.000 anos a.C. já havia aldeias de tamanho considerável. Na Grécia quase ao mesmo tempo e na Grã-Bretanha por volta de 4.000 a.C. é atingida pela expansão da agricultura.
A Idade do Bronze e do Ferro confunde-se com a história, já aparece a civilização, as cidades estado, o comércio e principalmente a guerra, desta forma, chega-se ao estágio que se caracteriza pela evolução tecnológica em escala geométrica, fazendo com que o homem salte em menos de 5.000 anos da criação da escrita à conquista do sistema solar.
6. OS SUMÉRIOS, TALVEZ A RAÇA ADÂMICA?
O berço da civilização sem dúvida fica na Mesopotâmia (6,1991). Na época da ascensão dos Sumérios, 8.500 a.C., a maior parte da população humana era nômade, os homens perambulavam em pequenos grupos, de uma região para outra, alimentando-se dos animais que caçavam, das sementes e talos de plantas silvestres que colhiam, por todo o globo os homens se vestiam de peles de animais e buscavam abrigo em cavernas ou cabanas toscas. Tratavam de sobreviver. No entanto, os Sumérios foram os primeiros a desenvolver a agricultura, domesticar animais e formar cidades, com regras. Estabeleceram a monarquia e as classes sociais. Irrigaram a terra, desviaram rios e estabeleceram laços comerciais com as outras regiões em desenvolvimento. Criaram o arado, o primeiro calendário e foram os primeiros Astrônomos da história.
PONTO 5 – A POSIÇÃO DE KARDEC
Existência da raça Adâmica, de origem espiritual extraterrestre, ou seja, formada por anjos decaídos; (A Gênese, cap.9, pág. 231, questão 45) “Os Espíritos que a integram foram exilados para a Terra, já povoada, mas de homens primitivos, imersos na ignorância, que aqueles tiveram por missão fazer progredir, levando-lhes as luzes de uma inteligência desenvolvida.” Kardec referia-se à raça Adâmica como sendo a branca, considerando-a inclusive superior às demais (negra, amarela, etc.) até no seu próprio tempo. “Não é esse, com efeito, o papel que essa raça há desempenhado até hoje? Sua superioridade intelectual prova que o mundo donde vieram os Espíritos que a compõe era mais adiantado do que a Terra”.
OS SUMÉRIOS – O BERÇO DA CIVILIZAÇÃO
Os Sumérios acreditavam na existência de divindades. Foram os primeiros a desenvolverem um clero, pois justamente estes sacerdotes descobriram que precisavam de um método de preservação de registros, como colheitas, impostos e carregamentos comerciais. Foram criados os pictogramas que representavam os cereais, animais, etc, seguidos da quantidade, tudo isso em argila, em forma de tabletes. Isso já por volta de 8.000 a.C. A partir destes tabletes os Sumérios passaram a identificar alguns símbolos que representavam idéias, um exemplo: uma boca junto com linhas onduladas (água), representava sede. A seguir foram feitas experiências com fonemas. Criaram um instrumento em forma de cunha que facilitava o trabalho do escriba. A escrita cuneiforme foi então estabelecida na mesopotâmia (3.000 a.C) e a seguir se espalhou pelo velho mundo.
A chamada pré-história, não tem uma data específica para determinar o seu fim, uma vez que sua definição é “o período anterior a invenção da escrita” (5,1995), esta data, portanto não é fixa para toda a humanidade, na Mesopotâmia a história começou em 3.000 a.C., o norte da Europa só conheceu a escrita por volta do ano 500 d.C., enquanto que populações indígenas e aborígenas não a conhecem até os dias de hoje.
7. AS RAÇAS ATUAIS
Em 1987, dois bioquímicos da Universidade da Califórnia, Vicent Sarich e Allan Wilson, fizeram um estudo comparando proteínas humanas e de chimpanzés para ter uma idéia aproximada do tempo que os dois se separaram de um ancestral comum, a resposta foi de 5 milhões de anos.
O paleontólogo Jay Gould comentando a descoberta bioquímica da Geneticista Rebecca Cann, da Universidade do Havaí, junto com colegas da Universidade de Berkeley, de que o ancestral comum de todos os homens modernos teria cerca de 290.000 anos, afirma: “nos faz compreender que todos os seres humanos são mesmbros de uma mesma família, que teve uma origem recente em apenas um lugar”.
PONTO 6 - A POSIÇÃO DE KARDEC
“Os selvagens também fazem parte da humanidade e alcançarão um dia o nível em que se acham seus irmãos mais velhos. Mas, sem dúvida, não será em corpos da mesma raça física, impróprios a um certo desenvolvimento intelectual e moral”. (10,1868)
A UTILIZAÇÃO DE TÉCNICAS GENÉTICAS
Através da utilização da técnica do DNA mitocondrial, muito útil para traçar árvores genealógicas porque contém apenas a herança da mãe, só sendo alterado por mutações que afetam apenas a herança da mãe.
Com relação às raças existentes atualmente, comparando as amostras coletadas dos mais diversos grupos étnicos, os cientistas verificaram serem pequenas e triviais as diferenças entre as raças. “A cor da pele, por exemplo, é resultado de mera adaptação ao clima – negra na África, para se proteger do sol forte; branca na Europa, para facilitar a absorção dos raios ultravioleta, que ajudam a produção da vitamina D.” (8,88). O que nos leva, portanto, a crer que, antes da expansão do homem moderno os nossos ancestrais comuns eram todos negros. (13,90)
Todas as experiências feitas até hoje com seres humanos de diversas origens jamais conseguiram demonstrar a superioridade racial de qualquer tipo sobre os outros, qualquer ser humano, dispondo de condições semelhantes de alimentação e educação, apresentará resultados médios semelhantes em quaisquer testes psicológicos. É evidente que a comparação direta entre um europeu com um índio semi civilizado no interior da Amazônia, dentro de critérios desenvolvidos por europeus demonstrará uma superioridade muito grande à favor do primeiro.
O racismo é uma criação recente, surgida com os grandes descobrimentos, quando por razões econômicas inciaram-se as escravidões em massa de negros e índios, baseados na tese logo desenvolvida que estes formavam uma sub-raça, isto levou a que o Papa, em 1537 declarasse que os indígenas eram seres humanos e possuidores de alma imortal. (13,90) Claro está que os seres humanos brancos, de olhos azuis, são oriundos dos primeiros homo sapiens sapiens, que eram negros e que as diferenças na inteligência e na posição social ocupada pelas diversas raças, se originam de sua história natural e não da sua história biológica.
O aspecto sociológico, cultural, genético e alimentar, devem se somar ao espiritual para que todo esse processo seja entendido.
8. A IDÉIA DE EVOLUÇÃO SEGUNDO KARDEC
PONTO 7 - A POSICAO DE KARDEC
"Existência de dois tipos de seres, os não procriados (geração espontânea) e os que se propagam por reprodução, dando origem a novas espécies (teoria da evolução de Darwin) - (11,1868): "Os seres não procriados formam, pois, o primeiro escalão dos seres orgânicos e, provavelmente, um dia serão contados na classificação cientifica. Quanto às espécies que se propagam por procriação, uma opinião que não, mas que hoje se generaliza sob égide da ciência, é que os primeiros tipos de cada espécie são o produto da espécie imediatamente inferior. Assim estabeleceu-se uma cadeia ininterrupta, desde o musgo e o líquem até o carvalho, depois o zoofita, o verme da terra e o homem, se se considerarem apenas os pontos extremos, há uma diferença que parece um abismo, mas quando se aproximam todos os elos intermediários, encontra-se uma filiação sem solução de continuidade". (11,1868).
Kardec escreve este artigo, 7 meses após a publicação da Gênese (10,1868), portanto, sem receio de rever os seus pontos de vista. A credito que a Gênese só não foi revisada em tempo devido ao óbito de Kardec em 1869 (no livro em questão, o mestre se declara totalmente a favor da teoria da geração espontânea).
No mesmo artigo (11,1868), Kardec declara-se claramente a favor da evolução da Doutrina, através da discussão e da adesão as descobertas cientificas "Sendo a Revista um terreno de estudo e de elaboração de princípios, nela dando claramente a nossa opinião, não tememos empenhar a responsabilidade da doutrina, porque a doutrina a adotara, se for justa, e a rejeitara, se for falsa". Este é, no meu entender, uma deixa de Kardec para que o seu trabalho seja permanentemente estudado, ampliado e revisto, no caso de a ciência evoluir e lhe demonstrar que um determinado principio deixou de ter validade cientifica.
9. CONCLUSAO
É extraordinário avaliar que Kardec em 1868 pudesse antecipar uma série de desenvolvimentos científicos que só se consolidaram muitos anos apos a sua morte.
No entanto, alguns de seus pontos não encontraram guarida na ciência, poderão argumentar alguns, de que a ciência poderá lá chegar algum dia. Não é bem assim, algumas áreas já possuem suficiente material para que uma base sólida possa ser montada, permanecendo, é claro, espaço para mudanças posteriores em seus detalhes. São exemplos disto a Teoria da Origem das Espécies, publicada por Darwin em 1858 (12,1986), 10 anos antes da publicação da Gênese, permaneceu em discussão ate que a serie de descobertas de fósseis viessem a lhe comprovar a razão.
O que nos faz estranhar é o fato dos Espíritos não se manifestarem a favor da Teoria de Darwin, já que os mesmos opinavam sobre tudo, vide a Revista Espírita. O homem de Neanderthal foi descoberto em 1856 e, no entanto os cientistas recusavam-se a enxergá-lo como um ancestral do homem. Kardec, no entanto em 1868, após a publicação da Gênese, muda de posição, provavelmente dando atenção à corrente que se engrossava pelos científicos, favoráveis à teoria da evolução.
Um dos princípios básicos do Espiritismo é o da evolução infinita, outro o da lei do progresso, penso estar colaborando com este artigo para o progresso e a evolução da Doutrina Espírita.
Finalizando, a ciência ainda tem muitas dúvidas a respeito de detalhes como: Qual a forma precisa da árvore da família humana? Quando a linguagem falada sofisticada começou a evoluir? O que provocou o aumento dramático no tamanho do cérebro na pré-história humana? O Espiritismo trás hipóteses que ajudam a compreender estas questões, porém deve adequar-se àquilo que já está perfeitamente entendido.
Como ultima questão, deixarei com vocês um outro problema, se a evolução humana teve influencia espiritual, como defendemos, de que forma, e onde estes espíritos superiores evoluíram?
10. BIBLIOGRAFIA
1. ATLAS DA HISTÓRIA DO MUNDO, Folha de São Paulo, Geofrey Parker, 4ª ed.;1995, 320p.
2. REVISTA SUPERINTRESSANTE; Fevereiro 1996, Editora Abril, São Paulo 1996.
3. REVISTA SUPERINTERESSANTE; Outubro 1993, Editora Abril, São Paulo, 1993.
4. REVISTA SUPERINTRESSANTE; Abril 1991, Editora Abril, São Paulo, 1991.
5. ENCICLOPÉDIA COMPACTA DE CONHECIMENTOS GERAIS, ISTOÉ GUINNESS, Ed. Três Ltda. Rio de Janeiro, 1995.
6. HISTÓRIA EM REVISTA, a era dos reis divinos, Editora de Time-Life Livros, Abril Livros, Rio de Janeiro,1991.
7. CIÊNCIA- PRÉ HISTÓRIA - Jornal Folha de São Paulo, caderno de ciências, 3 de março de 1996. São Paulo, 1996.
8. REVISTA SUPERINTERESSANTE; Setembro 1988, Editora Abril, São Paulo 1988.
9. REVISTA SUPERINTRESSANTE; Fevereiro 1990, Editora Abril, São Paulo 1990.
10. KARDEC, ALLAN; A Gênese – os milagres e as predições segundo o espiritismo; (Le Gênese, lês miracles et lês prédictions selon lê spiritisme, janeiro de 1868) – Tradução de Guillon Ribeiro; FEB, 1944.
11. REVISTA ESPÍRITA – Jornal de Estudos Psicológicos; 1868; Edicel, São Paulo, s/d.
12. DAMPIER, WILLIAM C.; História da Ciência, São Paulo, Ibrasa, 1986. 249p.
13. LIMA, CELSO P.; Evolução Humana, São Paulo, Ed. Ática, 1990. 95p.
14. DAY, MICHAEL H.; O homem fóssil, 3º ed. São Paulo, Ed. Melhoramentos, 1993, 157p.
15. LEAKEY, RICHARD; A origem da espécie humana, Rio de Janeiro, tradução Alexandre Tort, Rocco, 1995. 159p.
16. DARWIN, CHARLES; A origem das espécies, Tradução: FONSECA, EDUARDO, Editora Tecnoprint, Rio de Janeiro. 387p.
17. REVISTA SUPERINTERESSANTE; Setembro de 1997, Editora Abril, São Paulo, 1997.
Anexo 1 - GÊNESE HUMANA E ESPIRITUAL – ÁRVORE EVOLUTIVA
1- Lemur – primeiro primata detectado – 50 milhões de anos
2- Aegyptopithecos – 35 milhões de anos
3- 20 milhões de anos (linha que separa os hominídeos, gorilas e chimpanzés, dos orangotangos)
4- Mitopithecus- 8 milhões de anos
5- Australopthecus ramidus – 4,4 milhões de anos (fóssil mais antigo)
6- Australopthecus anomensis – (1995) 4 milhões anos
7- Australopthecus afarensis – (1974) 3,3 milhões de anos (Lucy)
8- Australopthecus africanus – 4 milhões de anos a 1,5 milhões
9- Homo rodolfensis – 2,4 milhões de anos (início do aumento do cérebro)
10- Homo eagaster – 2,1 milhões de anos
11- Homo habilis – (1972) – 2,0 milhões de anos
12- Australopthecus robustos – (1938) – 1,7 milhões de anos
13- Homo erectus – 1,5 milhão de anos a 400 mil anos
14- Homo sapiens – 400 mil anos
15- Homo sapiens neanderthalensis – (1856) – 200 mil anos a 30.000 anos
16- Homo sapiens sapiensis – surge entre 100 mil e 50.000 anos a.C
Este artigo foi originalmente apresentado no V SBPE - Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita em 1997 em Cajamar - SP.
Hoje o autor tem um livro publicado, onde este trabalho foi atualizado:
Uma Breve Histório da Espírita de Alexandre Cardia Machado, disponível online em pdf (pode baixar gratuitamente):
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Mente - 7 bilhões de humanos – estaríamos ‘raspando’ o umbral? Por Alexandre
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terça-feira, 29 de novembro de 2011
Qual o alcance das nossas ideias? Ideia Kardecista por Alexandre Cardia Machado
Qual o alcance das nossas ideias? Ideia Kardecista por Alexandre Cardia Machado
Qual o alcance das nossas ideias?
Em 2007 e em maio de 2009 apresentamos estudos comparando a tendência de penetração da palavra Espiritismo na internet, usando sempre o mesmo buscador Google e, em 2009, incluímos também a palavra Kardecista. Para termos um parâmetro de comparação, utilizamos duas palavras que representam áreas de conhecimento muito ativo, que são: astronomia e genoma, além de outra área de interesse restrito, que foi a Parapsicologia.
Vimos que o interesse pela parapsicologia cresceu pouco nos dois períodos de comparação: 6% em 2009 e 23% em 2011. O interesse pelo Genoma creceu 41% em 2009 e 78% em 2011, um crescimento comparável ao interesse dispensado ao Espiritismo (71% e 98%) e à palavra Kardecista (80%). Já a Astronomia ganhou de goleada em 2009 e novamente em 2011 (538% e 244%).
Fica aqui uma questão para os leitores: Por que as pessoas estão com a cabeça mais no espaço do que no espírito?
Mais uma vez percebemos que o Espiritismo e mesmo nossa versão Kardecista continuam penetrando na sociedade em taxas comparáveis a um assunto como o do interesse pelo Genoma. Como Kardecista também é Espírita, vamos na mesma balada. Deixamos para trás a Parapsicologia, com um crescimento três vezes menor.
Para abrir mais a sua mente, leia, pesquise! Navegue na Internet: www.google.com.br
Artigo publicado originalmente no Jornal Abertura em Junho de 2011.
Para saber mais do ICKS entre em contato pelo email: ickardecista1@terra.com.br
sábado, 18 de abril de 2009

Hoje, 18 de abril de 2009 completaram 152 anos da primeira edição de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec. Ele iniciava uma reflexão sobre os motivos da existencia, a natureza do ser humano, a atuação da divindade . É toda uma nova visão das coisas. Ele foi também sábio ao estabelecer que o Espiritismo que criou, seria científico ou morreria, no sentido de que o pensamento espírita haveria de acompanhar o progresso da humanidade. Naquele dia e até a sua desencarnação, em 1869, ele previu que as coisas se avolumariam, que o tempo exigiria uma atenção total para que a doutrina não envelhecesse. Hoje o mundo é racialmente diferente daquele histório dia. Os estudiosos da obra de Allan Kardec devem ter a humildade de reconhecer o seu extraordinário valor e aceitar que o modelo em que ele se baseou era o disponível, isto é, o modelo cristão. Esse modelo está superado, porque erguido sobre bases falsas. Agora é tempo de repensar os pensamentos de Kardec num novo modelo, numa visão mais ampla das coisas do que o que a Igreja criou e sedimentou por milênios.
A tarefa é urgente para que o Espiritismo acompanhe o progresso.
A tarefa é urgente para que o Espiritismo acompanhe o progresso.
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