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III SBPE - SIMPÓSIO BRASILEIRO DO PENSAMENTO ESPIRITA
3 A 6 DE SETEMBRO DE 1993
SANTOS-SP
CASO FRIEERMANN-PESQUISA DE UM CASO QUE SUGERE CURA ESPIRITUAL ATRAVES DE MÉDIUM - ALEXANDRE CARDIA MACHADO
SANTOS-SP – GPCEB.
1. INTRODUCAO:
2.EVOLUÇAO HISTORICA DO FENOMENO DE CURA ESPIRITUAL:
3.LEVANTAMENTO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS ONDE OCORREM OS FENOMENOS:
4. VERIFICAÇÃO DA VERACIDADE DOS FATOS:
4.1.LEVANTAMENTO DE CAMPO:
4.2.LEVANTAMENTO EFETUADO PELA EQUIPE ESPIRITUAL DO CENTRO ESPIRITA ALLAN KARDEC. SANTOS, SP:
5.CONCLUSOES:
6.BIBLIOGRAFIA.
1. INTRODUÇÃO:
Apresentaremos a pesquisa realizada pelo Grupo de Pesquisas Científicas Ernesto Bozzano Bernardino Pereira verificar de (GFCEB) junto Vita Jr. A pesquisa tem como objetivo verificar a capacidade de diagnóstico do Espírito Dr. Frieermann, entidade pelo médium incorporada.
Este tema de cura através de médium, encerra um caminho espinhoso, quer para os médiuns que se dedicam a este trabalho, quer para os estudiosos que procuram verificar a sua autenticidade
A mediunidade curadora, por suas características particulares, está muito ligada ao espetacular, ao fantástico, uma vez que tem como característica principal atuar no campo médico, ultrapassando em alguns casos o alcance da medicina oficial.
Os episódios mediúnicos, portanto, se prestam a toda a sorte de ataques: policiais, médicos e dos próprios Espíritas.
Os que se dedicam ao trabalho de comprovar a cura, deparar-se com uma tarefa hercúlea, qual seja a de montar experiencias, acompanhar casos, eliminar todas as possibilidades de fraudes extremamente difíceis e complicadas. Além de necessitar de um aparato médico de apoio sofisticado, a fim de obter-se o sucesso desejado.
Sobretudo existem os próprios médiuns, que tem a sua vida totalmente alterada em função deste exercício mediúnico. Estas alterações nos levam a concordar com o filósofo Herculano Pires em seu livro Curso mediunidade curadora que Dinâmico de Espiritismo que declara:" A mediunidade curadora é hoje mais perigosa do que benéfica em nosso mundo, porque excita a vaidade e a ambição dos médiuns em manobras sutis que acabam por desviar o médium de sua verdadeira missão.
Não apresentaremos, no entanto, nenhum tipo de conclusão a respeito de capacidade curadora, a avaliação está en andamento, exploraremos as bases históricas do fenômeno de cura Espiritual, a ambiência dele na cidade de Santos, bem como a seriedade trabalho desenvolvido. Tivemos a oportunidade de avaliar o perfil dos frequentadores das reuniões de cura e apresentar o resultado obtido na avaliação da capacidade de diagnóstico do Espirito do Dr. Frieermann.
2.EVOLUÇÃO HISTORICA DO FENÔMENO DE CURA ESPIRITUAL:
- O CASO ARIGO-José Pedro de Freitas, vulgo Arigó, nascido em Congonhas do Campo, MG. extraordinária. Foi o primeiro médium a receber o Espírito do Dr. Fritz. Ele operava seus pacientes de forma escandalosa, sem anestesia, assepsia, hemorragia ou qualquer tipo de infecção pós-operatória. Segundo a revista Planeta (1) ele teria atendido ao longo de sua vida a um total de 4 milhões de pessoas.
Algumas tentativas de estudo de sua mediunidade foram realizadas. Tanto por brasileiros como por estrangeiros. Dentre de estudo de pesquisadores brasileiros destacamos o filósofo J. Herculano Pires, que publicou dois livros sobre Arigó (7)(8). O médico Dr. Jorge Rizzini, de São Paulo que inclusive documentou através de filmes suas operações. Entre os estrangeiros destacamos o trabalho realizado pelo Dr. Puharich (9) e o grupo do Essential Research Associates que estiveram três vezes no Brasil para estudar o fenômeno Arigó.
- CASO EDSON QUEIROZ - A semelhança de Arigó, o médico médium Edson Queiróz também operava com um médico espiritual chamado Dr. Fritz. Assim como o anterior, também foi processado pelo Conselho Regional de Medicina. Era médico ginecologista, Espirita de três gerações, frequentou mocidade e posteriormente a Federação Espirita Pernambucana. Utilizava-se das mesmas técnicas de Arigó. Só que desta vez usando instrumentos cirúrgicos adequados, porém assepsia, anestesia, etc.
A sua mediunidade está muito bem documentada no livro de Nazareno Tourinho .
-OUTROS CASOS- Muitos outros casos semelhantes de cura tem ocorrido pelo Brasil, como o do Dr. Edvaldo França de Vitoria da Conquista que também dizia receber o Dr. Fritz, logo após a morte de Arigó.
Atualmente é o goiano Mauricio Magalhães que vem correndo O Brasil Em sessões de cura, também operando através do Dr. Fritz, utilizando-se dos mesmos métodos.
0 GPCEB tomou conhecimento do trabalho que vem sendo realizado pelo médium Bernardino Jr. por intermédio de um amigo comum, dirigente do Centro Espírita Ângelo Prado de Santos, Sr. Henrique Diegues que foi procurado pelo médium por indicação de Chico Xavier. O médium Bernardino Jr. buscava apoio no sentido de que fizéssemos uma pesquisa sobre o fenômeno que ele vinha desenvolvendo, a fim de se tentar comprovar a sua eficácia quanto à capacidade curadora.
Tivemos a oportunidade de travar o primeiro contato com o médium em reunião que marcamos no Centro Espírita Allan Kardec (CEAK). A reunião foi totalmente gravada em fita k7, como é de praxe no GPCEB, durante uma hora e meia pudemos conhecer desenvolvido. Chamou-nos a atenção a preocupação extremamente positiva quanto à seriedade com que os trabalhos eram conduzidos.
-CONHECENDO O CENTRO- No dia 13 de julho de 1991 fomos en número três integrantes do grupo assistir aos trabalhos, para verificarmos como se desenvolviam os tratamentos. Ao chegarmos uma equipe do jornal santista "A Tribuna" que analisou todos os trabalhos e publicou uma matéria de uma página na edição de domingo no dia 21 de julho de 1991.
Nesta oportunidade pudemos acompanhar o tratamento efetuado 25 pessoas, com a importante característica de não haver em momento algum incisões. Ao contrário de outros médiuns curadores, Bernardino não utiliza nenhum instrumento, somente supostos instrumentos perispirituais. Todos os trabalhos são coordenados pelo Espírito Dr. Frieermann. de origem alemã, falecido durante a Primeira Guerra Mundial.
3.LEVANTAMENTO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS ONDE OCORREM OS
FENÔMENOS:
As operações ocorriam no Centro Espirita Beneficente Amor Fraterno Universal, localizado à Rua Alexandre Martins, 214 à esquina ล Av. Pedro Lessa, num prédio sem qualquer indicação. Posteriormente os trabalhos foram transferidos para a Rua Silva Jardim, 136 casa 5 onde se realizam até esta data .
O trabalhos de cura neste Centro passam pela seguinte sistemática:
• Retirada de ficha para atendimento na primeira quarta-feira de cada mês pela manhã;
• Os pacientes são chamados para assistir palestras a noite;
• Acompanhamento da equipe espiritual com diagnostico durante a palestra e inicio do tratamento apenas espiritual;
• Sessão de cura com atuação do médium e da equipe médica espiritual;
• Retorno conforme indicação do médico espiritual.
Fizemos um levantamento estatístico das pessoas que submeteram-se a tratamentos no Centro. Normalmente são atendidas 30 pessoas por sessão. Usamos como base para este levantamento as fichas dos pacientes disponíveis junto à equipe do Centro.
Tabela 1 - público atendido e encerramento
Não temos nenhum dado a respeito do sucesso destes tratamentos, mas o percentual de desistência de 23% pode ser considerado baixo.
Quanto à origem dos pacientes temos a seguinte distribuição:
Tabela 2 – origem dos pacientes.
A concentração de pacientes na Baixada Santista se justifica pelo relativo pouco tempo em que os trabalhos vinham se processando, à época, eram 3 anos.
Uma característica curiosa, pois não sabemos a causa, 68% dos pacientes são do sexo feminino e 32% masculino.
A distribuição etária é a seguinte:
Tabela 3 – Distribuição etária.
O número de consultas por paciente variam bastante em função da doença, idade do paciente e tipo de tratamento O quadro abaixo pode mostrar esta distribuição mais facilmente:
Tabela 4 – Percentual por número de sessões.
Pode-se ver que a concentração maior se dá entre 1 a 4 sessões, num total de 58.4%.
4-VERIFICAÇÂO DA VERACIDADE DOS FATOS:
Desde o início dos nossos trabalhos tínhamos uma muito grande preocupação muito grande em garantirmos a veracidade dos fatos que estávamos pesquisando.
Como as operações davam-se sem qualquer tipo de corte dos pacientes e não se processava nenhuma cura instantânea, muito difícil seria verificar a efetividade do tratamento e por consequência, a dificuldade da prova de que algum fenômeno real acontecia.
Recorremos, portanto, à equipe espiritual de nosso Centro, Centro Espirita Allan Kardec de Santos. (CEAK), para que eles constatássemos os fatos sob a ótica dos Espíritos. Relataremos esta experiencia mais adiante.
Como fomos procurados pelo próprio médium, que executava as operações Espirituais solicitando-nos que procedêssemos a um estudo bastante detalhado, a fim de que se fosse possível, provássemos que as curas ocorriam, um plano de ação deveria ser traçado. A seguir apresentamos o mesmo:
PROJETO DE PESQUISA:
FASE 1:
A - Levantamento de dados pessoais do médium.
B - Levantamento das condições ambientais onde ocorrem os fenômenos.
C - Levantamento bibliográfico e leitura de casos semelhantes.
D - Verificação da veracidade dos fatos. através dos Espíritos atuantes no CEAK.
FASE 2:
E- Verificação da capacidade de diagnóstico do Dr. Frieermann.
F- Seleção de casos com diagnóstico conhecido.
G- Confrontação do diagnóstico Espiritual x médico convencional.
H - Tabulação
FASE 3:
I - Verificação da capacidade curadora do Espirito do Dr. Frieermann
J- Seleção de casos com diagnóstico conhecido.
K - Comparação da evolução da doença a partir da intervenção Espiritual x evolução natural da doença.
L - Relatório final caso a caso por junta médica
Vencida estas fases pode-se fazer um trabalho mais profundo que denominamos de " Transferência de Tecnologia” e que se baseia no esquema abaixo.
FASE 4:
M - Reunião de pesquisas pelo método GPCEB .
N - Acompanhamento das sessões de cura.
0 - Transcrição de fitas k7 e vídeo.
P - Elaboração de questionários e teorias.
Conseguimos concluir as fases 1 e 2, não pudemos concluir as fases 3 e 4 embora tenhamos coletado amplo material com respeito estas fases.
4.1- LEVANTAMENTO DE CAMPO:
MATERIAL UTILIZADO: Pranchetas diversos formulários, câmaras de vídeo, câmaras fotográficas e gravador portátil afim de registrarmos todos os detalhes relevantes ao caso em questão.
OBSERVAÇOES: O que se vê neste processo pode-se resumir em:
A - Incorporação do médium: que passa a comportar-se com a identidade do médium Dr.Frieermann.
B-A sequência de sessões de cura com aproximadamente 4 minutos cada, onde verificamos as gesticulações do médium como que utilizando-se de aparelhos perispirituais;
C - Observação do local, dos frequentadores a das atitudes dos membros da casa.
EXEMPLO DE UMA SESSAO:
Na primeira visita que fizemos no Centro estavam previstas 30 pessoas para consulta sendo que somente 25 compareceram, o tempo de cada sessão pode ser visto no quadro abaixo:
Tabela 5 – tempo de atendimento por paciente – média de 4 minutos.
Em decorrência da total subjetividade que as sessões de cura apresentavam a um observador que se utiliza de seus sentidos físicos normais, criamos um critério objetivo que nos garantisse uma comparativa a fim de que pudéssemos medir alguma característica de capacidade curadora do complexo médium x médico Espiritual.
Recorremos onde ao método Puharich (9), existente na bibliografia, onde o médium José Arigó atuando com o Espírito do Dr. Fritz conseguiu obter um índice de acerto de diagnóstico de seus pacientes de 96%. O método que foi usado pelo Dr. Puharich do Essential Reserarch Associates (EUA) foi o seguinte:
• PACIENTE
• ENTREVISTA COM EQUIPE DE PESQUISAS E VERIFICAÇÃO DA DOENCA
SE TEM DIAGNOSTICO MÉDICO
• ARIGO ANALISAVA O PACIENTE E DAVA O SEU DIAGNOSTICO
• CONFRONTAVAM SE OS DIAGNOSTICOS
Resolvemos repetir a sistemática com o médium Bernardino Jr. apenas acrescentamos ao método uma consulta anterior com o médico e membro do GPCEB Dr. Ademar, onde o diagnóstico ficava em segredo para es demais membros que faziam o trabalho de campo.
Os pacientes encaminhados pelo GPCEB eram instruídos a não dizer ao
médium e nem a qualquer pessoa do Centro que tipo de doença eram portadores.
Desta forma estes pacientes eram analisados pelo médium/médico Espiritual que pronunciava o diagnóstico, tudo isto nos mesmos 3 a 4 minutos sem conversar com o paciente.
Os resultados obtidos podem ser observados no quadro abaixo:
O número relativamente pequeno de pacientes deve-se ao fato que todos os casos enviados estão devidamente documentados foram indicados pelo GPCEB Não nos utilizamos dos pacientes que espontaneamente se dirigiam ao Centro.
4.2-LEVANTAMENTO EFETUADO PELA EQUIPE ESPIRITUAL DO CENTRO EEPÍRITA ALLAN KARDEC.
Nos utilizamos de um recurso não usual que foi Espíritos solicitar que trabalham no CEAK que visitassem o Centro onde as curas se observassem o que por lá ocorria, utilizando-se de sua visão Espiritual.
As descrições que obtivemos através do Espírito do Dr. Porchat que é um Espirito atuante no CEAK faz muitos anos, vieram de encontro às informações dadas pelo Dr. Frieermann. Foi nos garantido também a seriedade do trabalho.
Transcrevo parte da comunicação em que isto é relatado:
" - GPCEB ...Estiveste presente na reunião do dia 20/07/1991, acompanhando as operações do Dr.Frieermann?
- Dr. Porchat: Estivemos lá, estivemos também com outros amigos, estivemos acompanhando sim. Este jovem que sentimos até, porque não dizer, uma certa segurança no trabalho que ele executa."
5. CONCLUSOES:
5.1- E licito dizer, conforme nossa observação, que os trabalhos realizados pelo Dr. Frieermann e pelo médium Bernardino Jr. são executados com toda a seriedade.
5.2- Não foi possível verificar de forma quantitativa a capacidade curadora. Constatamos dentre os pacientes enviados polo GFCEB algumas melhoras significativas, muito embora sem representação a nível estatístico (o universo de casos sem é muito pequeno).
5.3- O percentual de acerto dos diagnósticos de 54% pode considerado bom, considerando-se as condições em que os mesmos ser são realizados, sem qualquer informação prévia e sob pressão pelo fato de estar sendo submetido a uma prova quantitativa. Como referência o Dr. Fritz/Arigó obtiveram 96% de acerto nas condições que descrevemos anteriormente.
5.4- Para pesquisar efetivamente a capacidade curadora deverá ser empregado o método descrito pelo Dr. Abraão Rotberg . Este método ser resumidamente é o seguinte :
1. Afastar a possibilidade da simulação:
2. Afastar as doenças espontaneamente corrigíveis:
3. Afastar as doenças psicossomáticas:
4. Ausência efetiva de terapia útil paralela:
5. Exclusão total da capacidade curadora do próprio médium:
Como abaixo:
1-0 médium não pode ser passista se quisermos comprovar capacidade curadora do Espirito;
2- Deve ser leigo sobre medicina;
3- Não deve haver, por parte do médium, nenhum conhecimento de exames laboratoriais ou diagnósticos prévios;
6. Na investigação científica sobre o caso, quando houver uma suspeita de cura mediúnica, o laudo deve ser dado por um médico especialista.
7. Manter a documentação precisa de todo o processo, a fim de que os casos possam ser auditados por sociedades médicas se julgado necessário.
OBSERVAÇÃO:
Todo o material utilizado para a elaboração deste trabalho está disponível nos arquivos do GPCEB.
6. BIBLIOGRAFIA
1. A Violência Ronda o Dr. Fritz: Editora Tres novembro de 1991.São Paulo.
2. Operações Fluídicas sob A análise de antropólogos: resultados: Jornal Espiritismo e Unificação Dicesp. Santos.
3. TOMAZ.A.C. Cirurgia Espiritual, esperança de cura para quem tem fé. Jornal A Tribuna, 21/07/91. Santos.
4.SERRANO, GERALDO: Arigó desafio à ciência. Editora ECO,1967. Rio de Janeiro.
5.TOURINHO, NAZAREND: Edson Queiroz o novo Arigó dos Editora Espirita Correio Fraterno do ABC: São Bernardo do Campo 1983/1991.
6.LHOME, JOSE: D livro do médium curador: Editora ECO, Rio de Janeiro.1973
7.PIRES.J.HERCULANO: Arigó vida, mediunidade e martírio: Edicel. São Paulo,1963.
8.PIRES.J.HERCULANO: Arigó: Editora Paulo de Azevedo Ltda.
9.FULLER, JOHN G. Arigó: O cirurgião da faca enferrujada: Nova Época Editorial Ltda. São Paulo, 1974.
10.ROTBERG ABRAAO: Metodologia para provar as curas espirituais ; Jornal Espiritismo e Unificação, Santos, outubro 1986.
11.MACHADO, Alexandre C. - Curas Mediúnicas, subsídios para uma análise histórica: Jornal Abertura, novembro de 1991. Santos SP.
12.MACHADO Alexandre C.: Jornal Abertura, , Santos SP. Mediunidade Curadora. Fevereiro 1992.
13.MACHADO, Alexandre C. Retomada da Pesquisa nos Centros Espíritas, Jornal Abertura, junho de 1992. Santos SP.
14.PIRES.J.HERCULAND; Curso Dinâmico de Espiritismo.
15. DUBUGRAS.E: 0 Dr. Fritz de São Paulo; Revista Planeta, marco 1991
DESCRIÇÃO DE UMA COMUNIDADE ESPIRITUAL
MARCELO COIMBRA REGIS
GPCEB – Grupo de Pesquisas Científicas Ernesto Bozzano
Apresentado no III - SBPE – Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita
1993 – Santos -SP
I. OBJETIVOS
II. METODOS
III. INTRODUÇÃO
IV. DESCRICAO
V. CONCLUSÃO
I. OBJETIVOS
O presente trabalho teve como objetivo descrever uma comunidade de espíritos desencarnados. Utilizamos como objeto de pesquisa a comunidade da qual participam os espíritos frequentadores do Centro Espirita “Allan Kardec” - Santos- SP (CEAK).
O trabalho procura delinear as características administrativas, estruturais, arquitetônicas e organizacionais da mesma.
Restrito unicamente a essa comunidade e sem pretensões de esgotar o tema proposto ou generalizar as informações a outras comunidades.
Este trabalho é uma extensão natural das investigações realizadas pelo GPCEB acerca das atividades dos espíritos frequentadores do CEAK, conforme apresentado pelo autor no II SBPE em 1991.
II. MÉTODOS
O método utilizado para obtenção das informações aqui compiladas foi o questionamento dos próprios habitantes dessa comunidade através das reuniões mediúnicas de pesquisa conduzidas em conjunto pelo GPCEB e pelo CEAK.
Tais reuniões foram gravadas e posteriormente transcritas, sendo que copias das transcrições encontram-se em poder do autor.
Ao todo, onze espíritos prestaram depoimentos sobre o tema, por intermédio de três médiuns colaboradores.
Os algarismos romanos em parênteses ao lado de parágrafos ou frases , especificam o número de espíritos diferentes que prestaram a informação citada.
Cabe notar que a coincidência de informações prestadas por espíritos diferentes através de médiuns diferentes comparada, também o método utilizado por Kardec quando da codificação do Espiritismo.
III. INTRODUÇÃO
Antes de passarmos à descrição da comunidade objeto, cabem alguns comentários introdutórios que nortearam a descrição posterior.
A comunidade objeto encontra-se na faixa evolutiva comumente conhecida como “ Umbral” (I). Essa faixa caracteriza-se pelo estrito inter-relacionamento com o plano terreno. Assim seus indivíduos e sua estrutura possuem uma ligação muito forte com as cidades terrenas.
Três espíritos contaram, literalmente, em seus depoimentos, que devido à proximidade, a comunidade objeto era como uma extensão da vida terrena, guardadas as diferenças geradas pela matéria ali presente, e o estado dos seus habitantes como desencarnados.
Outro quesito relevante é que se está descrevendo uma comunidade de espíritos equilibrados com a consciência de sua situação, uma quantidade de aspirações e caracteres, e que por essas condições, convivem em harmonia em ambiente organizado.
Não existem departamentos, secretarias ou ministérios e sua estrutura e´ bem modesta. As várias equipes de trabalho e grupos afins possuem, em seu âmbito restrito, seus coordenadores e facilitadores.
IV. DESCRICAO
A - Renovação da Direção -
Não há eleições (III). A renovação não tem prazo definido para ocorrer (III) . Segundo relato dos espíritos as pessoas aptas à direção e que demonstrem interesse são indicadas a ocupar esses cargos (II). Quando dois ou mais espíritos desejam o mesmo cargo resolve-se a questão através do diálogo, sendo que só um assume. (I).
Nem sempre o dirigente é bem aceito por toda comunidade (I). Quando o dirigente não cumpre os seus planos ou não atende as expectativas do grupo, a equipe à direção pede seu afastamento (II).
B - Atividades
Nesses item são listados e descritos os trabalhos e atividades identificadas na comunidade.
C - Equipes de Construção de Moradias / Edifícios
Para essa construção, a matéria existente é manipulada no Plano Espiritual, através de técnicas de concentração mental, construindo as casas e edifícios da comunidade.
D - Manutenção Urbana (I)
Cuidam das ruas, praças e jardins, como faxineiros e jardineiros.
E - Segurança (III)
Grupos especializados protegem a comunidade contra a incursão de espíritos em desequilíbrio que tentem penetrar para assediar antigos parceiros, para desestabilizar a comunidade com ameaças, badernas , etc.
Tal serviço é realizado através da imposição de vibrações e pensamentos contratais agressores. Não foi citado o uso de armas ou outros instrumentos.
F - Grupo de Assistência aos recém-desencarnados (III)
Espíritos que se especializam em receber outros espíritos, ajudando-os a se recuperar do choque provocado pela morte e encaminhando-os para outros lugares e tarefas como: escolas, hospitais, alojamentos, etc. Dentre esses grupos identificamos um especializado em socorrer vítimas de acidentes nas estradas Anchieta - Imigrantes.
Formado majoritariamente por espíritos muito jovens que desencarnaram nessas estradas, essas equipes se revezam 24 horas por dia, socorrendo as vítimas. As equipes são formadas por médicos, enfermeiros e auxiliares que prestam o socorro inicial. Transportam as vítimas em ambulâncias para hospitais e acompanham seus casos de acidentes inclusive sua recuperação.
G - Hospital (IV)
Um edifício baixo, branco, com muitos cômodos e salas amplas e refeitórios também grandes. Hospital possui um amplo jardim que rodeia todo o edifício. Alguns pacientes (II) citaram quartos com camas, medidos, enfermeiros, medicamentos, etc. Utiliza-se também, terapias psicológicas em pacientes com o intuito da melhor recuperação.
H - Escola (II)
Edifício baixo, amplo, com muito arvoredo ao redor. Nessa escola, espíritos mais equilibrados se propõem a levar conhecimento perfeito àqueles que não os tem de sua situação e sem a perfeita identificação com o estado de desencarnado. Conhecimentos sobre a realidade do Plano Espiritual, sobre a vida, a matéria, e sua situação atual, muitas vezes recorrendo a experiencias de outros espíritos. Resumindo, a escola se propõe a reeducar os espíritos desencarnados para que possam viver bem em seu novo estado e no plano espiritual.
I - Postos de Assistência (II)
São centros destinados a auxiliar no processo de reencarnação.
J - Laboratórios (II)
Existem alguns laboratórios onde se acompanham os desenvolvimentos terrenos, principalmente na área de saúde e diagnósticos.
L - Intelectuais
Alguns espíritos se dedicam exclusivamente ao trabalho de pesquisa, estudos e produção intelectual.
M - Ociosidade (I)
Existem na comunidade aqueles espíritos que não se dedicam a nenhum trabalho especial, ficando na ociosidade.
N - Outros
Foram citadas, por pelo menos, dois espíritos, as seguintes atividades : pregação religiosa, palestras, acompanhamento religioso, grupos de estudo e trabalhos em centros espiritas.
O - Lazer
Como atividades de lazer, foram citadas (III), músicas, samba, coral, instrumentação, canto. Teatro, dança, poesia, futebol e vôlei.
V. CONCLUSÃO
Acreditamos ter alcançado com este trabalho os objetivos propostos. Foi possível a descrição da comunidade “ Nossa Casa “ com sua arquitetura, organização diretiva, espíritos participantes, atividades e etc.
Dentre as dificuldades ressaltamos:
1. O processo mediúnico psicofônicos que não permite uma precisão na obtenção dos dados, pois os mesmos são extraídos de diálogos entre pesquisadores e espíritos com o agravamento da interferência do médium
2. A falta de habito de alguns espíritos em submeterem-se a questionamentos
3. A imprecisão das descrições feitas pelos espíritos devido à falta de parâmetros de comparação entre as duas realidades
A descrição apresentada, sem a pretensão de esgotar o assunto das comunidades espirituais, difere enormemente da maioria das descrições disponíveis na literatura espirita, notadamente de “Nosso Lar” de André Luiz. A comunidade “Nossa Casa”, apesar do nome semelhante, não possui ministérios, prece das seis horas e nem todas complexidade apresentada no livro de André Luiz.
Ao mesmo tempo, apresenta vários pontos de contato como o hospital, centro de atendimento, ônibus, segurança, etc. Portanto, um número maior de trabalhos independentes poderiam acrescentar em base numéricas superiores uma precisão maior sobre o tema. Isso diminuiria as incertezas, atenuando os erros de interpretação, influências culturais do médium e do grupo.
Esperamos que o trabalho aqui apresentado, somado a constatação do parágrafo anterior, suscitar a curiosidade investigadora em um número maior de grupos espiritas, para que os mesmos realizem semelhantes abordagens em suas cidades e estados para que possamos formar um quadro mais preciso do mundo espiritual.
ESTUDO EXPERIMENTAL SOBRE OS EFEITOS DO PASSE SOBRE O CRESCIMENTO DE COLÔNIAS DE BACTÉRIAS - Marcelo Coimbra Régis
(ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO TRIPLO-CEGO )
I, INTRODUÇÃO
A força do método experimental se deve ao controle direto que propicia ao investigador aceitar as situações tais quais elas se apresentam.
Entre os diferentes estudos experimentais em Epidemiologia (“ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças, e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde” (ROUQUAYROL e GOLDBAUM, 2003), os ensaios clínicos terapêuticos permitem avaliar a eficácia de um procedimento a partir da análise em sujeitos individuais.
Um ensaio clínico é um experimento onde selecionam-se indivíduos de 3 grupos, um que recebera o experimento e o outros 2 serão o controle. Os indivíduos do grupo experimental acionarão os mecanismos que está se procurando estudar, através da aplicação da emissão energética com a imposição das mãos . O grupo controle 1, funciona como passe-placebo, tentando emitir energia e o 2 grupo controle, não tentará a emissão energética.
O grupo experimental e os controles forma comparáveis em todos os aspectos, exceto naquele da investigação (emissão energética). Procurou-se parear os fatores aos quais se sabe ou se espera, influenciariam nos resultados, tais como idade, sexo, raça, estado de saúde.
I.I - PROTOCOLO
1. Justificativa e antecedentes do ensaio.
2. Objetivos específicos do ensaio.
3. Exposição concisa do desenho para investigação (mascaramento, modelos de aleatórios, tipos e duração do tratamento, número de pacientes).
4. Critérios para incluir/excluir os sujeitos do ensaio.
5. Busca dos procedimentos de tratamento.
6. Definição das técnicas utilizadas: clínicas, laboratoriais, etc.
7. Métodos de garantia da integridade dos dados.
8..Procedimento para aceite consciente dos participantes do ensaio.
9. Procedimento para análise dos resultados.
10. Conclusões.
A opção pelo ensaio triplo-cego, teve o objetivo de impedir problemas na observação.
Dessa forma, dividiu-se as placas aleatoriamente por um técnico que não participou de outras etapas do estudo, bem como, a avaliação microbiológica e a análise dos dados.
1. JUSTIFICATIVA E ANTECEDENTES
O passe (emissão energética próxima) é uma das práticas terapêuticas comumente empreendida pelos espíritos. Adeptos ou não, são atraídos aos Centros Espiritas na esperança de obterem alívios de seus sofrimentos físicos e psíquicos.
A maneira pela qual haveria ação física e psíquica do sujeito emissor (E) para o receptor (R) ainda não foram estudadas. Acredita-se que o passe propicie a mobilização de energia transferida do E para R com resultado terapêutico relativo.
Como fatores condicionantes poderíamos citar: a intencionalidade e capacidade energética do E, e a postura mental, como o desejo de obter melhoria, do R, na construção de um ambiente favorável. Com certeza, mesmo os que acreditam na eficácia do passe, admitem tratar-se de um procedimento subjetivo, mediado pela fé-confiança e vontade entre E e o R.
O GPCEB procurou com este ensaio pesquisar os efeitos do passe, de forma objetiva e experimental, baseados em resultados e trabalhos precedentes na literatura existente.
2. OBJETIVOS ESPECIFICOS DA PESQUISA
Avaliar o efeito da ação/interferência (inibidora ou estimuladora) do passe aplicado sobre colônias de bactérias através de metodologia que esteja adequada ao rigor da pesquisa e do método científico. Para tanto, fizemos a análise estatística dos dados encontrados comparados ao grupo controle.
Além de avaliar a diferença estatística que comprove a capacidade de interferir na ação estimuladora/inibidora em colônias de bactérias de emissores habituais do passe (EP) e outros que não tem essa função (NP) comparáveis em todos os aspectos.
HIPÓTESES EM ESTUDO
EP. # C
EP # NP
NP = C
Procurou-se, neste trabalho, testar estatisticamente, as hipóteses explicativas acima levantadas.
3.DESENHO DE INVESTIGAÇÃO
O desenho de investigação a ser implementado neste estudo foi um ensaio clinico-terapêutico randomizado triplo-cego, esquematicamente apresentado abaixo
Foram selecionadas 300 placas de Petri estéreis com meio de cultura apropriado dentro dos padrões da microbiologia. Nelas, foram semeadas um valor equivalente de colônias da mesma espécie e numeradas (1 a 300). Então, foram separadas em três grupos de 100 placas cada.
O primeiro grupo recebeu a sigla EP e foram acondicionadas em 5 caixas com 20 placas cada. O segundo grupo, de sigla NP e o terceiro de sigla C, também foram separados em 5 grupos com 20 placas cada.
Foram acondicionadas de forma adequada, com o controle de interferências, tais como, temperaturas transporte, contaminação. No laboratório, o técnico procedeu a semeadura das colônias. Por 5 dias consecutivos, sempre no mesmo horário, as caixas foram retiradas das estufas e abertas pelo técnico. Então, o grupo, composto de 5 emissores de passe (EP) fizeram a imposição das mãos sobre as 100 placas EP com o objetivo de inibir/acelerar o crescimento das bactérias. O grupo (NP), composto também por 5 pessoas, não emissoras de passe, também fizeram a imposição das mãos sobre as 100 placas NP também com o objetivo de inibir/acelerar seu crescimento. Este grupo, foi denominado de grupo placebo (passe-placebo. E o terceiro grupo (C) também constituído de 100 placas foi o controle.
A análise da inibição/crescimento das colônias foram registradas em planilha pelo técnico responsável.
4. CRITÉRIOS PARA INCLUSÃO E EXCLUSÃO DOS PARTICIPANTES
O critério para inclusão ou não dos participantes, foi não acumulativo. A escolha e definição foram feitas antes do início do estudo. Essa definição do grupo EP baseou-se nos propósitos do estudo e a facilidade de acessibilidade dos participantes.
Os participantes do grupo EP foram escolhidos pelos seguintes critérios :
- Experiencia prática na emissão energética;
- Viver na cidade de Santos/SP;
- Não ter feito uso de nenhum medicamento antes de 30 dias que antecederam os experimentos;
- Não ter tido qualquer patologia nos 30 dias que antecederam os experimentos.
Os participantes do grupo (NP) forma escolhidos a partir dos seguintes critérios:
- Não serem espiritas ou adeptos de qualquer religião ou crença filosófica que incorpore a prática do passe;
- Não ter frequentado anteriormente entidade que aplique passes, bem como não ter recebido passes;
O pareamento dos grupos EP e NP foi obtido pelos critérios : sexo, idade, grau de escolaridade.
5. PROCEDIMENTO
Os participantes dos grupos EP e NP foram orientados a seguir os seguintes passos:
- Após a abertura das caixas estender as mãos sobre as placas em uma altura de cerca de 30 cm;
- Durante 3 minutos, os participantes deveriam concentrar seus pensamentos com o objetivo de estimular ou inibir o crescimento das bactérias;
- A seguir, as caixas foram fechadas e reconduzidas a estufa;
- Cada caixa ficou a uma distância de 1 metro das demais, inclusive as placas controle (C), com objetivo de evitar interferências;
O técnico responsável pelas analises fez as observações em períodos diferentes e sem a presença dos pesquisadores e participantes dos grupos.
Antes de cada sessão o roteiro e explicações foram orientados nos procedimentos a serem executados.
6. TECNICA E ANALISE LABORATORIAL
A técnica utilizada para a confecção das placas bacterianas foram as usuais pelos técnicos de laboratório. O responsável pela semeadura das placas tem essa única função, não participando de nenhuma outra fase do estudo.
A análise microscópica do crescimento das bactérias, e resultados estatísticos, foi realizado por um técnico, com desconhecimento do propósito do estudo.
O médico responsável pelo laboratório, supervisionou todas as etapas.
7. MÉTODOS PARA GARANTIR A INTEGRIDADE DOS DADOS
Além dos procedimentos descritos anteriormente, a integridade foi garantida pela participação de um investigador externo alheio as etapas do trabalho, para a análise dos dados.
Os potenciais vícios foram controlados tomando-se como essencial o desenho triplo-cego:
- Distribuição das placas aleatoriamente;
- Mascaramento que se faz aos participantes nos ensaios clínicos;
- Análise laboratorial de forma cega;
- Análise estatística dos dados também de forma cega;
8. PROCEDIMENTO PARA ACEITE CONSCIENTE DOS PARTICIPANTES DO ENSAIO
Todos os participantes receberam copias do protocolo e documento assinado de acordo com a participação.
Os participantes do grupo NP foram selecionados com o auxílio do Departamento de Pessoal do Hospital que forneceu uma lista de identificação dos participantes compatíveis com o pareamento.
Não houve remuneração e ou gratificação para quaisquer envolvidos em todas as fases da pesquisa.
9. PROCEDIMENTO PARA ANÁLISE DOS DADOS
Na análise dos dados procurou-se responder quantas vezes mais um grupo interfere nas colônias de bactérias: EP interfere mais que NP?
10 – Conclusões:
Os testes foram paralisados porque a escolha de Placas de Petri com bactérias não era adequada, para as frequências de passes utilizadas, o crescimento era muito rápido. Então o que se aprendeu com isto é, selecionar melhor as bactérias, os meios de alimentação, as frequências de passe e como retardar o crescimento, ou manter a distâncias entre os pontos onde se depositam as bactérias.
NR- Este trabalho foi feito nos anos 90 do Século XX.
HISTÓRICO E MÉTODO DE TRABALHO SOBRE A FORMAÇÃO DE UM GRUPO DE PESQUISA
II SBPE – Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita - 1991
Autoria de:
GISELA COIMBRA REGIS
GPCEB – Grupo de Pesquisas Científicas Ernesto Bozzano
Biomédica, Mestre em Ciências Biológicas - Área Microbiologia Aplicada , Doutorado em Ciência Biológicas Área Microbiologia Aplicada e Pós-Doutorado na mesma Área todos pela UNESP de Rio Claro - SP.
I. APRESENTAÇÃO
II. HISTÓRICO
III. ACESSO AS REUNIÕES MEDIÚNICAS
IV. MODIFICAÇÃO DA REUNIÃO
V. MÉTODO UTILIZADO
VI. DIFICULDADES
VII. RESULTADOS
VIII. PESQUISAS A SEREM REALIZADAS
IX. CONCLUSÃO
I - APRESENTAÇÃO
O presente trabalho tem como finalidade a apresentação do Grupo de Pesquisa Científica ERNESTO BOZZANO, bem como de seus objetivos, métodos de trabalho e resultados alcançados até hoje .
Tem como intuito a divulgação de nosso centro de interesse, que são as reuniões mediúnicas e o material de perguntas e respostas sobre à vida espírita, reunidos nessas reuniões com respostas dos espíritos.
O grupo espera a adesão de outros grupos nesse interesse, para ampliar seus horizontes, proporcionando novos intercâmbios.
II- HISTÓRICO
Um grupo de cinco jovens, composto por MARCELO REGIS, REINALDO DI LUCIA, ALEXANDRE MACHADO, VLADIMIR GRIJÓ, todos engenheiros, ADEMAR CHIORO, médico, em sua primeira formação e depois GISELA C REGIS, biomédica, pertencentes a Mocidade Espirita Estudantes da Verdade, do Centro Espirita Allan Kardec, de Santos, ansiando por novos meios de estudo, resolveram se unir em julho de 1986.
Decidiram pela formação de um grupo com caráter científico, sem vínculos com nenhuma instituição, para que pudessem pesquisar a fundo qualquer assunto sem as amarras da satisfação e dos porquês.
Tinham como objetivo, o estudo dos fenômenos e aspectos científicos relacionados com o Espiritismo, para proporcionar embasamento científico para as inquirições filosóficas. Adotaram o nome de - ERNESTO BOZANO - como homenagem a um dos primeiros homens a abordar o lado científico de espiritismo. A primeira fase, de julho a dezembro de 1986, foi iniciada com levantamentos bibliográficos no campo da Ciência Espirita. Os participantes, então fizeram pesquisas , levantaram informações, livros, trabalhos, visitas como ao pesquisador Rubens Policastro Meira, recolhendo e se inteirando do que estava sendo feito no Brasil e no mundo sobre Ciência Espirita. Todos esse trabalho culminou em palestras elaboradas e realizadas em vários centros e sociedades.
Numa segunda fase, que vai de janeiro de 1987 a março de 1989, o grupo adentrou efetivamente no caminho prático, possibilitado pelas reuniões, que nessa época eram feitas duas vezes por mês, uma de caráter administrativo e outra para a troca de informações e experiencias.
O primeiro objeto de pesquisa foi a KIRLIANGRAFIA. Antes de qualquer medida, o grupo partiu a procura de subsídios teóricos, pois a intenção era a construção de uma máquina KIRLIAN. A máquina então é construída pelos participantes, baseada no modelo PIRILAMPO, desenvolvido por Hernani Guimarães Andrade e montada com recursos próprios e alguma ajuda financeira.
No início as fotos eram tiradas em preto-branco, com a revelação feita pela própria equipe que queria acompanhar e dominar todo o processo técnico. Posteriormente, conseguiu-se a sofisticação e forma possíveis fotos coloridas.
Essa máquina proporcionou várias pesquisas no próprio CEAK. TRINTA FOTOS foram tiradas nas reuniões de desobsessão, médiuns foram fotografados antes e depois da mediunização, para posteriores comparações e obtenção do padrão do Grupo de Pesquisa Cientifica. Atualmente o grupo possui um acervo de 150 fotos Kirlian.
Resultado deste estudo, trabalhos como “KIRLIAN”, “METAPSIQUICA”, ÖUT OF BODY EXPERIENCE”. Estes trabalhos foram divulgados em palestras nos centros espíritas de Santos/SP, na Sociedade Espirita para o Estudo do Homem (SEEH), na Semana Espirita de Santos, permitindo o reconhecimento do grupo na requisição de seus trabalhos.
Juntamente com as pesquisas de Kirliangrafia, feita em equipe, os participantes, individualmente, faziam trabalhos como :
AÇÂO DO PASSE NO CRESCIMENTO DOS VEGETAIS - realizado por Marcelo Régis, que comparava o crescimento de brotos de feijão. Sendo uma amostra submetida a ação energética e outra (controle) não submetida.
O.B.E. - OUT OF BODY EXPERIENCE, trabalho teórico escrito por Reinaldo Di Lucia.
EMISSÃO ENERGÉTICA À DISTANCIA E SEUS EFEITOS , trabalhos com Baralho ZENER, que tinha a intenção do domínio do método de pesquisa parapsicologia. Nele foram pesquisadas a telepatia e a clarividência . Trabalho elaborados por todos da equipe.
Nesta época o grupo colaborava, também, com artigos baseados em suas pesquisas, publicados no Jornal Espiritismo e Unificação e posteriormente no Jornal ABERTURA.
Então, de março a setembro de 1989, o grupo passa por uma fase de transição, com reciclagem de seus elementos, ocorre o afastamento de Vladimir Grijó, a volta de Ademar Chioro e a entrada de Gisela C. Régis. Foi um período de ajuste e fortalecimento de seus ideais com a adoção de novas medidas, como a exigência do comparecimento de todos nas reuniões quinzenais, realizadas nos primeiros e terceiros domingos de cada mês no CEAK – Centro Espírita Allan Kardec, das 8:30 às 11:00 horas.
III - ACESSO AS REUNIÕES MEDIÚNICAS
Nesta terceira fase, o grupo constituído agora por Marcelo Regis (Engenheiro Eletrônico) e Gisela Regis (Biomédica), iniciada em setembro de 1989 e que segue até hoje, a equipe decide pelo Estudo Metódico da Mediunidade.
A proposta era o Estudo do Livro dos Médiuns de Allan Kardec, visando o questionamento de suas respostas, uma a uma, e como complementação, pesquisar a reunião de desobsessão do CEAK.
Faço um parágrafo para explicar como eram as reuniões de desobsessão, realizada toda terça -feira no CEAK por mais de 30 anos, nos mesmos moldes: Dava-se início assim que alguns dos médiuns terminavam uma reunião anterior de aconselhamento, por volta das 20:00 hs
Contava com a participação de sete médiuns , juntos nessa reunião a muito tempo, mais um doutrinador, um coordenador e duas pessoas de apoio na vibração.
Os médiuns então se colocavam a disposição esperando alguma comunicação de um espirito sofredor que se apresentasse. Dessa forma era doutrinado e se não houvesse, a reunião terminava no prazo de 30 minutos.
A frequência de comunicação era pouca; não havia produção pelo próprio esgotamento da proposta da reunião e os médiuns desestimulados com esse serviço prestado a vários anos. Sentia-se que não havia nada mais a dar.
Por esse motivo, o grupo de pesquisa Ernesto Bozzano, foi convidado a assumir a coordenação na parte de estudo da reunião.
IV- MODIFICAÇÃO DA REUNIÃO
O grupo então começou a participar dessa reunião com três elementos. Os nossos objetivos foram colocados aos participantes que eram, pesquisa da mediunidade, intercambio com os espíritos, novas ideias na condução da reunião, divulgação, mudanças e acima de tudo a nossa seriedade com o trabalho.
Assumimos a reunião com algumas propostas de mudança e ai apareceram as primeiras dificuldades por parte de nossa inexperiência em reuniões deste tipo.
Sentimos a necessidade de roteiros, pois aquela já não era uma reunião em que só se esperava que os espíritos trouxessem informações, era necessária a troca do mundo material com o espiritual. Houve resistência por parte do doutrinador e alguns médiuns, que se sentiram perdidos sem seus antigos papéis, havendo a necessidade da mudança de postura.
Com a modificação, a reunião, a partir desse momento funcionaria da seguinte maneira: faríamos uma retomada do método de Kardec, através de perguntas e respostas obtidas dos espíritos. Discutiríamos e checaríamos nossas duvidas, não mais com a velha ideia de que o que os espíritos dizem é sempre verdade.
A sala de reunião deveria ter as luzes acesas para a leitura dos roteiros e abandonaríamos a ideia de que há necessidade do escuro para as comunicações.
As reuniões seriam gravadas em fita e esporadicamente em video. Os médiuns participantes, agora em número de 5, teriam novo papel, de se colocar à disposição e tentar se integrar dos temas para também participarem das perguntas, entrosando-se da reunião como um todo e não mais só no papel de instrumento.
Os três pesquisadores do grupo, tem o papel de seguir os roteiros das perguntas elaboradas, checagem das respostas, colocação de dúvidas, discussões com os espíritos e evocarem os espíritos.
Os dois coordenadores disciplinam as perguntas, abrem e fecham a reunião dos vivos.
O grupo, fora da reunião, dividem seu trabalho da seguinte forma: participação nas reuniões de terça-feira, compilação e transcrição das fitas gravadas na reunião, analise das respostas. Além disso, preparação dos roteiros, baseados nos estudos do GPCEB e duvidas nas respostas obtidas. Evocação de espíritos específicos, para a equipe no plano espiritual, para debate de temas únicos e modificação na linguagem da comunicação com os espíritos.
V - METODO UTILIZADO
Hoje, as reuniões de estudos mediúnicos, acontecem todas as terças - feiras as 20:00 horas e é iniciada com um relaxamento para a sintonia mental de todos, comandado por um dos integrantes do GPCEB, o médico Ademar Chioro.
Depois é aplicado o Roteiro A, com perguntas preparadas baseadas nos estudos do GPCEB para debates com os espíritos específicos evocados.
Se não houver a possibilidade, da visita do espirito evocado, àquele que se dispuser, são feitas questões de ordem geral, com sua história de vida e morte e outros assuntos de interesse.
Toda reunião produtiva é gravada em fita e esporadicamente, dependendo da experiencia, em video. Assim como, um membro do grupo anota fatos e dados relevantes. Ao final de cada reunião é distribuído aos médiuns um questionário, que tenta captar suas sensações , impressões e tipo de manifestação, com o objetivo de juntar ao máximo as informações para nosso estudo.
Depois da compilação e transcrição das fitas, relatórios, mais a união do questionário de cada médium, a comunicação é completa e distribuída aos membros do grupo e reunião.
O GPCEB, coordenou essa reunião de 12/09/89 até 18/06/91, Foram feitas 90 reuniões das quais compilamos 63 fitas transcritas e distribuídas, 45 espíritos pesquisados e duas reuniões em vídeos.
VI - DIFICULDADES
As dificuldades encontradas foram sendo sanadas com muita tolerância e paciência, apesar de que algumas vezes tivemos que bater o pé para alcançarmos nossos objetivos.
A primeira dificuldade encontrada foi a resistência, natural, dos médiuns e doutrinador. Afinal, qualquer mudança leva a medos, duvidas e receios. Devagar, fomos mostrando nossos interesses, sem tirar a importância de cada um, conseguindo o relaxamento das resistências.
A segunda dificuldade foi enfrentar as características próprias de cada médium. Muitos, por inibição, medo de animismo, não confiarem na capacidade para ajudar na pesquisa, se fechavam às comunicações. Ainda trabalhamos contra tudo isso, mas sem grandes resultados. Contamos hoje, com a ajuda de dois médiuns psicofônicos e um psicógrafo. A influência do médium é muito grande, pois se receiam, fecham suas portas, mesmo inconscientemente, e a comunicação não acontece. Deixamos de receber muitas comunicações por resistência dos médiuns .E um trabalho difícil, mas estamos tentando novas saídas como a renovação do grupo de médiuns.
Outra dificuldade constatada foi a maneira de inquerir. Cada vez mais temos tentado uma postura cientifica, deixando de lado, e preocupando-se com a indução de respostas, caráter cada vez mais crítico deixando de lado a ideia de que o que os espíritos dizem é lei.
VII - RESULTADOS
Até o momento, o trabalho do GPCEB promoveu resultados como a formação de uma Equipe Espiritual com interesse principal na pesquisa, que nos auxiliaram trazendo espíritos que podiam e queriam responder nossas dúvidas. Com isso, ouros espíritos não interessados se afastaram.
A estruturação do CEAK, no plano espiritual, ficou para nós muito bem definida, no esclarecimento do seu organograma, nas equipes que trabalham no dia-a-dia, seus acompanhamentos, permitindo uma divulgação ampla e esclarecedora para o Centro Espirita Allan Kardec.
Nosso conhecimento da vida espirita também foi bastante ampliado com informações sobre hierarquia espiritual e suas consequências . Sobre como ocorre a proteção vibracional e seus efeitos, o movimento espirita no outro plano, a existência de grupos de estudo e sua continuidade no trabalho espirita, a divergência também na questão religiosa e outros assuntos.
Permitiu também a realização do trabalho teórico sobre a Emissão Energética à Distância”, baseado nas respostas obtidas dos espíritos, apresentado no CEAK e outros meios, com o objetivo de divulgação, principalmente, como alerta aos médiuns.
Foi realizado também o trabalho “Mecanismo da Mediunidade”, baseado nos estudos dos livros: Livro dos Médiuns (Allan Kardec), Mecanismo da Mediunidade (André Luiz);, Espirito, Perispírito e Alma (Hernani Guimarães Andrade), que traçam alguns esclarecimentos sobre como a mediunidade se processa. Para sua elaboração foram utilizados dados teóricos bem como as observações feitas em nossos médiuns, mais as respostas obtidas dos espíritos. Esse trabalho, foi divulgado em vários lugares como Mocidades Espiritas, CPDoc, Grupos de Ciências, Centros Espiritas e Jornais.
“Alerta aos Médiuns“, foi outro trabalho feito junto aso médiuns para melhorarmos sua contribuição as nossas reuniões de estudo.
A ajuda da equipe espiritual na preparação dos roteiros nos trouxe a contribuição de espíritos com pensamentos diferentes: Padres, teosofos, protestantes, nagô, suicidas, trouxeram seus testemunhos e nos ajudaram na pesquisa do pensamento após a morte, alisado com nossa ajuda a esses espíritos.
Também ficou a constatação do nosso controle da reunião e não mais dos espíritos. É claro que isso não impediu a aceitação de sugestões e até broncas de nossos amigos.
Além da elaboração e apresentação de cinco trabalhos apresentados no Simpósio Brasileiro do Pensamento Espirita: “ O Centro Espirita do ponto de vista dos desencarnados” por Marcelo Regis; “Mecanismos da Mediunidade” por Ademar Chioro; “Alerta aos Médiuns, Dinâmica de Grupo com Médiuns “ por Alexandre Cardia Machado; Emissões Energéticas a Distância” por Reinaldo Di Lucia .
VIII - PESQUISAS A SEREM REALIZADAS
Após esse Simpósio, o GPCEB, pretende elaborar uma pesquisa da mediunidade em caráter maior, através de um censo populacional para saber a ocorrência mediúnicas, através de envio do questionário pelo correio e posterior tabulação estatística .
Também já iniciamos uma nova reunião, separada da terça-feira , com a finalidade de descobrir novos médiuns de potencial maior e que não tenham vínculos com o CEAK, nem com reuniões mediúnicas com o intuito da diversificação de nossos métodos.
Assim como atingir a comunicação entre vivos, a Xenoglossia e dar continuidade ao estudo do material já recolhido através das fitas das reuniões.
IX - CONCLUSÃO
O trabalho tem sido muito gratificante para o grupo permitindo o descobrimento de um mundo dos espíritos composto por espíritos interessantes, alegres, inteligentes que compactuam com nossos interesses aderindo a eles.
Permitiu desenvolvermos o tema Mecanismo da Mediunidade, derrubando tabus como o da evocação , luz apagada em reuniões mediúnicas, controle de desencarnados das reuniões, encarando com mais objetividade a comunicação interpolados, ampliando a certeza da continuação do trabalho iniciado aqui.
Enfim, é um campo vasto de pesquisa e que está aberto à todos aqueles que estejam dispostos a enriquecer o Espiritismo.
Alerta aos Médiuns
Alexandre Cardia Machado
Eng. Mecânico – Membro do GPCEB - Santos – junho 1991
GPCEB – Grupo De Pesquisas Científicas Ernesto Bozzano
Apresentado no II SBPE – Simpósio Brasileiro do Pensamento
Espírita – Santos 1991.
Agradecimentos
A Cláudia e Bruna[1]
que se privaram de minha companhia para que este trabalho pudesse ser
produzido. A elas toda a nossa admiração.
Esclarecimentos
Decidimos digitar este trabalho, a partir do original de
1991, que aquela época foi datilografado em máquina de escrever elétrica, assim
permitiremos que muito mais pessoas possam acessar este documento. Eu estava
lendo o livro – O Processo Mediúnico – Possibilidades e Limites na Produção do Conhecimento Espírita de Elias Moraes – editora AEPHUS de 2023. Me lembrei
deste que foi meu primeiro trabalho apresentado em SBPE – no II SBPE em 1991 na
cidade de Mongaguá.
Espero estar contribuindo para que enfrentemos o complexo
mediúnico com mais tranquilidade.
1 – Introdução
Este trabalho é parte de um esforço maior elaborado por um
grupo de entusiastas espiritas que vem desenvolvendo uma pesquisa juntamente
com entidades do Plano Espiritual a respeito do processo mediúnico.
Problemas relacionados à prática de mediunidade no CEAK –
Centro Espírita Allan Kardec foram aos poucos sendo observados por nossa equipe
e pela equipe Espiritual, que nos enviou uma série de avisos, que gravamos e
transcrevemos.
Estas recomendações foram compiladas e distribuídas a todos
os médiuns do CEAK que, posteriormente, em reunião, as discutiram, desta
discussão destacamos muitas colocações importantes feitas pelos médiuns, em
ambiente de descontração e afetividade.
Muitas questões foram levantadas e serão apresentadas neste
trabalho, servindo de ponto de partida para outras pesquisas e desenvolvimentos
no campo da mediunidade.
Neste trabalho citaremos questões ainda não esgotadas pela
literatura espírita, ao menos sob o aspecto científico e que surgiram durante
esta dinâmica de grupo, são exemplos:
- A questão da dispersão do médium ou fixação excessiva em
algum problema durante a reunião mediúnica, com o consequente prejuízo para a
capacidade de comunicação mediúnica.
- A comunicação em línguas desconhecidas ao médium, suas
dificuldades.
- A insegurança do médium quando transmite assuntos de cunho
científico, medo de não possuir capacidade para tanto.
- A questão da ansiedade do médium face à necessidade quase
obrigatória de dar comunicação mediúnica – abusos cometidos.[2][3]
2 – Metodologia
Este trabalho foi desenvolvido através da seguinte
metodologia, que será logo a seguir devidamente explicada.
1-
Seleção de trechos de gravações das reuniões de
pesquisa mediúnica, chamados por nós de “alertas” dados pelos Espíritos.
2-
Preparação do trabalho - Alerta aos Médiuns”.
3-
Reunião com todos os médiuns (dinâmica) e
coordenadores do CEAK.
4-
Gravação de toda a dinâmica em fita cassete.
5-
Elaboração do trabalho para apresentação no
SBPE.
3 – Desenvolvimento
O CEAK, localizado na Rua Rio de Janeiro, 31 em Santos- SP
conta com aproximadamente cem frequentadores assíduos (sócios) às suas diversas
reuniões, dentre elas três mediúnicas.
A preocupação com relação ao comportamento dos médiuns do
CEAK vem de algum tempo, desde as primeiras reuniões de desobsessão em que o
GPCEB – Grupo de Pesquisas Científicas Ernesto Bozzano participou como
observador, isto ainda em 1988, numa fase em que nosso grupo estava pesquisando
Kirliangrafia e realizávamos experiências neste sentido com os médiuns do
centro.
Aquela oportunidade decidimos iniciar um estudo profundo do
Livro dos Médiuns e diversos pontos relacionados à mediunidade saltaram aos
nosso olhos com relação ao observado nas reuniões e foram por assim dizer o
“start! Para o desenvolvimento de uma ideia de trabalho de pesquisa mediúnica a
ser elaborada pelo GPCEB.
Posteriormente quando fomos convidados a participar como
membros efetivos de um trabalho novo no Centro, ou seja, a transformação da
tradicional Reunião de Desobsessão em uma Reunião Mediúnica de Pesquisa.
Necessário se fez acelerarmos estas observações.
Para melhor nos subsidiarmos, inicialmente desenvolvemos uma
ficha de acompanhamento dos médiuns, as mesmas foram utilizadas durante o
período de 12 de setembro de 1989 a 27 de março de 1990, ao todo foram
preenchidos 48 formulários.
Resultados:
Apresentaremos a seguir alguns dados extraídos desta
pesquisa são informações estatísticas que podem nos ajudar na analise dos
problemas associados ao processo mediúnico.
Os dados mais significativos são:
·
62,5% das vezes em que estiveram mediunizados,
os mesmos tiveram sensações físicas do tipo: frio, calor, felicidade, medo ou
dor.
·
31% - O medo foi a reação mais observada.
·
43% dos médiuns puderam afirmar ter tido, com
relação ao espírito comunicante alguma impressão durante o transe mediúnico,
reações como: emocionalmente boa, má ou indiferente. Sendo que 31% deles
tiveram uma impressão boa.
3.1 – Seleção de trechos de gravações.
Na medida em que evoluímos no nosso trabalho de compilação
de comunicações mediúnicas, podemos notar um grande número de alertas que eram passados
aos médiuns pelos Espíritos, chamando-lhes a atenção com relação a uma série de
assuntos, tais quais:
·
Pontualidade e absenteísmo;
·
Bloqueio à comunicação por parte dos médiuns que
em muitos casos tem dúvidas quanto a presença de um espírito comunicante;
·
Atitudes por parte dos membros da reunião que prejudicam a manutenção da atmosfera adequada
à reunião mediúnica;
·
Distração do médium durante a reunião;
·
Dificuldade do médium durante a reunião em
perceber as tentativas de comunicação por parte dos Espíritos comunicantes;
·
Receio por parte dos médiuns em dar vazão às
comunicações não ortodoxas, que são programadas pela equipe espiritual.
Estamos destacando aqui um destes “alertas”, esta
comunicação foi dada por um Espírito denominado Rafael:
“ ... gostaríamos que tivessem confiança nos
trabalhos, que se não for assim não vamos conseguir chegar até onde desejamos.
Sabemos também que as modificações[4]
alteram também os próprios médiuns, mas tem que se acostumar com isto pois se
se (sic) propuserem a vir até esta reunião para pesquisar, estudar, tirar
dúvidas, é importante que cada um participe na melhor maneira possível”.
O GPCEB passou então a compilar estes alertas nas
comunicações ocorridas entre 12 de setembro de 1989 a 27 de março de 1990.
3.2 – Preparação do trabalho “ Alerta aos Médiuns”.
Os membros do GPCEB: Ademar Chioro dos Reis, Marcelo Coimbra
Régis e Gisela Régis Henrique, leram todas as comunicações dos diálogos
gravados pelo grupo, um total de 28 comunicações em média de 45 minutos cada,
destacando trechos nos quais os Espíritos faziam menção a problemas
relacionados com os médiuns, com os coordenares e membros em geral da Reunião
de Pesquisa.
Conforme fomos compilando estes trechos, verificamos que
este material poderia possibilitar uma discussão mais ampla, envolvendo
inclusive quem participa nas outras duas reuniões mediúnicas do CEAK.
Este material, chamado por nós de “ Alerta aos Médiuns” está
como anexo a este trabalho[5].
Após uma reunião com os dirigentes do CEAK decidimos pela
dinâmica de grupo envolvendo todos os médiuns do Centro para uma discussão
destas mensagens. Esta dinâmica agregaria médiuns de diversos estágios de
desenvolvimento.
3.3 – Reunião com os médiuns e coordenadores.
Foi marcada a reunião denominada “ ALERTA AOS MÉDIUNS” para 14 de setembro de 1990. Todo o material
para a dinâmica foi distribuído com uma semana de antecedência afim de que os
participantes tivessem oportunidade de preparar-se para a reunião e para a
discussão que já esperávamos que ocorresse.
A reunião foi coordenada pelo GPCEB, através dos componentes
Alexandre Cardia Machado e Reinaldo de Lucia, contou com a presença do
presidente do CEAK, coordenadores de reuniões mediúnicas e pela quase
totalidade dos médiuns em atividade no CEAK, ao todo 22 pessoas.
A fim de direcionar o início da reunião havíamos selecionado
alguns trechos para provar o debate e estávamos preparados para gravar tudo o
que fosse discutido. A reunião teve duração de aproximadamente duas horas onde
muitas colocações interessantes foram feitas, dentre as quais transcrevemos as
que seguem:
1.
“ A confiança entre o doutrinador[6]
e o médium é fundamental para uma boa comunicação mediúnica, em um grupo em
desenvolvimento”.
2.
“ Nas reuniões do Centro existem muita
comunicações mediúnicas repetitivas, muitas vezes em função dos Espíritos que
vem sempre com problemas semelhantes”.
3.
“Pessoas que tem a mente muito dispersa ou
fixada não servem para ser médium, o médium tem que estar na reunião – mente seletiva”.
4.
“Comunicação em línguas não conhecidas do médium
são difíceis porque o Espírito tem que ditar silaba a silaba” (No livro dos
Médiuns os Espíritos colocam que se faz necessário fazer uso do vocabulário do
médium, portanto quando estas palavras não existem em sua memória há
necessidade de ditar sílaba a sílaba, é o que se conclui de: - “Para traduzir
as suas ideias numa linguagem articulada, transmissível, ele utiliza as
palavras do vocabulário do médium”[7].
5.
“ O médium deve se colocar à disposição para a comunicação
e não ter dúvida em relação à sua capacidade em falar sobre determinados
assuntos”. (No caso de comunicações de Espíritos especialistas em determinados
assuntos em que o médium não se sente seguro em falar).
6.
“ Muitas vezes a preocupação com o estudo e com
a veracidade da comunicação acaba por fazer com que o médium bloqueie a
comunicação”.
7.
“Os médiuns mais antigos do Centro tem um
excesso de escrúpulos e policiamento muito mais do que o necessário”.
8.
“deveremos ter muito cuidado pela maneira como
levamos as coisas aqui dentro porque a mediunidade é muito sutil”.
9.
“Alguns médiuns se policiam, eles acham que
bloqueiam as comunicações”.
10. “
Se o médium se policiam, eles acham que bloqueiam as comunicações”.
11. “
A coordenação deve ter o cuidado para não frustrar demais o médium, tem que ter
jeito ao falar com ele”.
12. “
Aqui no CEAK realmente tem pouca comunicação, porém, temos trabalhos de
qualidade, porque não interessa ter muita comunicação sem interesse prático”.
13. “
Existem médiuns de diversos matizes, existem aqueles que evoluem e existem
aqueles que nada acrescentarão”.
14. “ Por que eu sou diferente dos outros médiuns?
Eu não tenho dúvida sobre a origem da comunicação!
15. “
No CEAK nós nunca fomos fascinados pelos Espíritos, os nossos dirigentes
espirituais não palpitam sobre coisas sem importância. Não temos guias, nunca
haverá chance aqui para um Espírito vir aqui e dirigir o Centro e eles não
querem. O nosso Espírito principal
chama-se Rafael e isto tem marcado todo o nosso trabalho mediúnico”. (J.R.)[8]
16. “
Só depois de 25 anos de Espiritismo é que fui trabalhar, ou melhor, participar
de uma reunião mediúnica e neste tempo trabalhei muito para o Espiritismo”. (
Palavras proferidas pelo coordenador mais experiente do CEAK).
17. “
Na parte de segunda feira, quando a gente lê aquele trechinho, eu acho ótimo,
adoro debate, a leitura é ótima”.
18. “
No começo eu tinha tremores nas mãos, agora não, estou mais calma e a
comunicação é mais tranquila”.
19. “Alguns
médiuns sentem as vezes alguma aproximação dos Espíritos ao longo do dia”.
20. “Já
fui médium, atualmente preciso de um puxão de orelhas”.
21. “Na
vida a pessoa para ser bem-sucedida é necessário que sua mente seja seletiva.
Se estou aqui agora, só penso neste trabalho, quando em trabalho mediúnico
procuro esquecer o resto e dedico-me ao trabalho”.
Analisando os 21 destaques poderíamos sintetizar no
seguinte:
·
Em um trabalho mediúnico a relação de confiança
entre o coordenador e os médiuns é de suma importância, há que se estar
permanentemente avaliando a qualidade da comunicação. O Médium necessita
preparar-se para a reunião e manter a sua mente apenas no trabalho a ser
desenvolvido. O médium deve estar aberto às comunicações sejam elas quais
forem, mormente em se tratando de reuniões de pesquisa. O policiamento deve ser
feito quanto às atitudes que o Espírito intui ao médium e não no bloqueio da
comunicação, este papel cabe ao coordenador. O trabalho do coordenador deve ser
cuidadoso para não frustrar o médium em demasia.
·
O espiritismo reserva uma série de atividades
importantes, dentre elas a mediunidade. É importante que o Centro Espírita
tenha mecanismos de proteção quanto aos excessos do mediunismo.
Ainda nesta reunião foi perguntado ao grupo de médiuns
presentes se algum deles tinha dúvidas sobre a autenticidade de suas
comunicações, entre 15 médiuns presentes, 5 tinham dúvidas eventuais com
relação a um possível animismo, ou seja 33%.
Allan Kardec a este respeito nos diz que só há um meio pelo
qual os pesquisadores podem saber sobre a autenticidade da comunicação: “
Estuda as circunstâncias e a linguagem e distinguirás ... Por isso é que te digo para observar e estudar”[9]
.
Portanto, este é um trabalho constante a ser executado pelo
coordenador, chamando a atenção do médium sempre que perceber que a comunicação
é anímica para que ele não adquira o hábito de liberar qualquer ideia que lhe
venha à mente.
Conclusão
O trato da mediunidade nos Centros Espíritas deve passar por
uma revisão, através de uma maior carga de embasamento teórico, tanto por parte
dos médiuns como também os coordenadores de reuniões.
A discussão de problemas reais ocorridos com médiuns, a
exposição de dúvidas e situações vividas através de uma conversa franca e
aberta entre todos os médiuns do Centro se realizada dentro de critérios e frequências
adequadas podem eliminar distorções, ajudar o desenvolvimento mediúnico e ser
uma base para pesquisas muito interessante, neste impressionante assunto denominado
mediunidade.
Muito embora já pratiquemos a mediunidade de uma forma rotineira
a mais de um século e muitos livros já tenham sido escritos neste campo, parece-nos
que os estudiosos preocupam-se em demasia em classificar e dividir a
mediunidade em várias modalidades. Havendo muito pouco material de estudo e
pesquisa no campo do processo mediúnico propriamente dito. Quais fatores que
afetam? Como ocorre? Etc.
O GPCEB tem procurado explorar exatamente este campo nas
suas pesquisas. Nas Reuniões Mediúnicas de Pesquisa realizadas às terças feiras
no CEAK, explora-se o grande potencial de conhecimento que representam estas
reuniões, através da aplicação do Método Kardequiano.
Clóvis Nunes, no seu livro TRANSCOMUNICAÇÃO – Comunicação Tecnológica
com o Mundo dos Mortos, livro este que trata da comunicação eletrônica com o
Plano Espiritual, diz: “ as comunicações mediúnicas obtidas através dos
médiuns, psicofônicos, psicográficos, de voz direta, etc. também constituem um
importante grupo de Transcomunicação Mediúnica”. [10]
Hoje existem estudiosos pesquisando, criando equipamentos
sofisticados para tentar uma comunicação direta com os Espíritos. Isto porque
os Espíritas que já dispõe desta “facilidade” praticamente abandonaram as
pesquisas desde o desencarne de Kardec.
Este trabalho de pesquisa realizado no CEAK retoma o Método
de Kardec, buscando em conjunto com a Equipe Espiritual do Centro, desenvolver
um trabalho a respeito do mundo espiritual. Mediunidade e as questões
relacionadas à morte e a Reencarnação.
Um exemplo relacionado com o que tratamos aqui neste
trabalho pode ser observado através da seguinte comunicação:
Espírito FD: data 9 de outubro de 1990.
Questão: O processo mediúnico pode ser considerado dentro da
emancipação da alma? O Médium está emancipado? O pensamento entraria na mente e
ele estaria em um estado extrassensorial?
FD – É uma sensação diferente e difícil mesmo de se entender
e de se explicar. Só quando nós usamos esse intercambio é que damos valor ao
encarnado que se predispõe ao uso da mediunidade, porque até então nós não
conseguimos atingir como se dá o fenômeno. É uma coisa esquisita. Acredito que
muitas vezes da cabeça de vocês poderá estar saindo: não, é o médium que está
tentando resolver os problemas e responder as perguntas. Mas do outro lado, nós
estamos também, pensando, como é possível o médium estar ali completo e nós
queremos e o dele fica truncado e é o nosso que vale ...”.
Vejam como os campos se abrem, nós temos dúvidas e eles
(Espíritos) também, estas questões estimulam o processo de pesquisa.
Ainda com relação à fidelidade na comunicação psicofônica
nesta mesma reunião perguntamos a este Espírito.
Questão: As palavras que o médium está falando, que estamos
ouvindo são exatamente as mesmas que você está pronunciando?
FC – “Nem todas, o médium tem o seu vocabulário e muitas
vezes ele usa, apesar de haver uma rapidez, ele uso o seu vocabulário”.
Vejam bem esta limitação, o vocabulário do médium, é um
ruído permanente na comunicação psicofônica e, portanto, um fator a ser
considerado por médiuns e coordenadores, conforme está colocado no Livro dos
Médiuns. “ O Espírito do médium pode alterar as respostas, adaptando-as as suas
próprias ideias e as vezes as suas tendencias”.[11]
Como os trabalhos mediúnicos nos Centros Espíritas são
basicamente os de desobsessão e de Consulta Espiritual, a precisão das palavras
não chega a ser um problema grave, no entanto para a pesquisa avançada o
significado das palavras tem toda a sua importância.
Gostaríamos de ressaltar a importância da divulgação dentro
do Centro dos trabalhos desenvolvidos entre as diversas reuniões, a exemplo
desta realizada no CEAK, para que, desta forma se possa comparar e evoluir nos
diversos trabalhos mediúnicos. A este respeito um companheiro do Plano
Espiritual que chamaremos da HP, em 15 de maio de 1990, fez a seguinte
colocação a respeito de uma apresentação de um trabalho realizado pelo GPCEB e
apresentado ao CEAK em reunião de estudos.
Pergunta: Foi feita uma apresentação dos trabalhos
realizados aqui no grupo na sexta-feira passada. Qual foi a avaliação do grupo
de vocês( Espíritos) desta apresentação?
Resposta HP: Não podemos dizer que foi 100%, mas foi uma
apresentação boa, mas gostaríamos que todos participassem. Entenderam? Não só
aqueles que expões, mas aqueles que ouvem, que escutam também pudessem dar a
sua participação dentro do assunto ... Acho que um grupo maior talvez fosse
mais interessante, convocar outras pessoas para outras reuniões e daqui
partiria o material para isto”.
Foi exatamente o que fizemos com este “Alerta aos Médiuns” e
o fazemos agora a proposta para que outros grupos adotem esta mesma sistemática
para o bem dos Centros e da Doutrina Espírita.
Nas palavras de Herculano Pires, “ O conhecimento dos
problemas mediúnicos exige estudo incessante das obras básicas de Allan Kardec,
particularmente estudos permanentes do Livro dos Médiuns e leitura metódica da
Revista Espírita de Allan Kardec ... sem estudo constante da Doutrina não se
faz Espiritismo, cria-se apenas uma rotina de trabalhos práticos que dão a
ilusão de eficiência. Estudo e pesquisa, observação dos médiuns, exigência de
educação mediúnica, com advertências constantes para que os médiuns aprendam a
se controlarem, não se deixando levar pelos impulsos recebidos das entidades
comunicantes – esse é o preço de trabalhos mediúnicos eficazes” [12]
O próprio mestre Kardec, no Livro dos Médiuns, capítulo XXXI
publica uma comunicação de Espírito Massilon que reproduzimos parcialmente a
seguir. Esta comunicação tem a ver diretamente com tudo que acreditamos e
presta-se muito bem a um ponto final deste trabalho.
“ Com que fim, na maioria das vezes, pedis comunicação dos
Espíritos? Para obter belos trechos que mostrais aos vossos conhecidos do nosso
talento e conservais preciosamente nos álbuns, sem lhes dar acolhida no vosso
coração? Pensais que ficamos lisonjeados de comparecer às reuniões como a um
concurso, disputando eloquência para que possais dizer que a sessão foi muito
interessante? O que acontece quando recebeis uma comunicação admirável? Julgais
que buscamos os vossos aplausos? Pois estais enganados ... a nossa finalidade é
vos tornar melhores”.[13]
Sobre o GPCEB
Grupo de Pesquisas Espíritas Ernesto
Bozano - formado por cinco jovens oriundos da MEEV – Mocidade Espírita
Estudantes da Verdade do Centro Espírita Allan Kardec (CEAK) de Santos. Em sua
primeira formação faziam parte os engenheiros Alexandre Cardia Machado, Marcelo
Coimbra Régis, Reinaldo di Lucia e Vladmir Grijó e pelo médico Doutor Ademar
Arthur Chioro dos Reis, posteriormente participa também a biomédica Doutora
Gisela Régis Henrique.
II Simpósio Brasileiro do Pensamento - agosto de1991
Realizado em Mongaguá, deu seguimento ao
I Simpósio Nacional do Pensamento Espírita.
Nesta oportunidade os cinco membros do GPCEB apresentaram trabalhos: Ademar
Arthur Chioro dos Reis – Mecanismo da Mediunidade – Introdução ao processo de
comunicação mediúnica[14];
Alexandre Cardia Machado – Alerta aos Médiuns; Gisela Régis Henrique –
Histórico e Método de trabalho sobre a formação de um grupo de pesquisas;
Marcelo Coimbra Régis – O Centro Espírita do ponto de vista dos desencarnados; Reinaldo
de Lucia – Emissões Energéticas à distância[15].
Fotos do grupo – GPCEB
Apesar da larga produção do grupo, poucas
fotos sobreviveram ao tempo.
[1] Em
1991 um pouco depois desta apresentação no SBPE, Beatriz, minha segunda filha
viria a nascer.
[2]
Este artigo foi apresentado em sessão no SBPE juntamente com o eminente
escritor espírita Nazareno Tourinho.
[3] Nota de atualização: Este trabalho foi redigitado e
corregido gramaticalmente em agosto de 2024, 33 anos depois de ter sido
apresentado no SBPE, por entendermos que ainda pode ser útil, pois os problemas
relacionados com a mediunidade na prática, seguem sendo os mesmos.
[4] Rafael
se referia à mudança da reunião de desobsessão para reunião de pesquisa
mediúnica.
[5]
Trata-se de 6 comunicações de Espíritos, transcritas como exemplo. Se alguém
tiver interesse envie um Email a ickardecista1@terra.com.br
que enviaremos o material ao interessado.
[6]
Doutrinador aqui se refere ao coordenador da reunião e que em casos de
desobsessão assume este papel de “doutrinador”.
[7] Livro
dos Médiuns – Capítulo XIX, 17ª questão.
[8] JR
– trata-se de Jaci Régis.
[9] O
Livro dos Médiuns, capítulo XIX
[10] TRANSCOMUNICAÇÃO
– Comunicação Tecnológica com o Mundo dos Mortos – Nunes, Clóvis, página 15.
[11] O
Livro dos Médiuns – capítulo XIX.
[12] J.
Herculano Pires, O Centro Espírita – página 15.
[13] Kardec,
A - Livro dos Médiuns, capítulo XXXI – Dissertações Espíritas.
[14]
Trabalho, após apresentação no CPDoc para revisão de pares formou o Livro - Mecanismo da
Mediunidade – processo de comunicação mediúnica – Edição CPDoc.2005.
[15] Trabalho
incorporado ao e-book do ICKS – Emissões Energéticas na Prática Espírita - https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/27-icks-colecao-abrindo-a-mente?download=268:emissoes-energeticas-na-pratica-espirita-organizacao-alexandre-cardia-machado