quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Um texto sem nome - Ciro Pirondi


Um texto sem nome

Ciro Pirondi


foto: Palmyra Régis, Regina Celi, Ciro Pirondi, Reinaldo de Lucia, Cláudia Régis e Alexandre Machado no CEAK - Santos

Quando compreendemos a complexidade – simples do Espiritismo, e a dimensão real da itinerância das existências, sentimos que o mundo nos basta. E o presente, a eternidade que nos satisfaz.

Não corremos atrás de um Deus, mesmo que ele exista. Não sofremos pela salvação, mesmo porque, ela não é necessária.

Como sopra o espírito dos evangelhos, não nos inquietamos com o dia seguinte, pois o amanhã se inquietará consigo mesmo. Basta a cada dia seu próprio penar.

No cotidiano percebemos a razão de André Sponville ser a generosidade uma força e vitória, porque ficamos mais leves, simples e gentis. Menos tolerantes com as injustiças, principalmente as coletivas e sociais, como a de Paraisópolis.

Libertando-nos dos anseios de eternidade e nos satisfazendo com o presente, nos tornamos mais humanos, mais fortes e doces. Talvez mais eternos.

Não se trata de dar lição a ninguém, mas ajudar a cada um a ser seu próprio mestre e seu único juiz.
Aceitar a distância entre o que sabemos e não sabemos, e termos a sabedoria de nossa ignorância é a condição básica para aprendizagem. Os que sabem já não necessitam aprender e os que dizem nada saber negam suas memórias, suas vidas.

Este breve texto sem nome, fala um pouco dessas minhas inquietudes. Animei-me a escrevê-lo quando li sobre os Cadernos de Cultura que Jaci e eu inventamos. Talvez pense em editar um outro, sem título ou tema, apenas convidando amigos a escreverem sobre suas reflexões.

Afinal aqui estamos neste belo mundo, em um país temporariamente na escuridão, onde nenhuma pessoa com bom senso pode se sentir confortável. Talvez só nos reste resistir, intuir algo novo, acreditarmos na beleza, na leveza e nos poetas, “antenas da raça”.

Ciro Pirondi é arquiteto e reside em Mogi das Cruzes

Nota: Artigo originalmente publicado no Jornal Abertura de Santos.

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terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Com quantas pessoas você se comunica? por Alexandre Cardia Machado


Com quantas pessoas você se comunica?

Parece uma pergunta simples, mas nos dias de hoje é na verdade uma pergunta complexa. Alguns estudos demonstram que em média nós temos no máximo 150 pessoas que podemos chamar de amigos.

Ter amigos só traz benefícios. Quanto mais, melhor. Mas há um limite. Um estudo feito na Universidade de Oxford comparou o tamanho do cérebro humano, mais precisamente do neocórtex (área responsável pelo pensamento consciente), com o de outros primatas. Ele cruzou essas informações com dados sobre a organização social de cada uma das espécies ao longo do tempo. E chegou a uma conclusão reveladora: 150 é o máximo de amigos que uma pessoa consegue ter ao mesmo tempo.” ( Revista Superinteressante – Fevereiro 2011)

Bem, mas temos pessoas que seguimos, pessoas que fazem parte de redes socias, onde “amigos” de amigos são adicionados.

Agora outra pergunta. De quantas redes sociais você participa? Facebook, Instagram, LinkedIn, Skype, WhatsApp, blogs e tantas outras? Fiz esta contagem como não uso Facebook e Instagram cheguei ao número mágico, no dia de hoje de 1541 pessoas com quem me comunico. Estou muito longe do Bill Gates que tem, só no LinkedIn 23 milhões de seguidores.

Agora, como sou redator de um jornal, me comunico mesmo com vários amigos, no trabalho então nem dá para contar, pois não considerei em minhas contas a possibilidade de falar com mais de 100 mil pessoas de minha empresa a um toque no computador.

Mas tenho contatos próximos em quantidade dez vezes maior do que os estudos demonstram ser possível manter uma amizade produtiva. É que o mundo mudou muito nos últimos anos, após o MSN e o Orkut, que hoje nem existem mais. Hoje somos conectados, temos “amigos” de “like”!
Ainda que esta conexão seja leve entre as pessoas existe a possiblidade de multiplicarmos a influência de nossos pensamentos. É aqui que entra a possibilidade de divulgarmos o espiritismo que queremos. Quantos de nós compartilhamos os nossos pensamentos espíritas, fora da esfera de contatos mais próximos?

Este é um campo que devemos buscar influenciar, talvez com uma linguagem um pouco mais moderna, quem sabe com isto possamos trazer à compreensão de muitos do que seja a imortalidade dinâmica, mola propulsora da humanidade e tão pouco conhecida da maioria.

2020 está chegando, temos que renovar as expectativas, focar no positivo e gerar ações transformadoras.

Ainda sobrou tempo para convidar nossos verdadeiros amigos a ouvir uma música de Oswaldo Montenegro – “A Lista” pesquisem no Google. Segue a letra.

“Faça uma lista de grandes amigos / 
Quem você mais via há dez anos atrás /
Quantos você ainda vê todo dia /
Quantos você já não encontra mais /
 Faça uma lista dos sonhos que tinha /
 Quantos você desistiu de sonhar / 
Quantos amores jurados pra sempre / 
Quantos você conseguiu preservar /
Onde você ainda se reconhece / 
Na foto passada ou no espelho de agora /
 Hoje é do jeito que achou que seria / 
Quantos amigos você jogou fora / 
Quantos mistérios que você sondava / 
Quantos você conseguiu entender / 
Quantos segredos que você guardava / 
Hoje são bobos ninguém quer saber /
Quantas mentiras você condenava / 
Quantas você teve que cometer /
Quantos defeitos sanados com o tempo / 
Eram o melhor que havia em você / 
Quantas canções que você não cantava / 
Hoje assobia…”

O objetivo aqui é convidá-los a usar a sua influência pessoal para mostrar-se como espírita e permitir que outros possam compartilhar de nosso espiritismo!

Alexandre Cardia Machado

Artigo publicado no Jornal Abertura de dezembro de 2019 - leia o jornal completo!


Nota: Artigo originalmente publicado no Jornal Abertura de Santos.

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