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sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Inteligência Artificial (IA) risco ou possibilidade? - Abrindo a Mente - por Alexandre Cardia Machado

 

Inteligência Artificial (IA) risco ou possibilidade?

    A cada dia que passa avançamos no campo do conhecimento e da tecnologia, esta é a história da humanidade, desde o arco e flexa até os misseis inteligentes, desde as ervas amassadas até o transplante de válvulas cardíacas.



    Outro dia ouvi amigos em um grupo de WhatsApp afirmando que os benefícios da IA não atingem a grande população, somente os ricos e capitalistas. Esquecem que os avanços podem iniciar caros, porém a multiplicação de fabricantes os faz ficar barato. Vejam por exemplo o celular, quando apareceu era caro, simples e pouco acessível, 25 anos depois ele é superacessível, existe para todos com diversos planos. Falamos com o mundo todo sem pagar interurbano ou ligação internacional.

    Voltando ao que interessa, o novo sempre assusta, existem os que adoram as inovações, há os que as detestam, mas a verdade é que o progresso atropela a todos.

    Para mostrar como o assunto é excitante cito 3 autores, entre eles, eu mesmo:

Dan Brown – Origem – de 2017, cria toda uma ação em que o personagem principal interage e combate uma inteligência Artificial, ou seja, aquilo que então era mera ficção, hoje já está muito mais próxima de nós, quantos já não tem uma Alexa em casa?

Yuval Harari – Homo Deus – Uma breve história do amanhã – de 2015, propõem o dataísmo, onde quem sabe num futuro próximo os algoritmos saberão mais da gente do que nós mesmos.

    Não precisamos ir muito longe, hoje escrevemos um texto e a inteligência artificial da Microsoft fica o tempo todo “tentando” nos ajudar!

Alexandre Cardia Machado – Uma breve história do Espírito – de 2022, no último capítulo do livro, num subcapítulo – Porvir:

Como nossa proposta é falarmos de evolução, não podemos deixar de falar no futuro, evoluiremos como espécie? Muitos pensadores têm debatido este ponto, algumas condições que impulsionaram a nossa espécie, não estão mais presentes, não temos áreas isoladas no planeta, no entanto temos sim, muita miscigenação e com isto nossos genes estão sendo cada vez mais compartilhados. Acreditamos também que   seguiremos evoluindo como Espíritos.

Se vamos viver mais, portanto, precisaremos pensar em como usar utilmente estes anos a mais a cada encarnação e animicamente, talvez nos utilizemos de tecnologia, para viver mais, eliminar doenças. 

Medicamentos específicos para cada código genético, inteligência artificial, marca-passos, válvulas e implante de órgãos de outros mamíferos e muito mais evitarão as mortes prematuras. Mas somos Espíritos imortais, logo, nossa existência precisa ter uma consciência mais ampla, além de nossos umbigos.

Nosso corpo físico é resultado de 3,5 bilhões de anos de evolução, o que poderá ocorrer daqui para frente vai depender muito disto, do que queremos, como colaboradores de Deus, para o desenvolvimento da espiritualidade universal.

 

Um dos princípios básicos do Espiritismo é o da evolução infinita, outro o da lei do progresso.

Para abrir mais a sua mente: leia - Uma breve história do Espírito - https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/27-icks-colecao-abrindo-a-mente?download=200:uma-breve-historia-do-espirito-alexandre-cardia-machado

 Artigo Publicado no Jornal Abertura em agosto de 2023

Baixe aqui:

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/31-jornal-abertura-2023?download=248:jornal-abertura-agosto-de-2023

 

quarta-feira, 10 de julho de 2024

A AUTONOMIA FRENTE AS DETERMINAÇÕES - por Ricardo de Morais Nunes

 

A AUTONOMIA FRENTE AS DETERMINAÇÕES

A questão da autonomia e da heteronomia, muito discutida no movimento espírita da atualidade, deve ser colocada em justos termos, sob pena de incidirmos em análises simplistas do tema. É certo que Kardec afirma que “sem o livre-arbítrio o homem seria máquina”, porém esse homem livre não é tão livre como parece.

O ser humano está submetido a inúmeros condicionamentos de caráter social, biológico, econômico, ideológico, geográfico, cultural, familiar, enfim a inúmeros fatores que pressionam sua subjetividade, constituindo- lhe o eu, sem que na maioria das vezes tenha percepção desse fato, pois tais fatores, em geral, incidem em nível inconsciente. Se levarmos em conta, ainda, que nossa individualidade espiritual reveste inúmeras personalidades históricas, no tempo e no espaço, tal situação  se agrava.

Porém, é possível que o ser humano adquira consciência das determinações, as constate e as supere, claro que sempre em certa medida, pois há determinações, em tese, insuperáveis.

 Nesse sentido, negar que há uma esfera de liberdade frente as determinações certamente é um exagero que deve ser evitado, pois diferentemente dos animais o ser humano produz cultura e é dotado de perfectibilidade. E na perfectibilidade está a possibilidade do novo, da criação, do inédito.

O espiritismo, portanto, acerta quando afirma a perfectibilidade do espírito humano e o livre-arbítrio. O ser humano não está preso à natureza como os animais irracionais que repetem ao infinito os mesmos padrões de comportamento. Não é o caso de entrar aqui, para as finalidades desse artigo, na tese aceita por muitos estudiosos espíritas, de que um dia o princípio espiritual dos animais também entrará na esfera da liberdade e da consciência.

 Segundo o espiritismo, na medida em que desenvolvermos nossa perfectibilidade, enquanto seres humanos, através das reencarnações sucessivas, iremos ampliando nosso grau de liberdade ante os determinismos mesmo que esse aperfeiçoamento demore eternidades.

 O ser humano, para o espiritismo, portanto, é perfectível. Pode, através do pensamento crítico e do autoexame de si mesmo ir, em certa medida, além das determinações que o fazem pensar e ser de uma determinada maneira. Nesse procedimento reside a real autonomia, como capacidade de governar-se por si mesmo.

 Nas sociedades de todos os tempos a heteronomia, como norma exterior a induzir o comportamento humano, sempre foi muito presente. Desde as sociedades religiosas do passado às sociedades capitalistas de nosso tempo, sempre há aqueles que nos dizem o que pensar, o que fazer, como viver, como agir.

O ser humano autônomo é aquele que consegue dizer um não consciente às influências externas indo ao encontro de si mesmo. É fácil? Claro que não. Primeiro, porque é muito difícil constatarmos os condicionamentos que nos aprisionam muitas vezes de forma inconsciente. Segundo, porque nadar contra a maré das ideias e comportamentos padronizados já produziu o afogamento existencial de muitos. Mas, não há outro jeito, a autonomia é também um fator de libertação e de felicidade pessoal.

Claro que a autonomia pressupõe a responsabilidade pessoal perante o outro, o ser si mesmo autônomo leva em conta essa responsabilidade. Autonomia não é arbitrariedade, não é individualismo, nem egocentrismo, não é fazer o que se quer sem levar em conta os efeitos da ação praticada sobre o outro.

Como disse no início desse artigo o tema autonomia é muito discutido hoje no movimento espírita, o que é muito positivo. Precisamos, porém, ter cuidado para termos uma abordagem madura sobre o tema, sem menosprezarmos a força poderosa das inúmeras determinações que nos fazem agir, frequentemente, conforme o padrão aceito pela maioria.

Na verdade, o comportamento heterônomo da massa é a regra, sendo a autonomia a exceção. A autonomia relativa neste mundo é uma conquista, talvez seja a mais difícil empreitada a ser realizada pelo ser humano.

Ricardo Nunes


 E a autonomia verdadeira se reveste de um caráter prático, que diz respeito à ação no mundo, o que dificulta ainda mais a sua realização. Em geral, o mundo não aceita muito bem as personalidades que afirmam sua autonomia de pensar e agir.

 Este artigo foi publicado no Jornal Abertura de março de 2024, queres ler o jornal Completo?

Baixe aqui: 

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/42-jornal-abertura-2024?download=293:jornal-abertura-marco-de-2024

O artigo foi publicado no jornal Catalão - FLAMA ESPIRITA 193 em Julho de 2024.

sábado, 15 de junho de 2024

O PAPEL DO ESPIRITISMO NO PROGRESSO- por Jaci Régis

 

O PAPEL DO ESPIRITISMO NO PROGRESSO

Na primeira parte de A Gênese, após dedicar  grande espaço para explicar os vários significados para a palavra revelação,  ele caracteriza o Espiritismo como uma  revelação cientifica, talvez porque insista que a doutrina baseia-se na observação dos fatos como fazem “as ciências positivas”.

Apesar disso, o Espiritismo é uma verdade revelada, tem inspiração divina “pois provem dos Espíritos”  como porta vozes de :Deus.



Em conseqüência, estabelece  o Espiritismo como a 3ª revelação, sucessora e reformadora do cristianismo, do evangelho, o Consolador Prometido, no sentido profético dado à missão de Jesus de Nazaré, dentro dos padrões criados pelo catolicismo.

Entretanto, na última parte do livro, tratando das mutações sociais que seriam promovidas no futuro, ele coloca  o Espiritismo como coadjuvante do processo evolutivo, no que, aliás, estava muito certo.  

“O Espiritismo não cria a renovação social”, afirma. Porque nenhuma instituição, movimento, ou pessoa, por si só, cria a renovação social. Ela se realiza em velocidades diferenciadas, acelerada, e forma desigual nas várias partes e civilizações, a partir da ruptura de algumas idéias cristalizadas, resultado complexo de ansiedades, decepções, sofrimentos e desilusões. Pois  são esses  fatores que mobilizam as mudanças, a busca de um novo sentido, um novo paradigma para a vida, nem sempre encontrado imediata ou mediatamente, demandando tempo de correção, reajuste e sofrendo o império de forças obscuras, desequilibradas, que se apresentam como escoadouro de frustrações apelando para a liberação sensual e  egoísta das pessoas.

 Quando, por conseguinte, a Humanidade está madura para subir um degrau, pode dizer-se que são chegados os temos marcados por Deus, como se pode dizer também que, em tal estação, eles chegam para a maturação dos frutos e sua colheita.” afirma Kardec..

É difícil, na atualidade, caracterizar essa “humanidade”,  pois as diferenças entre os povos, religiões e regiões, descompassadas, desniveladas, não estabelece uma unidade para o amadurecimento indicado. O que temos são etapas desiguais na apreensão e necessidade do progresso, embora a globalização dos meios de comunicação, a tecnologia  e as interelações entre povos tenda a acelerar, ao longo do tempo, uma mistura de  aspirações a caminho de uma certa nivelação do progresso

Tudo isso nos leva a revisar os conceitos revelados atribuindo a decisão divina para as  etapas do progresso e fazendo-as acontecer através de mecanismos extraordinários ou formas puramente externas que promoveriam, talvez pelo medo, a renovação das coisas..

Na realidade geralmente o progresso se faz e as coisas vão mudando sem o aparato espetacular que se propagava. Processa-se a evolução natural, etapas por etapas, com mutações progressivas. As mutações são feitas numa lenta engrenagem que demanda paciência e apresenta surpresas, a despeito das contradições e resistências..

. No jogo de xadrez da evolução, a partir da premissa de que há um planejamento em longo prazo para a evolução da humanidade, os mentores cristãos e, possivelmente o próprio Jesus, sabiam que ressuscitar a igreja era impossível porque a transição que viria no século vinte abriria outras portas para o entendimento humano, com o surgimento da verdade investigada, libertando do jugo da verdade revelada como única via da verdade.

Nesse jogo,  o Espiritismo tem seu papel. O que se reservava, sobretudo, ao Espiritismo era o uso da mediunidade, a exploração do fenômeno mediúnico para a prova da imortalidade. “Iniciando a humanidade no mundo invisível, (o Espiritismo) mostra-lhe o seu verdadeiro papel espiritual, como no estado corporal. O homem já não caminha às cegas: sabe de onde vem, para onde vai e por que está na Terra. O futuro se lhe revela em sua realidade despojado dos prejuízos da ignorância e da superstição” afirma o fundador do Espiritismo.

Entretanto,  a análise que o Espiritismo faz desses fenômenos  têm  critérios diferenciados do cristianismo e outras denominações religiosas, como o islamismo,, budismo, hinduismo, todas comprometidas com a visão mística e contraditória, sobre o ser humano, a divindade e o objetivo da existência.

A visão espírita é específica e contrária, na essência, aos conceitos dessas religiões que dominam o cenário mundial, formatando a mente de milhões de pessoas, ao  longo de milênios.. Espiritismo poderia ter desempenhando esse novo papel,  mas o próprio Kardec teve dificuldades em definir uma linha independente ao pensamento católico na análise das realidades psicológicas e, evolutivas das pessoas.

Seguiu a regra de que a vontade e a determinação tudo resolvem e que as verdades estavam a disposição de todos e que a humanidade não seguiu porque as pessoas eram desobedientes, preguiçosas e más.

Na sociedade  atual, há um espaço cada vez maior para a fenomenologia mediúnica, dramatizada e estilizada em filmes, séries de tv e livros, com o surgimento de gurus, seitas e  movimentos pessoais, fora dos limites doutrinário do Espiritismo e se afirma como uma atividade cada vez mais urgente, isto é, a definição da dimensão extra corpórea do ser humano.

Infelizmente, esses fatos  têm sido analisados dentro da visão da verdade revelada das igrejas, religiões, de cunho cristão ou não. Então, usa-se o fenômeno para ressuscitar o velho paradigma do catolicismo  do bem e do mal, do demônio e dos anjos, da culpa e do castigo, da impotência do ser humano, da ascendência irracional do divino sobre a pessoa e a aplicação de forças ocultas determinando o destino de cada um.

Essa é uma etapa que ainda deverá ser vencida para que a compreensão mais clara do porquê da vida, da intervenção divina, nos permita vislumbrar o prazer e a felicidade a ser construída, sem apelos à regeneração, á salvação, mas como afirma Kardec que o ser humano reconheça que “do que ele é hoje, qual se fez a si mesmo, poderá deduzir o que virá a ser um dia

 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Neandertais uma hipótese sobre a sua extinção - por Alexandre Cardia Machado

 

Neandertais uma hipótese sobre a sua extinção

 

Este estudo que vamos citar abaixo é mais um que demonstra a interação entre grupos de Homo sapiens e neandertais. Ou seja, ao menos durante 250 mil anos, pode ter havido relação entre eles.  No que nos afeta Espíritos podiam encarnar nas duas espécies.

“Um novo artigo publicado na revista PalaeoAnthropology, reproduzido parcialmente no site Terra em novembro de 2022, sugere que o Homo sapiens  pode ser sido responsável pela extinção dos neandertais não pela violência, e sim pelo sexo. Segundo a pesquisa, o cruzamento de Homo sapiens com neandertais poderia ter reduzido o número de neandertais entre si, o que teria levado à eventual extinção da espécie.

O professor Chris Stringer, defende que o acasalamento entre as duas espécies pode ter levado à extinção dos neandertais, erodindo a sua população até o desaparecimento. Entretanto, com poucas pesquisas sendo realizadas sobre o assunto, fica difícil ter uma resposta certeira”. 


 


Neandertais e Homo sapiens divergiram uns dos outros cerca de 600 mil anos atrás e evoluíram em áreas muito diferentes do mundo. Enquanto nossos antepassados diretos evoluíram majoritariamente dentro do continente africano, os neandertais se alastraram pela Europa e o sul da Ásia, chegando até o sul da Sibéria.

Sabemos que indivíduos Homo sapiens acabaram cruzando com neandertais desde os primeiros sequenciamentos genéticos de nossos ancestrais, com tudo indicando que as duas espécies se encontraram pela primeira vez quando o Homo sapiens começou a se tornar presente fora da África, cerca de 250 mil anos atrás.

A falta de DNA mitocondrial, herdado através das fêmeas, de neandertais em humanos vivos tem sido sugerida como evidência de que apenas neandertais masculinos e Homo sapiens femininos poderiam acasalar. Mas também há algumas evidências de que os híbridos masculinos podem ter sido menos férteis do que as fêmeas.

Com menos neandertais se reproduzindo entre si, a hibridização fora dos grupos familiares neandertais poderia ter ajudado a levar a espécie (que já sofria com tamanho reduzido e condições ambientais difíceis) ao declínio.

Ou seja, nós humanos modernos não somos a única espécie que permitiu a encarnação de Espíritos, como pode ser encontrado os detalhes em nosso livro abaixo.

 

Para abrir a sua mente: Leia, e-book gratuito -  Uma Breve História do Espírito de Alexandre Cardia Machado - baixe aqui:  https://www.cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/27-icks-colecao-abrindo-a-mente?download=200:uma-breve-historia-do-espirito-alexandre-cardia-machado

Artigo publicado no jornal ABERTURA de janeiro - fevereiro de 2023

Baixe aqui:

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/31-jornal-abertura-2023?download=224:jornal-abertura-janeiro-de-2023

Video de Alexandre Cardia Machado falando sobre o Livro - Uma Breve História do Espírito

https://br.video.search.yahoo.com/video/play;_ylt=AwrFG9Slyd5m1lMAiwoe6gt.;_ylu=c2VjA3NyBHNsawN2aWQEZ3BvcwMx?p=videos+Alexandre+Cardia+Machado&vid=aa830cb85bd82388a13fc2270ed3565d&turl=https%3A%2F%2Ftse4.mm.bing.net%2Fth%3Fid%3DOVP.ox4BiHdWZ5n1Wn3JiPbG4wHgFo%26pid%3DApi%26h%3D360%26w%3D480%26c%3D7%26rs%3D1&rurl=https%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3DFj5ZKPiJoyk&tit=Uma+Breve+Hist%C3%B3ria+do+Esp%C3%ADrito&c=0&sigr=sam9gRERksN6&sigt=Qa77nKQf.9lk&sigi=IWgjQDvhVjw5&fr2=p%3As%2Cv%3Av&h=360&w=480&l=4010&age=1681977600&fr=mcafee&type=E210BR1494G0&tt=b



domingo, 4 de dezembro de 2011

O Terceiro Chimpanzé - Marcelo Régis

“O Terceiro Chimpanzé” é o título de um dos livros do cientista americano Jared Diamond e indica que o Homem, como espécie, é muito similar a outros dois grandes primatas parentes nossos – bonono e chimpanzé. 

Na verdade, após o mapeamento genético das três espécies, foi constatado que o código genético humano é 98,4% similar ao dos chimpanzés, ou seja, do ponto de vista genético somos apenas 1,6% distintos de nossos parentes animais mais próximos. Ainda é sabido que do ponto de vista genético, os chimpanzés são mais próximos de nós humanos (1,6% de diferença) do que dos gorilas, com quem possuem 2,3% de diferença genética. Como explicar então a nítida diferença evolutiva entre nós e os animais? Afinal, apenas o Homem desenvolveu linguagem falada e escrita, artes e tecnologia suficientes para povoar todos os continentes, enviar sondas ao espaço e explorar o fundo dos oceanos.

Interessante notar que essa evolução e diferenciação são recentes em termos biológicos. Afinal, o Homo Sapiens sapiens, a espécie a qual pertencemos, evoluiu há apenas 200 mil anos. Dados genéticos indicam que todas as pessoas existentes na Terra descendem diretamente de um pequeno grupo, que viveu entre 100 e 200 mil anos, na África. Anatomicamente éramos o que somos hoje, por certo: pegue um homem de 130 mil anos atrás, faça sua barba, o vista e ninguém, em lugar nenhum, vai considerá-lo mais ou menos diferente. Nos primeiros 80 mil anos do Homo sapiens sapiens na Terra, ele continuava o mesmo bicho nu com suas pedras lascadas. 

Só que aí, 50 mil anos atrás, aconteceu algo repentinamente. Passamos a costurar e fazer roupas, fizemos arcos para lançar flechas, pintamos nas cavernas. Houve um salto. Buscamos nos fósseis anteriores e posteriores e não há diferença no bicho homem. 

O crânio é igualzinho, cabe lá um cérebro do mesmo tamanho; as mãos têm os mesmos dedos, pés e pernas, a mesma firmeza. São os ossos do mesmo animal. Mas esse animal tinha adquirido uma miríade de talentos. Esse grande salto para frente, como chamam alguns dos estudiosos, permitiu o aparecimento da cultura. 

Por quê? Não sabemos. Uma das possibilidades é a de que nossa linguagem tenha se sofisticado. Talvez alguma mudança em nosso aparelho vocal tenha permitido uma quantidade maior de sons, que foi dar na estruturação de línguas complexas. Quando você pode explicar uma coisa direito, começa a comunicar; quando a comunicação é precisa, há troca de idéias; dois ou mais discutindo um problema encontram melhores soluções. Nasce a tecnologia.
 
Outro grande acontecimento em nossa evolução foi o desenvolvimento da agricultura. A transição do nomadismo da vida de caçadores-coletores para um estilo de vida agrícola sedentário aconteceu há uns 10 ou 15 mil anos e, pode representar a primeira vez que as pessoas tiveram um conceito de lar. Também propiciou a liberação de corpos e mentes para outras tarefas que não exclusivamente procurar o alimento do dia, impulsionando a cultura e a sociedade moderna que conhecemos e isso foi há muito pouco tempo, evolutivamente falando.
 
Se somos tão similares aos nossos parentes chimpanzés, será que esse 1,6% é tão especial assim para explicar todas essas diferenças? Parece que não, pois as pesquisas atuais ainda não encontraram uma relação direta, de causa e efeito, entre esse 1,6% e nossas habilidades específicas. É aí que se encaixa o espírito. Afinal, se considerarmos que além do corpo físico possuímos uma alma, um espírito capaz de armazenar informações e aprendizados de inúmeras vidas passadas, podemos concluir que temos à nossa disposição infinitamente mais recursos que nossos parentes chimpanzés. Interessante pensar que, muito provavelmente, os chimpanzés também possuem algum componente espiritual, pois parece que na natureza não existem transições bruscas. 

Portanto, provavelmente, os 1,6% têm alguma relação direta com o fato de possibilitar que Espíritos habitem nossos corpos, enquanto princípios espirituais com capacidade de evolução mais restrita estariam ligados aos chimpanzés. Afinal, os chimpanzés habitam a Terra há mais de 6 milhões de anos, não tendo evoluído nenhuma característica cultural, artística ou tecnológica distintas em todo esse tempo evolutivo. 

Novamente, apenas a integração das teorias materialista e espiritualista pode ajudar a melhor entender o Homem em sua totalidade. Esforços isolados se mostram incompletos e insuficientes e temos que reconhecer que, apesar de todos os esforços feitos até hoje, ainda estamos longe de entender toda a beleza e complexidade da evolução material-espiritual em sua plenitude. O Espiritismo tem muito a contribuir nesse assunto, pois pode adicionar o componente espiritual à equação humana.

Para saber mais: O TERCEIRO CHIMPANZÉ: A EVOLUÇAO E O FUTURO DO SER HUMANO; Jared Diamond; Editora: Record.

Este artigo foi fublicado no Jornal Abertura em Maio de 2010

Para assinar ou obter números avulsos do Jornal entre em contato pelo email: ickardecista1@terra.com.br

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Curso sobre a EVOLUÇÃO DO PRINCÍPIO ESPIRITUAL

Curso sobre a EVOLUÇÃO DO PRINCÍPIO ESPIRITUAL

Neste mês de junho nos dias 22, 23 e 24 (segunda- terça e quarta-feira) da 20 ás 22 horas será realizado o curso Evolução do Princípio Espiritual.
O Curso será coordenado pelo engenheiro Alexandre Cardia Machado, que irá abordar a tese espírita sobre a evolução do espírito e demonstrará como isto se deu na Terra, desde a formação da vida até as encarnações em corpos humanos. O curso, segundo Cardia, busca alinhar os princípios espíritas da Imortalidade, Reencarnação e da lei de Evolução com os conhecimentos científicos atuais.

O Curso será realizado na sede do ICKS, na Av. Francisco Glicério, 261 - Gonzaga - Santos - SP
Para participar é necessário pagar uma taxa de inscrição no valor de R$ 15,00.
Para inscrição e maiores informações: (13) 333247321.
Atendimento: de 2ª a 6ª das 8 ás 12 das 14 ás 18 hs.

Outros artigos relacionados publicados no blog :

O ICKS Está iniciando uma Série Literária chamada Abrindo a Mente – O primeiro e-book é o – Uma Breve História do Espírito de Alexandre Cardia Machado, disponível no link abaixo:

 



 Baixe aqui o livro ---

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/27-icks-colecao-abrindo-a-mente?download=200:uma-breve-historia-do-espirito-alexandre-cardia-machado

Reencarnação e o desenvolvimento do homem - Alexandre Cardia Machado

http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8190435979242028935#editor/target=post;postID=4264443337118614361


Abrindo a mente - A pluralidade dos mundos habitados e o critério de falseabilidade por Alexandre Cardia Machado

http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8190435979242028935#editor/target=post;postID=2096406799399550055


Abrindo a mente:60 bilhões de humanos – nossa história. Por Alexandre Cardia Machado

http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8190435979242028935#editor/target=post;postID=1617735720002438799




O Ser Humano e a Evolução- - Uma análise pré-histórica - Alexandre Cardia Machado

http://icksantos.blogspot.com/2011/12/o-ser-humano-e-evolucao-uma-analise-pre.html


O Terceiro Chimpanzé - Marcelo Régis

http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8190435979242028935#editor/target=post;postID=9211824297486829196


Outros artigos de Alexandre Cardia Machado:

Pode o Pensamento deslocar-se acima da velocidade da luz?

http://icksantos.blogspot.com/2011/10/pode-o-pensamento-deslocar-se-acima-da.html


Abrindo a Mente - Uma entrevista com Hernani Guimarães de Andrade

http://icksantos.blogspot.com/2011/10/abrindo-mente-uma-entrevista-com.html