Respondendo Perguntas sobre o Princípio Espiritual - por Alexandre Cardia Machado - Abrindo a Mente – março 2025
Respondendo algumas perguntas sobre o desenvolvimento do Princípio Espiritual que é algo que apresentei no livro – Uma Breve História do Espírito. Vital Cruvinel, que faz parte do grupo de Whatsapp da CEPABrasil me fez 17 perguntas pelo grupo. Vou respondê-las nesta coluna em alguns artigos.
Vamos partir do item 3.2 - A existência do espírito do livro acima referenciado.
Parto deste esquema:
Entendendo sempre que o espírito ao ser criado, simples e ignorante é denominado de princípio espiritual por Allan Kardec, nós aqui estamos propondo uma escala evolutiva para o espírito.
* 1. Enquanto ligado à matéria, sem condições de vida – chamamos princípio espiritual arcaico;
* 2. Quando surge a vida - chamamos princípio espiritual vital, aqui o processo de imortalidade dinâmica se inicia;
* 3. Quando surge a vida no Reino Animal - chamamos princípio espiritual propriamente dito;
* 4. Quando surgem os hominídeos - chamamos de Espírito ou Alma.
Vital questiona alguns aspectos do princípio espiritual arcaico (PEA).
Pergunta 1: O PEA é um elemento individual?
Resposta: “De acordo com a Doutrina Espírita o espírito é criado simples e ignorante28 como princípio espiritual arcaico, admitindo que o espírito vá se tornando mais complexo desde a sua criação até um momento qualquer que o analisemos. Algo que evolua, que seja imortal e sede da inteligência, deverá necessariamente desenvolver-se ou seja passar de simples e ignorante a algo complexo e inteligente.” Entendemos que “Que na Teoria Cosmológica Espírita Possível estaríamos falando aqui da criação e aparecimento do espírito como um dos elementos da natureza em forma de princípio espiritual arcaico (PEA). Simples, ignorante e propomos no livro que ele surja na região ocupada pelo elétron. Nesta fase o espirito (PEA) só interage com a matéria, pois ainda não surgiu a vida. Assim o PEA é um elemento básico da composição das próximas fases do Princípio Espiritual. Conforme explicamos acima.
Pergunta 2: O PEA pode “morrer”, isto é, deixar de existir?
Resposta: No modelo que proponho, não, uma vez que ele é criado é um elemento do Universo Físico-espiritual permanente.
Jornal Abertura - abril de 2025
Pergunta 3: Como o PEA interage com a matéria? Há um processo cognitivo nesta interação?
Resposta: Lembramos que trabalhamos sobre a hipótese de que o Universo inicia no Big Bang, logo tanto matéria-energia, como o espírito entende-os como os elementos básicos do Universo estariam em transição em função da expansão e da redução da temperatura dele. Em minha concepção o espírito, representado pelo PEA surge na medida em que o elétron surge. Sendo assim, uma vez que surge, o elétron inicia migrações, interações, com mais resfriamento os átomos surgem e os elétrons migram de átomos a átomos, valência para valência, fluxos energéticos, sendo o elétron neste caso o laço que prende o espírito à matéria, o mesmo se passa com o PEA interagindo nestas “experiências energéticas”. Se daí existe algum aprendizado, diríamos que é muito pequeno.
Pergunta 4: O PEA interage com qualquer matéria? Desde um elétron até uma montanha?
Resposta: O PEA está associado ao elétron, logo em uma montanha existem bilhões de bilhões de elétrons e por consequência de PEAs, cada qual interagindo com as composições químicas a que eles estejam coabitando.
Pergunta 5: O PEA evolui? Se sim, que tipo de evolução é esta?
Resposta: Acredito, ou melhor imagino que, em casos em que se formam estruturas cristalinas, metais, componentes orgânicos, poderia, nestes casos surgir algum princípio de evolução, ainda como PEA, porque haveria mais trocas de moléculas, ou ligações/ combinações químicas. Milhões de anos depois, com o surgimento de vida, neste momento, a interação do princípio espiritual com a matéria é muito intensificada, possivelmente com simbioses entre PEAs, dando origem ao PEV ( Princípio Espiritual Vital), mas acredito que haja, nos PEV, nos primeiros microrganismos algum tipo inicial de consciência.
Jornal Abertura - maio de 2025
Pergunta 6: ´O PEA tem alguma liberdade de ação sobre a matéria? Se sim, sua escolha é consciente ou aleatória?
Resposta: Em minha concepção o espírito, representado
pelo PEA surge na medida em que o elétron surge. Sendo assim, uma vez que surge
algum tempo após o Big Bang, o elétron inicia migrações, interações e com mais
resfriamento do Universo inicial os átomos surgem. Com isto os elétrons começam
a migrar de átomos a átomos, valência para valência em cada átomo nos chamados
saltos quânticos. O elétron também participa de fluxos energéticos, sendo o
elétron neste caso o laço que prende o espírito à matéria, o que implica no PEA
interagindo nestas “experiências energéticas”. Desta forma o laço que prende o
espírito à matéria conduz o espírito, ou seja, o PEA é conduzido, sem ação
sobre o elétron, pois estas interações quânticas têm uma força extremamente
alta. Respondendo à pergunta o processo é
inconsciente e aleatório.
Pergunta 7 : O PEA foi criado apenas logo após a Big Bang?
Ou nunca deixou de ser criado?
Resposta: O PEA está associado ao elétron, logo
nestas instâncias em algumas interações do elétron com o núcleo, podem fazer
com que o elétron sob muita pressão possa se fundir com o próton, formando um nêutron,
e vice-versa, desta forma pode haver sim, alguma criação de elétrons ou
absorção do mesmo. Como pensar no PEA nestas horas? Só posso pensar que o PEA
se adapta e “aprende” com isto.
Pergunta 8: Há ainda hoje PEAs criados no Big Bang? Isto
é, que ainda não evoluiu?
Resposta: Tudo leva a crer, neste modelo que proponho
que sim, a grande maioria dos PEAs permanecem deste o Big Bang nesta condição
até hoje.
Pergunta 9: Como se dá essa passagem de PEA a PEV? Ou
seja, quais condições são necessárias para que ocorra essa passagem? Há alguma
espécie de merecimento?
Resposta: Acredito que, milhões de anos depois do Big Bang, com o surgimento da vida, neste momento, a interação do princípio espiritual com a matéria é muito intensificada, possivelmente com simbioses entre PEAs, dando origem ao PEV - Princípio Espiritual Vital. A vida surge com a capacidade de reprodução e produtividade da matéria orgânica, processo similar, porém muito mais intenso do que ocorre na química inorgânica em alguns processos, que já expliquei anteriormente, como das estruturas cristalinas. No surgimento da vida, aparece a oportunidade, como causa e efeito da existência do PEA que se transforma no que denomino didaticamente de PEV. Nestas estruturas vivas simples pouco ou nada há de merecimento. Há apenas o aparecimento das reações que levarão ao desenvolvimento do instinto.
Jornal Abertura - junho de 2025
Respondendo algumas perguntas sobre o desenvolvimento do
Princípio Espiritual que é algo que apresentei no livro – Uma Breve História do
Espírito. O amigo Vital Cruvinel me fez 17 perguntas pelo grupo. Vou
respondê-las por esta coluna em alguns artigos, iniciado na edição de março de
2025. Partimos do item 3.2 - A
existência do espírito - do livro
que me referi acima. Vital questiona alguns aspectos do Princípio Espiritual Arcaico
(PEA) e Princípio Espiritual Vital (PEV).
Pergunta 10: ´O PEV é um elemento individual e
imortal?
Resposta: Em minha concepção o espírito em
desenvolvimento não desaparece, pode agregar-se para coabitar organismos mais
complexos, finalmente formando estruturas espirituais mais complexas e
individuais.
Pergunta 11: O PEV interage com um único organismo
vivo? Ou poderia atuar em um conjunto ou coletivo de organismos
Resposta: O PEV ou os PEVs podem coabitar um organismo,
pois estão em evolução, não tem ainda a característica que adotarão nos animais
mais evoluídos.
Pergunta 12: Um único organismo vivo sofre a
influência de um único PEV?
Resposta: acreditamos que o PEV é a resultante de um
processo de simbiose entre diversos PEA, o PEV pode ser o começo de uma certa
autonomia, ainda que, nesta fase, um organismo vivo, como por exemplo, uma
planta, se perder um galho e este for levado ao vento e encontrar um local onde
possa criar raízes, um novo ser, independente, ainda que com o mesmo DNA,
seguirá vivo com os PEVs que estão associados a este galho.
Pergunta 13: Um organismo vivo pode não estar sobre a
influência de um PEV?
Resposta: Não
Pergunta 14:O PEV pode atuar sobre a matéria
inanimada (assim como o PEA)?
Resposta: Seguimos o modelo proposto por Allan
Kardec, sempre que possível, assim pensamos o PEV como um “espírito em
evolução, chamado didaticamente de princípio espiritual, logo ele não
retrocede, assim que uma vez PEV, seguirá seu caminho evolutivo.
Pergunta 15: O PEV pode atuar sobre qualquer
organismo vivo? Por exemplo, qualquer bactéria?
Resposta: Sim, é um processo natural.
Pergunta 16: O que determina a evolução do PEV? São
suas decisões? A Quantidade e a qualidade das encarnações?
Resposta: Nestas fases iniciais dos princípios
espirituais, só existe uma correlação de causa e efeito, entre os PEVs e os
organismos vivos.
Pergunta 17: Como se dá a passagem de um PEV para
Princípio Espiritual Propriamente Dito? Isto é, quais condições são necessárias
para que ocorra essa passagem? Há alguma espécie de merecimento?
Resposta: Este é um processo natural, na medida em
que em algum planeta seres vivos com mobilidade, que busquem alimentos, que
transmitam seus genes, com capacidade reagir a estímulos e consumir alimentos
para obter energia, com capacidade de se reproduz sexualmente ou por outros
métodos, nestas condições o “espírito” destes animais será o Princípio
Espiritual Propriamente Dito. Na Terra, a fase animal ocorreu 3 bilhões de anos
após a vida surgir, é preciso que o planeta forneça condições possíveis, de
resto a seleção natural fará o seu trabalho, o PEV participa desta equação, mas
nos primeiros animais não há como buscar um merecimento.
Se quiser ver os artigos nos jornais:
março 2025
abril 2025
maio 2025
junho 2025
Leia Também: A busca por Planetas Habitados. https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/27-icks-colecao-abrindo-a-mente?download=333:a-busca-por-planetas-habitados