Por Alexandre Cardia Machado
Abrindo a Mente
Pode o pensamento se deslocar acima da velocidade da luz?
Esta afirmação é recorrente nas publicações espíritas e, mais recentemente, fui instigado a pensar sobre ela pelo meu amigo Henrique Régis, que me questionou a respeito no seu espiritbook, onde discutíamos sobre Transcomunicação Instrumental (vale conferir no endereço destacado abaixo).
Da introdução do LE retiramos: “Livres da matéria, a linguagem de que usam entre si é rápida como o pensamento, porquanto são os próprios pensamentos que se comunicam sem intermediário”. Além disto, na questão 89, a proposta é mais direta: Os Espíritos gastam algum tempo para percorrer o espaço? – “Sim, mas fazem-no com a rapidez do pensamento (...)”.
Primeiramente será preciso definir o que entendemos por pensamento, para depois avaliar as suas propriedades. Existem duas características amplamente empregadas no LE: uma é o pensamento como ato de pensar, a onde o pensamento é o resultado do ato de pensar. Exemplo: Eu estou pensando neste momento. O resultado dos milhões de pensamentos que passaram pela minha mente é o que está nesta coluna. Os Espíritos se referem, muitas vezes ao “pensei em você” e, com isto, meu Espírito como que alcança aquela pessoa, naquele momento. Este seria o resultado do ato de pensar: uma informação foi passada a outra pessoa. Isto é interessante, porque muitas vezes esta pessoa capta esta informação ou mensagem.
O ponto em discussão seria qual a velocidade que esta informação se desloca no espaço. Se esta informação for constituída de pacotes de informação decodificáveis, semelhantes ao que usamos nos meios de comunicação como rádio e TV, seria absolutamente formada por pacotes de Ondas Eletromagnéticas (OEM) e estaria limitada à velocidade da luz.
No entanto, existem outras interações entre “partículas” que não são OEM, que é o que ocorre nas chamadas partículas de interação. É o caso da famosa experiência dos spins dos elétrons, quando com relógios atômicos muito precisos, em 1982, os físicos Allain Aspect, Philipe Grangier e Gerard Roger, usando um par de fótons emitidos por uma cascata de cálcio radioativo, conseguiram uma proeza fascinante: mediram a correlação da polarização linear dos seus spins, antes e após a alteração de um deles, e verificaram a certeza da predição da mecânica quântica, ou seja, a correlação entre fótons era instantânea, ou pelo menos, com velocidade maior que a da luz. Os fótons com spins iguais a + ½, davam como resultado da sua soma o valor zero, antes e após a alteração de um deles. Estaria Einstein errado? Vamos seguir acompanhando.
Se estes estudos se mostrarem certos, um tipo de informação pode ser passada de elétron a elétron a velocidades maiores que a da luz e, considerando o pensamento um pacote de informações, extrapolando a idéia ainda que hipoteticamente, podemos “pensar” que o pensamento possa também ser transmitido acima da velocidade da luz.
Para abrir mais a sua mente, leia:
1 -http://www.espiritbook.com.br/ - procurar Abrindo a Mente – ectoplasma.
2 -ASPECT,A.; GRANGIER, P.; ROGER, G. (1982) Experimental realization of Einstein-Poldosky-RosenBohm gedankenexperiment: a new violation of Bell’s inequality.PhysicalRev.Lettersv.49,No2.
3- Quem somos nós? William Arntz, Betsy Chasse e Mark Vicente- editora Prestígio - 2005
Nenhum comentário:
Postar um comentário