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quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Se envelhecer é o normal, por que ficamos triste com nosso envelhecimento? - por Alexandre Cardia Machado

Se envelhecer é o normal, por que ficamos triste com nosso envelhecimento?

Antigamente envelhecíamos e todos viam isso como natural, mas as coisas mudam, hoje temos procedimentos estéticos, comprimidos, cremes anti-age,  conscientização de que devemos nos exercitar, ou seja várias ações que prolongam a sensação de bem estar e adiam o envelhecimento.
Então viveremos mais, na média, com melhor qualidade e com aspecto menos transparente à nossa idade cronológica, muito bom, mas além do bem estar, em que isso muda a nossa visão de mundo?
Iniciaríamos dizendo que sentir-se bem, sem resentir-se da idade seria uma grande oportunidade de continuarmos criando, fazendo coisas novas, buscando novos desafios e novas paixões.

Jaci Régis, no seu excelente livro – Caminhos da Liberdade – no capítulo “ Por que as pessoas desistem?” assim se refere a uma das razões, pelas quais vemos com bons olhos todo este movimento:

“Porque a vida é paixão. Sim, é um patrimônio de cada um, para mim, imortal, imperecível, pois viveremos para sempre. Mas, é como a terra incultivada, mas rica de possibilidades, que precisa ser arada, tratada com denodo (desenvoltura e agilidade com que se realiza algo), perseverança e paixão.”

Repito sempre o trecho da música eternizada por Elis Regina, “viver é melhor que sonhar” então se nos sentirmos bem, sentirnos mais jovens, ajuda a produzir um impulso, renova a paixão pela vida, pelo conhecimento, pelo realizar, é certamente uma grande ideia.

É claro que existe por trás disso uma série de indústrias que estimulam este comportamento, revistas, programas de televisão, companhias de turismo, companhias de seguro de saúde. Sendo elas causa ou efeito, a verdade é que isto já é uma realidade na sociedade do século XXI.

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O seguimento de consumo dos grupos de Terceira Idade hoje no Brasil vem crescendo à taxas maiores do que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e o mesmo se repete mundo afora.
Os últimos dados do IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) baseados no último censo, 13,5% da população brasileira tem mais de 60 anos e a previsão é que em 2027 sejam 17,4%.

Ser feliz é o que se busca, mas não dá para ser feliz sozinho, assim é extremamente recomendado que tenhamos uma vida mais produtiva possível e mais participativa. Há diversos caminhos que podemos escolher, mas que nunca seja o egoísmo que nos guie, que aproveitemos este tempo extra para que nosso espírito evolua antes que o Alzheimer nos pegue na esquina.

Voltando ao texto de Régis “ A lição que devemos aprender é a de abrir o coração e o Espírito para o bem, aos ideais, à construção de relações de amor, de simpatia, nos caminhos da existência física.
Não se trata de mero expediente para garantir um lugar além da sepultura. Mas de uma condição necessária para que a vida seja exuberante e agradável, terna e sensível, aqui, agora, hoje, amanhã e depois.”.

Viver é melhor que sonhar, portanto vivamos melhor!

Nota: Artigo originalmente publicado no Jornal Abertura de Santos.

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segunda-feira, 24 de setembro de 2018

O Espiritismo aos 90 anos por Carolina Regis


O Espiritismo aos 90 anos

“A doutrina salvou minha juventude, não fosse ela eu não sei como seria”.

Ivon Régis e Mauricy Silva

Essa é a frase que ouço desde muito pequena, sempre dita com gratidão e verdade por um Espírita de berço, de vida e ideal. Tenho a sorte de ter Ivon Régis como meu avô, mas qualquer um que o conhece – de Santos a Florianópolis – reconhece os valores doutrinários arraigados em sua personalidade, seus atos e seu sorriso que há 90 anos é distribuído gratuitamente, a quem precise. E tantos já precisaram...

Não sei quais os perigos e desvios que um jovem da década de 30 poderia enfrentar, quando comparados aos adolescentes atuais e o mundo moderno. Mas sejam quais fossem, era o Espiritismo que balizava e norteava os 7 irmãos Régis: Jaci, Egidio, Ivon, Arnaldo, Francisco, Albertina, Lucy. E é assim que permaneceu durante toda a vida – alguns permanecem contribuindo com a doutrina no Plano Espiritual, outros por aqui.

Fazendo aniversário no meio do mês do meio do ano, como ele costuma dizer, em 2018 Ivon completou 90 anos e o mais impressionante não é a aparência 10 anos mais jovem, nem a disposição para montar em uma bicicleta e sair rodando pela cidade. O incrível é que a Doutrina segue inabalável, diária, com a mesma lucidez da juventude, quando da fundação da Mocidade Espírita Estudantes da Verdade, das Campanhas Auta de Souza, do Centro Espírita Allan Kardec. Esse jovem de 90 anos é a prova de que, realmente, uma vez “Meeviano Sempre Meeviano”; um o exemplo prático da vivência doutrinaria cotidiana, fraterna.

Ivon Régis não se tornou conhecido nos círculos Espíritas pela eloqüência, por grande obras, por palestras inspiradoras, livros emblemático, idéias inovadoras. Ele é o Espirita obreiro, trabalhador, de bastidores, da rotina da casa Espirita. Contador de formação, até mês passado assinava os balancetes do CEAK com o rigor moral de que “o dinheiro dos outros vale o dobro”. E por décadas abria a casa para as palestras de 3ª e 4ª feira, recebendo os novos freqüentadores, cobrando mensalidades, cuidando do patrimônio. Espiritismo na prática, nos atos, nos abraços, como deve ser.

Sua companheira de 66 anos de casamento partiu 5 dias após as comemorações de aniversario. Ele estava lá para lhe oferecer o ultimo passe energético, as orações de apoio, chamar pela equipe que a vida inteira os apoiou. Por mais doloroso que seja, ele tem a certeza de um reencontro, da continuidade, da vida nova que a espera. E sua Doutrina “salvadora” o mantém de pé, forte, mais do que nunca. Olho pra ele e penso: O Espiritismo resiste há 90 anos.

Certa vez, meu avô me disse: “Faça pela obra, pelo ideal. Continue fazendo, não importa a quem”. Nesse dia, algo de seu DNA Espírita invadiu meus ideais, salvou minha juventude. Como uma herança passada de pai para filho, de avô para neta. E de Ivon para tantos que por ele passaram e ainda passam e foram contagiados pela alegria, pelo carinho, pelo genuíno amor pela vida e pelas pessoas, por Kardec, sempre na prática.