sábado, 14 de outubro de 2023

A história de cada um - por Cláudia Régis Machado

 

A história de cada um

 

Todas as pessoas têm uma história de vida e, na concepção espírita das múltiplas encarnações, compreendem que já tiveram vários existências no percurso de sua evolução que por suposto tem muitas histórias de vidas que se traduzem, se mostram na sua existência atual.

Creio que aquilo de importante que se construiu na trajetória evolutiva como espírito  não se perde e fica armazenado no seu interior e se exprimirá em síntese na vida presente, o que  leva de forma progressiva a definição de sua estrutura.



“Cada encarnação é um novo começar, mas ninguém e, propriamente, novo”. Somos uma construção que foi desenvolvida através das vidas sucessivas, mas que nos primeiros anos de vida é esquecida para dar espaço para novas experiências, para educação e novas realidades que ao longo do processo vai desconstruir aquilo que não é mais satisfatório, que não atende a nova realidade, ressignificando e reajustando sua estrutura. Tendo um novo olhar para esse “eu” mais intrínseco.

Construir e desconstruir, ressignificar e significar são movimentos realizados pela introspecção e honestidade que proporciona uma investigação interna, visando equilíbrio e harmonia pessoal e relacional.

Muito se fala de autoconhecimento que não é um processo fácil e, uma maneira, não a única, que ajuda a conquistar é escrever o que se aprendeu com os erros e acertos, como estes impactaram e que rumos foram tomados a partir daí, se aproveitaram ou não o que foi oferecido, quais os sentimentos advindos das vivencias, relatos desses sentimentos, como nasceram as oportunidades e possibilidades por conquista de esforço e desempenho. Como enfrentou as circunstâncias, as intempéries e as situações inusitadas que a vida lhe trouxeram. A palavra pode ser a mão que conduz o olhar para  dentro de nós mesmo.

Quando escrevemos nos envolvemos de tal forma e entrando no fluxo da escrita podemos  conectar e também reconectar com partes de nós mesmos. É um instrumento de crescimento fazendo romper com os limites de situações sedimentadas.

Reforçando o registro de vários aspectos da encarnação favorece um mergulho interno e  dá subsídios para entender melhor angústias, alegrias, tristezas, memórias infantis, ganhos, sucessos e insucessos.  A escrita pode também ser um momento de desabafo deixando o caminho vivencial menos penoso. Se algo já que não se encaixa na narrativa que estamos construindo, talvez seja hora de deixá-lo de lado

Toda esta ação é  para sermos protagonista da narrativa da nossa existência  já, que estamos acostumados a pensar que a influência sobre a nossa história não está em nosso controle.

Esta preleção que advém muito dos conceitos da Psicologia nos ajuda a nos conhecermos melhor e a fazer uma revisão constante daquilo que somos, do que poderemos ser. Com isto evoluir, crescer como espírito, questão que requer muito trabalho e esforço.

Acrescentando ainda, este procedimento acarreta maior clareza em relação ao enredo que desejamos para a história de vida e também elementos para tornar mais fácil escrever novos capítulos.

Lembremos que cada dia é uma oportunidade para adicionar novos elementos a história de vida: uma pitada de alegria, uma profunda tristeza, um desafio aparentemente impossível de resolver, uma história de amor para aquecer os corações. Além de muitos encontros, desencontros “.

E isso se faz com muito autoconhecimento, conversas, trocas, decisões e desapegos. Sendo a própria fonte principal de informação, embora não necessariamente a única.

Importante associar este ato como um cuidado das coisas do espírito num comportamento dinâmico e com a possibilidade de pensar a história de vida como um processo sempre de construção, buscando novos sentidos para vida ou para aspectos dela com ressignificação constante.

Alcançando uma narrativa original e criativa de própria vida.

Gostou do artigo - foi publicado no jornal Abertura de outubro de 2023, quer ler o jornal completo?

Baixe aqui - em pdf e gratuito.

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/31-jornal-abertura-2023?download=269:jornal-abertura-outubro-de-2023



quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Abrindo a mente Abertura de número 400, minha participação - por Alexandre Cardia Machado

 

Abrindo a mente

Abertura de número 400, minha participação

O Abertura surge em abril de 1987, nos primeiros anos ter um artigo assinado no Jornal Abertura era muito difícil, o Abertura talvez fosse o canal mais importante de nossa corrente alternativa ao Espiritismo a Brasileira da FEB.

Tive um primeiro artigo publicado em fevereiro de 1989 no exemplar número 23 chamava-se “A origem da vida”, casualmente o ponto central de meu livro – Uma breve história do Espírito. A partir deste momento, deste debut, passei a escrever alguns artigos de cunho científico regularmente.

Em outubro de 1993, após um convite especial de Jaci Régis, passei a dividir a página 3 do jornal com Jaci, Eugenio Lara e Roberto Rufo, foi um momento importante por que passei a ter uma presença constante, logo depois Jaci instituiu um Conselho de Redação, onde participavam, além dele, Roberto Rufo, Eugenio Lara e modestamente este que aqui escreve.

Minha coluna, em 1993 foi inaugurada com um artigo chamado “O Super homem não vem”, era um artigo interessante, que diz muito com a minha característica, pessoas que lideram, são importantes, mas não são nada sem os que a acompanham e interagem com elas. O mote era que ninguém fotografava o dia seguinte ao “salvamento do Super homem”, ele quebrava paredes, provocava acidente de automóveis, queimava prédios, e ninguém via o trabalhão para arrumar tudo depois. A imprensa só focava no herói.

Acreditamos fortemente no trabalho em equipe e me sinto honrado com estar à frente deste jornal em 35% do seu tempo de vida, sendo redator de 143 dos 400 Aberturas editados. Um trabalho feito sempre em grupo.

Em 1997,  meu velho, lá em Porto Alegre, editou um livro “familiar”, que posso chamar de meu primeiro livro. Meu pai, Jorge Armando Severo Machado era assinante e seguidamente citava em seu Boletim do Lions Clube, artigos do Abertura. Este livreto é composto exclusivamente por artigos meus do Abertura, selecionados por meu pai, entre 1993 e 1997.




Esta é minha Breve história no Abertura, feliz em trabalhar pela divulgação de um espiritismo livre pensador e progressivo. Espero que esta história perdure por muito mais anos.

Para Abrir mais a sua mente: Vá no site da CEPA e leia os Aberturas, disponíveis desde 2018.

https://cepainternacional.org/site/pt/publicacoes Busque – Jornal Abertura.