Mostrando postagens com marcador Modelo Conceitual - Doutrina Kardecista. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Modelo Conceitual - Doutrina Kardecista. Mostrar todas as postagens

domingo, 30 de maio de 2021

Novo Pensar Espírita - por Jaci Régis

 

Novo pensar espírita – por Jaci Régis

 

Trazemos este texto, obtido dos arquivos pessoais de Jaci, que não tenho certeza se foi publicado na forma que estou trazendo aqui. Resolvi fazê-lo, pois passados 11 anos, pois este texto é de fevereiro de 2009, acredito que algumas coisas aconteceram, dentre elas destaco a série que está sendo lançada “coleção Livre-Pensar: Espiritismo para o século XXI” organizada e lançada pela CEPA – Associação espírita Internacional.

                        Conheça a nossa página na internet: www.icks.ong.br

Jaci era um desbravador, havia lançado o panfleto “Doutrina Kardecista – Modelo Conceitual e preparava-se para lançar seu último livro novo Pensar – Deus, Homem e Mundo.

 

                                                        Com vocês Jaci Régis:

 


 

“Faz um ano que terminei de elaborar o Novo Modelo Conceitual Espírita, Ficou pronto para ser impresso e distribuído em português e espanhol. Levei trinta exemplares em espanhol e distribui no Congresso Pan.-Americano em Porto Rico.

Quando apresentei o meu trabalho no Congresso esperava uma repercussão qualquer. Que alguém viesse discutir comigo.

Entretanto nada aconteceu. No ano de 2008 prossegui convidando amigos para debater comigo. Isso aconteceu duas vezes.

Soube que alguns fizeram download do texto no nosso site. Mandei muitos exemplares para centros locais e de fora filiado à CEPA. Espero fazer outras reuniões provocativas com amigos de outras cidades. Registro alguns pedidos via internet.

                Conheça nossa loja virtual: https://icks.lojavirtualnuvem.com.br/

Posso fazer um balanço do que aconteceu nesse primeiro ano.

Quanto à idéia, que chamo de novo pensar espírita, analisando-a continuo acreditando que traz realmente inovação e provocação ao pensamento.

O problema é vencer a inércia.

Somos uma doutrina cujo fundador afirmou que não podia se imobilizar sob o perigo de suicidar-se.

Pertencemos a um movimento de idéias que se assume, como progressista, progressivo.

Todavia propostas como a que apresentei podem morrer no silêncio, não porque seja improváveis ou irrelevantes, mas porque é difícil mobiliar energias, pensamento e reflexão para mudar.

O Novo Conceito é um instrumento para refletir e pensar a vida e a estrutura do pensamento espírita. Ele é tão mais urgente quando vimos, por exemplo, o segmento religioso do espiritismo aliar-se ao catolicismo em campanhas que, no fundo, são no mínimo questionáveis sob uma visão dinâmica.

Não podemos mudar esse procedimento que parece cada vez mais sedimentado na organização majoritária, mas podemos apresentar e aplicar uma diretriz diferente, até oposta, renovando as bases de nosso raciocínio.

O Espiritismo tem uma base sólida, evidentemente limitada. Mas projeta-se por caminhos infinitos.

O que estamos propondo é nos libertar do deus Jeová que a Igreja impôs e que os textos do Espiritismo reproduzem, principalmente sobre a atuação de Deus, a evolução e a moral.

Não podemos deixar de pensar nesse rumo, devido ao nome “doutrina kardecista” que pode ser substituído por novo pensar espírita. Não podemos deixar de pensar porque alguns se apegam a reflexões imobilizadoras.

Breve lançarei um livro “Novo pensar sobre Deus, Homem e Mundo”, onde os fundamentos da proposta do Novo Conceito são repassados.

Aviso que não tenho qualquer veleidade de ser um revelador, codificador ou fundador de doutrina.

Sigo o que me parece o rumo possível das conclusões básicas do Espiritismo.

Pode-se dizer que o Novo Conceito desvirtua o pensamento exposto no O Livro dos Espíritos. Concordo, mas apenas na semântica, no linguajar, mas permaneço fiel ao miolo da doutrina inclusive sobre o papel de Deus que se fixou na cultura através dos tempos, da forma como se apresenta na bíblia, referendado pelo catolicismo e em parte pelos Espíritos.

Lembro-me de que certa vez fui convidado para faze uma palestra para jovens. Fi-lo e provoquei revolta dos adultos perguntando quem pensava que eu era para discordar de André Luiz, por exemplo.

Allan Kardec pergunta em A Gênese “Que autoridade tem a revelação espírita, uma vez que emana de seres de limitadas luzes e não infalíveis? A objeção seria poderosa se essa revelação consistisse apenas no ensino dos Espíritos, se deles exclusivamente a devêssemos receber e movêssemos de aceitá-la de olhos fechados. Perde, porém, todo o valor, desde que o homem concorre e o seu critério para a revelação com o seu raciocínio e o seu critério, desde que os Espíritos se limitam a po-lo no caminho das deduções que ele pode tirar da observação dos fatos” (item 57, Capitulo I).

Essa observação não é levada a sério porque se investiu na superioridade dos Espíritos (de luzes limitadas e não infalíveis).

É notório que a sucessão dos fatos mostra que se criou uma série de mitos sobre Deus, a vida, a dor, a moral e o futuro que se incorporaram culturalmente no Espiritismo.

Meu propósito é apresentar uma versão diferente dos fatos que o raciocínio e a historia mostram seguir um fluxo diferente e até contrário ao que se propôs.

O Espírito Emmanuel, por exemplo, no prefácio do livro O Consolador admitiu que “os Espíritos da minha esfera não possuem....” Não obstante ele foi eleito como o que tira sido enviado por Jesus para estruturar o Espiritismo, tomado como portador de verdades insuperáveis, tanto que aquele livro chegou a ser considerado uma continuação de O Livro dos Espíritos.. Isso acontece também com qualquer Espírito-guia de médium famosos.

Não podemos seguir esse caminho.

Cento e cinqüenta anos depois do O Livro dos Espíritos, o mundo conheceu revolucionários conhecimentos científicos e tecnológicos. Raciocinar em termos desse tempo é negar o desenvolvimento da humanidade.

Certo que não é por apenas um século e pouco de mudanças profundas no cenário que tudo está perdido e jogado. Mas tudo precisa passar sob o crivo de novos entendimentos e compreensão dos fatos.

A minha proposta é o rompimento com o modelo judáico-cristão no que se chocar com os fundamentos dinâmicos iniciados por Allan Kardec.

Digo iniciado no sentido de que são dinamicamente progressivos modificáveis e renovados.

Essa é uma empresa difícil porque, como disse Freud, todos gostamos ouvir o que já sabemos. Novos princípios, ensinamentos e idéias são difíceis de aceitar porque desestruturam a cultura, a mente, o modo de pensar estereotipado.

Porque também existe um modo estereotipado de pensar espírita.

Um amigo de muitos anos deixou-me porque minhas idéias criavam nele uma confusão mental, porque o que antes era certo passou a não ser e vice-versa.

Mas esse é o caminho do crescimento. Existirá outro?”



Da redação: Doutrina Kardecista – Modelo Conceitual - pode ser encontrado na livraria do     ICKS - mande um e-mail para ickardecista1@terra.com.br.  

Ou ainda a versão digital em pdf e gratuita.

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/27-icks-colecao-abrindo-a-mente?download=223:novo-pensar-deus-homem-e-mundo

Quer saber mais:

Sobre o Doutrina Kardecista - Modelo Conceitual:

https://www.blogger.com/blog/post/edit/8190435979242028935/1805259799422676000

Nota: Artigo originalmente publicado no Jornal Abertura de Santos.

Gostou? Você pode encontrar muito mais no Jornal Abertura – digital, totalmente gratuito.

Acesse: CEPA Internacional



quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

A Doutrina Kardecista - uma reflexão -por Roberto Rufo

DOUTRINA KARDECISTA - Parte I

“Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei.” ( Allan Kardec ).


Em Março de 2008, portanto há oito anos, Jaci Regis lançava uma cartilha de nome "Doutrina Kardecista - ( Modelo Conceitual - reescrevendo o modelo espírita). Passado esse tempo já é possível uma discussão desapaixonada sobre o material e as suas pretensões. Abordarei em vários artigos o conteúdo dessa cartilha e suas consequências. Logo na sua explicação o autor Jaci Regis fala que esse modelo conceitual surgiu a partir de uma análise crítica e da releitura da obra de Allan kardec. Obviamente toda releitura está sujeita a contraposições de quem já está acostumado a afirmar conceitos fincados no subconsciente há muito tempo.

Apesar se sabermos que as ideias básicas continuam válidas, alguns fatores impulsionam a necessidade dessa releitura. São: o aspecto evolutivo do Espiritismo, que permite segundo Jaci a adaptação aos progressos da sociedade em geral e a sua transformação em religião, que fraudaria seus conceitos evolutivos. A meu ver o maior problema seria a diversidade de atuação de cada Casa Espírita, mesmo adesas à CEPA, em se tratando da forma como abordam os conceitos espíritas. 


O principal deles é o papel de Jesus de Nazaré, que via de regra, é visto como o Cristo das igrejas. Não é visto como um homem simplesmente, um espírito com uma evolução muito grande. O Mestre como falava Allan Kardec. 


Criar uma linguagem nas casas espíritas, desvinculada do cristianismo, é o maior desafio dos espíritas livre-pensadores da CEPA. Como fazer isso sem correr o risco de perder adeptos?  Se continuarmos simplesmente a respeitar as características de cada região em busca apenas de alguns pontos comuns não alcançaremos o progresso das ideias.
Nas Diretrizes Estratégicas da CEPA 2016/2020, existe no seu Plano de Trabalho, uma proposta de regionalização muito interessante, onde deve-se incentivar a organização a partir de semelhanças, incentivando encontros que favoreçam essa regionalização. O problema maior está na pouca mão de obra para essa execução, bem como a forma de abordagem para se atingir as mudanças que se pretendam na linguagem e no comportamento.


Por exemplo, quantos estariam dispostos a renunciar na consideração do Espiritismo como a terceira revelação da Lei de Deus? Como a CEPA apresentaria um elenco de ideias desvinculadas do cristianismo? Nos artigos seguintes veremos como Jaci Regis pretende fazer com que as pessoas se abram ao novo, sem no entanto perder as raízes do pensamento  de Allan Kardec. 


Doutrina Kardecista - Modelo Conceitual




Parte II

“Não afirmo que conspirações nunca acontecem. Ao contrário, elas são  fenômenos sociais comuns. Mas tornam-se importantes, por exemplo, quando pessoas que acreditam em teorias conspiratórias chegam ao poder e se engajam contra inexistentes conspirações. Por que precisam explicar seu fracasso em produzir o prometido paraíso".  ( Karl Popper - A Sociedade Aberta e seus Inimigos).

“Com efeito o Espiritismo estabelece como princípio que antes de crer é preciso compreender” (Allan Kardec).



O pensador espírita Mauro Spínola, em seu excelente artigo’O Sorriso de Diegues’(Abertura de Julho/2016), nos recorda das eleições da USE em 1986 onde um grupo de pessoas vibrantes e sonhando com uma proposta inovadora decidiu montar a chapa Unificação hoje! Para os novos tempos uma nova USE. A chapa concorrente “Tríplice Aspecto” colocava-se claramente como o antídoto contra a destruição da religião espírita. Lembro bem, criou-se uma teoria conspiratória por parte dessa chapa de que a outra na disputa queria tirar Jesus Cristo do Espiritismo. 
Foi o  golpe de misericórdia. Derrota por 63 votos a 13. A religião e Jesus Cristo estavam salvos dos conspiradores.

Em seu trabalho Doutrina Kardecista - Modelo Conceitual - reescrevendo o modelo espírita, Jaci Regis em seu capítulo I - Modelos Conceituais, expõe claramente que o modelo espírita se deturpou e perdeu o eixo de sua originalidade, devido às influências das ideias cristãs. A chapa vencedora fracassou em produzir o prometido paraíso para o Espiritismo, ao se deixar aliciar “pela absorção total do sentido e da linguagem do evangelho cristão” nas palavras de Jaci Regis. Me pergunto se na sua proposta modernizadora, o grupo perdedor das eleições da USE em 1986 já conseguiu, após 30 anos, fazer com que suas casas espíritas adesas à CEPA possuam uma linguagem limpa, não mais viciada em teses como considerar o Espiritismo a terceira revelação da Lei de Deus, dentro da cultura cristã. Que tal um questionário aos dirigentes e frequentadores dessas instituições adesas á CEPA se já abandonaram essa linguagem inadequada. Ou uma lista com terminologias corretas, mais adequadas ao modelo que se quer do Espiritismo exprimindo sua visão de homem e de mundo.

Jaci Regis, com este trabalho, pretendeu a recuperação da identidade da obra de Allan Kardec. Para tanto ele indicou que a revisão da linguagem e a atualização de conceitos é indispensável para essa finalidade.

Caso isso não ocorra, perderemos o lugar na história do pensamento humano em se tratando de espiritualidade para as ciências, que exercem hoje o papel de principal opositora ao modelo cristão. O que não concordamos com as ciências em geral é o seu modelo limitador a uma visão totalmente orgânica.

Jaci Regis não viveu para ver o nascimento do Estado Islâmico, com seu fanatismo muçulmano, mas escreveu que “some-se a isso a abrangência da geopolítica mundial, a influência das religiões orientais e do Islamismo e veremos que todos os modelos religiosos, com suas nuances específicas, são incapazes de dar uma direção, ajudar a criar uma forma de respeito recíproco e da fraternidade básica entre as pessoas”.


                                                                                                                                            Roberto Rufo.

NR: Este artigo foi publicado no Jornal Abertura, nos meses de julho e setembro de 2016.

você pode conseguir um exemplar do Modelo Conceitual no email: ickardecista1@terra.com.br ou se preferir poderá baixar em Portugês ou Espanhol no site da CEPA

Baixe aqui:

Português


Espanhol




segunda-feira, 1 de junho de 2009

CEPA REJEITA PROPOSTA DO ICKS - Novo Modelo Conceitual de Jaci Regis

CEPA REJEITA PROPOSTA DO ICKS Em reunião realizada em Buenos Aires, Argentina, dia 23 de maio último o Conselho Executivo da CEPA rejeitou a proposta do ICKS para criação e uma Comissão para estudar um novo posicionamento doutrinário da CEPA, a partir do Novo Modelo Conceitual de Jaci Regis. Dessa maneira o XXI Congresso da CEPA, a realizar-se em Santos, em 1012, segue sem uma definição. Para a direção da CEPA, ele receberá propostas e trabalhos dentro do esquema geralmente usado nos eventos desse tipo. As decisões da CEPA são: 1.o pensamento de Allan Kardec está em contínuo processo de atualização e será feita através da construção coletiva que se plasma nos Congresso e eventos da CEPA, alem de outras muitas contribuições. 2. O Novo Modelo Conceitual é considerado um muito bom trabalho individual. 3. Seria improcedente constituir uma Comissão para a analisar a tese de um autor em particular e rejeita adota-la como tese central do XXI Congresso. 4. O XXI Congresso seguirá dentro dos parâmetros costumeiros dos eventos da CEPA.

Atualização em 6/5/2024.

Os fatos acima são verdadeiros, mas nada como o tempo, para que as coisas mudem. Hoje o livreto - Doutrina Kardecista - Modelo Conceitual de Jaci Régis está disponível na página da CEPA, assim os interessados podem ler e tirar as suas próprias conclusões.

Baixe aqui:

Em Português:


Em Espanhol: