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quinta-feira, 24 de abril de 2025

Há 80 anos, o horror atendia pelo nome de Auschwitz por Roberto Rufo

 Há 80 anos, o horror  atendia pelo nome de Auschwitz - Roberto Rufo


"O que aconteceu não pode ser desfeito, mas podemos impedir que volte a acontecer" (Anne Frank).

"Se há dez pessoas numa mesa, um nazista chega e se senta, e nenhuma pessoa se levanta, então existem onze nazistas numa mesa". (Desconhecido).




No dia 27 de janeiro de 1945, soldados do Exército Vermelho, da União Soviética, entraram no campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, e testemunharam os horrores perpetrados pelo regime nazista. Eles salvaram cerca de 7 mil prisioneiros com a saúde precária, que tinham sido deixados para trás pelos soldados alemães em fuga. A libertação, que completou 80 anos no dia 27 de janeiro de 2025, escancarou os crimes para o mundo todo. Dos 6 milhões de judeus que foram assassinados no holocausto, mais de 1 milhão morreu em Auschwitz, o maior centro de extermínio administrado pelos nazistas.

Mas neste artigo eu quero falar de uma moça muito especial de nome Sophie Scholl que no dia 22 de fevereiro de 1943 aos 21 anos de idade foi executada na guilhotina em Munique, uma grande cidade da Alemanha. Acusada de espalhar mensagens contra o governo nazista, Sophie Scholl que fazia parte do movimento Rosa Branca, um grupo de resistência que se opunha ao regime de Hitler. Quem teria coragem aos 21 anos de se opor abertamente contra o câncer que tomava a Alemanha? Afirmo que aos 70 anos eu não teria essa coragem. 

Eram tempos tenebrosos na história da humanidade. Repito, era preciso ter muita coragem para bater de frente com o regime nazista,

Mas, Sophie Scholl, a princípio simpatizante da juventude nazista, logo enxergou o imenso perigo representado pelo regime delinquente e racista de Adolf Hitler. E passou a combatê-lo. Pagou com a vida por essa atitude corajosa. Hoje existe um busto na Alemanha em homenagem a Sophie Scholl. Nenhum em homenagem a Hitler.  Infelizmente esse regime delinquente e racista ainda encontra muitos simpatizantes  pelo mundo afora. Inclusive dentro da Alemanha com risco de retorno da extrema-direita de viés nazista ao poder através do partido AFD (Alternativa para a Alemanha); por falar nisso quando esteve na Alemanha o super Elon Musk fez questão de dar o seu apoio pessoal.

E por falar em big tech entendo que a internet e suas redes sociais acabaram prestando um "serviço" a todos nós: desnudaram aquilo que sempre existiu: a maldade, o ódio e a bestialidade. Sempre existiram as Shopie Scholls  e sempre foram sacrificadas e quantas vierem serão eliminadas. Até quando isso vai durar só Deus sabe. Pretendo explorar isso num próximo artigo sobre evolução espiritual em seus vários formatos espiritualistas. 

Enquanto isso eu da direita limpinha estou ao lado de Sophie Scholl. Aliás, eu não gostaria de estar do outro lado.

Com certeza o Espiritismo, uma doutrina humanista e isenta de preconceitos, sempre estará ao lado de pessoas como Sophie Scholl.

Este artigo foi publicado no Jornal Abertura de março de 2025, quer ler o jornal completo, baixe aqui:

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/45-jornal-abertura-2025?download=335:jornal-abertura-marco-de-2025



quarta-feira, 6 de maio de 2015

Sobre a Morte por Ricardo Nunes

SOBRE A MORTE.



“Um desses a quem amais vai morrer. Inclinado para ele, com o coração opresso, vedes estender-se lentamente, sobre suas feições, a sombra da morte. O foco interior nada mais dá que pálidos e trêmulos lampejos; ei-lo que se enfraquece ainda, depois se extingue. E agora, tudo o que nesse ser atestava a vida, esses olhos que brilhavam, essa boca que proferia sons, esses membros que se agitavam, tudo está velado, silencioso, inerte. Nesse leito fúnebre mais não há que um cadáver! Qual o homem que a si mesmo não pediu a explicação desse mistério?” Léon Denis 


O maior problema do ser humano de todas as latitudes geográficas e de todos os tempos é o problema da morte. O homem, entre todos os animais, é o único que consegue antecipar em pensamento o seu fim, é o único que possui consciência de que vai morrer.  Esta autoconsciência de sua própria finitude, fez com que o homem procurasse respostas para esta angustiante questão. Como resultado desta procura, surgiram as religiões que pretenderam responder ao grande enigma e, ao mesmo tempo, trazer conforto diante da precariedade e brevidade da existência humana.

Não apenas as religiões procuraram respostas sobre este tormentoso tema, a filosofia, por sua vez, tentou, desde seus primórdios, elucidar racionalmente esta questão. Grandes pensadores da humanidade, de Sócrates a Heidegger, refletiram sobre o tema, sendo que obtiveram respostas distintas, às vezes, contraditórias.

O espiritismo de Allan Kardec também refletiu sobre o significado da morte e ofereceu ao mundo respostas consistentes. Infelizmente, o espiritismo ainda não foi devidamente valorado nas perspectivas que abre para o conhecimento científico e filosófico de nosso tempo.

 Para o homem contemporâneo, a morte ainda é o grande tabu a ser enfrentado. Vivemos em sociedades materialistas e de consumo, nas quais o brilho da vida está ligado indissoluvelmente a ideia do prazer sensorial e da posse de bens. Vivemos em sociedades hedonistas do culto ao corpo, das cirurgias plásticas e dos silicones.

Nestas sociedades do século XXI, reflexões mais profundas sobre a morte e o morrer são frequentemente descartadas, ignoradas e rejeitadas pela grande maioria das pessoas.  Neste sentido, já dizia o grande compositor brasileiro Gonzaguinha: “ninguém quer a morte, só saúde e sorte”. No entanto, se é natural que a morte não seja uma aspiração ou anseio humano, talvez devamos repensar o extremo pavor que ela nos causa, pois na verdade ainda não sabemos  encarara-la com naturalidade e serenidade.

   A Dra. Elizabeth Kubler Ross, uma das maiores estudiosas da morte e do morrer, diz, em um dos seus preciosos livros: “a morte constitui ainda um acontecimento medonho, pavoroso, um medo universal”. De fato, desde épocas imemoriais o homem assimilou ao fim da vida as ideias de culpa e castigo, daí as oferendas, os sacrifícios, na busca de aplacar a ira divina.

Já Kardec dizia no século  XIX, que associamos  à morte as piores ideias, como aquela de uma caveira com um capuz e uma foice ou então ideias da decomposição pútrida do corpo.  Luc Ferry, filósofo francês contemporâneo, afirma que nossas sociedades laicas se calam à beira dos túmulos, pois as questões de sentido do ser e da vida  ainda estão para serem respondidas. 

 A morte, para o espiritismo, não é o fim. A essência do ser humano, sua alma, seu espírito, consciente e individualizado, sobrevive ao túmulo. A doutrina de Allan Kardec nos ensinou, inclusive, que podemos ter evidências desta realidade através do estudo da mediunidade. Com o espiritismo, conseguimos ir além da fé, e nos direcionamos rumo a uma convicção racional, rigorosamente fundamentada no estudo de uma ampla variedade de fenômenos.

 Quando observamos a lagarta se transformar em um casulo, nossos sentidos dizem que é o fim de tudo, que não há esperança. No entanto, a partir de  um processo de metamorfose invisível e surpreendente, nasce uma  linda borboleta, que ganha livremente os ares colorindo e embelezando a vida. Assim é a morte para o espírita, o ingresso em uma nova fase da existência.

Nota do moderador: ERRATA – artigo Sobre a morte
Infelizmente o Artigo  - Sobre a Morte, saíu na edição de Abril do Jornal ABERTURA como de autoria de Roberto Rufo e na verdade seu autor é Ricardo de Moraes Nunes. O ICKS e o Jornal ABERTURA lamentam o erro e publicam o artigo no Blog com seu verdadeiro autor como pedido de desculpas.


sábado, 16 de fevereiro de 2013

Os riscos de viver em um planeta – meteoritos e asteroides por Alexandre Cardia Machado

Muitas vezes não nos damos conta que vivemos em um planeta, que viaja no espaço a 40 km por segundo, girando em torno do sol, e que além de planetas, existem objetos menores, como asteroides, cometas e restos de cometas ocupando o mesmo espaço por onde passamos, com isto, todos os dias a Terra coleta cerca de 100 toneladas de detritos espacias, a maioria é muito pequena e pulveriza na alta atmosfera, apenas uma parte muito pequena chega ao solo. Acredita-se que cerca de 100 mil meteoros com mais de 1 quilo entrem na atmosfera da Terra por ano.



Meteoritos maiores, são mais raros, nesta sexta-feira, dia 14 de Feverieiro de 2013 um grande meteorito caiu em uma zona povoada da região russa dos Urais, onde deixou pelo menos 950 feridos e causou pânico entre a população, horas antes da passagem de um grande asteroide que está sendo monitorado pela NASA a 27 mil quilômetros da Terra. "Havia vários fragmentos bastante grandes que chegaram até a Terra", afirmou Vladimir Puchkov, ministro para Situações de Emergência da Rússia. Isto na verdade não foi o que ocorreu, como já dissemos o espaço do sistema solar entre as órbitas da Terra , Marte e Júpiter existem milhões de asteroides e pequenos pedaços que sobraram da construção dos planetas do sistema solar.

No Livro dos Espíritos Allan Kardec chega a discutir um pouco esta questão, vejam a questão:

41: Pode um mundo completamente formado desaparecere disseminar-se de novo no Espaço a matéria que o compõe?

“Sim, Deus renova os mundos, como renova os seres vivos.”



O perigo existe, vejam em detalhes o que o ocorreu na Rússia.

O meteorito de aproximadamente 10 toneladas caiu a cerca de 80 quilômetros da cidade de Satka, por volta das 9h20 local (1h20, horário de Brasília), mas a onda expansiva afetou várias regiões adjacentes e até a vizinha república centro-asiática do Cazaquistão.

"Quando soaram as ensurdecedoras explosões, pensávamos que era um terremoto. As crianças que patinavam no gelo caíram devido à onda expansiva", afirmou Aleksandr Martents, residente na cidade Cheliabinsk.

Feridos

Segundo o governador de Cheliabinsk, cerca de 950 pessoas ficaram feridas devido à queda dos fragmentos do meteorito, enquanto milhares de casas na cidade foram afetadas pela onda expansiva. Em uma primeira contagem, o número era de 500 feridos. As autoridades cifram em 100 mil metros quadrados os vidros das janelas que quebraram pelos ares devido às explosões, o que deixou centenas de casas sem proteção em pleno inverno.

O governador regional de Nas notícias, temos ouvido que aumentaram os níveis de radiação e que é aconselhável ficar em casa e fechar as janelas", comentou uma farmacêutica da cidade de Kopeisk.

No entanto, Puchkov afirmou que "não foi registrado um aumento dos níveis de radiação", o que foi corroborado pelo chefe sanitário russo, Gennady Oníschenko.

Este funcionário pediu para população local que não tenha pânico, argumentando que os níveis de radiação estão dentro da norma e que nas povoações afetadas há calefação, luz e água.

Chelyabinsk disse que a chuva de meteoritos causou danos superiores a 30 milhões de dólares, e, de acordo com o Ministério das Emergências, cerca de 300 edifícios foram afetados.

Segundo o Ministério da Saúde, 112 pessoas foram internadas, sendo duas delas em estado grave, e outras 22 apresentam diversos traumas, ferimentos e cortes, muitos deles provocados por vidros. A maioria dos hospitalizados (cerca de 80) é formada por crianças.

Apesar dos especialistas afirmarem que os fragmentos do meteorito não são radioativos, o Ministério para Emergências aconselhou que a população não se aproxime do objeto.

Os astronautas da Estação Espacial Internacional asseguraram que não viram a queda do meteorito, já que nesse momento sobrevoavam Nova Guiné.

Quanto a uma possível repetição do fenômeno, o especialista em meteoritos da Academia de Ciências da Rússia, Dmitri Badiukov, descartou a hipótese. "Não há ameaça de repetição. Os meteoritos caem de maneira periódica, mas é bem raro. A repetição do dito fenômeno é praticamente impossível", disse.

Para quem quiser ver o meteoro caindo, ele foi filmado e pode ser acessado no link abaixo.



http://noticias.terra.com.br/ciencia/espaco/queda-de-meteoro-causa-explosoes-no-ceu-e-deixa-feridos-na-russia,73ad0eb2d3cdc310VgnVCM3000009acceb0aRCRD.html



segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Tragédia de Santa Maria e os nossos filhos por Roberto Rufo

Uma pequena contribuição de minha parte por esse momento muito triste que passa o país .


SOLIDARIEDADE E REVOLTA .



" Diante da noite carregada de sombras , lembre-se do amanhecer “ . ( Emmanuel , psicografado por Chico Xavier ) .

                                                                     Foto do site Terra


Quando a gente coloca filhos no mundo , estamos cientes das alegrias e tristezas que podem advir deste ato . Mas todos querem ter o prazer de tê-los , pois não há nada tão saboroso do que vê-los crescer , evoluir , tornarem-se adultos , e por sua vez tornarem-se pais , com a chegada dos seus filhos . É a marcha da vida , onde o nascer e o morrer soam tão naturais . E o natural nos parece é irmos embora primeiro , os filhos ficarem e assim sucessivamente .


Infelizmente nem sempre isso acontece . A imprudência , as falhas de fiscalização , a ganância têm o poder de quebrar esse ciclo que nos parece tão natural .  Costumo dizer que se pudesse pedir algo especial a Deus , seria que me levasse primeiro para não ser testemunha da partida , mesmo que temporária de um ente querido . Todavia esse é o desejo de todos os pais .  O Espiritismo tem um forte conteúdo consolador por nos provar a existência de outras vidas e as futuras reencarnações que virão . Isso não impede a dor do afastamento precoce das pessoas a quem amamos tanto . É natural . Além disso , o Espiritismo também nos alerta da enorme consequência dos nossos atos e comportamentos , pois eles certamente têm influência na nossa vida e de outras pessoas .


Uma tragédia como a de Santa Maria ( RS ) , não tem nada a ver com resgate coletivo , ou outras bobagens que se costuma apregoar nos meios espíritas , quando fatos dessa natureza acontecem . Essa tragédia é fruto da negligência , falta de cuidado e total desprezo pelos seres humanos que frequentavam a
boate Kiss em Santa Maria . No momento espero que aquela comunidade gaúcha mantenha a calma , ore por seus parentes , mas que seja também tomada pela revolta , que nas palavras do escritor gaúcho Luis Fernando Veríssimo é a única emoção útil para o porvir , pois pode acelerar consequências .

As demais emoções , completa , são manifestações humanas de solidariedade .


A presidenta Dilma chorou , eu chorei , me colocando no lugar daqueles pais que ligaram centenas de vezes para o celular de seus filhos , na esperança vã de ouvir um alô abençoado . Mesmo tendo já 27 anos , ligo para o meu filho solteiro quando demora para retornar de mais uma balada . Que alegria e tranquilidade ouvir a sua voz do outro lado da linha . Meu amado filho está vivo .


Penso que talvez fosse mais prudente e inteligente aos jovens procurarem outros meios de expressarem a sua vontade de viver , de participar , de se comunicarem socialmente . Hoje temos essa tragédia num incêndio em Santa Maria , ontem inúmeras mortes por acidentes de carro , ao retornarem das baladas muitas vezes embriagados . As estatísticas no Brasil são estarrecedoras .


Se tivesse que dizer algumas palavras aos parentes das vítimas , faria uso da indagação de Allan Kardec se a felicidade terrestre é relativa à posição de cada um e se há uma medida de felicidade comum a todos . Nossos amigos espirituais respondem que para a vida material é a posse do necessário ; para a vida moral é a consciência tranquila e a fé no futuro .  Só resta mesmo nesse momento manter a consciência tranquila e a fé no futuro .


Finalizo com as palavras do poeta e cronista gaúcho Fabrício Carpinejar , e tenho certeza que muitos pais se identificarão com elas :

“ Os adolescentes não vão acordar na hora do almoço . Não vão se lembrar de nada . Ou entender como se distanciaram de repente do futuro “ .


Roberto Rufo .

NR: 27/01/2017: Ainda ninguém foi preso.

A tragédia na boate Kiss, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que provocou a morte de 242 pessoas completa quatro anos nesta sexta-feira (27).   
O incêndio, considerado o segundo maior já registrado no Brasil, foi provocado por um integrante da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava no local. Ele acendeu um sinalizador que emitia fagulhas e logo atingiram o teto revestido de espuma, que rapidamente pegou fogo.   
De acordo com o inquérito policial, 28 pessoas foram apontadas como responsáveis, entre elas os dois donos da boate, um músico e o produtor da banda, que são denunciadas por homicídio.   
Além disso, quatro bombeiros foram denunciados. Um foi absolvido, dois condenados pela Justiça Militar por expedição de alvará e outro pela Justiça comum por fraude processual. Todos cumprem penas em liberdade.   
Desde o incêndio, a Justiça já recebeu mais de 370 ações com pedidos de indenização familiares de vítimas e sobreviventes da tragédia. Do total, 250 ainda estão em andamento e 20 processos já foram julgados.   
Na madrugada de hoje, diversas pessoas se reuniram na Praça Saldanha Marinho e caminharam até a frente da boate, onde foi realizada uma vigília. Flores, velas e mensagens foram deixadas em frente ao local. (ANSA)
Leia Também:
A Tragédia da Boate Kiss - por Milton Medran Moreira:






terça-feira, 23 de junho de 2009

O Desastre do Avião da Air France - por ICKS

O DESASTRE DO AVIÃO DA AIR FRANCE

Foi um acontecimento inusitado, trágico.
De repente, o avião que se dirigia a Paris simplesmente sumiu. Provavelmente uma pane total fez com ele se despencasse no oceano, perdendo-se nas profundezas das águas.
Até este momento não se tem noticias precisas, não se sabe as causas.
Simplesmente, até agora o mistério é total.
228 pessoas morreram. Iam para férias, trabalho, retorno às suas casas.
E agora?
A morte é sempre solene. Surpreende nesses casos a crença, a fé em Deus.
Quem não viajou naquela voo por circunstâncias várias atribui essa salvação a Deus.
Foi Deus quem teria evitado a morte de quem não viajou, estando prevista a viagem.
Sob o ponto de vista da naturalidade dos processos vivenciais, o acidente aconteceu porque é possível acontecer, devido a problemas mecânicos, eletrônicos ou atmosféricos. Mesmo sendo muito raro.
Para quem morreu como fica?
Segundo a crença materialista acabou-se a vida.
Para os religiosos em geral, é a vontade de Deus que se manifesta e, portanto, nada a considerar. A não ser o que se sente injustiçado “por que eu?”.
Para os espíritas – laicos e religiosos – tudo tem uma razão, uma explicação.
Para eles a vida é um jogo de xadrez com seu quadrado especifico. As peças se movem dentro de um regido processo de causa e efeito.
Naquele avião estavam brasileiros, franceses, alemães e outras nacionalidades, procedente de origem diversa e objetivando um destino especial.
Mas, nessa visão determinista, fatalista, foram escolhidos a dedo para morrer.
Porque para esses espíritas o desastre estava previsto. A inexorável justiça divina reuniu todos para o ajuste de contas. Para pagar seus débitos com Deus. Para sanar faltas do passado.
O que teriam feito? O pecado cometido foi coletivo, em grupos ou individual? O que importa é que era tempo de pagar.
Ali, naquele mar, naquela noite, equipes de socorristas estavam de plantão para ajudar os recém-mortos. Talvez não aceitem que os Espíritos desencarnados fiquem no fundo do mar.
Para nós a vida é um proceso natural, imprevisto. Na vida terrena só a morte é inevitável. O gênero da morte também é imprevisível.
O desastre não estava previsto.
Não havia equipes socorristas de plantão.
Não se trata de acaso. Trata-se da naturalidade dos processos vivenciais.
De resto, ainda que doloroso, triste, amargo e sofredor, o episódio não representa o fim da vida.
O Espírito é imortal.