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quarta-feira, 28 de setembro de 2022

PRONUNCIAMENTO DO MOVIMENTO MUNDIAL DE MULHERES ESPÍRITAS PELOS DIREITOS HUMANOS

 

PRONUNCIAMENTO DO MOVIMENTO MUNDIAL DE MULHERES ESPÍRITAS PELOS DIREITOS HUMANOS


NOSSO APOIO À LUTA DAS MULHERES IRANIANAS


Todos os dias, ao redor do mundo, milhares de mulheres, meninas e jovens, sofrem humilhações, violência, casamentos forçados, estupros, torturas, mutilações genitais ou são assassinadas por terem nascido mulheres. Esta discriminação inaceitável é o reflexo de sociedades arcaicas que aceitam e aplicam tradições de outro tempo, sociedades com sistemas patriarcais que não oferecem direitos nem proteção às mulheres. A discriminação que sofrem, a privação de seus direitos fundamentais, é contrária aos princípios de igualdade e respeito à dignidade humana consignados na declaração universal de direitos humanos e estabelecidos pelas Nações Unidas.


A lista de países onde os direitos das mulheres retrocedem e onde suas vidas correm perigo é longa: Turquia, Afeganistão, Etiópia, Estados Unidos, Polônia, Hungria, Índia, China, Arábia Saudita, e em todas as zonas de conflito onde a escravidão sexual e o estupro se converteram em uma arma de guerra.


Hoje, a detenção e a obscura morte de Masha Amini, de tão só 22 anos, dia 13 de setembro de 2022, por usar um véu de forma inapropriada, aos olhos das abusivas leis postas em vigor despois da revolução de 1979, está incendiando o Irã.


Masha Amini se converteu em símbolo da opressão das mulheres pelo regime da República Islâmica. Para serem ouvidas, as mulheres iranianas se gravam nas redes sociais, queimando seus véus, cortando o cabelo, mostrando uma imensa coragem frente à violenta repressão do regime. Os protestos pacíficos se reprimem com violência e impunidade. Dezenas de mortos, centenas de feridos: do que têm medo as autoridades? De sua liberdade? De sua inteligência? De sua educação? De sua coragem?


"Mulheres, vida, liberdade" é o lema das manifestantes, que ecoa hoje para todas as mulheres do mundo. Devemos apoiar este movimento sem precedentes!


Como espíritas, damos todo nosso apoio a esta nova manifestação popular que nos mostra a vontade de mulheres indignadas e dispostas a se enfrentarem à brutalidade do poder, que provocam o poder religioso exigindo direitos reais e o fim da perseguição.


Desde o princípio da história do espiritismo kardecista, ficou bem claro que as mulheres e os homens eram iguais perante Deus, que não podia haver diferenças nos direitos humanos. Dentro do espiritismo, portanto, está claro que os direitos devem ser estritamente idênticos entre os dois sexos, em todos os aspectos da vida cívica e social. Esta era uma posição de destaque para o século XIX.


Por outro lado, se segundo o espiritismo todos somos iguais perante Deus, em algumas instituições e culturas religiosas esta noção não existe. O Deus mal-entendido, especialmente entre os islâmicos fundamentalistas, se opõe totalmente a esta igualdade natural. É a lei patriarcal do masculino que proíbe toda normalidade e toda emancipação para as mulheres, que são relegadas a um papel de procriação e de servidão doméstica conferindo-lhes uma forma de escravidão.




Assim, o Espiritismo, por sua própria essência, apoia com força esta luta pela igualdade dos sexos e denuncia a ignominia criminal de outra época.


Com efeito, deve-se falar de crime, porque ao crime de impedir que as mulheres vivam normalmente, se somam os crimes perpetrados pela polícia contra os manifestantes. Enfrentamos um Estado criminal que, em nome do patriarcado e do islamismo radical, está semeando terror no país todo.


Apoiamos a luta destas mulheres e homens, destas populações que se levantam para que as mulheres tenham liberdade de sair à rua e não se submetam a códigos pseudorreligiosos de um setor islâmico canalha e radical. É uma luta que infelizmente deixará muito mais vítimas. Mas é uma luta justa que demonstra até que ponto o povo pode se levantar arriscando sua vida. É esta luta que todos devemos apoiar, em nome do nosso ideal, em nome do humanismo espírita, que pode e deve, em cada oportunidade, tomar uma posição a favor dos direitos humanos, da liberdade e da justiça.
https://movmmesp.wixsite.com/movmmesp/post/pronunciamento-do-movimento-mundial-de-mulheres-esp%C3%ADritas-pelos-direitos-humanos
leia gratuitamente o Jornal Abertura online: https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/22-jornal-abertura-2022?download=198:jornal-abertura-setembro-de-2022

quinta-feira, 3 de março de 2022

CIMA - Movimento de Cultura Espírita Cima - da Venezuela faz pronunciamento a favor da Ucrânia

 moderador do blog: Com eles a nossa integral solidariedade

MOVIMIENTO  DE  CULTURA  ESPÍRITA  CIMA

DIRECCIÓN NACIONAL

 

NUESTRA  FRATERNAL  SOLIDARIDAD  CON  UCRANIA

 

El Movimiento de Cultura Espírita CIMA, institución dedicada al estudio y divulgación de la Doctrina Espírita, conforme a las enseñanzas de Allan Kardec, fundador y codificador del Espiritismo, colocadas en una perspectiva laica, librepensadora, humanista y progresista, da a conocer a la comunidad espírita internacional y al mundo su posición ante la sangrienta invasión que sufre Ucrania, Estado europeo independiente y miembro de la Organización de las Naciones Unidas, por parte de los ejércitos de Rusia que siguen las órdenes del autócrata que gobierna en esta nación:

 

1 – Expresa su plena solidaridad con el pueblo y el gobierno ucranianos en su heroica decisión de ejercer la legítima defensa de su nación, de su soberanía, de su derecho a la autodeterminación y a vivir en una sociedad libre, democrática, justa, pacífica y fraterna.

2 – Condena y rechaza de la manera más categórica e inequívoca la invasión militar rusa, desencadenada por ambiciones autocráticas y respaldadas en la infinita superioridad bélica del agresor.

3 – Trasmite al pueblo ucraniano su sentimiento de pesar y de solidaridad ante el inmenso sufrimiento que le aflige por los miles de fallecidos y heridos, por el desamparo de sus familiares, por los refugiados que son acogidos en países vecinos, por el temor ante los bombardeos y lanzamientos de misiles que destruyen de manera incesante sus ciudades, y causan daños irreparables en las viviendas, escuelas, hospitales y demás edificaciones públicas y privadas, que han sido reducidas a escombros.

4 – Declara también su solidaridad con el pueblo ruso, que no tiene responsabilidad por las acciones enloquecidas de su gobierno, y también padece las consecuencias de la invasión a Ucrania. Solidaridad y admiración con los ciudadanos que con mucha valentía desafían en las avenidas de las capitales rusas a los cuerpos policiales para expresar su indignación ante los acontecimientos.

5 – Manifiesta su adhesión a la Resolución de la Organización de las Naciones Unidas del día 2 de marzo de 2022, adoptada por una abrumadora mayoría de las naciones del mundo, en la que se condena de manera contundente la agresión contra Ucrania y se exige el inmediato cese al fuego y la desocupación de las fuerzas invasoras del territorio ucraniano.

6 – Respalda las conversaciones que se realizan entre representantes rusos y ucranianos para intentar un acuerdo de paz y el cese de las operaciones bélicas.

7 – Exhorta a la intensificación de la ayuda material al pueblo ucraniano y a ofrecer asistencia inmediata y acogida a los centenares de miles de refugiados que huyen de la guerra, en especial a los niños, mujeres y ancianos.

8 – Llama a la paz y al cese inmediato de la guerra. Convoca a todas las personas de buena voluntad a manifestarse en favor de la paz y por un mundo mejor, de mayor humanismo y humanitarismo. Toda guerra es una desgracia, por las víctimas y los daños colaterales que provoca. Muestra la peor parte de los seres humanos y constituye la demostración palmaria del atraso moral en que todavía se encuentra sumergida nuestra humanidad. Solo en la paz y la convivencia entre pueblos y naciones, en la cooperación recíproca, en el respeto al derecho internacional, en la vigencia del sistema democrático de libertades, en la justicia social, en la equidad e igualdad entre los seres humanos, podrá alcanzarse un mundo de regeneración moral y social, tal cual lo expresaron Kardec y los Espíritus que le asesoraron en las obras fundacionales del Espiritismo.        

 

¡ ESTA GUERRA NO ES SOLO CONTRA UCRANIA SINO CONTRA LA CIVILIZACIÓN HUMANA ¡

¡ UCRANIA NO ESTÁ SOLA !

¡ UCRANIA SOMOS TODOS !

 

Dirección Nacional del Movimiento de Cultura Espírita CIMA

 

Jon Aizpúrua – Presidente

Ávaro Latorre – Vicepresidente

 

Junta Directiva – Seccional CIMA Caracas

 

Yolanda Clavijo – Directora

Vicente Ríos

Leida de Ochoa

Conchita Delgado

Víctor da Silva

Ingrid Obelmejías

 

Junta Directiva – Seccional CIMA Maracay

Teresa de Álvarez – Directora

Antulio Malavé

Asunción Morales

 

Caracas, 3 de marzo de 2022

quinta-feira, 12 de março de 2020

Manifesto pela Democracia - por CPDoc

O CPDoc – Centro de Pesquisa e Documentação Espírita-  grupo formado por espíritas de diversos estados brasileiros, comprometido há mais de 30 anos com o estudo, divulgação e desenvolvimento da filosofia espírita, a partir de uma perspectiva kardecista, progressista, laica e livre pensadora vem a público manifestar sua profunda preocupação com o atual momento político e institucional brasileiro. 

Nos últimos anos tem sido comum encontrarmos nos meios de comunicação e nas redes sociais declarações públicas de enaltecimento a regimes ditatoriais e de menosprezo à ordem democrática. Declarações de caráter misógino, racista, LGBT fóbicas e de desprezo ao conhecimento científico. Temos observado também a intromissão de valores e interesses específicos de determinados grupos religiosos na esfera do Estado, colocando em risco o princípio da separação entre religião e Estado, fundamental conquista da modernidade.

Ante este estado de coisas, os espíritas ligados ao CPDoc, vêm reafirmar, perante todos os cidadãos brasileiros, espíritas e não espíritas, seu respeito aos valores democráticos, aos direitos humanos, ao estado laico, e aos valores da educação e da cultura, imprescindíveis na formação da cidadania e no desenvolvimento do pensamento crítico. Reafirmam, ainda, a igualdade entre homens e mulheres, o respeito à diversidade de gênero, etnia, cor e orientação sexual e seu compromisso com as liberdades de consciência, crença, expressão e imprensa.

O espiritismo, filosofia espiritualista fundada por Allan Kardec, tem como princípios os valores iluministas da racionalidade e do humanismo, o que faz com que nós, espíritas, rejeitemos, a partir das lições de Allan Kardec e dos espíritos colaboradores do mestre lionês, todos os tipos de obscurantismo, dogmatismo, autoritarismo, sectarismo e discriminação, venham eles das áreas religiosa ou política.

Aproveitamos para manifestar também nossa preocupação com o profundo abismo econômico e social que separa os brasileiros em dois grupos distintos, de um lado algumas poucas pessoas e grupos privilegiados, detentores de um poder econômico altamente concentrado, e de outro a grande maioria da população, que luta a duras penas pela sobrevivência, por pão e dignidade.  Entendemos que a paz social é também produto da equidade, sendo impossível alcançá-la desprezando as condições materiais da vida das pessoas.

Esperamos, sinceramente, que o povo brasileiro e suas instituições saibam equacionar com sabedoria os graves conflitos sociais que cruzam a sociedade brasileira neste momento de instabilidade política e institucional, no qual muitos brasileiros estão divididos de forma a desprezar o diálogo e o exercício da alteridade. Que os valores democráticos, representados pelas ideias de liberdade e igualdade, sejam os faróis a iluminar os caminhos do Brasil nesta quadra da história. Que a ideia de fraternidade possa unir os brasileiros em torno do objetivo comum de um Brasil melhor para todos, sem perder de vista, no entanto, o respeito à diferença e à pluralidade de ideias.

Centro de Pesquisa e Documentação Espírita, CPDoc. Santos, março de 2020.

Nota: Artigo originalmente publicado no Jornal Abertura de Santos.

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