Hora da Colheita por Cláudia Régis Machado
Ano passado escrevi um artigo
intitulado Metas, onde coloco que estas para mim têm um caráter
instrutivo e são uma excelente forma de estabelecer um roteiro, um rumo no seu
viver.
Importante que sejam simples,
objetivas e realistas trazendo objetivos claros, aproveitamento efetivo para
vida e para trajetória evolutiva. Este enfoque tem respaldo na visão espírita
onde utilizamos a existência-para aprender, servir e crescer.
As pessoas que ainda estão na
ativa profissionalmente talvez a questão das metas esteja mais presente, mas
aqueles que não estão, é também interessante ter objetivos precisos a cumprir
com prazos mais elásticos ou não, pois somos acometidos muitas vezes pelas
tarefas do dia a dia ou pelas intempéries da vida como doenças, envelhecimento
ou outras situações que possam vir a ocorrer, entramos no modo automático e nos
perdemos com outros acontecimentos e assuntos.
O relevante é escolher o que está
em primeiro lugar, o que mais importa e agir sobre isso.
No início do ano há vários
artigos que destacam esse ponto - definir metas- mas gostaria de ver este
assunto por outro ângulo, o da avaliação das coisas realizadas ou não, ao longo
do ano, da semana ou do mês. Mas sugiro um exame com o olhar de apreciação do
que fizemos de bom. Muitas vezes deixamos de valorizar as nossas conquistas
porque o desapontamento realmente existe quando observamos o rol de metas não
alcançadas, nos incriminando por não termos feito a coisa pensada com esforço e
empenho.
Porém neste artigo proponho
aproveitar o início do ano para listar as coisas boas, os momentos especiais, os
desafios conquistados e superados, o que você pôde assumir ao longo do ano, os
momentos felizes com a família ou com os amigos, as realizações pequenas, mas
que foram de ajuda para aqueles que as necessitavam.
Podemos ainda colocar neste rol
os eventos legais que aconteceram e que nos fizeram pensar e que trouxeram
transformações pessoais ou sociais, os momentos que levaram às transições
necessárias ou desejadas, os itens que
aprendidos e as coisas que foram abandonadas para termos uma vida mais simples
e prazerosas. Comunicou-se melhor, teve mais cuidado com seus relacionamentos,
foi mais afetivo ou carinhoso, desenvolveu uma habilidade? Todos esses pontos também interessantes e importantes para
serem relevados.
Seja cordial com você mesmo e
celebre as pequenas felicidades que atravessaram seu caminho. Sentir orgulho de
quem somos tudo isso como um presente amoroso e generoso para comemorar o
quanto você pode evoluir.
O processo pode ser satisfatório
quando você entende que a felicidade pode estar no caminho e não só no destino
final que transcende o período de uma análise anual.
É muito bom saber que todo este
olhar e reflexão pode ser embasado na Doutrina Espírita que nos traz abertura
suficiente para enfrentar a vida e os momentos que dela advém com alegria,
tranquilidade e consciência da importância da evolução, do servir, do ajudar. Compreendendo
que o esforço, o empenho pessoal, têm resultados positivos no progresso e
engrandecimento individual.
Que o último ano – 2023 - lhes tragam boas recordações!
Este artigo foi publicado no Jornal Abertura de janeiro - fevereiro de 2023, quer ler todo o jornal?
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