A Delicada questão do sexo e
do amor
Motivada pelo XVII Fórum do Livre
Pensar da Baixada Santista cuja o tema central foi Reflexão sobre o Amor e
no qual Alexandre Cardia Machado diretor do ICKS e redator chefe deste jornal fez uma preleção a
respeito do conteúdo do livro “A delicada questão do sexo e do amor” de autoria
de Jaci Régis resolvi fazer uma resenha dele, para que o público leitor do Jornal
Abertura tenha a oportunidade de conhecer mais sobre o livro e encará-la como
um convite a leitura.
O livro como diz o título expõe a importância sobre a sexualidade e as
relações afetivas que estão presentes em nossas vidas e como isto é complexo e delicado quando
discutimos e vivenciamos. Muitos temas pertinentes a questão do sexo e o amor são
abordados como exemplo: o amor pleno uma construção que pede aperfeiçoamento,
os impulsos emocionais, os desvios comportamentais, a virgindade, o sexo
precoce, o homossexualismo e a insatisfação
sexual, a questão da normalidade versus a dignidade, o orgasmo, a masturbação,
a sexualidade e as fronteiras do prazer entre outros.
Assuntos estes analisados com
muita clareza e profundidade, levantando pontos relevantes, concretos e reais e
acima de tudo como estes impactam de maneira positiva ou negativa em nossa
existência pessoal e relacional já que ele se faz mais presente no
comportamentos interpessoais.
A visão humanista e espírita do
autor aliada à sua experiência na clínica psicológica dão um olhar especial, pois
ele vê o ser humano na plenitude material e espiritual.
O livro interessa a jovens, pais,
educadores e estudiosos. Escrito em
linguagem objetiva, acessível e direta traz questionamentos e muito material para
reflexão pois como diz o autor “sexo e amor perpassam músculos nervos experimentam
expansões, restrições repressões. Mas são fundamentalmente expressões da alma,
fluindo neste complexo espiritual e físico, que constitui a pessoa humana”.
Um destaque foi a vanguarda de
trazer à baila estes temas em um livro espírita, quando no contexto espírita havia
dificuldades em explaná-lo livre de preconceitos morais, mostrando a realidade
vivencial de cada indivíduo, sendo espírita ou não. Sexo e as relações afetivas
são assuntos que dominam o pensamento e as conversações são atemporais pois
fazem parte do ser humano e as contribuições do autor ajudam a pensar sobre
eles, isto colocado de uma forma lucida, equilibrada sem falsos moralismo. O
autor faz uma análise não condenatória, mas entende a realidade que o ser
humano vive em reação emotivas do sexo e do amor.
Vimos que a sexualidade livre tem
seus problemas exige ponderação, daí a preservação dos princípios é um
contraponto às exigência dos desejos e instintos, pois dão um sentido
saudável um norte para estas questões que são frágeis.
Um ponto que merece atenção é
quando expõe sobre normalidade que
esta não pode ser estabelecida
aleatoriamente nem como forma de discriminação, destaca a importância de
ligarmos normalidade com dignidade são instâncias sutis, mas perfeitamente
concebíveis e praticáveis. Na vida real a normalidade comporta uma gama
de variáveis que expressa, a diversidade dos caracteres e dos valores culturais
das pessoa e da sociedade.
Este capítulo é muito bem
explorado porque levanta itens que nos vem à mente quando analisamos a
realidade.
Termina o livro falando mais
especificamente do amor dizendo que a criatura humana, não consegue defini-lo,
mas assim mesmo sabendo que ele existe.
O autor não separa a sexualidade
da afeição. Amor é força criadora necessário educar os sentimentos, orientar a
afetividade canalizar as energias animais.
Sexualidade é uma delicada
questão da alma que busca caminhos mais
sadios e satisfatórios para entendimento da emoção humana.
Seu foco é o amor possível, o
humano, que é algo bonito, muitas vezes conflitivo, caótico que impulsionado
pela vontade se constrói e não poderia terminar o artigo sem reproduzir as
palavras do autor tão definitórias.
Apesar de tudo é a parte mais
sadia, a melhor parte do nosso universo afetivo. Somente o amor abre uma porta de felicidade, mesmo transitória para
alma.
Vemos o amor como um fluxo
sadio, construtivo autêntico pois só ele permite o ser sair de si, rompa sua
solidão e partilhe qualidades interiores com o outro.
A certeza do amor iluminará a
esperança do amanhã.
Publicado no Jornal Abertura de maio de 2023 - Baixe aqui:
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