terça-feira, 8 de agosto de 2023

A Delicada questão do sexo e do amor - Livro de Jaci Régis por Cláudia Régis Machado

 

A Delicada questão do sexo e do amor

Motivada pelo XVII Fórum do Livre Pensar da Baixada Santista cuja o tema central foi Reflexão sobre o Amor e no qual Alexandre Cardia Machado diretor do ICKS e redator chefe deste jornal fez uma preleção a respeito do conteúdo do livro “A delicada questão do sexo e do amor” de autoria de Jaci Régis resolvi fazer uma resenha dele, para que o público leitor do Jornal Abertura tenha a oportunidade de conhecer mais sobre o livro e encará-la como um convite a leitura.


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O livro como diz o título  expõe a importância sobre a sexualidade e as relações afetivas que estão presentes em nossas vidas  e como isto é complexo e delicado quando discutimos e vivenciamos. Muitos temas pertinentes a questão do sexo e o amor são abordados como exemplo: o amor pleno uma construção que pede aperfeiçoamento, os impulsos emocionais, os desvios comportamentais, a virgindade, o sexo precoce, o homossexualismo e  a insatisfação sexual, a questão da normalidade versus a dignidade, o orgasmo, a masturbação, a sexualidade e as fronteiras do prazer entre outros.

Assuntos estes analisados com muita clareza e profundidade, levantando pontos relevantes, concretos e reais e acima de tudo como estes impactam de maneira positiva ou negativa em nossa existência pessoal e relacional já que ele se faz mais presente no comportamentos interpessoais.

A visão humanista e espírita do autor aliada à sua experiência na clínica psicológica dão um olhar especial, pois ele vê o ser humano na plenitude material e espiritual.

O livro interessa a jovens, pais, educadores  e estudiosos. Escrito em linguagem objetiva, acessível e direta traz questionamentos e muito material para reflexão pois como diz o autor “sexo e amor perpassam músculos nervos experimentam expansões, restrições repressões. Mas são fundamentalmente expressões da alma, fluindo neste complexo espiritual e físico, que constitui a pessoa humana”.

Um destaque foi a vanguarda de trazer à baila estes temas em um livro espírita, quando no contexto espírita havia dificuldades em explaná-lo livre de preconceitos morais, mostrando a realidade vivencial de cada indivíduo, sendo espírita ou não. Sexo e as relações afetivas são assuntos que dominam o pensamento e as conversações são atemporais pois fazem parte do ser humano e as contribuições do autor ajudam a pensar sobre eles, isto colocado de uma forma lucida, equilibrada sem falsos moralismo. O autor faz uma análise não condenatória, mas entende a realidade que o ser humano vive em reação emotivas do sexo e do amor.

Vimos que a sexualidade livre tem seus problemas exige ponderação, daí a preservação dos princípios é um contraponto às exigência dos desejos e instintos, pois dão um sentido saudável um norte para estas questões que são frágeis.

Um ponto que merece atenção é quando expõe sobre  normalidade que esta não pode ser  estabelecida aleatoriamente nem como forma de discriminação, destaca a importância de ligarmos normalidade com dignidade são instâncias sutis, mas perfeitamente concebíveis e praticáveis. Na vida real a normalidade comporta uma gama de variáveis que expressa, a diversidade dos caracteres e dos valores culturais das pessoa e da sociedade.

Este capítulo é muito bem explorado porque levanta itens que nos vem à mente quando analisamos a realidade.

Termina o livro falando mais especificamente do amor dizendo que a criatura humana, não consegue defini-lo, mas assim mesmo sabendo que ele existe.

O autor não separa a sexualidade da afeição. Amor é força criadora necessário educar os sentimentos, orientar a afetividade canalizar as energias animais.

Sexualidade é uma delicada questão da alma que busca caminhos  mais sadios e satisfatórios para entendimento da emoção humana.

Seu foco é o amor possível, o humano, que é algo bonito, muitas vezes conflitivo, caótico que impulsionado pela vontade se constrói e não poderia terminar o artigo sem reproduzir as palavras do autor tão definitórias.

Apesar de tudo é a parte mais sadia, a melhor parte do nosso universo afetivo. Somente o amor abre uma  porta de felicidade, mesmo transitória para alma.

Vemos o amor como um fluxo sadio, construtivo autêntico pois só ele permite o ser sair de si, rompa sua solidão e partilhe qualidades interiores com o outro.

A certeza do amor iluminará a esperança do amanhã.


Publicado no Jornal Abertura de maio de 2023 - Baixe aqui:

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