quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Abrindo a Mente: Telescópio James Webb um novo túnel do tempo por Alexandre Cardia Machado

 

Abrindo a Mente

Telescópio James Webb um novo túnel do tempo

 

Toda a vez que olhamos por um telescópio, na verdade fazemos uma viagem no tempo, em direção ao passado. Quando apontamos para uma estrela, como por exemplo a estrela Alfa de Centauro, uma estrela dupla, a mais próxima do Sol e consequentemente de nós terrestres, ela está a 4 anos luz de distância e o que vemos é a luz emitida há 4 anos. Ou seja, estamos vendo o passado.


Crédito fotográfico – NASA, ESA, CSA e STScl.

O Telescópio Espacial James Webb, lançado ao espaço este ano, está posicionado no ponto de Lagrange – L2 a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, é uma posição no espaço onde o telescópio fica em equilíbrio gravitacional entre a Terra e o Sol. Neste mesmo local outros 2 telescópios espaciais já ficaram por lá, foram eles o Herschel e o Observatório Plank.

Este telescópio custou 10 bilhões de dólares, e por que gastamos tanto com um projeto como este? Porque ele tem objetivos de grande interesse científico, nos ajudará a entender melhor nossa história. Seu primeiro objeto de pesquisa foi a fotografia em infravermelho de uma estrela muito distante com uma idade aproximada de 700 milhões de anos após o Big Bang, ou seja, a luz emitida por ela está navegando pelo espaço há cerca de 13 bilhões de anos e de igual maneira fazemos uma viagem no tempo de 13 bilhões de anos.

O Telescópio James Webb foi construído por um consórcio entre a NASA (EUA), ESA (Europeia e a Agência Espacial Canadense, contou com a ajuda de 300 universidades, desde o projeto e execução do telescópio, foguete e objetivos. Tem a previsão de operação de 5 anos, podendo operar por mais 5, dependendo do consumo de combustível.

Os principais objetivos são, revisitar exoplanetas já identificados, buscando fotografar em espectro de infravermelho, buscar as primeiras luzes do Universo, que como sabemos levou bastante tempo até que esfriasse o suficiente para que a matéria pudesse dar início a formação de estrelas e fotografar as nebulosas, buscando entender o nascimento de estrelas.

Um outro telescópio espacial o Kepler, lançado em 2009, encontrou 2,6 mil planetas fora do sistema solar (exoplanetas). Ele operou até 2018, hoje vaga no espaço e um dia se chocará com o Sol. Dentre estes planetas, 30 são os que requerem mais atenção do Webb, são os que tem até duas vezes o diâmetro da Terra e estão localizados nas zonas de habitabilidade de suas estrelas.


Crédito fotográfico – NASA, ESA, CSA e STScl.

Sendo a Pluralidade dos Mundos Habitados um princípio Espírita, ainda que nem todos os planetas sejam habitados, alguns devem ser, logo, acompanhar o desenrolar desta missão Webb, passa a ser um objetivo desta coluna e de tempos em tempos vamos atualizando os nossos leitores.

Para abrir mais a sua mente: vá ao site da Nasa específico para esta missão - https://www.nasa.gov/mission_pages/webb/main/index.html

 Artigo publicado no jornal ABERTURA de SETEMBRO DO 2022. Os dois últimos parágrafos não saíram por erro na edição. Caso você tenha gostado deste artigo e queira ler o jornal Abertura na integra, clique no link abaixo:

Já está disponível gratuitamente o exemplar de setembro de 2022, no link abaixo, no site da CEPA:

 

 https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/22-jornal-abertura-2022?download=198:jornal-abertura-setembro-de-2022




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