sábado, 20 de outubro de 2012

Jogos Paraolímpicos - Editorial Jornal Abertura Setembro 2012



É lindo ver o que a força de vontade é capaz de fazer, ver aquelas pessoas pelas quais muitos teriam pena se esforçarem ao máximo em jogos de muito bom nível técnico, onde a dedicação é tão grande ou até maior do que nos Jogos Olímpicos.


Pena é coisa do passado. Hoje, jovens com má formação congênita se juntam em grupos para praticar esportes adaptados, ou não, e veem nisto uma oportunidade de viver com felicidade, de trabalhar sem preconceitos. Os resultados paraolímpicos brasileiros têm sido muito melhores do que os obtidos pelos atletas das Olimpíadas e, talvez exista uma explicação para isto. Somos um dos campeões mundiais de acidentes de trânsito; infelizmente este é o lado obscuro disto: um contingente enorme de jovens acidentados em motocicletas, engrossando o número de atletas paraolímpicos.

Como Kardecistas, não podemos deixar de lado esta grande demonstração, na vida prática, de que nada adiantaria imaginar que má formações ou acidentes fossem causados por erros em vidas passadas, pois a dinâmica da vida em sociedade tem seus meios de contrabalancear e encontrar alternativas para incorporar no trabalho, no esporte e no lazer este contingente de pessoas que, como cada um de nós, está nesta encarnação enfrentando todos os desafios que a vida proporciona.

Aqueles que imaginam que possa haver um determinismo por trás de tudo isto, se veem sem argumentos, pois os humanos dão sempre a volta por cima. Somos sobreviventes em um planeta em transformação constante e rumando para o progresso.

Prestamos nossa homenagem a estes brasileiros e também aos demais atletas de outras nacionalidades, que estão suando e buscando o máximo de si nestes jogos tão interessantes – é a prova clara de que o Espírito está sempre buscando uma forma de melhor se expressar.

A vida encarnada nos possibilita o aperfeiçoamento do espírito, como fruto de seu trabalho. E que trabalho desenvolvem estas pessoas especiais! O espírito alcança o seu progresso na razão e na boa vontade que emprega para adquirir as qualidades que lhe faltam, assim nos ensinou o professor Rivail.

Originalmente publicado no Jornal Abertura - Setembro 2012

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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Sobre o Pseudônimo de Rivail - Eugenio Lara

Artigo originalmente publicado no Jornal ABERTURA - Agosto de 2012

Deixe o seu comentário, qual teria sido afinal a orígem do nome Allan Kardec?


Sobre o Pseudônimo de Rivail - Eugenio Lara

Já perdi a conta das vezes que me perguntaram, durante a palestra em centros espíritas, sobre a origem do pseudônimo Allan Kardec, adotado pelo grande pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail (1804-1869) na assinatura de sua obra espírita. Teria sido mesmo ele um druida? Em que época viveu? Por que Rivail adotou esse estranho pseudônimo? Trata-se de um tema controverso, principalmente devido à carência de fontes fidedignas.


Nós, espíritas, aceitamos que Allan Kardec foi uma das encarnações de Rivail, mais pela tradição oral, pelo argumento de autoridade do que pela escrita. O primeiro biógrafo de Rivail, Henri Sausse (1851-1923), afirmou em uma conferência comemorativa da desencarnação de Kardec, em 1896, que o fundador do Espiritismo teria tido uma encarnação entre os celtas: “segundo lhe revelara o guia, ele tivera ao tempo dos Druidas.” Um detalhe: esse guia a que Sausse se refere é o Zéfiro (ou Zephyr), espírito protetor de Rivail.

Sausse não cita a fonte dessa informação e nem afirma que ele teria sido um druida. Muito provavelmente teve acesso a dados biográficos compartilhados por contemporâneos e amigos mais íntimos de Rivail, à sua correspondência e seus manuscritos, ainda intactos, mas que seriam em quase sua totalidade destruídos durante a II Guerra Mundial, quando os nazistas invadiram a França, ocuparam Paris e destruíram quase todo o legado kardequiano.

Todavia, Sausse não é a única fonte. Se formos confrontá-la com outras disponíveis, a compreensão torna-se mais obscura ainda, controversa, deixando o tema ainda em aberto.

A seguir, o leitor poderá apreciar um panorama das fontes existentes, de fontes primárias, apesar de contraditórias, que evitariam afirmações equivocadas e pouco fiéis acerca da origem do pseudônimo do fundador do Espiritismo.



HENRI SAUSSE

“Esse livro [O Livro dos Espíritos] era em formato grande, in-4, em duas colunas, uma para as perguntas e outra, em frente, para as respostas. No momento de publicá-lo, o autor ficou muito embaraçado em resolver como o assinaria, se com o seu nome — Denizard-Hippolyte-Léon Rivail, ou com um pseudônimo. Sendo o seu nome muito conhecido do mundo científico, em virtude dos seus trabalhos anteriores, e podendo originar uma confusão, talvez mesmo prejudicar o êxito do empreendimento, ele adotou o alvitre de o assinar com o nome de Allan Kardec que, segundo lhe revelara o guia, ele tivera ao tempo dos Druidas.”



“Assim, também, se deu a respeito do seu pseudônimo. Numerosas comunicações, procedentes dos mais diversos pontos, vieram reafirmar e corroborar a primeira comunicação obtida a esse respeito.”

(Biografia de Allan Kardec - FEB – Grifo meu).



CANUTO ABREU

“Uma noite veio o Professor com Madame RIVAIL. Nosso Guia os recebeu amistosamente, saudando o professor com estas palavras: — ‘Salve, caro Pontífice, três vezes salve!’. Lida, em voz alta, a saudação, todos rimos. Para nós, ZEPHYR estava pilheriando. Papai, então, explicou ao Professor o costume do Espírito Familiar apelidar quase todos os visitantes. O senhor RIVAIL não se agastou e respondeu ao Guia, sorrindo — ‘Minha bênção apostólica, prezado filho’. Nova risada geral. ZEPHYR, porém, respondeu ter feito uma saudação respeitosa, a um verdadeiro pontífice, pois RIVAIL havia sido, no tempo de Júlio CÉSAR, um chefe druídico.”



“— UMA NOITE, INESPERADAMENTE, disse-nos ZEPHYR: — Vocês irão brevemente para Paris. BAUDIN arrumará os seus negócios; Emile entrará na Escola Naval; Caroline e Julie tomarão professoras mais competentes e... encontrarão seus noivos; e eu, ZEPHYR, procurarei contato com um velho amigo e chefe desde o ‘nosso’ tempo de Druidas.” (O Livro dos Espíritos e Sua Tradição Histórica e Lendária - Ed. LFU – grifo meu).



LÉON DENIS

O continuador da obra kardequiana, Léon Denis (1846-1927), sustenta que Allan Kardec não teria encarnado como druida na Bretanha, mas sim na Escócia. O próprio Denis considerava-se um druida reencarnado, chamado por Arthur Conan Doyle de “O Druida de Lorena”:

“Foi nessas profundas fontes que Allan Kardec ilustrara seu espírito; foi com meios idênticos que ele viveu outrora. Não na Bretanha, talvez, mas antes na Escócia, segundo a indicação de seus guias.”

(...)

“Kardec ali aprendeu a filosofia dos Druidas; preparava-se no estudo e na meditação para as grandes empresas futuras.”

“(...) Até o nome de Allan Kardec, que escolheu, até este dólmen erigido no seu túmulo por sua expressa vontade, tudo, digo eu, lembra o homem do visco do carvalho, que voltou a esta Gália para despertar a fé extinta e fazer reviver nas almas o sentimento da imortalidade.” (O Mundo Invisível e a Guerra, cap. VI - Ed. CELD).



ALEXANDRE DELANNE

O pai de Gabriel Delanne, grande amigo, vizinho de Rivail, ao lado do filho e da esposa, médium da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas (SPEE), fundam o periódico Le Spiritisme, em março de 1883. Em um artigo deste periódico, Alexandre Delanne revela um dado bem interessante, que destoa das fontes conhecidas:

“Há ainda um outro detalhe que temos do próprio autor [Kardec]. Veja como ele apresenta o pseudônimo que haveria de assinar seus escritos: Você tomará o nome de Allan Kardec, que nós te damos. Não se preocupe com isto, ele é seu, você já propiciou muita dignidade em uma encarnação anterior, quando vivia na antiga Armórica.” (Le Spiritism, maio de 1888 – Grifo meu).

Na Antiguidade, Armórica era o nome de uma região da lendária Gália, território dos celtas gauleses, que incluía a península da Bretanha, localizada a oeste da atual França.



AMÉLIE BOUDET

“— Todos os literatos – responde Madame Kardec – adotam pseudônimos. Meu marido jamais pilhou coisa alguma”. Em resposta à insinuação do promotor público de que Rivail teria retirado o pseudônimo Allan Kardec de um manual de magia negra. (Mme. Leymarie - Processo dos Espíritas - FEB).



GEORGES D’HEILLY

O escritor francês Georges D'Heilly publicou um interessante livro em 1867, intitulado Dicionário de Pseudônimos. O autor afirma que o próprio Rivail contou-lhe a origem de seu codinome:

“Quanto à escolha de seu pseudônimo, ele próprio [Rivail] contou sua origem. Tinha-lhe sido revelado, diz ele, pelos espíritos, que numa encarnação bem anterior à vida presente, chamava-se realmente assim, e também, como tal, foi chefe de um clã bretão no século XII.” (Dictionnaire des Pseudonymes, recueillis par Georges D'Heilly, p. 7 - 2ª ed. E.Dentu, Libraire-Éditeur - Libraire de la Société des Gens de Lettres, Paris-France [1869]. Tradução de Eugenio Lara.)=







ALLAN KARDEC

Não há fonte mais convincente do que ouvir do próprio Rivail o que ele tem a dizer sobre seu pseudônimo. Entretanto, ele sempre foi discreto quanto à sua origem. Nada consta em sua obra publicada. Pelo fato de seu nome civil ser muito notório e reconhecido nos meios culturais e científicos franceses, o fundador do Espiritismo preferiu assinar com outro nome, um pseudônimo, a exemplo de escritores e literatos, a fim de não causar confusão. Como sempre fazia, consultou os espíritos, certamente O Espírito de Verdade, seu guia espiritual. Todos os biógrafos de Kardec são unânimes quanto a esse seu procedimento.

O ideal seria termos acesso à correspondência e manuscritos de Rivail. No entanto, o que não foi destruído também não é divulgado. Boa parte do patrimônio kardequiano encontra-se em poder da família do historiador e tradutor Silvino Canuto Abreu (1892-1980). O Museu Espírita de São Paulo, localizado na Lapa, Grande São Paulo, fundado e dirigido por Paulo Toledo Machado, expõe uma pequena parte deste patrimônio, doado pela família.

Deste acervo, temos acesso a uma carta de Rivail ao barão e empresário Tiedeman, “amigo seu e dos espíritas”, segundo o biógrafo André Moreil, que hesitou em investir no projeto da Revista Espírita:

“Duas palavras ainda a propósito do pseudônimo. Direi primeiramente que neste assunto lancei mão de um artifício, uma vez que dentre 100 escritores há sempre ¾ que não são conhecidos por seus nomes verdadeiros, com a só diferença de que a maior parte toma apelidos de pura fantasia, enquanto que o pseudônimo Allan Kardec guarda uma certa significação, podendo eu reivindicá-lo como próprio em nome da Doutrina. Digo mais: ele engloba todo um ensinamento cujo conhecimento por parte do público reservo-me o direito de protelar... Existe, ainda, um motivo que a tudo orienta: não tomei esta atitude sem consultar os Espíritos, uma vez que nada faço sem lhes ouvir a opinião. E isto o fiz por diversas vezes e através de diferentes médiuns, e não somente eles autorizaram esta medida, como também a aprovaram.” (Zeus WANTUIL e Francisco THIESEN, Allan Kardec - vol. II, p. 76).



ANNA BLACKWELL

A jornalista, poetisa e tradutora inglesa Anna Blackwell (1834-1900) conheceu pessoalmente, na intimidade, o casal Rivail. Tornou-se correspondente da Revista Espírita na Inglaterra, em 1869. Verteu O Livro dos Espíritos para o inglês, em 1875, tradução esta dedicada à esposa de Rivail, Amélie Boudet:

“E você o publicará [O Livro dos Espíritos], não com seu próprio nome, mas sob o pseudônimo de Allan Kardec (*). Guarde seu próprio nome Rivail para seus próprios livros já publicados, mas tome e guarde o nome que agora lhe demos para o livro que você irá publicar sob nossa ordem, e em geral, para todos os trabalhos que você terá no desempenho da missão que, como já dissemos, lhe foi confiada pela Providência e que será gradualmente aberto a você na medida em que prosseguir nele, sob nossa orientação”.

(*) “Um antigo nome Bretão da família de sua mãe.”

(Prefácio à tradução inglesa, de Anna Blackwell em The Spirit’s Book - FEB, tradução de Myrian de Domênico Rodrigues).



ALEXANDRE AKSAKOF

A partir de depoimentos pessoais de Ruth Celina Japhet, médium colaboradora de Kardec, o pesquisador russo Alexandre Aksakof (1832-1903) publica um artigo em 1875, onde critica a formulação do conceito de reencarnação na França. Editado por ocasião do lançamento da tradução inglesa de O Livro dos Espíritos, por Anna Blackwell, o artigo causou, na época, muita celeuma. Pierre Gaëtan Leymarie e Anna Blackwell contestaram Aksakof de forma contundente. O médium citado, Roze, era membro da SPEE, assim como Japhet:

“Como ele [O Livro dos Espíritos] também foi anexado a um jornal importante, o L’Univers, ele [Rivail] publicou seu livro com os nomes que ele teria tido em suas duas existências anteriores. Um destes nomes era Allan — revelado a ele pela senhora Japhet, e o outro nome, Kardec, foi revelado a ele pelo médium Roze.”

(Pesquisas Sobre a Origem Histórica das Especulações Reencarnacionistas dos Espiritualistas Franceses, artigo originalmente publicado no periódico londrino “The Spiritualist Newspaper”, em 1875. Tradução de Vital Cruvinel – Grifo meu).



JACQUES LANTIER

O sociólogo francês realizou um interessante e abrangente estudo histórico-sociológico sobre o Espiritismo, onde cita trecho de uma carta redigida por Allan Kardec sobre seu pseudônimo:

“O Sr. Leymarie, editor e livreiro, na rua Saint-Jacques nº 32, herdeiro de Pierre-Gaëtan Leymarie, um dos pioneiros do espiritismo, fez-me saber que possuía um documento manuscrito de Allan Kardec, até hoje inédito, no qual este explica a “verdadeira” origem do seu pseudônimo: Rollon, primeiro duque dos Normandos, no século IX, teve um filho que foi curado por um chefe de comunidade que se chamava Allan Kardec. (O Espiritismo, p. 71. - Edições 70 – Grifo meu).



CARLOS IMBASSAHY

Para finalizar, citamos o grande escritor espírita brasileiro Carlos Imbassahy, não por ser uma fonte primária, mas porque seu depoimento é imprescindível neste caso, como argumento de autoridade, que corrobora a existência do misterioso acervo kardequiano, o qual teve acesso, em função da amizade com Canuto Abreu:

“Revelaram os espíritos que Denizard Rivail, em encarnações anteriores, vivera na Gália, onde se chamara Allan Kardec. Daí a proveniência do pseudônimo que adotou. Em nova encarnação fora o infortunado João Huss.”

“A notícia de que Allan Kardec tivera uma existência ao tempo de Júlio César data de 1856; a de ter sido João Huss veio em 1857.”

“Revelaram os Espíritos que Denizard Rivail, em encarnações anteriores, vivera na Gália, onde se chamara Allan Kardec. Daí a proveniência do pseudônimo que adotou. Em nova encarnação fora o infortunado Jean Huss. A notícia de que Allan Kardec tivera uma existência ao tempo de Júlio César data de 1856 e a de ter sido Jean Huss veio em 1857; ambas por via medianímica: a primeira pela cestinha escrevente de Baudin, com a médium Caroline; a última por psicografia de Ermance Dufaux.”

“As fontes preciosíssimas – esclarece o Dr. Canuto Abreu – estavam, em 1921, na Livraria de Leymarie, onde ele as copiara na sua quase totalidade. Passaram em 1925 para o arquivo da Maison des Spirites, onde os alemães, durante a invasão de Paris, as destruíram em 1940.”

Carlos Imbassahy ainda cita uma enciclopédia inglesa que consideramos oportuno transcrever:

“His pseudonym originated in mediumistic communications. Both Allan and Kardec were said to have been his names in previous incarnations”.

“Seu pseudônimo é originado de comunicações medianímicas. Diz-se que Allan e Kardec foram os seus nomes em encarnações anteriores.”

(A Missão de Allan Kardec - Ed. FEP).



Como se vê, as informações são contraditórias. Em encarnação anterior, teria vivido Rivail na Escócia ou na antiga Bretanha? Mas, e a reencarnação como Jean Huss, como fica? Foi druida ou chefe de comunidade? Allan Kardec é um nome próprio ou é junção de Allan com Kardec? A questão se complica ainda mais se formos analisar a origem etimológica do nome próprio Allan Kardec. Não é de origem céltica, porque provem do germânico, melhor dizendo, dos normandos, oriundos da atual Dinamarca. O nome Allan Kardec é de origem normanda, viking. Fosse gaulesa, teria de ser Alan Karderix. Ou seja, nunca existiu um druida de nome Allan Kardec. Mas, essa é uma questão para ser abordada em outra oportunidade...



Eugenio Lara, arquiteto e designer gráfico, é fundador e editor do site PENSE - Pensamento Social Espírita [www.viasantos.com/pense], membro-fundador do Centro de Pesquisa e Documentação Espírita (CPDoc) e autor dos livros em edição digital: Racismo e Espiritismo; Milenarismo e Espiritismo; Amélie Boudet, uma Mulher de Verdade - Ensaio Biográfico; Conceito Espírita de Evolução e Os Quatro Espíritos de Kardec.

E-mail: eugenlara@hotmail.com

Outros artigos de Eugenio Lara:


O Humanismo Espírita - Eugenio Lara

http://icksantos.blogspot.com/2011/10/o-humanismo-espirita-eugenio-lara.html

Entrevista com Eugenio Lara - “O inimigo não está mais lá fora, está aqui dentro”

http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8190435979242028935#editor/target=post;postID=8811987568475862799

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Reencarnação e o desenvolvimento do homem - quantas vezes reencarnamos?

Reencarnação e o desenvolvimento do homem


Alexandre Cardia Machado

Trabalho apresentado no XXI Congresso Espírita Pan-americano, realizado em Santos de 5 a 9 de Setembro.




1 - Introdução:


Qual afinal teria sido a nossa trajetória enquanto Espírito encarnado na Terra?

Escrevi, em 1996 um trabalho, denominado - O Ser Humano e a Evolução - desde então meu interesse pelo tema só aumentou, Este trabalho inaugurou a pesquisa mais detalhada a respeito da evolução do Princípio Espiritual na Terra até a sua realização na forma Humana.

Este trabalho pode ser encontrado aqui mesmo em nosso blog -

http://icksantos.blogspot.com/2011/12/o-ser-humano-e-evolucao-uma-analise-pre.html


 

Procuramos fazer uma comparação entre o conhecimento científico e a visão Kardequiana.

Em 2009, no XI SBPE apresentamos um novo trabalho - A Evolução do Princípio Espiritual do átomo ao Espírito Superior - Uma releitura da Codificação, onde procuramos propor uma hipótese para o desenvolvimento do Espírito em nosso planeta, evidentemente que a desenvolvemos sem recorrer a exobiologia, quer física, quer espiritual, ou seja desconsiderando a pouco provável migração interplanetária de Espíritos.

Este estudo que apresentamos busca focar na questão do número de reencarnações, compatíveis com as curvas de crescimento populacional, considerando as duas hipóteses possíveis, sem ou com migração de espíritos de outros planetas.

2 – Desenvolvimento das hipóteses reencarnacionistas:

2.1 - A visão de evolução humana – à época de Kardec:

De forma simplificada, os principais pontos da Doutrina Espírita sobre a evolução do homem, extraídos das obras básicas.

a. Aceitação da existência de diversos ramos de primatas, que deram origem a diversas árvores (homem, chimpanzés, gorilas, etc.);

b. aceitação do princípio, ainda que à nível de hipótese “de que o homem tenha se utilizado da vestimenta do macaco” na fase de elaboração do envoltório definitivo;

c. o Espírito modela o seu envoltório, talha-o de acordo com a sua inteligência;

d. os mundos progridem, fisicamente, pela elaboração da matéria e, moralmente, pela purificação dos Espíritos que o habitam;

e. existência da raça Adâmica ( migrações de outros planetas);

f. os selvagens também fazem parte da humanidade, evoluirão, mas sem dúvida, não será em corpos da mesma raça física;

g. existência de dois tipos de seres, os que não são procriados (geração espontânea) e os que se propagam por reprodução, dando origem a novas espécies (teoria da evolução de Darwin).

2.2 – Aurora Humana:

2012 encontrado fóssil de primata que viveu há 20 milhões de anos



  Figura 1 - Pesquisadores apresentam mandíbula descoberta na África Foto: AFP

“ O fato é que o homem e o macaco têm um ancestral em comum. A determinação da espécie exata que deu origem ao homem moderno tem ocupado a atenção mundial, no campo da Paleontologia. Allan Kardec, em A Gênese, tratou do assunto nos capítulos X (Gênese Orgânica), XI (Gênese Espiritual – Princípio espiritual). ... Os humanos têm uma estrutura semelhante à dos chimpanzés e gorilas (a mesma estrutura anatômica básica e constituição genética similar), provavelmente herdadas de um ancestral que deve ter vivido há cerca de 10 milhões de anos. Sabe-se que o primata mais antigo descoberto ate o momento foi um lêmur, pequeno animalzinho que vive até hoje, na ilha de Madagascar, no entanto, seus ancestrais já estavam por aqui a cerca de 50 milhões de anos.”

Este ancestral pode ser um dos primeiros passos do Princípio Espiritual para a sua destinação como Espírito.

A importância da existência de uma mentalidade científica é a possibilidade de manter a mente humana de estar permanentemente reprocessando as novas informações e verificando se as teorias antigas continuam válidas, encontrar um fóssil mais velho em 10 milhões de anos só reforça o que já era possível prever que primatas existissem há cerca de 50 milhões de anos. Tudo indica que nossa linha de evolução espiritual passou por encarnações sucessivas em corpos de primatas.

O portal Terra publicou esta pequena nota “Paleontólogos do Museu de História Natural e do College de France apresentaram nesta segunda-feira em Paris fósseis de um primata que viveu há 20 milhões de anos. Segundo os pesquisadores, os restos do animal foram encontrados em Uganda. Os cientistas Brigitte Senut e Martin Pickford afirmam que o animal certamente vivia em árvores. Ele seria um "primo" distante da Hominidae (família que inclui o ser humano e o chimpanzé, por exemplo). O fóssil foi descoberto em 18 de julho no monte Napak.
Como se deu este caminho, como a quantidade de espíritos cresceu até chegar à população atual de encarnados e desencarnados é o objetivo deste trabalho.


Hoje temos excelente informação sobre o crescimento populacional humano nos últimos 300 anos. Existem estimativas razoáveis sobre a quantidade de humanos que nasceram na Terra o que nos permite teorizar sobre isto.



2.3 - Sete bilhões de humanos

Atingimos a marca de sete milhões de seres humanos neste planeta Terra. Mas o que queremos abordar são os 120 mil anos de Homo Sapiens Sapienses. Temos a menor taxa de crescimento populacional dos últimos 110 anos, agora estamos com uma taxa de 2,5 filhos por mulher. A população continuará a crescer até que chegue a 2,0 por mulher, quando a população estabilizará. O IBGE acredita que isto não ocorrerá até o século XXII. A esta altura deveremos ser 10 bilhões de encarnados.



Muito se fala em transição planetária , afora qualquer devaneio, isto só poderá ocorrer quando a população estacionar ou reduzir. Com a população estabilizada os recursos necessários, os meios de produção e as oportunidades começam a equilibrar, fazendo com que, pouco a pouco, as diferenças econômicas e sociais se reduzam.



Com oportunidades semelhantes, aumentará com o tempo o nível educacional e cultural, impulso necessário para a evolução conjunta da humanidade. Na forma em que vivemos hoje há progresso, mas de forma desigual e desparelha e, portanto, injusta. Apenas o mecanismo da reencarnação não é suficiente para equilibrar tamanha população em crescimento. De um lado o crescimento populacional acelera o processo reencarnatório, reduzindo o tempo na erraticidade; por outro lado, ainda continuamos com as grandes desigualdades com um contingente mal alimentado e recebendo pouco acesso à educação de cerca de 1 bilhão. O crescimento moral pelo sofrimento é possível, claro, mas é muito pouco produtivo e incompatível com a existência de um Deus soberanamente justo e bom.



2.4 - Sessenta bilhões de humanos – nossa história na superfície da Terra.

Consultando várias fontes, obtive um número médio de 60 bilhões vidas (encarnações) de hominídeos seguidos de humanos, que estiveram sobre a superfície da Terra, nos últimos quatro milhões de anos.

Outras fontes chegam a um número maior de 107 bilhões , tomaremos o número menor por segurança para nossa análise.

A fotografia abaixo demonstra em escala o salto dado na população encarnada na Terra, nos últimos 12 mil anos:




Figura 2: Salto populacional nos últimos 2000 anos em escala

Dados obtidos do estudo de Luis Queirós sobre evolução da emissão de carbono – aqui utilizado para demonstrar em escala a mudança radical pela qual a população terrestre passou.

Ao contrário do que previa Kardec, baseado nas explicações dadas pelos Espíritos, quanto mais evoluímos, nesta fase em que estamos na Terra, mais rápido reencarnaremos. Pois já somos 7 bilhões de encarnados e o estoque espiritual do planeta é limitado, como veremos.

A nossa grande incógnita é saber qual o número de desencarnados neste momento, mas seja ele qual for, é limitado pela lei de evolução. Há de ser um número bem menor que 53 bilhões, calculado através do número total de vidas ao longo de toda a existência do homem (60 bilhões), menos o número dos atualmente encarnados (7 bilhões). Porém, 53 bilhões só existiriam se encarnássemos somente uma vez. Portanto a nossa Espiritoesfera é menor do que isto.

Portanto, com o aumento da população, mais rapidamente reencarnamos. Vejo isto como algo bom porque aceleramos a evolução conjunta da humanidade.

Passado o momento que vivemos, onde espíritos atrasados naturalmente forçados a reencarnar, com este número muito maior de encarnados, tudo indica que em poucos ciclos reencarnatórios a mais no futuro teremos a possibilidade matemática de refinar o caráter de todos os humanos.

Sem recorrer a migrações de Espíritos a outros planetas, a regeneração da Terra acontecerá mesmo através da reencarnação que fará, a cada ciclo, o nosso planeta Terra um planeta melhor, que progredirá pelas leis, pelo progresso da sociedade. Esta é a verdadeira lei de Progresso.



Allan Kardec, apesar de crer nas migrações entre planetas, também previu a mudança em nosso planeta ocorreria pelo que nela fizessemos como meio de purificação e melhoria da humanidade, como pode ser visto nesta comunicação do Espírito Dr. Barry, publicada na Gênese “A Humanidade terrestre, tendo chegado a um desses períodos de crescimento, está em cheio, há quase um século, no trabalho da sua transformação, pelo que a vemos agitar-se de todos os lados, presa de uma espécie de febre e como que impelida por invisível força. Assim continuará, até que se haja outra vez estabilizado em novas bases. Quem a observar, então, achá-la-á muito mudada em seus costumes, em seu caráter, nas suas leis, em suas crenças, numa palavra: em todo o seu estado social.”



2.5 - Estudos sobre o crescimento populacional:



Teoria da Transição Demográfica – Warren Thompson:



“ A teoria arranca dos estudos iniciados pelo demógrafo americano Warren Thompson no ano de 1929 e é hoje mais vigente que nunca. Thompson observou as mudanças (ou transição) que tinham experimentado nos últimos duzentos anos as sociedades industrializadas do seu tempo com respeito às taxas de natalidade e de mortalidade. De acordo com estas observações expôs a teoria da transição demográfica segundo a qual uma sociedade pré-industrial passa, demograficamente falando, por 4 fases ou estágios antes de derivar numa sociedade plenamente pósindustrial”



“Fase 1

A natalidade se dava de forma descontrolada, porém, ao mesmo tempo, a taxa de mortalidade, por fatores ligados à época: conflitos bélicos, crises, epidemias, baixas condições sanitárias básicas, e pouca higiene, também tinha índices altíssimos, resultando num acréscimo populacional muito pequeno.

Fase 2

Os índices de mortalidade iniciam uma importante descida motivada por diferentes razões: a melhoria nas condições sanitárias, a evolução da medicina, e a urbanização, aumentando a expectativa de vida, mas os índices de natalidade não acompanham essa tendência, causando um rápido crescimento populacional. Em muitos países, essa fase teve início com a revolução industrial. Hoje em dia, muitos países subdesenvolvidos vivem essa fase

Fase 3

Ocorre uma queda na taxa de natalidade devido ao acesso à métodos anticoncepcionais, e à educação (fazendo com que o planejamento familiar fique mais difundido). O resultado é um crescimento vegetativo reduzido em relação à fase 2.

Fase 4

Os índices de natalidade e mortalidade voltam a se estabilizar criando um crescimento populacional novamente pequeno.

Para uma fase 5?

Enquanto o modelo original de Transição Demográfica descrito por Warren Thompson apresenta só quatro fases, atualmente se aceita uma quinta fase, onde a mortalidade superará a natalidade, devido ao alto custo de se criar filhos (principalmente em países desenvolvidos), famílias optam por ter um número muito reduzido (entre 1 e nenhum) de filhos para manter o padrão de vida. Esse efeito é muito temido por analistas, e já está iniciado em países como a Alemanha ou Itália pois com crescimento populacional negativo, a população terá num futuro próximo, mais idosos do que jovens, o que pode acarretar num rombo para a previdência dos países na quinta fase.”

Nesta fase 5, que será bem próxima, algo como 150 ou 200 anos no futuro, as condições planetárias ficarão estáveis, permitindo condições melhor de vida e de aproveitamento da reencarnação.





2.6 - Explicação segundo a lei de reencarnação:



2.6.1 - Hipótese fechada – sem transmigração de espíritos de outros planetas.

Como explicar, através da lei de reencarnação, a multiplicação da população da Terra em seis vezes, em apenas 250 anos? Em 1750 éramos, apenas, pouco mais de 1 bilhão de habitantes no planeta; hoje ultrapassamos os 7 bilhões. Mas de onde vieram todos estes Espíritos? Quantas encarnações cada um deles teve como humano? Como referência, no ano Zero da era Cristã, a população mundial era de 250 milhões de habitantes, levamos 1500 anos para dobrar este número e chegar aos 500 milhões em 1500, ano do descobrimento do Brasil. De lá até o referido ano de 1750 – mais 350 anos – e, após a conquista da América e a ocupação da Austrália pelos europeus, a população mundial chegou a 1 bilhão.

Se fosse somente este o salto populacional da humanidade não seria tão complicado de imaginar os ciclos reencarnatórios, pois teríamos a nosso favor cerca de 4 milhões de anos desde que nos diferenciamos de nosso elo perdido, passando pelos diversos hominídeos e chegando ao Homo Sapiens, há cerca de 250 milhões de anos. Portanto, nesse tempo saímos de um pequeno grupo de cerca de 50 espécimes, que se diferenciaram e, a partir daí, pelo acúmulo de vantagens competitivas. Os novos Espíritos que se agregavam aos humanos iam sendo absorvidos d os outros hominídeos que coexistiam com o Homo Sapiens como os Homo Eréctos e o Homo de Niendertal encarnando na população humana em formação. Mas como chegamos aos 7 bilhões, sem contar um número muito difícil de estimar de desencarnados? A conta não parece fechar

O contraponto aqui é que não existiam 7 bilhões de primatas na Terra, ou seja, durante todo este período, necessariamente, princípios espirituais encarnaram pela primeira vez como hominídeos e, finalmente, como humanos. Estes foram os responsáveis pela criação de nossa Espiritoesfera Terrestre.

Esta questão é importante, pois pode explicar porque seguimos convivendo de um lado com um certo progresso social, mas porque pontualmente vemos ações individuais que beiram a barbárie. Acredito que estejamos ‘raspando’ o umbral, dando oportunidade de reencarnação àqueles que possivelmente não puderam reencarnar tanto anteriormente, mas que pela explosão demográfica estão podendo reencarnar neste momento.

A grande vantagem que um avanço social proporciona a estas pessoas é a oportunidade de reencarnar em patamares de educação melhores, numa sociedade que busca a valorização do homem, ainda que com muitas dificuldades, causadas pelas desigualdades socias. Mas o fato de existirem telecomunicações, educação básica para muitos, o domínio da escrita, da leitura e da tecnologia acelera o crescimento individual. Estamos todos à caminho da luz, de uma forma ou de outra.

Vejam a curva que podemos traçar do desenvolvimento humano:



Figura 3 – Cálculo de número médio de encarnações

Esta curva, nos permite calcular uma média de 685 encarnações por espírito ( 60.000.000/ 87.500 = 685). Mas não sabemos como foi este incremento, por quanto tempo princípios espirituais se transformaram em humanos ou mesmo se ainda, nos dias de hoje esta promoção continua existindo.

No entanto, conforme pode ser visto na figura 2, o grande salto de desenvolvimento humano, acontece em todas as áreas de conhecimento. Nos últimos 2000 anos, período em que já havíamos desenvolvido a agricultura, a escrita, as principais religiões e a ciência, onde não existe o menor espaço para especulações de que culturas extraterrestres – ainda que espirituais estejam presentes. O que ocorreu foi que o excedente de riqueza gerado foi capaz de sustentar uma população maior, veja Teoria da Transição Demográfica, fase 2. Necessariamente os espírtos habitantes de nossa orbe foram forçados pela oportunidade a reencarnar mais e mais rápido, aumentando assim o progresso geral.



2.6.2 - Hipótese extraterrestre para explicar os saltos de conhecimento da humanidade:

Existe, é claro, a hipótese defendida por Emmanuel em A Caminho da Luz de que muitos espíritos tenham emigrado da constelação de Capela (estrela dupla). Não sou favorável a ela, pois não é possível observar saltos na evolução humana que não tenham explicações muito mais simples – a hipótese da emigração traz este componente de missão que não passa pelo meu senso crítico. É perfeitamente defensável a evolução humana através de coisas simples como o domínio do fogo, do artesanato, da agricultura; depois da pecuária, da escrita cuneiforme, da escrita moderna e outros tantos que podem muito bem ser entendidos passo a passo sem intervenções drásticas do ‘Alto’. O desenvolvimento do corpo físico, sem dúvida, é resultado dos mecanismos de adaptação ao meio – mais conhecido como “evolução natural das espécies” – assim, somos o produto de nossa história aqui na Terra.

Sugiro a leitura do trabalho - Análise da necessidade de recorrermos à exobiologia , quer física, quer espiritual para explicar o desenvolvimento das civilizações na Terra - de minha autoria, ver referência bibliográfica, no mesmo apresentamos uma profunda análise que demonstra não existir evidências da presença de migrações em massa capaz de provocar mudanças radicais na cultura ou mesmo no desenvolvimento humano.





3. Conclusões:

Apresento uma série de hipóteses que penso serem razoáveis para se ajustarem ao modelo de crescimento populacional terrestre.

1 – Migração de várias espécies proto-humanas para os corpos mais bem sucedidos.( desde 20 milhões de anos, sendo que ocorrerá em massa nos último período de 4 a 2 milhões de anos)

2 – No início, como não havia muita diferença entre um australopiteco e um antepassado do chimpanzé as migrações entre estas espícies era muito frequente.( Faixa de 4 a 2 milhões de anos)

3 – Ao longo dos últimos 4 milhões de anos, onde várias espécies de homenídeos conviveram, a evolução foi lenta porque os períodos entre encarnações tiveram que ser muito longos ( contrário do proposto pelos espíritos à Allan Kardec), pois havia necessidade de absorver os Principios Espirituais que buscavam encarnar, pela lei de progresso na raça mais bem sucedida e que formariam o estoque espiritual terrestre.

4 – Com o aumento populacional a taxa de reencarnação aumentou, por que após um período longo, após o surgimento do Gênero homo, o salto evolutivo entre outros primatas e os homo se torna enorme, com o início de organização do mundo espiritual, obstáculos maiores à encarnação de princípios espirituais devem ter sido impostos pelos Espíritos já organizados no mundo dos Espíritos, limitando este acesso ao genero homo a taxas mínimas. À partir deste momento começam realmente as oportunidades de desenvolvimento do espírito.

5 – Foi necessário 3,75 milhões de anos para que o homo sapiens se desenvolvesse e absorvesse uma população espirtual na orbe um número de Espíritos entre 7 bilhões e 60 bilhões de espíritos.

6 – nos últimos 10 mil anos a população multiplicou 116 vezes, como nenhum espírito alegou em qualquer comunicação que o aumento se deu pela migração de Espíritos de outros planetas, salvo a hipótese dos Exilados de Capela que vieram, segundo Emmanuel, para melhorar os caracteres da raça humana sem, no entanto, qualquer comprovação científica – a exemplo da frase citada - “ a moderna genéticanão poderia fixar, como hoje, as expressões dos “genes”, portanto no laboratório das forças invisíveis, as células ainda sofriam longos processos de acrisolamento, imprimindo-se-lhes elementos de astralidade”.

Não podemos aceitar esta possibilidade pois para explicar o salto populacional ao invés de “alguns milhões de espíritos” como se refere Emmanuel seriam necessários nada menos que bilhões de espíritos.

7- O aumento populacional e como consequência o aumento na taxa de reencarnação é o grande responsável pelo progresso da humanidade. Os motores deste progresso são hoje bem conhecidos, ver Transição Demográfica, fase 2.

8 – O aumento do número de espíritos na orbe terrestre se explica pelos itens de 1 a 5.



4 - Bibliografia:



1 -Somos 7 Bilhões – coluna de Celso Ming – Jornal A Tribuna - Santos

- http://www.prb.org/

2 - www.google.com.br; www.bing.com.br ; http://pt.wikipedia.org/wiki/Espiritismo

3 - LEAKEY, RICHARD; A origem da espécie humana, Rio de Janeiro, tradução Alexandre Tort, Rocco, 1995. 159p. 
4 - http://pt.wikipedia.org/wiki/Crescimento_populacional#Previs.C3.B5es_sobre_a_popula.C3.A7.C3.A3o_mundial_futura
5 - http://poscarbono.blogspot.com.br/2012/02/ainda-o-crescimento-populacional.html - Transição - reflexões sobre o modelo de transição para a era poscarbono – Luis Queirós.

6 - O Ser Humano e a Evolução – Alexandre Cardia Machado VSBPE , Cajamar SP -1996
http://icksantos.blogspot.com/2011/12/o-ser-humano-e-evolucao-uma-analise-pre.html


7 - 7 bilhões de humanos – Alexandre Cardia Machado, Abrindo a Mente: Jornal ABERTURA Novembro de 2011
http://icksantos.blogspot.com/2012/03/abrindo-mente-7-bilhoes-de-humanos.html



8 - 60 Bilhões de humanos – Alexandre Cardia Machado , Abrindo a mente – Jornal ABERTURA - Julho de 2011

9- A Caminho da Luz – Emmanuel psicografado por Francisco Xavier

10 - Análise da necessidade de recorrermos à exobiologia , quer física, quer espiritual para explicar o desenvolvimento das civilizações na Terra – Alexandre Cardia Machado IX SBPE – Santos SP – 2007

11- A Evolução do Princípio Espiritual do átomo ao Espírito Superior - Uma releitura da Codificação – Alexandre Cardia Machado X SBPE – Santos SP – 2009

12 - Transição Planetária – Psicografada por Divaldo Pereira Franco – Espírito Manoel Philomeno de Miranda

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Pode o Pensamento deslocar-se acima da velocidade da luz?

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Abrindo a Mente - Uma entrevista com Hernani Guimarães de Andrade

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Curso sobre a EVOLUÇÃO DO PRINCÍPIO ESPIRITUAL

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Abrindo a mente - A pluralidade dos mundos habitados e o critério de falseabilidade por Alexandre Cardia Machado

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O Ser Humano e a Evolução- - Uma análise pré-histórica

http://icksantos.blogspot.com/2011/12/o-ser-humano-e-evolucao-uma-analise-pre.html

Abrindo a Mente - 7 bilhões de humanos – estaríamos ‘raspando’ o umbral? Por Alexandre Machado

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