sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Justiça em xeque – STF e o mensalão

Iniciado o julgamento, proferida a acusação, seguem os advogados de defesa no seu processo de negar o inegável, defender o indefensável, mas nas palavras do Senador gaúcho Pedro Simão, “seja ladrão de galinha, ou senador, (o responsável) responderá por seus atos”. Para Simon, o julgamento do mensalão “é o momento mais importante da história do Supremo Tribunal Federal e, ao fim do processo a Justiça triunfará sobre a maré da indecência”. Gostaríamos de ter esta certeza.



                                                 Foto extraída do site: www.terra.com.br


O que consideramos o mais importante é mesmo o fato de que 38 personalidades de vários escalões do Governo e iniciativa privada serão julgadas por pretensos crimes praticados contra o bem público ou, em outras palavras, contra a população brasileira. Por se considerarem inatingíveis essas pessoas usaram os corredores do Palácio do Planalto e do Congresso para lançar mão de verbas que tinham destinação diferente, e as desviaram para ‘caixas dois’ de partidos e contas no exterior. Foram notas em malas, na cueca e tantas outras formas que não nos cabe aqui repetir.

Como espíritas acreditamos na lei do progresso, no caminhar da humanidade na direção de um mundo melhor para se viver, mas acreditamos também que além do tribunal da consciência, a vida em sociedade nos obriga a agir com dignidade e buscar sempre o bem comum. Neste sentido, o clamor pela justiça humana se faz necessário.

Está aceso o alerta aos políticos, pois em tempos de “big brother”, quando há mais de 150 milhões de celulares – com suas respectivas câmeras fotográficas e gravadores eletrônicos – nas mãos da população, eles não terão vida fácil e, de agora em diante, esta população estará mais atenta. Além disso, hoje existem muitos canais para denúncias e a Polícia Federal tem demonstrado que pode fazer a diferença, o que nos leva a pensar que, quer pela compreensão, quer pela pressão, as coisas mudarão para melhor.

A corrupção não acabará de um dia para o outro, pois por debaixo dela está uma vontade rasa de “se dar bem” de indivíduos e grupos que ainda não chegaram a um grau de evolução para perceber que o mal corrói a alma e traz consigo presenças espirituais negativas, enquanto que o bem é reconfortante e nos traz bem-estar permanente.

Mas o Brasil precisa ter medidas corretivas fortes. Para realmente mudar temos que investir em educação, em bons exemplos e em punição àqueles que não respeitam a sociedade.

Editorial do Jornal ABERTURA- Agosto 2012

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