XIII SBPE e os grupos de estudos
Nesta edição de 2013 do XIII
SBPE tivemos a presença de dois grupos de estudos: o GELP – Grupo Espírita
Livre Pensador, e o Grupo de Estudos do ICKS – Instituto Cultural Kardecista de
Santos. Como linha de junção entre eles, está a vontade de estudar e a
maturidade.
O GELP apresentou o
trabalho ‘Pesquisa mediúnica sobre reencarnação’, em que o grupo, uma vez por mês, dedica-se à aplicação do método de
Kardec de pesquisa, com a preparação de um questionário seguido da gravação e
transcrição das comunicações para análise e elaboração de trabalhos, como o
apresentado. Já o ICKS focou em um projeto para transformar as contribuições
diversas do pensador Jaci Régis sobre a Ciência da Alma em um conjunto
organizado e, para isto, usou de um estudo epistemológico denominado ‘Pode o Espiritismo ser considerado Ciência
da Alma? Uma análise epistemológica da proposta do pensador espírita Jaci Régis’.
Cada grupo conta com um número grande de participantes, no GELP são 15
pessoas e no ICKS 12 participantes, ou seja, 27 pessoas durante um período
prolongado se dedicaram a elaborar um projeto, desenvolvê-lo e apresentá-lo no
XIII SBPE.
O
Espiritismo, enquanto ciência, possui um método de pesquisa, que Kardec chamou
de Método Experimental, ou seja, tal
qual às ciências positivas, textualmente: “Como
meio de elaboração, o Espiritismo procede exatamente da mesma forma que as
ciências positivas, aplicando o método experimental. Fatos novos se apresentam,
que não podem ser explicados pelas leis conhecidas, ele os observa, compara,
analisa e, remontando dos efeitos às causas, chega a lei que os rege; depois
lhes deduz as consequências e busca as aplicações uteis” (Gênese, pág.20)”.
Kardec explica nesse parágrafo que o Espiritismo não
partiu de hipóteses e sobre elas construiu uma teoria e, sim, através da
observação de fatos é que se estabeleceu uma teoria. Esta forma de ação é muito
utilizada na ciência e Kardec afirma que: “acreditou-se que esse método só era
aplicável à matéria, ao passo que o é também às coisas metafísicas”. (opus
cit., pag.20).
O
método de pesquisa Espírita libera-se da necessidade da prova experimental,
utilizando-se do chamado “crivo da razão”
e da confrontação das comunicações,
o que certamente foi muito útil para a elaboração da Doutrina. Porém, para a
ciência a comprovação se faz necessária. Isto é tão importante que Albert
Einstein esperou de 1905 a 1919, para que, durante um eclipse solar, se
comprovasse a hipótese, contida na Teoria da Relatividade Especial, de que ‘um
raio de luz deveria sofrer um desvio quando se aproximasse de um campo
gravitacional intenso’.
O
Espiritismo nestes pontos perde o apoio cientifico por não poder prová-los.
Certamente hoje, os grupos de estudo tem que considerar também como
efetivamente provar os resultados obtidos, este sim um grande desafio – fica
aqui o convite a todos para que busquem a leitura destes dois trabalhos.
Para abrir mais a sua mente - Pesquisa mediúnica sobre reencarnação –GELP –anais do XIII SBPE
e Pode o Espiritismo ser considerado Ciência da Alma? Uma análise
epistemológica da proposta do pensador espírita Jaci Régis. – ICKS – anais
do XIII SBPE - você pode conseguir uma cópia deste artigo, enviando um email para ickardecista1@terra.com.br.
Parabéns aos dois grupos de estudiosos,que procuram acrescentar conhecimento ao Espiritismo.Não desanimem,que outros venham....... .
ResponderExcluirUma característica muito interessante dos SBPEs as apresentações de grupos de estudo. Alexandre Machado
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