Será que não estamos normalizando o mal?
"O mundo não está ameaçado pelas pessoas más,
e sim por aqueles que permitem a maldade" (Albert Einstein).
"Quem aceita o mal sem protestar, coopera com
ele" (Martin Luther King Jr.)
Genocídios são tratados como simples disputas , mera
polêmicas. Aceita-se a permanência de uma situação fundada na infelicidade de
muitos. Não estaríamos capitulando diante da situação do extermínio na faixa de
Gaza, perpetrado por um governante doente e cruel?
Os horrores de George Bush no Iraque, Putin na Ucrânia,
e outros malucos do século XX e XXI parecem não produzir nos seres humanos
o horror ao terror dos governos, pelo contrário, parece ter produzido nas
pessoas a normalização do absurdo. Para nossa felicidade e tranquilidade tanto
o Espiritismo e o estoicismo nos indicam um caminho sereno para superação desse
ambiente perturbador e além disso nos mantermos serenos.
Pergunta 877 do Livro dos Espíritos - A necessidade
para o homem de viver em sociedade ocasiona-lhe obrigações
particulares? Respondem os espíritos: - Sim, a primeira de todas é a de
respeitar o direito dos seus semelhantes. Aquele que respeitar esses direitos
será sempre justo. No vosso mundo, onde tantos homens não praticam a lei de
justiça, cada um usa de represálias e é isso o que faz a perturbação e a
confusão de vossa sociedade. A vida social confere direitos e impõe deveres
recíprocos. Texto brilhante e muito atual.
Em matéria do site O Antagonista foi abordado o
seguinte assunto:
A frase da filosofia estóica que é um guia para o bem viver:
o que significa Imperare sibi máximo?
Os ensinamentos da filosofia antiga, especialmente aqueles
provenientes do estoicismo, possuem uma relevância que transcende o tempo. E
podem nos ser muito úteis nos dias que correm. Segue a matéria do site:
"Os ensinamentos da filosofia antiga, especialmente
aqueles provenientes do estoicismo, possuem uma relevância que transcende o
tempo. Em um mundo contemporâneo, saturado de pressões e distrações, os
conselhos de filósofos como Sêneca adquirem uma atualidade impressionante. A
proposta de Sêneca sobre o autodomínio destaca-se por sua simplicidade e
profundidade ao afirmar que a verdadeira força está em sermos senhores de nós
mesmos.
Sêneca, um dos mais ilustres pensadores estoicos,
enfatizava a importância do controle interno sobre o externo. Em sua visão, o
poder autêntico não reside na supremacia sobre os outros, mas na capacidade de
dirigir nossas próprias emoções e comportamentos. Essa ideia se condensa na
célebre frase latina “Imperare sibi maximum imperium est”, que pode ser
traduzida como “Governar a si mesmo é o maior poder”. Esse princípio estoico
ressalta que a verdadeira liberdade e poder derivam do nosso domínio sobre o
que pensamos e sentimos.
A dificuldade que prevejo para a sequência e
atualidade do Espiritismo e do estoicismo é o fanatismo político dos
dias atuais; hoje existem inúmeros "inocentes úteis" que dão suporte
às loucuras dos populistas, demagogos e autoritários que vicejam atualmente no
planeta Terra. Temos que superá-los com a certeza dos nossos conceitos, que se
traduzem, a meu ver, num humanismo responsável e sereno.
Concluo com uma frase do matemático e filósofo britânico
Bertrand Russell (18.05.1872/02.02.1970): "O problema do mundo
é que tolos e fanáticos estão sempre certíssimos, e os sábios, cheios de
dúvidas".
Artigo originalmente publicado no Jornal Abertura de novembro de 2025 - gostou, quer ler o Jornal Completo?
https://cepainternacional.org/jornal-abertura-novembro-2025/
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