quarta-feira, 16 de julho de 2014

                                    O Espiritismo e a Política 
                                                              

                                    Hoje quando se trata do assunto política na mídia geralmente é em tom de brincadeira ou apresentando os políticos como um bando de aventureiros e oportunistas. A maioria fez por merecer, tal o distanciamento de suas condutas com o desejo de mudanças positivas por parte da sociedade. 
                                     Apanhados em alguma falcatrua, apegam-se ao cargo e só o largam quando em última instância trata-se de salvar a própria pele ou poder concorrer nas próximas eleições . O cargo político transformou-se num salvo conduto para quaisquer tipos de irregularidades.
                                    Por isso sempre se disse que o espírita deve procurar evitar participar da política devido às tentações , quase que insuportáveis e que colocam em risco a evolução nesta encarnação. Trata-se de um equívoco esse tipo de pensamento. Como dizia a filósofa Hannah Arendt, a política é nossa última garantia de sanidade mental. Inexistindo a boa política,  sobram os regimes totalitários, as ditaduras, os governos populistas e ineficientes. E quase sempre cerceadores das garantias individuais.
                                    Hoje temos um Ministro de Estado espírita , exercendo um posto de imensa responsabilidade e que possui ótimas condições éticas  para levar o exercício do mandato a um bom termo. Não se pode fugir a uma responsabilidade coletiva tão importante somente porque trata-se do perigoso caminho da política.
                                     Quando recuperamos o pleno exercício da democracia, com os governadores eleitos pelo povo assumindo seus cargos em Março de 1983, fiz questao, aos 29 anos de idade, de acompanhar o desempenho de um político que meu pai admirava muito. Votei nele para governador. Chamava-se André Franco Montoro.   
                                      Hoje, 16. 07. 2014 faz 15 anos de seu desencarne . Para mim, foi um exemplo que dignificou o compromisso político com o interesse público . Iniciou sua carreira num partido de nome Partido Democrata
Cristão. Era católico , hoje dito praticante. Como citei hoje temos espíritas em cargos públicos, sendo um de grande destaque. Tenho certeza que saberão honrar o compromisso político com o Interesse público. Fugir a compromissos políticos de qualquer tipo (cargo , eleição , acompanhamento do desempenho dos seus candidatos) não é o perfil ideal de quem tem como finalidade a evolução espiritual. 
                                        Ser espírita também passa pela conduta política. 
                                                                                                                                                                                                 Roberto Rufo


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