Em qual escala de espíritos nos encaixamos?
"O homem que
sabe reconhecer os limites da sua própria inteligência está mais perto da
perfeição". (Johann Goethe).
"O príncipe que pensa poder fazer o
que quiser é um louco" (Maquiavel).
Vivemos momentos de decisão em
tempos conturbados e as nossas opções refletirão qual o grau de evolução que
representa a nossa situação atual de desenvolvimento. No Livro Segundo do Livro
dos Espíritos chamado "Mundo Espírita ou dos
Espíritos” Capítulo I "Dos Espíritos” existe um
subtítulo de nome Escala Espírita.
Inicia-se essa escala pela Terceira
Ordem - Espíritos Imperfeitos que possuem por caracteres gerais a
predominância da matéria sobre o espírito. Uma determinada propensão ao
mal, à ignorância e o seu caráter se revela pela sua linguagem com sentimentos
mais ou menos inferiores. Creio que qualquer um de nós elencaria diversos nomes
nacionais e estrangeiros que se encaixam perfeitamente nessa definição. A
política oferece um oceano de opções. Não podemos nos esquecer que eles ocupam
seus cargos por deliberação nossa. Estaríamos, portanto, nessa escala também?
Na Segunda Ordem - Bons
Espíritos estão aqueles que possuem por caracteres gerais a
predominância do espírito sobre a matéria. Possuem uma propensão para o bem.
Segundo os espíritos, uns têm a ciência, outros a sabedoria e a bondade. Os
mais avançados reúnem o saber às qualidades morais. Acredito que teríamos
dificuldades em elencar muitos nomes que fazem a intersecção do saber às
qualidades morais. A política também oferece, não sejamos injustos, um leque de
opções a preencherem esses requisitos. Sem dúvida muitos de nós já fizemos
escolhas com essa qualidade, e que, no entanto, por motivos vários às vezes
regredimos a espíritos da terceira ordem em nossas escolhas. Cabe a cada um
fazer uma reflexão, uma autocrítica. Como foi possível recuar na capacidade de
escolha?
E por último na Primeira Ordem -
Espíritos Puros situam-se aqueles que por caracteres gerais atestam
que não sofrem influência da matéria. Como adendo possuem uma superioridade
intelectual e moral absoluta em relação aos espíritos das outras ordens. Está
escrito no Livro dos Espíritos que são os mensageiros e ministros de Deus,
cujas ordens executam para a manutenção da harmonia universal. Tenho certeza
que já os vimos umas poucas vezes ou ouvimos falar da sua presença no planeta
terra. São raros. Os que surgem na minha mente nunca ocuparam ou se
interessaram por cargos políticos. Sua liderança sempre se fez notar pelas
palavras, exemplos e isenção de preconceitos. Ainda não tivemos espíritos dessa
ordem na urna eletrônica para nossa escolha. Sonho com esse dia nas próximas
encarnações. Por hora reflito se eles teriam recusado a política como um campo
de trabalho de suas vidas?
Não me parece que a aversão pela
política seja o seu argumento, pois tenho certeza que eles concordam que o exercício
da escolha tem a missão de aperfeiçoar o nosso processo de condução e com isso
contribuir para a progressão dos espíritos.
Nota: Artigo
originalmente publicado no Jornal Abertura de Santos.
Gostou? Você pode
encontrar muito mais no Jornal Abertura – digital,
totalmente gratuito.
Acesse: CEPA
Internacional
Nenhum comentário:
Postar um comentário