Mostrando postagens com marcador Valores de familia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Valores de familia. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 23 de março de 2018

A difícil e deliciosa relação entre pais e filhos - por Roberto Rufo


Pais e filhos não foram feitos para ser amigos. Foram feitos para ser pais e filhos (Millôr Fernandes).


Com essa brilhante manchete, título do meu artigo,  a jornalista, professora, psicopedagoga e educadora para a Paz Vanessa Ratton em artigo para o Jornal A Tribuna nos fala que as relações entre pais e filhos mudaram muito, bem como os valores sociais. Expõe algo que parece simples e claro, como nas ideias claras e distintas que falava Descartes, de que a forma como educamos nossas crianças tem uma importância muito grande no comportamento social das futuras gerações.

Vemos hoje inúmeros problemas envolvendo jovens, seja pelo uso abusivo de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas ou manifestações preconceituosas e racistas manifestadas nas redes sociais. Qual foi a educação recebida por essa juventude que sente prazer em comportamentos tão anti-sociais?
Em diversas passagens do Livro dos Espíritos e do Evangelho Segundo o Espiritismo,  Allan Kardec e os Espíritos falam da responsabilidade dos pais pela educação dos filhos. Especificamente na questão 208 de "O Livro dos Espíritos" está bem claro que os pais têm a missão de desenvolver o espíritos dos filhos pela educação. É uma tarefa e se falhar será responsável. Muitos têm falhado e assistimos os resultados desastrosos dessa omissão. O Estado brasileiro também tem sido cúmplice nessa omissão. Que exemplo as crianças e jovens podem tirar da nossa infame classe política?

A jornalista Vanessa Ratton nos ensina que os filhos sempre colocarão em teste o limite dos pais, todavia aposta que o diálogo, critérios justos, momentos de carinho e respeito colocam tudo no seu devido lugar. Pode até cansar, mas vale a pena. 

Artigo publicado no jornal Abertura de janeiro-fevereiro de 2018.


                                          
Segundo a Doutrina Espírita, "os Espíritos cumprem uma trajetória de evolução individual, para melhorar intelectual e moralmente. Buscam, na encarnação, os meios de realizar seu progresso, necessitando para isso do cuidado e da orientação dos pais. Suas vidas têm um propósito maior em si mesmas, e não podem nem devem ser usadas para fins egoísticos."

Uma ótima lição passada pela psicopedagoga Vanessa Ratton é de que " educar dá muito mais trabalho do que deixar a criança fazer o que quiser. No entanto, na tentativa de serem amigos dos filhos, inverte-se a hierarquia, e os filhos ficam sem limites ". 

Para a teoria espírita os pais cumprem o papel de proteger os filhos, notadamente em sua fragilidade dos primeiros anos e de despertar sua consciência para a importância do bem e da verdade.

Para essa tarefa os pais devem contar com a ajuda dos profesores (alguns têm medo de colaborar para não serem agredidoa pelos alunos), com especialistas na área da educação e a ajuda dos nossos amigos do plano espiritual. Apesar de em desuso nos meios intelectuais espíritas, a prece em família é um importante fator de união de pais e filhos.

O modelo social se alterou bastante nos últimos trinta anos, onde as mães, além da maternidade têm carreiras profissionais, o que é positivo. No entanto existe uma diferença entre aquelas que podem ter uma carga reduzida de trabalha diz Vanessa Ratton, e as que necessitam trabalhar pois são as únicas responsáveis finaceiras. Sobra muito pouco tempo para o convívio familiar e a ducação fica num plano muito inferior. Essa árvore não está dando bons frutos.


Roberto Rufo.


PS - Artigo publicado no Jornal Abertura - Jan/Fev 2018, quer ver o jornal completo? Baixe aqui.


sexta-feira, 15 de maio de 2015

                 RESPEITO                                            
                            por Nilson Luis Fernandes
                   
                     Por definição do vocábulo português, um substantivo cujo significado refere-se ao ato ou efeito de respeitar ou respeitar-se. 
                    Obviamente, é muito mais do que se tentar traduzi-lo. Inicia-se, aqui,  pensando ser um dos pilares do convívio social, onde seres racionais tentam, ao longo de séculos, honrar e fazerem-se honrados, os mais importantes valores de suas vidas.
                    O conceito de respeito é muito mais amplo do que sua léxica, pois atribui prover o arbítrio a cada cidadão e instituição, posto ser o entendimento e a compreensão, as bases do mesmo. 
Talvez, para refletirmos um pouco mais sobre “respeito”, devemos pensar no desrespeito, que tem fundamentado o curso da história humana, através de exemplos como escravidão, guerra, racismo, agressão, preconceito, abuso de poder, entre tantos outros.
                    O respeito presume ouvir, compreender, interpretar e argumentar. Provavelmente, seja um valor tão superado, nos dias de hoje, em função da ausência de qualquer de um desses quatro sustentáculos. 
                    Fundamental é que o respeito inicia-se no seio da família, através de carinho, amor incondicional, muito diálogo e, sobretudo, o inquestionável valor entre certo e errado. Atualmente, vivemos um momento de dúvidas entre eles. A mídia, a sociedade, a polícia, as redes sociais, os governos, a política, entre outros órgãos, temem enfrentar o que deve ser feito. Qual motivo? Talvez façamos uma conclusão ao final desse texto. O ser humano, nunca nasceu perfeito, precisa lapidar-se.  Aí, complementa-se o mister da escola. 
                    Aí, reside outro problema. Qual é o papel da escola hoje? Professores sem o dom? Pensando nos proventos e nos planos de aposentadoria? Torna-se sem usufruto, portanto, falarmos sobre esse assunto nesse contexto. Hoje, infelizmente, essas questões são políticas. Que pena! E onde estaria a origem desse efeito sem causa?
                    Vamos até outras sociedades, que deram e estão dando certo. Alemanha? Muito provavelmente. Noruega, Holanda, Suécia, Suíça, entre outras. O que deu certo? A simples receita de dar valor à família, as instituições e, principalmente, à educação. O caminho é longo, mas muito mais curto do que possamos imaginar.  
                    Vamos até a origem. Respeitar e fazer respeitar-se. As crianças e adolescentes estão se respeitando?   Acredito ser outro ponto para debate. Não se pode acreditar que a tecnologia atual, que complacentemente aceitamos, esteja ajudando. Quando conseguimos juntar nossos entes queridos na mesa para um jantar? Cada um estará ocupado com seus tablets, smarphones ou quaisquer outros dispositivos, que os permitam estar alienados a valores que a família, eventualmente, queira discutir.    
                    Temos que entender que os tempos são outros. Lembro-me, há tempos atrás, ter perguntado a meu pai, qual seria o motivo que fundamentaria os EUA estarem em guerra com o Vietnã. Para meu pasmo, nos meus 15 anos de idade, esperando toda a consistência de sua resposta  ele, simplesmente disse: filho, não sei.  Claro que não poderia saber, pois não há explicação para o inexplicável Há, sim, explicação para a falta de respeito. Houve, conforme estávamos dialogando, questões entre o capitalismo e o comunismo, alvos de interesses entre as grandes potências na época. Mas não importa, pois o que ficou patente foi que a falta total de respeito mútuo entre valores deflagrou uma das grandes catástrofes da história humana. Entre tantas outras...
                    Quando, no entanto, nós tratávamos de valores de família, como respeito aos mais experientes, aos que eram socialmente menos ou mais afortunados, àqueles que eram de outra etnia, entre outras questões, ele sempre soube impor valores de respeito àquilo que realmente dão sentido ao processo de reflexão do que é respeito.
                    Não obstante, a escola fazia ecoar o que se discutia no lar. Não havia discrepância: hino nacional antes de entrarmos para as salas, aulas de Moral e Cívica, matérias técnicas com muita profundidade, e história do Brasil, como se fosse um momento para orgulho de quem se é e sempre o será.   Cidadãos honestos, honrados e com objetivos! Tudo muito coerente!
                    Houve quebra, por um motivo ou outro, desse fundamental elo entre os discursos entre família e escola e, nesse momento, deixou-se de respeitar o preceito de que as relações entre pessoas e instituições fossem uníssonas. Não há receita de bolo para respeito ou desrespeito. Há, sim, um processo longo de interação entre família e escola, formador de filhos de um país em cidadãos respeitosos a si mesmos e seus concidadãos.  
                   Talvez, uma reflexão a ser feita por todos, seja sobre a antítese do que respeito significa. Pode-se pensar como sendo o egoísmo, cuja base se fundamenta em “passar por cima dos valores de todos, para benefício próprio”. Vamos refletir sobre isso na próxima vez?