terça-feira, 16 de junho de 2015

Análise da necessidade de recorrermos à exobiologia , quer física, quer espiritual para explicar o desenvolvimento das civilizações na Terra. por Alexandre Cardia Machado

Título: Análise da necessidade de recorrermos à exobiologia, quer física, quer espiritual para explicar o desenvolvimento das civilizações na Terra.


Autor: Alexandre Cardia Machado

1 - Objetivo:
Este trabalho visa coletar e analisar a bibliografia espírita que recorre a migrações de espíritos de outros planetas como explicação para os “saltos” da humanidade.

Como piloto deste estudo, analisaremos o desenvolvimento de 3 civilizações em 3 continentes, os Sumérios, os Egípcios e os Maias, respectivamente Ásia, África e America Central, outras civilizações poderão ser citadas apenas, como suporte para a argumentação.

Serão usados como referência espírita as seguintes obras: A Genêse os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo; Revista Espírita –1862 ambas de Allan Kardec; A Caminho da Luz, de Emmanuel psicografado por Francisco Candido Xavier e Exilados da Capela de Edgard Armon além de alguns trabalhos de Gabriel Delanne.

Trataremos de demonstrar que Kardec, Armon e Emmanuel tem uma preocupação básica de monstrar que todas as citações bíblicas e as do Novo Testamento são verdadeiras ou quando isto não é possível de ser feito, diretamente, adotam a estratégia de dizer que os eventos bíblicos são escritos em linguagem cifrada, para ser revelada posteriormente.

2 – Características das civilizações de referência:

2.1 - Desenvolvimento intelectual da humanidade:

Uma forma de medir o desenvolvimento intelectual de uma civilização ou uma população é através da medição do avanço científico, artístico e humanístico que tenham atingido. Fazer isto em épocas remotas é uma tarefa mais difícil, mas é isto que pretendemos fazer aqui.

Para mergulharmos na pré-história encontraremos registros humanos que datam de 1 a 10 milhões de anos que são as pedras lascadas, grandes sinais de desenvolvimento da humanidade podem ser observados.

“ As civilizações do paleolítico inferior, que datam do princípio da era quaternária e terminam com a chegada do último período glacial, devem ter abrangido imensa época, durante a qual parece ter havido contínuo aperfeiçoamento da cultura, pelo que se pode verificar na região compreendida pela Inglaterra e França”1

“ O homem do Paleolítico médio ja desenvolviam uma industria de instrumentos domésticos à partir de osso e muito se aperfeiçoou a arte de talhar o siléx. Encontram-se coisas como agulhas com orifício e arpões de duas pontas são provas disto – são desta época as mais antigas pinturas
ruprestres.2




Figura 1: Pintura rupestre encontrada na caverna Perch Merle na França – aqui mostramos apenas parte de um grande painel

Durante o mesolítico (30.000 a 10.000 a.C.) já como o único3 gênero homo existente na terra, desenvolve a habilidade de caça usando o arco e flecha, passando a viver em grupos menores, uma vez que as espécies grandes (de caça) foram extintas na era glacial, com esta nova técnica o homem passou a abater aves, pescar e aumentando a sua capacidade de adaptação ao meio ambiente, também é desta fase o início da domesticação de animais.

No período do Neolítico, o homem já domesticava animais, dominava a agricultura e cerâmica. Instrumentos polidos de silex, ou rocha ignea dura, osso, chifre ou marfim.

“A vida fixa, não nomade, com a agricultura primitiva e as artes, parece haver começado nas bacias dos grandes rios – o Nilo, o Eufrates, o Tigre e o Indio – sugerindo a analogia que também na China isto tenha ocorrido”

“ O homem neolítico revela ainda um outro progresso, estruturas como as de Stonehenge, nas quais uma pedra afilada marca a posição do sol nascente durante o solstício, servem para fins astronômicos e também religiosos”

Ao contrário do que muitos pensam , o Homem do neolítico já pensava matemáticamente, no Instituto Real de Ciências Naturais da Bélgica, existem os bastões de Ishango, que são os primeiros registros numéricos da humanidade e que datam de 20.000 a.C. e que são formados por ossos marcados por riscos, demonstrando quantidades, encontrado em Uganda na África em 1950 pelo arqueólogo Belga Jean de Heinzelin.

Nos tempos pré-históricos, o homem descobriu o emprego das drogas extraídas de ervas e fez experiências combinando com outros materiais criando uma farmacologia primitiva – isto a 10.000 a.C. Os primeiros médicos vem desta época, se utilizavam de ervas e produtos extraídos de animais, mas também de técnicas para afugentar os maus espíritos, consta desta época a utilização de animais como cobaias para verificação da eficácia do tratamento.

Nesta fase o desenvolvimento da agricultura é passado de populações a populações vizinhas de tal forma que entre 9.000 a.C. até 4.000 a.C. estas técnicas são dominadas por toda a humanidade que vivia no supercontinente Eurásia e norte da África.

A idade do Bronze e do Ferro confunde-se com a história, já aparecem as civilizações, as cidades estado, o comércio e principalmente a guerra, assim chega-se a um estágio de grande evolução tecnológica.



Figura 2: Arremessador de dardo entalhado de 10.000 a.C. com cerca de 50 cm, com este tamanho não era muito eficiente, demonstrando o seu uso como adorno.

Trataremos agora das tres civilizações que destacamos, por serem elas sempre referenciadas por seu elevado desenvolvimento comparado aos povos ao seu redor. Na verdade isto não ocorreu e o processo desde as primeiras urbanizações e o aparecimento de grandes impérios levou em cada um destes casos cerca de 6.000 anos de lentos e continuados processo de desenvolvimento.

2.2. – Egipcios:

2.2.1 - Organização social e politica:

A transição de nomades caçadores coletores para agricultores, no vale do Nilo, remonta a 8.000 a.C. de forma isolada e com pouco contato com o que se passava na Mesopotâmia, o que fez com que a idade do Ferro por exemplo só atingisse o Egito na era cristã, quando os Romanos o conquistaram.
O Egito que foi unificado a 4.000 a.C em um estado religioso,onde o seu rei, chamado de Faraó, era considerado como de descendência direta dos deuses. O Egito por 2.500 anos manteve diversas dinastias, sem sofrer nenhuma invasão em contraste com o que se deu nos outros centros de saber da época, com isto foi se organizando um estado burocrático e voltado para aproveitar as cheias do Nilo para produzir alimentos. O Egito desenvolveu-se como se fosse uma ilha, pois ao sul em direção ao Sudão não haviam inimigos a leste e oeste apenas deserto e ao norte o Mediterâneo, onde àquela época ainda não haviam marinhas suficientemente fortes para criar problemas. Isto permitiu que o Egito desenvolvesse técnicas de construção, conservação de alimentos e registro de informações através da utilização do papiro, apropriado para o clima seco do deserto. O Estado preocupava-se com os seus cidadãos e havia uma hieraquia muito bem definida.

Esta característica de certo isolamento, demonstra a capacidade humana de desenvolvimento que aflora à partir do momento em que o homem passa a ter tempo para pensar e analisar o seu ambiente, propiciado pela agricultura que vamos demonstrar mais a frente é o grande diferencial recente da humanidade.

No deserto ao seu redor haviam povos nomades que iniciavam e formação de cidades, como podemos perceber no relato da Bíblia:

“No Velho Testamento encontramos vivído e primitivo relato da vida dos povos nômades.
Também Lot, que foi com Abraão, possuía rebanhos e tendas. E a terra não poderia sustentar os dois, caso quisessem viver juntos... E Abraão disse a Lot... Não existe diante de ti a terra toda...”

2.2.2 - Religião:

Praticava-se a adoração dos ancestrais e dispensava-se muita atenção, aos mortos da realeza, que eram julgados descendentes dos deuses, desenvolveu um clero, como os sumérios.

“ mas as doenças mentais continuam a ser encaminhadas a exorcistas que, com amuletos e passes, se propunham expulsar os maus espíritos”

A religião e a medicina se misturaram, através do culto aos mortos, desenvolveu-se a mumificação.
2.2.3 - Ciência:

“ No que toca à aritmética, utilizava-se um sistema decimal já na primeira dinastia. (3.000 a.C.) Não havia nele símbolo para o zero (criação indiana muito posterior) nem notação de posição, da mesma forma que faltavam símbolos separados para os números entre 1 a 10, de modo que a unidade tinha de ser repetida até perfazer o número desejado. Também se tratavam por unidades as frações assim, por exemplo 7/12 era representada assim 1/3 ¼, implicando adição.

O Calendário Egipcio tinha 365 dias por ano, desenvolveram a agrimensura, utilizando cordas, na astronomia agruparam estrelas em constelações e desenvolveram a medicina e estudos de anatomia ja em 2.500 a.C... no século XII a.C. ja tinham desenvolvido o tear,”

Como característica geral podemos afirmar que a ciência e a matemática Egípcias eram práticas, voltadas para as necessidades ,sem muita preocupação com a teorização, que só viria a ocorrer com os Gregos 2.000 anos depois.

2.3 – Sumérios.

2.3.1 - Organização social e politica;

Entre 10.000 e 5.000 anos a.C. na região entre os rios Tigres e Eufrates, onde hoje situa-se o Iraque, diversas colônias ali se estabeleceram – o clima não era tão favorável como no Egito, mas em compensação era rico em fontes de minérios, argila e betume, além de ficar localizada no centro de uma região rica em povos de grande diversidade.


Ao contrário do Egito, por aqui a guerra era uma constante e os governos se sucediam, conforme a dominação. Ficando no caminho entre a Europa e a índia o comércio floresceu.


Figura 3: Este é um angulo não muito comum de ver esta região, mas demonstra mais claramente quão próxima são as regiões que mais floresceram na antiguidade.

Em 5.000 anos, nesta região, passamos de nomades a moradores de cidades estado, por volta de 4.000 a.C. ,culturas definidas emergiram no Tigre, em Samarra, nas vizinhanças de Jazira e, ao sul, em Ur (atual Nasiriya) e Hajj Muhammad (240km de Bagdá). A fixação do homem, inicia o processo de formação do sentido de pátria, as cidades começam a aumentar e o comércio floresce. A Cidade mais antiga que se tem notícias ficava mais ao sul e chamava-se Jericó (cerca de 8.000 a.C.). A primeira cidade murada foi Uruque, perto do rio Eufrates, isto em 3.000 a.C. Nesta época iniciam-se as primeiras dominações das cidades estado como Uruk, Ur e Kish, aparecem então as primeiras dinastias, moda que vai pegar logo em seguida no mundo todo.

Desenvolveram uma cultura superior aos povos nomades ao seu redor. Os Sumérios dominaram politicamente a região até cerca de 2.300 a.C. quando os Acadianos dominaram o país, assumindo o poder mas não destruindo a cultura. Posteriormente os Assírios conquistaram a região em 1.200 a.C..Durante 800 anos os domínios das diversas cidades, dentre elas a cidade de Babilônia (que no século VII a.C. chegou a ter 10.000 hectares) ficou sendo disputado por assírios e caldeus, o brilhantismo deste povo permaneceu até o domínio pelos Persas em 400 a.C.19 Posteriormente os gregos com Alexandre acabaram por dominá-los.

2.3.2 - Aparecimento da escrita;

Foram desenvolvidos pictogramas que representavam os cereais, animais, seguidos da quantidade, tudo isto em argila, em forma de tabletes. Isto ja por volta de 8.000 a.C. à partir os Sumérios passaram a identificar alguns símbolos que representavam idéias, um exemplo uma boca junto com linhas onduladas (água) representavam a sede. A seguir foram feitas experiências com fonemas. Criaram um instrumento em forma de cunha que facilitava o trabalho do escriba, daí o nome de escrita cuneiforme, finalmente a escrita como um todo foi estabelecida a cerca de 3.000 a.C.20 Uma vez que o homem estabelece a escrita esta prática mostra-se tão eficáz que é transmitida muito rapidamente para todos as regiões conhecidas.




Figura 4:Podemos ver o desenvolvimento da escrita, surgindo na Mesopotâmea e sendo migrada rapidamente para todo o mundo civilizado, basicamente estimulada pelo comércio.

2.3.3- Religião:

Foram os primeiros povos a desenvolverem um clero,pois justamente estes sacerdotes descobriram que precisavam de um método de preservação de registros, como colheitas, impostos e carregamentos comerciais. Foram desenvolvidos pictogramas que deram origem à escrita cuniforme.

O Culto coletivo foi pela primeira vez institucionalizado pouco depois de 5.000 a.C., na cidade de Eridu, a sudoeste de Ur. Em honra de Enki, a divindade que protegia o suprimento de água da cidade. Foi construído um grande edifício em sua homenagem.

2.3.4 – Comércio / Navegação:

Antes mesmo do estabelecimento da agricultura já o comércio ocorria, principalmente com produtos feitos com rochas obsidiana, sal, pedras semi-preciosas, isto ja a 9.000 a.C.22em toda a região do crescente fértil que envolve regiões que hoje pertencem a Israel, Líbano, Turquia, Iraque e Irã. O Comércio era fortemente favorecido pela geografia, pois esta região, apesar de montanhosa, possui vales de rios praticamente interligados, permitindo caravanas se deslocarem desde o Irã até o rio Nilo, sem grandes obstáculos.

2.3.5 – Ciência e a transmissão de conhecimento:

Construções complexas:

Cerca de 6.000 a.C. já muitas cidades atingiam tamanhos de 4 a 5 hectares, com construções em tijolos de barro, argamassa e telhados de madeira, estas casas já dispunham de fogões.23 Ao lado das casas eram mantidos os seleiros e os animais domestificados.

Artesanato:

A 6.000 a.C. ja existiam os artesões profissionais, como na cidade de Beidha, onde se produzia artigos em osso, como alfinetes, agulhas e principalmente objetos de barro e cerâmica, ja à partir
de 4.000 a.C. o processo de produção de cerâmica evoluiu para a utilização de roda de oleiro e fornos tornando a atividade cada vez mais profissional.



Figura 5: Produção em série na antiga Mesopotâmia – isto a 6.000 a.C.

Desvio de rios:

Pela observação de que as terras baixas após as cheias ficavam mais férteis,logo o homem passou a canalisar e desviar o curso dos rios. Estas técnicas foram evoluindo lentamente. Como as cheias eram repetitivas, ou seja era possível determinar o seu calendário (razão pela qual todos os povos antigos desenvolveram calendários bastante precisos, era possível preparar o solo para que com a cheia as áreas a serem plantadas fossem irrigadas. Também várias técnicas de cisternas e captura de água das chuvas foram desenvolvidas.

2.3.6 – A arte da guerra;

Não eram apenas os desastres naturais que atormentavam os agricultores primitivos. A riqueza atraía saqueadores nômades ou vizinhos invejosos, cada vez mais as lanças, fundas e flechas, que antes eram usadas principalmente contra os animais, passavam a voltar-se contra seres humanos, estamos entre 6.000 a.C. e 5.000a.C. e as cidades começam a fortificar-se, aparecem as primeiras muralhas.
A vida confinada trouxe com ela também a doença e as pestes. Nesta época a vida média nas grandes cidades era de 30 anos para os homens e 35 para as mulheres.

Do Oriente médio e daí para o resto de mundo civilizado começaram a existir as cidades muradas, sendo a primeira delas Jericó na atual Israel que tinha fosso e muro defensive feito de tijolos de barro em 8.000 a.C. formadas por casas agrupadas sem ruas internas, isto já em 6700 a.C. como Satal Huyuk, no sul da atual Turquia e posteriromente os muros de pedras se generalizam.
À partir do momento em que a riqueza se acumula, aumenta a disputa e as conquistas, que perdurarm até o onosso século.

2.4 – Maias;
2.4.1 - Organização social e politica;


Escolhemos os Maias por sua avançada constituição e organização enquanto império, mas eles não foram os únicos nem os primeiros na América, o homo spiens quando colonizou a América já possuia um desenvolvimento tal que em condições adequadas pôde demonstrar a sua capacidade. Um artigo publicado no Jornal o Globo em 2001 relata as descobertas arqueológicas no Perú onde uma cidade, no vale do Rio Supe, denominada de Caral, já em 2.600 a.C. - 800 anos antes das grandes civilizações Mexicanas, sendo assim o berço das civilizações americanas e contemporânea dos Egípcios e Sumérios, possuindo cidades com 65 hectares.26 Os Maias floresceram na América Central e México (província de Yucatán) por volta de 300 a.C., existe a possibilidade de que eles tenham se originado da derrocada do império Olmeca pré-existente e que data de 900 a.C. e estes de civilizações anteriores existentes desde 1500 a.C na região. Os Maias criaram a maior civilização do Novo Mundo.

A maior cidade Maia foi Teotijuacán, no final do século VI d.C. sua população atingiu 150.000 habitantes, numa área de 20 KM quadrados. No centro da cidade existe uma pirâmide com 60 m de altura


Figura 6: É a maior zona arqueológica de Cancun, localizada no km.19 de Boulevard Kukulkán. Contém praças delimitadas por edifícios e plataformas que se comunicam por um caminho de 200 m. A zona teve o seu auge no período de 1250 a 1521 d.C.

Os sucessores dos Maias foram os Aztecas, sua capital, quando descoberta por Cortêz em 1519 constava com uma população de 300.000 habitantes, apenas como referencia, a maior cidade europeia da época era Londres com 250.000 habitantes.

2.4.2 - Aparecimento da escrita;

A matemática tem registro nos Maias desde 300 a.C. era uma matemática que usa a base 20 - lembrem-se que nós usamos a decimal ,mas para computação a base binária – usavam uma escrita com base em glifos.

2.4.3 – religião;

A religião Maia, parece ter tido um aspecto sombrio e repulsivo. Praticavam a automutilação e o sacrifício humano, que consistia na tortura, seguida de decapitação, ou na retirada do coração de uma vítima viva.

Praticava-se a adoração dos ancestrais e dispensava-se muita atenção, como no Egito, aos mortos da realeza, que eram julgados descendentes dos deuses, acredita-se que tenha havido uma classe sacerdotal hereditária.

2.4.4 – Ciência;

Um exemplo de desenvolvimento da ciência primitiva na América é a utilização da Mandioca pelos índios americanos na américa central – Cultivava-se mandioca por suas raízes tuberosas, que são empregadas na fabricação de farinha, pão, tapioca, goma para passar roupa e bebida alcólica, mas no seu estado natural o tuberculo é tóxico – o venêno , uma espécie de cianureto – é romovido pelas ações combinadas de ralar, espremer e aquecer os tubérculos . Mas como os índios da América Central descobriram toda esta técnica?

 Este desenvolvimento demonstrou a existência de uma lógica investigadora. Evidentemente o desenvolvimento da técnica levou muito tempo, pois a mandioca era utilizada pelos indígenas em toda a América. O que demonstra que a tranmissão de conhecimento se efetua de forma rápida, mesmo em ambientes onde não se utiliza a escrita.

A Astronomia e a construção de calendários, que nos Maias os mesmos remontam a 3000 a.C.,
anterior mesmo à sua época. Neste período a região de Tehuacan no México era muito desenvolvida. Os calendários estavam muito relacionada com os registro históricos e utilizavam a mesma lógica que mais tarde foi adotada na Europa em 1583 ,no chamado calendário Juliano, por Giuseppe Scaliegero.

3 – Icone de desenvolvimento da humanidade - a agricultura:

“Por dois milhões de anos, o ser humano vagara, alimentando-se do que lhe oferecia a natureza. Vilas como a de Beidha (Palestina) prenunciaram o fim disto. Em todo o Oriente Médio, disseminaram-se assentamentos similares enquanto outros grupos de caçadores-coletores, empenhavam-se em domesticar o campo: desenvolviam técnicas de semeadura, colheita e pastoreio do gado. Tais inovações aparentemente simples, iriam mudar a face do mundo. Em poucos milênios a humanidade errante começou a se organizarem grupos sedentários que pontilhavam todos os vales, estepes, planícies e pampas do globo. Não foi uma revolução repentina. Os hábitos estabelecidos eram abandonados com dificuldadee, no início, os antígos métodos de caça e coleta conviveram com o novo estilo de vida. Mas o padrão da existência humana estava sendo alterado de maneira irrevogável. Esses primeiros lavradores fizerammais do que apenas incrementar os suprimentos alimentares. Deram a si mesmos a oportunidade – controlando as colheitas e as doenças – de viver em maior segurança e aumentar sua expectativa de vida.”

A 8.000 a.C. já se cultivavam cereais no México e a 7.000 a.C. ja técnica chegou ao Perú, demonstrando que a transmissão de conhecimento de tribo a tribo se deu da mesma forma na América como na Ásia.

Este relato, demonstra claramente como se deu a transformação da humanidade de caçadores-coletores a agricultores. A fixação do homem, mudando sua característica nomade para sedentário, fez com que a população começasse a aumentar, agora não mais geograficamente, pois antes o aumento de população sempre obrigava a conquista de novos territórios, com o advento da agricultura, aumenta o comércio, as populações vivem mais, os objetos que são portados por esta população podem aumentar de tamanho, construções maiores começam a se formar.
Uma pequena família nomade de 25 pessoas precisava de 650km2 para garantir o seu sustento, uma vez estabelecido esta mesma área podia confinar milhares de pessoas. Tudo isto começou a ocorrer no Oriente médio por volta de 10.000 a.C. Este período coincidiu com o fim da última
era glacial, com o recuo do gelo, grandes áreas se abriram para o pasto e para a agricultura. A 10.000 anos a população da terra era de cerca de 10 milhões de pessoas.

Assim como antes da agricultura, a capacidade de andar ereto, fabricar objetos primeiro de rochas depois de cerãmica, a domesticação do lobo, craindo o cachorro que serviu de proteção e tração, a construção do arco e flexa, a arte e finalmente a agricultura foram os grandes marcos da humanidade. A agricultura criou as condições de fixação do homem, com isto veio a cultura e o conhecimento, todos os demais avanços são consequência da fixação do homem, da mudança de coletor para agricultor, daí a produção em massa, a ciência foram passos continuos.

Neste período ja existia o comércio, mercadores andavam de lado a lado oferecendo objetos e comida, as trocas de então disseminaram o conhecimento e a técnica de cultivo de terras. A domesticação de animais, pode ser demonstrada como ela foi sendo disseminada, veja a figura abaixo:

Começaram então a selecionar sementes, armazena-las em potes de cerâmica ou buracos forrados com palhas. Com a população fixada, não havia problemas em ter-se uma prole maior e os velhos começaram a ganhar espaço. Em 8.000 a.C. Jericó ja contava com uma cidade de 3 mil habitantes.

A 6.000 a.C. a agricultura se estabeleceu na China, o painço é cultivado e criam-se porcos e cães.

4 – Principais referências ao desenvolvimento da humanidade na bibliografia Espírita - Exobiologia:
Como um princípio geral , vamos encontrar referências bem parecidas em 3 textos, um do próprio Allan Kardec, outro de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier e o terceiro, que parcialmente se baseia no segundo que é de Edgard Armond. Abaixo extraio alguns dos pontos mais importantes destes relatos:

1a Raça emigrada:

Antecedentes, segundo Edgard Armond seriam, na verdade várias as migrações, a primeira migração de espíritos teria ocorrido , no final do terceiro período geológico, como Pitecantropo ( o terciário, corresponde ao período compreendido entre 65 milhões de anos a 2 milhões de anos).

Observação 1:

Neste ponto o autor comete o primeiro erro cronológico, localizando a 1a raça emigrada em um período geológico posterior ao da 2a raça emigrada, mesmo que isto não tenha sido a sua intenção, as referências não se cruzam na ordem certa. Ou, admitindo-se que a referência ao continente esteja certa, ela teria ocorrido no Cretácio – ver observação 2. Agora se nos apegarmos ao nome Pitecantropo, esta é a denominação do Australopitecos que viveram entre 4 a 2,5 milhões de anos atrás, no final do período terciário.

2a Raça emigrada:

Esta segunda raça deve ser considerada como pré-adâmica...evoluiu por muitos milênios, dando tempo a que se procedesse a necessária adaptação ao meio ambiente até que, por fim, com o desabrochar lento e custoso da inteligência, surgiu entre seus componentes o desejo de vida comum, que nessa primeira etapa evolutiva, era visceralmente brutal e violento, porém ainda não fisicamente humanos. Iniciou-se com estes espíritos um estágio de adaptação na crosta planetária tendo como teatro o grande continente da Lemúria”.

Observação 2:

Se este continente da Lemúria um dia existiu, remontaríamos ao período da movimentação da crosta terrestre ou Cretácio, numa época em que predominavam os grandes dinossauros ou a 110 milhões de anos atrás. Isto é pelo menos 50 milhões de anos antes dos primeiros primatas antecessores dos homenídeos que foram os Lemures a 50 milhões de anos.

 Descendentes destes primatas existem até hoje na Ilha de Madagascar. Neste caso teríamos que admitir que espíritos ja evoluídos em outros planetas reencarnassem em corpos de animais que pouco se diferenciam de pequenos ratos, o que não parece nem um pouco razoável, sendo melhor admitir que os princípios espirituias que habitavam os corpos destes animais seguissem a sua trajetória evolutiva natural.
Segundo Emmanuel, em texto produzido por Chico Xavier em 193744, diz ” O homem, para atingir o complexo de suas perfeições biológicas na Terra, teve o concurso de Espíritos exilados de um mundo melhor para o orbe terráqueo, Espíritos esses que se convencionou chamar de componentes da raça adâmica, que foram em tempos remotíssimos desterrados para as sombras e para as regiões selvagens da Terra, porquanto a evolução espiritual do mundo em que viviam não mais a tolerava, em virtudes de suas reincidências no mal. O vosso mundo era então povoado pelos tipos de “primata hominus”, dentro das eras da caverna e do silex, e essas legiões de homens singulares, pelo seu assombroso e incrivel aspecto, se aproximavam bastante do picanthropus erectus...”

Observação 3:

Ou seja, por este relato as primeiras migrações teriam ocorrido entre 3.000.000 a 2.500.000 de anos atrás, ver quadro abaixo, que coincidiria com o aparecimento do homo Erectus – talvez, tenha sido esta a intenção do autor.

3a  Raça emigrada:

Ainda, muito antes do aparecimento das civilizações, segundo Armond teria aparecido a 3a Raça-Mãe- ou terceira migração “ Foi então que seu instinto e as inspirações dos Assistentes Invisíveis o levaram à descoberta providencial do fogo, o novo e precioso elemento de vida”

Observação 4:

Segundo os registros arqueológicos o homem dominou o fogo entorno de 500.000 anos atrás quando coexistiam na crosta terrestre o homo erectus e o Homo habilis, encontram-se sitios arqueológicos em locais como a China e Alemanha que datam desta época.

“A defesa, que abriu à humanidade torturada de então novos recursos de sobrevivência e de conforto. Formada por homens de porte agigantado, cabeça mais bem conformada e mais ereta, braços mais curtos e pernas mais longas, que caminhavam com mais aprumo e segurança em cujos olhos se vislumbravam mais acentuados lampejos de entendimento.

Nasceram principalmente na Lemúria e nas Ásia e suas características etnogeáficas... eram nomades..mas formavam já sociedades mais estáveis e numerosas, do ponto de vista tribal ”


Observação 5:

Novamente a referência a Lemúria, neste caso 100.000.000 de anos defasada, mas se considerarmos, generosamente a Lemúria como sendo o sul da África aí sim estariamos de acordo com o registro destes hominídeos. Podemos ver, no entanto que o autor é bem específico na localização deste continente. Ao fazer isto comete o segundo erro claro, pois à época da existência deste continente o homem não existia, e nem sequer, qualquer forma proto-humana.

Localização da migração:

“ O grande continente da Lemúria que se estendia das alturas da Ilha de Madagascar para o leste e para o sul, cobrindo toda a região ocupada hoje pelo oceano Índico, descendo até a Austrália e incluindo a Polinésia. A região central da Ásia, limitada ao sul pelo Himalaia e que se estende para leste, Pacífico adentro, para oeste terminava nem grande mar, que subia de sul para norte, passando pelas regiões hoje ocupadas pelo Indostão, Beluchistão, Pérsia e Tartária e terminando na região sub-ártica ( Divisão geopolítica da Terra, no início do século XX)

Observação 6:

Esta descrição corresponde aproximadamente à formação existente quando da formação da crosta terrestre com o nome de Pangea. Esta ideia foi primeiramente apresentado por Antonio Snider em 1858 em Paris, sendo que somente em 1915, o meteorologista alemão Alfred Wegener escreveu um livro juntando as evidências a favor desta idéia e a sua comprovação só foi realizada nos anos de 1960 com a descoberta do micro-magnetismo residual existente nas formações rochosas. Assim podemos datar com bastante precisão que esta formação acima descrita é muito similar ao super continente Pangea existente a 200 milhões de anos.49 Assim Armon comete neste caso o terceiro erro. Pois que nesta época , os répteis dominavam o mundo. Tartarugas e ictossauros prosperavam no mar, pterossauros dominavam os ares, enquanto os primeiros dinossauros – e – mamíferos percorriam a terra, sendo que estes mamíferos não eram maiores que os preás de hoje.

Já Emmanuel apresenta uma proposta oposta, declarando que a Lemúrua trata-se de lenda:
“Os Arianos puros, entre os quais cultivavam-se igualmente as lendas de um mundo perdido, no qual o povo hindu colocava as fontes de sua nobre orígem. Alguns acreditavam se tratasse do antigo continente da Lemúria, arrasado em parte pelas águas dos Oceanos Pacífico e Índico... a realidade, porém é que, como os egípcios, os hindus eram um dos ramos da massa de proscritos da Capela, exilados no planeta”

Observação 7:

Como podemos ver, Armon basea-se no livro A Caminho da Luz, mas, no entando não observa esta referência contida no mesmo livro. Or outro lado Emmanuel diz que estes povos teriam evoluído diretamente dos homo erectus/habilis, o que de fato não ocorreu.

4a raça emigrada:

“isto no oriente e no ocidente na região da grande Atlantida e no continente americano no norte na região da atual Groenlândia”

Observação 8:

Não existe nenhuma evidência de que esta formação tenha algum dia existido na Terra.

5a raça emigrada:

“Na região do polo norte até o paralelo 80 e todo o norte do continente europeu. Esta a área ocupada pelos Árias”, mais tarde época não definida.

6a raça emigrada - Enfim os Capelinos:

Segundo Armon, os espíritos superiores escolheram os povos mais adiantados então para que fossem o foco da encarnação dos exilados (muito mais evoluidos), assim escolheram a região da China em suas palavras : “- inegavelmente o mais prístimo foco de todos os surtos evolutivos do globo é a China milenária” ( nota do autor Edgard Armon – Para a ciência oficial a civilização chinesa não vai além de 300 anos antes de nossa era, mas suas tradições fazem-na remontar a mais de 100 mil anos. A civilização chinesa, entretanto, veio de Atlanta primitiva).

Aqui temos uma contradição à comunicação de Emmanuel que diz terem sido as “organizações hindus” que seriam anteriores às Egipcias e Israelitas.

Logo após as primeiras encarnações, segundo o autor dá-se um salto na humanidade ou seja “ de trogloditas habitantes de cavernas e de tribos selvagens aglomeradas em palafitas, passaram, então, os homens, sob o impulso da nova direção, a construir cidades nos lugares altos, mais defensáveis e mais secos, em torno das quais multidões aumentavam dia a dia”.

Observação 9 :

Os autores mais uma vez não combinam e nem um deles combina com as evidências arqueológicas. Armon data a emigração dos Capelinos em 100.000 anos a.C., bem nesta época os primeiros homo sapiens sapiens estavam chegando à região da China, mas a região era principalmente ocupada pelo homo erectus. Os primeiros sitios arqueológicos atribuídos ao Homo sapiens sapiensis, com indicios de utilização da agricultura – que demonstraria o seu grau de evolução - na China remontam a 6.000 anos a.C..5859.

Além disto, as primeiras cidades foram localizadas às margens de rios, em locais baixos onde podia-se aproveitar as cheias dos rios para irrigação, como já demonstrado anteriormente.


Figura 7: Migração do Homo Sapiens

Posição de Allan Kardec:

Evidentemente que pelo contexto das comunicações que Kardec recebia, pelo princípio espírita da pluralidade dos mundos habitados e pela pouca informação científica sobre os planetas do sistema solar, o mesmo só poderia ser favorável a existência de migrações de espíritos de planetas distantes e migrações sucessivas da Terra para outros planetas. Hipótese esta que pode ser aceita porém não se torna tão clara no desenvolvimento da humanidade, como muitos pensaram, inclusive Kardec.
Assim citaremos aqui alguns trechos do artigo publicado pelo próprio Kardec na Revista Espírita de Janeiro de 1862.

“ Como o princípio das coisas está nos segredos de Deus, que não no-lo revela senão à medida que julga adequado, ficamos reduzidos a conjucturas. Muitos sistemas foram imaginados para resolver esta questão e, até hoje, nenhum satisfaz completamente a razão. Nós, também, vamos tentar levantar uma ponta do véu. Seremos mais felizes que os antecessores? Não o sabemos: só o futuro dirá. A teoria que apresentamos é, pois, uma opinião pessoal. Parece-nos em concordância com a razão e com a lógica. É isto o que, aos nossos olhos, lhe dá um certo grau de probabilidade.”

Observação 10:

Alem de deixar bem claro que tratava-se assim de uma teoria pessoal, Kardec vai mais fundo e coloca o seguinte: “ É contra a mania de certos Espíritos, em relação ao principio das coisas, que nós devemos por em guarda; o que, aos nossos olhos prova a sabedoria dos que ditaram O Livro dos Espíritos é a reserva que souberam guardar sobre questões desta natureza.”

Enfim a teoria defendida pelo Prof. Rivail:

“ Embora possam os Espíritos encarnar-se em diversos mundos, parece que, em geral, realizam um certo número de migrações no mesmo globo e no mesmo meio, a fim de melhor aproveitarem a experiência adquirida; não saem desse meio senão para um pior, por punição, ou um melhor, como recompensa. Disso resulta que, durante um certo período, a população do globo é, mais ou menos, composta dos mesmos Espíritos, que aí reaparecem em diversas épocas, até atingirem um grau de depuração que lhes permita morada em mundos mais adiantados. “

E continua no paragrafo seguinte:

“ Conforme o ensino dado pelos Espíritos superiores, essas emigrações dos Espíritos encarnados na Terra ocorrem de tempos em tempos, individualmente; mas em certas épocas, realizam-se em massa, por força das grandes revoluções que os fazem disaparecer em quantidades inumeráveis, sendo substituídos por outros Espíritos que, sobre a Terra, ou sobre uma parte da Terra, constituem uma nova geração.”

Kardec torna-se mais específico ao ligar estas migrações com épocas biblicas e referindo-se a palavras supostamente ditas por Jesus o mesmo acrescenta, dando uma explicação centrada na lei de amor e caridade:

“ A geração a que o Cristo se referia não era a dos homens ( “ Na verdade vos digo que não passará uma geração sem que se cumpram todas estas coisas”) que viviam em seu tempo, incarnados, mas a geração dos Espíritos que na Terra percorreram os diversos períodos de sua reincarnação e que irão deixá-la. Vão ser substituidos por uma nova geração de Espíritos que, moralmente mais adiantados, farão reinar entre si a lei do amor e da caridade ensinada por Cristo e cuja felicidade não será perturbada pelo contacto dos maus, dos orgulhosos, dos egoístas, dos ambiciosos e dos ímpios”

A Raça Adâmica:

Com relação a existência ou não de Adão e da raça Adamica, Kardec diz o seguinte:
“ A questão principal ao nosso ver, não é saber se o personagem Adão existiu realmente, nem em que época viveu, mas se a raça humana, designada como sua posteridade é uma raça decaída. A solução dessa questão não é vazia de conteúdo moral, porque, esclarecendo-nos quanto ao nosso passado, pode orientar a nossa conduta para o futuro”

E diz logo em seguida – falando sobre o mito desta raça adâmica:

“...a idéia de anjos rebeldes, anjos decaídos, paraíso perdido, se acha em quase todas as religiões e no estado de tradição entre quase todos os povos. Ela deve pois, assentar-se numa verdade encontraremos todos os caracteres de uma geração de Espíritos expulsos de outro mundo e exilados, por causas semelhantes, na Terra, já povoada, mas por homens primitivos, mergulhados na ignorãncia e na barbárie e que aqueles tinham por missão fazê-los progregir, trazendo para o seu meio as luzes de uma inteligência já desnvolvida. Não é, realmente, o papel até aqui representado pela raça Adâmica Relegando-a para esta terra de trabalho e de sofrimento...“64
Observação 11:
Kardec acaba não especificando em que momento no passado esta Raça Adâmica acabou migrando para a Terra, mas é favorável a esta hipótese. Apenas temos a contestar o fato de Kardec atribuir que “tradição entre quase todos os povos” deve ser verdade, ora a história da humanidade é repleta de migrações sobre o próprio solo, razões como secas, glaciações, tempestades fizeram com que o homem, por muito tempo nomade buscase um outro local para lá se estabelecer. Esta lembrança “encarnada” seria muito mais forte do que uma possível “lembrança desencarnada” de uma migração de um outro planeta para a Terra. Eu classificaria aqui esta conclusão de Kardec como “erro de Kardec”, pois o mesmo usa esta conclusão como único argumento para a sua tese.

Emmanuel – no Livro A Caminho da Luz, referindo-se a esta raça, especifica que a mesma teria vindo de um planeta distante, este planeta orbitaria a Estrela Capela, na constelação do Cocheiro, mais visível no hemisfério Norte. Chega a especificar que a estrela de Capela estaria a uma distância de 42 anos Luz do Sol. E falando então sobre a recepção destes espíritos, assim ele se refere:
“ Foi assim que Jesus recebeu, à luz do seu reino de amor e de justiça, aquela turba de seres sofredores e infelizes. ...mostrou-lhes os campos imensos de luta que se desdobravam na Terra, envolvendo-as no halo bendito da sua misericórdia e da sua caridade sem limites...aqueles seres angustiados e aflitos, que deixavam para atrás de si todo um mundo de afetos, não obstante os seus corações empedernidos na prática do mal, seriam degredados na face obscura do planeta terrestre...por muitos anos não veriam a suave luz da capela”

Observação 12:

Com relação aos Capelinos, sugiro a leitura do artigo publicado no Jornal Abertura, de minha autoria, no qual teço uma completa análise da possibilidade de ser a estrela Capela a orígem dos Exilados.
A ideia básica defendida é que: por tratar-se a Estrela Capela, na verdade uma estrela dupla, a possibilidade de que a vida tenha se desenvolvido neste sistema é muito remota, tanto assim que a procura por sistemas planetários fora do sitema solar exclui este tipo de estrelas. Pela razão simples que em sistemas duplos uma das estrelas gira muito rapidamente entorno da estrela principal o que eliminaria qualquer possibilidade de existência de planetas em órbita da primeira estrela. Além disto Capela e sua dupla são muito mais novas que o Sol, tendo em volta de si ainda uma nebulosa , que pela existência de um duplo, jamais formará um planeta. Isto nos leva a demonstrar mais um erro de Armon e Emmanuel.




EstrelaEstrela Beta de Capela em órbita
Beta de Capela
Estrela Alfa de Capela
Nebulosa formada pelos restosda grande explosão que deuorígem às estrelas duplas
Figura 8: http://asca.gsfc.nasa.gov/docs/asca/gallery/capella_ring.html aqui podemos ver a estrela dupla de Capela e o anel formado por gases e poeira cósmica ao seu redor.

Emmanuel também trata da orígem da raça branca, dizendo:
“a natureza ainda era, para os trabalhadores da espiritualidade, um campo vasto de experiências infinitas, tanto assim que, se as observações do mendelismo fossem transfridas àqueles milênios distantes, não se encontraria nenhuma equação definitiva nos estudos de biologia. A moderna genética não poderia fixar, como hoje, as expressões dos “genes”, porquanto, no laboratório das forças invisívies, as células ainda sofriam longos processos de acrisolamento, imprimindo-se-lhes elementos de astralidade, consolidando-se-lhes as expressões definitivas, com vistas às organizações do porvir.”

Observação 13:

As técnicas de datação por DNA são utilizadas hoje normalmente na pesquisa arqueológica e a afirmação de que não se encontraria “nenhuma equação definitiva nos estudos de biologia” trata-se de uma total insensatez – tratando-se assim de mais um erro de Emmanuel.
Sobre a orígem da raça branca “em sua maioria, estabeleceram-se na Ásia, de onde atravessaram o istmo de Suez para a África, na região do Egito, encaminhando-se igualmente para a longínqua Atlantida” Com relação à questão da lembrança desta imigração Emmanuel explica que esta memória foi passada de geração a geração até ser gravada nas páginas da Biblia, seguindo neste ponto, a mesma linha de raciocínio de Allan Kardec e que posteriromente também seria seguida por Edgard Armon.

Observação 14:

Por que citar Atlantida? Não existe nenhum indício de que este povo tenha existido novo erro de Emamanuel - e ao que tudo indica a migração do homo sapiens sapiensis se deu ao contrário da África para a Ásia a cerca de 130 mil anos.70 Conforme já demonstrado na Figura 7.
Sobre os povos formados por estes exilados na Terra, “teriam sido os Árias (Indo –européia, os celtas, os gregos e os germanicos e eslavos), a civilização do Egito, o povo de Israel e as castas da índia”.

Observação 15:

A história etnográfica destas populações é diferente, no que se refere aos Egípcios, com relação aos povos da Índia, todos descendem da mesma raça indu-européia. Novo erro de Emmanuel.

Gabriel Delanne:

Gabriel Delanne em seu livro A Evolução Anímica esquiva-se de qualquer hipótese extra-terrestre para explicar o desenvovimento do Homem ,desde seu ancestral mais antigo, recorrendo apenas ao desenvolvimento do espírito e a lei da reencarnação.

“ Nenhuma teoria filosófica pode, como o Espiritismo, explicar todos estes fenômenos. Graças à lei de reencarnação e ao conhecimento da natureza da alma, fácil se torna compreender o progresso do Espírito, desde a modalidades mais rudimentares até as suas manifestações mais altas. O princípio pensante percorreu, lentamente, todas as escalas da vida orgânica, e foi por meio de uma ascensão ininterrupta, em transcurso de séculos inumeráveis, que ele pode pouco a pouco, demoradamente, fixar no invólucro fluídico todas as leis da vida vegetativa, orgânica e psíquica.”

No Livro A Alma é Imortal , Delanne dedica um capítulo completo ao estudo das sociedades antigas ,como os egipcios, os hindus, os Chineses e Gregos, sem recorrer em momento algum à hipótese extraterrestre. Demonstra por exemplo que o culto aos mortos era comum em todas as regiões “verifica-se, com efeito, que os homens da época pré-histórica, a que se deu o nome de magalítica, sepultavam os seus mortos, colocando-lhes nos túmulos armas e adornos”. Ou ainda, referindo-se aos Egipcios que estes a 5000 a.C. já faziam referencia ao culto aos mortos e na crença na sobrevivência.

No livro A Reencarnação, ele diz “ a ciência formulou certo número de hipóteses, para explicar as mutações dos seres. Lamark e Darwin imaginaram teorias sedutoras, que as de Quinton e De Vries completaram até certo ponto. Mas, a verdadeira causa da evolução deve ser procurada, segundo penso, nos esforços que o princípio inteligente tem feito para se ir desprendendo das faixas da matéria”.

Referindo-se aos Egípcios:

Segundo Emmanuel os Egípcios degredados foramos que mais se destacaram na prática do Bem e do Mal, pois seriam os que menos débitos teriam, segundo ele em nenhuma outra civilização da Terra o culto à morte foi tão desenvolvido, sendo que após a saída destes espíritos da Terra “depois de perpetuarem nas pirãmides os seus avavnçados conhecimentos, todos os Espíritos daquela região africana regressaram à pátria sideral”.

A religião era politeísta embora Emmanuel diga que os sacerdotes iniciados teriam conhecimento da existência de um Deus único.

Observação 16:

Esta afirmação parece um tanto absurda segundo Emmanuel os “iniciados’ guardavam segredos da sua condição de exilados”. E que tinham o conhecimento do Deus único, no entanto o Egito antigo foi uma sociedade que adorou diversos deuses e todas as mitologias a eles associados.

Desenvolvimento da ciência e da matemática:

Segundo Emmanuel, “ Aqueles grandes mestres da antiguidade foram, então, compelidos a recolher o acervo de suas tradições e de suas lembranças no ambiente dos templos, mediante os mais terríveis compromissos dos iniciados nos seus mistérios. Os conhecimentos profundos ficaram circunscritos ao círculo dos mais graduados sacerdotes da época, observando-se o máximo cuidado no problema da iniciação”

5 – Conclusões e considerações:

Considero que o passado da humanidade, formado pela luta pela sobrevivência, o crescimento do cérebro e as conquistas, lentas mas determinadas dos homenídeos até a sua forma humana moderna, podem ter tido influência Espiritual, através da ação do Espírito, pelo seu acúmulo de experiência e inteligência.

A possibilidade de migrações, doutrinariamente possível, não encontra eco, no conhecimento que temos de nossa própria orígem. A tentativa de ligar evolução com religião, claramente demonstrada por Edgard Armon e Emmanuel, forçando fatos afim de dar consistência às suas teses em nada ajudam a esclarecer a humanidade.

Kardec também se deixa levar pelo mesmo sentimento, mas tem a clareza de dizer tratar-se apenas de uma hipótese que o mesmo lançava à luz do Espiritismo.

Podemos notar que Gabriel Delanne, muito próximo a Kardec não se deixa contagiar por este e lança suas teses de desenvolvimento do genêro humano apenas baseado nas leis de Reencarnação e Evolução.

Os erros apontados neste trabalho forçam o leitor a pensar. Se os erros ocorreram de duas uma. Ou foram de propósito ou foram por desconhecimento, em qualquer um dos casos põe em dúvida a categoria do Espírito comunicante. Forçando-nos a tomar muito mais cuidado ao lermos as obras psicografadas.

O tema é apaixonante e muito há que ser descoberto, nos estudos arqueológicos, nos próximos anos e, se quisermos que o Espiritismo mantenha a sua base na verdade, muito trabalho teremos para mantê-lo atualizado e livre de misticismos e idiossincrasias.


6 – Bibliografia:
6.1 – História da ciência – William C. Dampier. Edição Brasileira Ibrasa, São Paulo - 1986.
6.2 – O Ser humano e a evolução uma análise Pré-histórica – V SBPE – Alexandre Cardia Machado –Ed. Licespe- Santos SP –1997.
6.3 – História em Revista – a era dos reis divinos; Editora Time-Life Livros, Abril Livros , Rio de Janeiro, 1991.
6.4 – História Ilustrada da Ciência – da Universidade de Cambridge – Colin A. Ronan –Ed. Círculo do Livro – São Paulo –1987.
6.5 – Os Exilados da Capela – Edgard Armond – Editora Aliança – São Paulo, 1999 (2a edição) – 1a edição 1951.
6.6 – Revista Espírita 1862 – Jornal de Estudos Psicológicos – Edicel - São Paulo – tradução de Julio Abreu Filho – sem data
6.7 – A Caminho da Luz – Espírito de Emmanuel - psicografado por Francisco Cândido Xavier . Ed. FEB – Rio de Janeiro -1938
6.8 – A Evolução Anímica – Gabriel Delanne – Ed. FEB – Rio de Janeiro –1976 Edição original francesa de1895. Tradução de Manuel Quintão.
6.9 – A Alma é Imortal – Gabriel Delanne – Ed. FEB – Rio de Janeiro –4a Edição1978 Edição original francesa . Tradução de Guillon Ribeiro
6.10 – A Evolução do Princípio Inteligente – Durval Ciamponi – Ed. FEESP. São Paulo – SP –1999.
6.11 – Superinteressante – 10 anos de revista em CD-rom. Abril SP –2000
6.12 - Enciclopédia Encarta – CD Rom Ed. Microsoft- 2001
6.13 – A Aurora da Humanidade – Coleção História em Revista – Editora Time-Life livros – Abril Coleções –Rio de Janeiro-1993
6.14 – Enciclopédia Compacta de Conhecimentos Gerais – isto é Guiness. Ed Tres, Rio de Janeiro – 1995
6.15 – História Natural da Evolução – Philip Whitfield. Ed. Verbo – 1993
6.16 – O Menor dos Humanos – Kate Wong – artigo - Revista Scientific American – Brasil – Março 2005
6.17 – Atlas da História do Mundo – Folha de São Paulo Editora – Sáo Paulo – 1995
6.18 – O Paradigma das civilizações Adâmicas x descobertas atuais – análise da situação – Alexandre Cardia Machado – Jornal Abertura – ICKS –Santos – Fevereiro 2003
6.19 – Astronomia prática – Atlas do céu – Rio Gráfica editora – Rio de Janeiro –1985
6.20 – Site da Nasa – http://asca.gsfc.nasa.gov/docs/asca/gallery/capella_ring.html
6.21 – O ócio Criativo – Domênico de Masi – Ed. Sextante Rio de Janeiro –2000
6.22 – África berço da matemática – dirk Huylebrouck – artigo - Revista Scientific American - São Paulo –2005
6.23 – Descoberta a mais antiga cidade das américas – Jornal o Globo –27/04/2001

terça-feira, 2 de junho de 2015

Gabinete psico mediúnico uma experiência de saúde emocional - por Alexandre Cardia Machado e Cláudia Régis Machado

Gabinete psico mediúnico uma experiência de saúde emocional:

Autores: Cláudia Régis Machado e Alexandre Cardia Machado


Agradecimentos:

Este trabalho não poderia ter sido feito sem o apoio incondicional da equipe física formada pelos amigos Zilda Maria de Souza Pereira, Mauricy Silva, Antônio Ventura, Pedro Molina, Elizabeth Molina, Yuri Souto Maior e Cláudio Lepage e naturalmente da equipe espiritual, formada por vários colaboradores anônimos e pelos Espíritos que se identificaram como Antero, Diana e Cuidadoso. Um agradecimento especial, em memória ao criador do Gabinete Psico - Mediúnico, Jaci Régis que pensou, implementou a ideia e coordenou o trabalho até o momento da sua desencarnação. Ele sempre repetia “que não havia nada tão importante como o servir e que o espírita deve ter como meta ajudar o próximo”.




1 - Objetivo do trabalho:

Este trabalho descreverá a atividade que está em desenvolvimento no Instituto Cultural Kardecista de Santos - ICKS, desde Setembro de 2009, onde utilizando o intercâmbio mediúnico, suporte psicológico a pessoas com problemas emocionais, noções rápidas de Espiritismo e emissão energética próxima uma equipe formada por sete colaboradores vem ajudando semanalmente muitas pessoas a superar dificuldades existências.

O trabalho descreverá a função desempenhada por cada colaborador, suas principais atribuições, descrevendo o trabalho executado pelos Espíritos e apresentando resultados obtidos. Visa sistematizar e servir como referência por outras casas espíritas. A técnica central é de uma terapêutica breve, relaxamento , apoiada por energias e suporte espirituais com o objetivo de dar um reforço moral, equilíbrio espiritual e anímico.

Verificou-se que as grandes maiorias dos que terminam o processo, geralmente de 10 sessões, ao receberem alta, saem muito mais confiante na sua própria capacidade de manterem-se em equilíbrio, com maiores possibilidades de bem viver.



2 - Bases para o trabalho

Jaci Régis[1], em seu trabalho sobre a Espiritossomática, assim se refere ao ser humano:

“O Ser espiritual integra-se naturalmente no corpo. Ele é, temporariamente, o corpo. Entra na vida corpórea como uma aventura existencial que lhe exigirá o emprego de todas as energias e capacidades para sair-se bem, ao final. O rendimento, a eficiência dessa aventura, como sabemos, varia ao infinito, para cada personagem humana.”

É para ajudar algumas pessoas que estão em dificuldades psico-espirituais, a encontrar um rumo mais seguro que este trabalho foi idealizado.

Segundo Jaci, neste mesmo artigo, “referindo-se aos problemas afetivos definidos no campo da patologia psicológica, entendemos que o homem pode refazer seu caminho, descobrir suas potencialidades e desobstruir os canais de sua energia afetiva. Daí a necessidade de uma terapia espiritossomática, que atue no corpo e no Espírito. O encontro da espiritualidade, passa pela valorização do corporal, em que ela se insere. Quando entendemos o homem nessa globalidade, trabalhamos no presente, que é o único momento real da vida do Espírito. O passado é o presente que passou, o futuro é o presente que virá. O amanhã só se concretiza quando se torna hoje”.

            “Coube aos conceitos Kardequianos, deslocar para o espírito o centro da personalidade, até então, fixada nas células cerebrais orgânicas. Permitiu uma invasão maior e definitiva no campo da espiritualidade, dando condições de pesquisas mais profundas, mais coerentes e mais reais relativas ao estudo do homem em sua total integridade como matéria, energia e espírito atuante.”[2]

A organização do trabalho foi feita com o objetivo de aproveitar uma série de técnicas que são usadas em Centros Espíritas (CE) e em “grupos de aconselhamento psicológico”, a inclusão de sessões de emissão energética (passe), baseia-se na convicção da efetividade desta técnica para a reposição de energia dos pacientes, conforme destacado por Ivan Dutra[3] em 1991 – referindo-se a população de frequentadores das sessões de passe” verificou-se que a grande maioria dos entrevistados relata que a aplicação do passe, traz sensações positivas como: aumento de bem-estar, aumento de energia, efeitos psicológicos de alívio, calma e serenidade (60%). Estes resultados estão de acordo com o que Ney Prieto Peres (1986) afirma, quando diz que as pessoas que participam de trabalhos espirituais em sua maioria alcançam um bem-estar geral”.

Ainda segundo Dutra, Herculano Pires (1985) coloca a respeito dos efeitos psicológicos do passe, que o efeito direto das pessoas no ambiente com intensão de ajudar o paciente, desperta o sentimento de segurança e confiança em si próprio, “que quer dizer, a sensação após o passe pode ser resultado tanto da doação fluídica (energética), como do contato com outras pessoas (calor humano)”.

Herculano Pires[4] refere-se ao Centro Espírita considerado aqui como gênero, representando qualquer entidade espírita onde o mesmo acredita que, ter nas suas palavras “no desempenho da sua função, o CE é, sobretudo, um centro de serviços ao próximo, no plano propriamente humano e no plano espiritual. O ensino evangélico puro, as preces e os passes, o trabalho de doutrinação representa um esforço permanente de esclarecimento e orientação de espíritos sofredores e de suas vítimas humanas, que geralmente são comparsas necessitados da mesma assistência”.

O trabalho realizado no ICKS não é o tradicional “atendimento fraterno”[5][6] que ocorre em centros Espíritas, e sim um trabalho de tratamento metódico psico-mediúnico. Que embora também seja fraternal não tem como objetivo acolher pessoas que buscam o ICKS como um CE. Este trabalho é para ajudá-las a se recompor energética, espiritual e psicologicamente, por um tempo determinado. Ajudando-os a encontrar subsídios internos capazes de mantê-los firmes sem o nosso acompanhamento.



2.1 – Bases Espíritas do Gabinete Psico-Mediúnico:

As reuniões mediúnicas exigem um equilíbrio de energias e uma forte determinação mental de seus participantes, Ademar dos Reis[7], assim descreve a importância da preparação do ambiente: “A reunião mediúnica é uma conjugação de energias e reclama um equilíbrio emocional, sendo o preparo atribuição de ambas as partes envolvidas (encarnados e desencarnados). É preciso sensibilidade para o ritmo de cada reunião.”.

Assim, sempre antes de iniciarmos os trabalhos de mediunidade e de emissão energética procede-se a uma preparação, através da mentalização de todos os componentes encarnados na atividade que será realizada e a abertura mental para a doação da necessária energia àqueles que a necessitam.

Os emissores energéticos assistem à palestra sobre a Doutrina Kardecista e depois se dirigem à sala de passe, onde se juntam aos companheiros que participarão da reunião mediúnica (um médium e dois coordenadores). Neste momento iniciamos a mentalização através de uma prece simples seguida da necessária introspecção e elevação mental de toda a equipe. Nesta hora sempre é solicitado o apoio dos Espíritos da casa, para todas as atividades.

Uma vez feito isto, a equipe da reunião mediúnica se dirige para a sala correspondente enquanto a equipe de emissão energética segue em concentração até que se iniciem os trabalhos.

Estas descrições coincidem com as apresentadas por Marcelo Régis[8] com relação aos cuidados efetuados pela equipe espiritual no Centro Espírita Allan Kardec de Santos– por relatos dos Espíritos que se comunica em nossas reuniões, o grupo espiritual a que pertencemos chamado de Nossa Casa é o mesmo. Alguns espíritos fazem parte dos trabalhos no ICKS e no CEAK de Santos-SP.

O Livro Psicografado de autoria de Marina Fidélis[9] descreve o “CE é agência, escola de liberdade”.

Dentro do princípio definido na introdução ao trabalho esta é a maior motivação à realização do mesmo.




2.2 – Bases Psicológicas do Gabinete Psico-Mediúnico:


Aconselhamento:
Segundo Henriette Morato[10] o aconselhamento psicológico é a expressão mais direta e específica do que é o trabalho do psicólogo. De acordo com ela, o aconselhamento começou por volta dos anos 40, depois da guerra no sentido de poder ajudar os veteranos de guerra que estavam voltando.

E parece ter tomado corpo e expressão na década de 1950-1960. A partir de então o aconselhamento tem sido um método de assistência psicológica destinada a restaurar no indivíduo, suas condições de crescimento e de atualização, habilitando-o a perceber, sem distorções, a realidade que o cerca e a agir, nessa realidade, de forma a alcançar ampla satisfação pessoal e social.

A ajuda envolve a pessoa a refletir para dar sentido a sua existência e assumir suas situações de vida. Focam-se no processo de aconselhamento, conversas com temas emocionais e vivenciais.

Aconselhar não é dar conselhos, ou prescrever condutas que deveriam ser seguidas. Pelo contrário, trata-se de ajudar o sujeito a compreender-se a si próprio e à situação em que se encontra e ajudá-lo a melhorar a sua capacidade de tomar decisões que lhe sejam benéficas. O aconselhamento está centrado na resolução de problemas do sujeito, focalizado no presente, com uma duração mais curta, orientado para a reflexão e ação. Tentado ajudar o cliente a sair da dificuldade e se prevenir, se cuidar para que permaneça assim.

O aconselhamento não trabalha para mudanças de personalidade nem para conflitos inconscientes. Reforça e gratifica as conquistas que o cliente vai efetuando.
Segundo Scheefer[11] pode-se falar em aconselhamento como ação educativa preventiva, de apoio, situacional voltada para solução de problemas.

Para o aconselhamento não há fórmulas, nem metodologia estruturada, mas existem atitudes terapêuticas que o caracterizam e devem ser seguidas:

1. Não ser diretivo - facilita que a mensagem seja assimilada, reduz as tensões, pois não há julgamentos e acima tudo ajuda o cliente a perceber a si mesmo e o meio que vive com objetivo, se necessário, de alterar sua percepção.
2. Ser congruente – “Rogers[12] fala que os terapeutas melhor sucedidos no lidar com os clientes são reais e exibem autenticidade”.
3. Expressar atitudes positivas de aceitação e de calor humano para com o cliente. O conselheiro preza o cliente, não aprova, nem reprova. É o sentimento positivo sem reservas e julgamentos. O terapeuta vê o cliente como um ser com potencial.
4. Ter compreensão empática - o conselheiro deve compreender o cliente, ter senso do mundo interno e das significações pessoais do cliente como se fosse ele próprio, seu próprio mundo, porém mantendo a neutralidade. Esta condição é, segundo May[13]  a chave para o processo de aconselhamento, pois é através dela que todos os conselheiros atingem as pessoas.
5.Fazer um acolhimento adequado e proporcionar ao cliente um ambiente aconchegante. Estabelecer uma relação de confiança e ser facilitador para que as exposições dos temas auxilie o cliente na resolução de seus problemas e tomada de decisões. 
6. Ter uma comunicação competente com clareza da linguagem empregada. O objetivo maior do aconselhamento é conseguir que o cliente torne-se ele mesmo seu agente transformador e possa ecolher medidas para melhor satisfaçãopromovendo seu bem estar. É promover o bem estar psicológico e a autonomia pessoal no confronto com as dificuldades e com os problemas.

 Problemas mais comuns que o aconselhamento atende:

Depressão/Luto.
Ansiedade/Stress.
Dificuldades Relacionais.
Situações causadoras de Mal-Estar Físico e/ou Psicológico.

Muitas pessoas não conseguem passar por situações de crise sozinhas e necessitam de apoio de amigos e familiares.

No trabalho do gabinete psico-mediúnico os clientes são selecionados após a entrevista. Selecionamos pessoas que não apresentem  problemas psicológicos graves, mas que estão vivendo um momento difícil, e que precisam de ajuda para gerir todos os fatores intervenientes em questão.  Muitos se mostram desestabilizados no enfrentamento dos momentos difíceis por demonstrarem de personalidades fracas e problemáticas que acabam por aflorar em desequilíbrio mental-emocional, sendo que outros mostram desanimo e falta de coragem, apesar de terem personalidades estruturadas.

Estruturamos o nosso trabalho para atender este tipo de problemática e como não temos a pretensão de fazer terapia em grupo adequamos o nosso atendimento como aconselhamento, mas não de forma clássica. Mas com modificações e adaptações que ajudassem as pessoas que nos procuram. Para isso acolhemos as pessoas identificando a sua demanda e esclarecemos sobre o trabalho que desenvolvemos para evitar fantasias e mitos, pois uma orientação neste tipo de trabalho é compreendido de forma mágica e mística.  Mágica acreditando que os espíritos resolveram os problemas, de alguma forma diferente e mística porque a orientação é dada por alguém do além, do plano extrafísico.

 Os pacientes logo no inicio percebem que a situação não é esta, mas que consiste na mudança da situação que se encontra, com trabalho constante, persistência. Trabalhamos com aqui e agora fazendo-os compreender o que ocorre com eles, bem como a importância de buscar o crescimento emocional, psíquico e moral, enfim desenvolvimento global.

Adotamos o aconselhamento como técnica terapêutica visando oferecer perspectiva de vida onde cada um sinta responsável pela sua própria vida, co-responsável pela sua qualidade de vida, por suas escolhas e por sua liberdade. Valorizando a vida e cada momento, mesmo na dor e no sofrimento e acreditando na sua própria capacidade.


3- Descrição do trabalho:

Descreveremos o trabalho desenvolvido considerando a seguinte estrutura:

Componentes e funções dos membros encarnados do ICKS:
Componentes e funções dos membros oriundos do plano Extrafísico

3.1 - Componentes e funções dos membros encarnados do ICKS:

3.1.1 - Dinâmica dos trabalhos e duração dos tratamentos:

O trabalho foi dimensionado para funcionar em 10 semanas sendo que as atividades transcorrem da seguinte maneira, no primeiro dia, o paciente chega entre 19h00min e 19h30min para anamnese – conforme o tipo de problema apresentado o paciente é aceito para o tratamento, já se integrando aos trabalhos no mesmo dia.

3.1.2 - Palestra Espírita:

A partir de meados de 2010 foi implantada uma palestra espírita básica, englobando os princípios básicos e leis morais, normalmente apresentadas pelo Sr. Mauricy Silva – tem duração de 20 minutos, no máximo. Os emissores energéticos assistem à palestra para preparação e foco de pensamento.

Durante o período da palestra um dos colaboradores, Sr. Mauricy faz a chamada das pessoas que vão falar com o espírito no Gabinete Mediúnico e das pessoas que vão para a sala de emissão energética.


3.1.3 Indução a renovação do pensamento, relaxamento e respiração.

Utilizamos para início da sessão um relaxamento físico e mental conquistado através do controle da respiração e da indução sugestiva propiciando uma maior abertura mental aos pacientes. Lembrando que a reunião inicia com uma pequena explanação sobre os princípios Kardecistas. Elegemos iniciar desta maneira porque somos uma instituição espírita e recebemos pessoas de todos os credos e para mostrar quais são os fundamentos filosóficos do nosso trabalho.

3.1.4- Aconselhamento:

Seguindo à palestra espírita, a psicóloga Cláudia Régis Machado inicia uma preleção de aproximadamente 1 hora, com assuntos psicológicos variados, os quais relatarão num tópico aparte.
Técnica aplicada –
Utilizamos a exposição de temas psicológicos como ferramenta terapêutica que tem como objetivo fazer com que os pacientes se identifiquem com o tema da explanação e venham a refletir. São motivados para que esta reflexão ocorra e em alguns momentos expressem suas dúvidas e questionamentos.
Não é uma terapia de grupo, mas como colocamos antes um aconselhamento que leve a reflexão e posteriormente a ação para mudanças necessárias. Mantemos um enfoque no aqui e agora. Estimulamos que a decisão de mudança e as conquistas sejam buscadas com muito trabalho, persistência, cuidado e que cada um possa confiar e descobrir suas próprias potencialidades porque cada paciente é responsável por sua vida e sobre as suas escolhas. A palestra busca incentivar os pacientes a assumir novas atitudes e riscos.  Quando necessário orientamos na busca de apoio terapêutico profissional por que há muitas pessoas despreparadas, mostrando pouco conhecimento e percepção de si mesmo. Outros um pouco mais desestabilizados ou com estrutural emocional muito fragilizada que necessita de medicação para se equilibrarem orgânica e psiquicamente.

Fora a exposição, estabelecemos um ambiente terapêutico e tenha o seu papel importante Irvin Yalon no seu livro Cura de schopernhaguer diz que é sempre difícil descrever qual é o “ingrediente realmente importante” para a melhora dos pacientes, mas que existe na criação dos grupos um “ambiente curativo”. Compartilho dessa ideia não no papel de cura, pois não há tempo hábil nem é o nosso objetivo, mas temos a consciência que no trabalho que desenvolvemos criamos este ambiente vibracional, auxiliado pela espiritualidade onde é possível “mergulhar nas águas curativas” conforme Irvin assim se refere.

O ambiente criado pela espiritualidade, pelos participantes da equipe do gabinete, e o desenvolvimento dos temas psicológicos tem grandes propriedades regenerativas do estado mental de cada um dos pacientes.
Tópicos que são abordados:

Tratamos de assuntos como autoestima, busca de força interior, qualidade dos pensamentos e das ações. Orientação sobre a importância da vida e do viver. Valores que norteiam a vida, importância de estar aberto e disponível para mudanças quanto necessários. Autoconfiança.Busca da espiritualidade. Objetivos, propósitos e projeto de vida, mudança de hábitos, paciência.

Estimular a reflexão, olhar para si mesmo e as mudanças de atitudes perante a vida, mudança de comportamento.

Catalisar as energias psíquicas e espirituais no redirecionamento da vida.


3.1.4 - Sala de Emissão Energética - passe:

Trabalham nesta atividade quatro colaboradores, Sra. Elizabeth Molina, Sr. Antônio Ventura, Sr Yuri Souto Maior e Sr. Carlos Lepage.

A emissão energética pode ser individual ou em conjunto, conforme a melhor opção dependendo do número de pacientes no dia, de forma a reduzir ao máximo possível à interferência na palestra de aconselhamento.


3.1.5 - Gabinete Mediúnico;

Dispomos de uma médium psicofônica – Zilda Maria de Souza Pereira.
Dois coordenadores – Sr. Pedro Molina e o Sr. Alexandre Machado

Os pacientes conversam com o espírito na 1ª vez que vem a casa, na 5ª vez e na 10ª vez - onde é reavaliada a condição do paciente e a sua alta pode ou não ser dada, dependendo de mútuo acordo, neste período tivemos cerca apenas cinco casos onde o tratamento foi estendido para 15 sessões.


3.2 - Componentes e funções dos membros oriundos do plano Extrafísico

Espíritos que participaram desta descrição: Diana, Cuidadoso.

3.2.1 - Recepção- entrevista e anamnese:

São dois espíritos de guarda, em caso de necessidade pedem ajuda a outros companheiros que vem rapidamente para acudir e que não participam normalmente da reunião.

Na atividade de anamnese, comparecem amigos espirituais dos entrevistados acompanhados de um Espírito de guarda da casa para proteção espiritual.


3.2.2 - Sala de palestra e Aconselhamento:

Existem vários espíritos nesta sala, um amigo espiritual da Psicóloga e Espíritos que fazem trabalho semelhante ao dela no plano espiritual – eles trazem espíritos para serem tratados na sala. Com o objetivo de tomar consciência de si mesmo, distinguir o estado em que se encontram, ou mesmo apenas para efeitos motivacionais.


3.2.3 - Sala de emissão energética - passe:

Existe um Espírito coordenador da sala.


3.2.4 - Gabinete Mediúnico:

Espírito de consulta mediúnica que vem trabalhando conosco desde 2009:

Espírito Antero – comunicava-se pelo médium Jaci Régis desde 2009: declarou-se amigo espiritual de Jaci, dava suporte físico e espiritual para que ele pudesse levar até o fim das suas possibilidades o trabalho a que ele se propôs. Nas últimas semanas de 2010, com os problemas de saúde de Jaci Régis, ele desligou-se dos trabalhos, pois o Jaci precisou de muito apoio, o Espírito Antero esteve com ele até sua desencarnação e a nova médium Zilda não mais o recebeu, embora tenhamos relatos de sua presença nas reuniões.

Espírito Diana – comunica-se com a médium Zilda, substituiu o Espírito Antero a partir de Outubro de 2010, não participava antes deste trabalho, mas acolheu o pedido e veio trabalhar conosco. Diana nos relata que normalmente existem três espíritos na sala do Gabinete Mediúnico. Diana ficou sabendo do trabalho pelo grupo de amigos que vive junto a Santos, ela não é daqui, veio por afinidade com o trabalho – antes trabalhava em um hospital espiritual.

Espírito Cuidadoso – vem participando de algumas reuniões, desde 15 de agosto de 2011 – não está desde o início do trabalho, mas já está há algum tempo, não quer se identificar ainda, mas tem alternado com a Diana na consulta mediúnica.

Frequentemente recebemos visitas de Espíritos amigos, da comunidade espiritual do Centro Espírita Allan Kardec de Santos.


3.2.5 - Considerações dos Espíritos quanto aos pacientes:

Segundo o Espírito Diana, “os pacientes são pessoas muito solitárias, o trabalho é preparado antes, eles pensam muito antes de decidir por entrar na casa – existe uma atração, eles nos atraem quando estão no processo de escolha”.

Alguns Espíritos da casa tem conhecimento sobre o paciente, Diana propriamente não os conhece e nem faz acompanhamento deles, pois não quer ser influenciada ou influenciar o paciente ou médium. Reservando-se para o aconselhamento.

Pacientes com sinais de depressão – os amigos espirituais apoiam o médico deles, no período em que eles estão em tratamento conosco.

Paciente obsidiado – não é fácil para os Espíritos determinar que um paciente esta com um obsessor, segundo Diana “eles se escondem, mas tem uma determinada hora em que eles não aguentam mais o ambiente e se mostram. Nesta hora nossos Guardas quase que os anestesiam e retiram do ambiente, a maioria foge em seguida após passar o torpor, pois não aceitam facilmente à doutrinação”.

Considerações dos Espíritos quanto aos trabalhos de uma forma geral:

De acordo com o Espírito Diana “Nós seguíamos as orientações do Jaci até o seu afastamento da reunião, o trabalho planejado incialmente por ele era outro, os amigos foram se agregando ao trabalho à medida que ele dava as diretrizes. O Espírito Antero tinha uma afinidade muito grande com o Jaci”.

“A espiritualidade é parte coadjuvante, não se dispersem, tratem de fazer o trabalho com amor”.

De acordo com o Espírito Cuidadoso “os Espíritos que acompanham e participam do nosso trabalho não fazem seguimento dos pacientes (após o término do tratamento), só o fazem no período em que eles estão vinculados ao ICKS”.


4 - Estatísticas:

    1. Perfil do frequentador (idade, sexo, estado civil, número de filhos).
    2. Quadro psicológico (queixa principal)
    3. Percentual que conclui o tratamento


Levantamento do trabalho Psico-mediúnico

Pessoas atendidas  186,  Idade média= 44,16 anos.

Sexo: Feminino  131             Masculino 55

Filhos:   Sim 124,  Não 60

Terminaram o tratamento:

   Sim   70, Não   116
 

NR: os gráficos foram removidos por incompatibilidade com o Blog. 


5 - Resultados

Comentários baseados nas estatísticas:

Obtivemos um resultado positivo, considerado como tal pelo número de pessoas que terminam o tratamento na média de 37,6%, 

Não existe um processo de avaliação final dos pacientes embora recebamos feedback livre dos mesmos, a percepção é positiva entre aqueles que terminam os trabalhos.

39% das pessoas que nos procuram descobrem que o trabalho que realizamos não é o que buscam e abandonam o trabalho após o primeiro dia, não retornando. 23,4% desistem antes de chegar à segunda reunião mediúnica. Isto está de acordo com a referência bibliográfica onde Irvin[14] declara que, as pesquisas mostram que o tratamento não faz efeito para cerca de um terço dos pacientes. Conseguimos um pouco mais 37,6% o que mostra estarmos no caminho certo.
Às vezes a pessoa faz terapia e não é ajudada, precisa procurar outro tipo de ajuda. Nosso grupo tem consciência de que não poderemos ajudar a todos que nos procuram, porque talvez o tipo de trabalho que oferecemos não atinja a todos da mesma forma e se faça necessário à busca, por estes pacientes, de outras formas de terapia.
O trabalho embora sendo desenvolvido com a ajuda de uma psicóloga não se faz necessário que a pessoa que exerça este mesmo papel tenha a formação em psicologia, mas os preceitos colocados no item 2.2 devam ser mantidos para que o trabalho seja eficaz.

6- Conclusão

            A terapêutica aplicada apresenta um resultado positivo, de conclusão de tratamento e alta de cerca de 35% das pessoas que nos buscam.

            Este trabalho requer dedicação, compromisso da equipe do ICKS e suporte constante da equipe Espiritual.

Esperamos que a descrição do mesmo sirva de apoio a outras iniciativas semelhantes em outros CE.



7 - Bibliografia

1 -Centro Espírita – Herculano Pires;
2 - Espiritismo e Exercício Mediúnico – Espírito Marina Fidélis, psicografado – Maury Rodrigues da Cruz; 1985 Curitiba Ed.SBEE;
3 -Mecanismos da Mediunidade – Ademar Arthur Chioro dos Reis Ed. CPDoc – São Paulo 2005;
4 -Hipnometria – Técnica Espírita de Tratamento de Doentes Mentais – Denizard Souza – Anais do II SBPE – 1991. Santos-SP
5 - Centro Espírita do Ponto de vista dos desencarnados – GPCEB – Marcelo Coimbra Régis - Anais do II SBPE – 1991. Santos-SP
6 - Mediunidade e vida – Amilcar Del Chioro Filho
7 - Perfil dos Frequentadores do Centro Espírita nosso Lar – Ivan Dutra e Nilva Busatta - Anais do II SBPE – 1991. Santos-SP
8 -Espiritossomática – Jaci Régis. Anais do IV SBPE – Porto Alegre RS
9 - A cura de Shopeenhauer – Irvin D.Yalom
11 –Scheffer, Ruth – Teorias de aconselhamento – Ed. Atlas - 1970.
13 – May, Rollo – A arte do Aconselhamento Psicológico - Ed Vozes – 1984.
14 – Carls Rogers – Terapia centrada no cliente – Ed Vozes – 1951









Referências no texto
[1] Espiritossomática – Jaci Régis.

[2] Hipnometria – Técnica Espírita de Tratamento de Doentes Mentais – Denizard Souza
[3] Perfil dos Frequentadores do Centro Espírita nosso Lar – Ivan Dutra
[4] O Centro Espírita – página 7
[5] Mediunidade e vida – Amilcar Del Chioro Filho
[6] www.nenossolar.com.br
[7] Mecanismos da Mediunidade – Ademar Arthur Chioro dos Reis – página 47
[8] O Centro Espírita do Ponto de vista dos desencarnados – GPCEB – Marcelo Coimbra Régis
[9] Espiritismo e Exercício Mediúnico – página 13
[11] Scheffer, Ruth – Teorias de aconselhamento
[12] Carls Rogers – Terapia centrada no cliente
[13] May, Rollo – A arte do Aconselhamento
[14] A cura de Shopeenhauer – Irvin D.Yalom

quarta-feira, 20 de maio de 2015

A importância dos eventos livres pensadores por Alexandre Cardia Machado


Ainda retumba em nossa mente as interessantes palestras do 10° Fórum do Livre Pensar da CEPA – Baixada Santista, realizado em abril de 2015. Sempre um momento de reflexão sobre um determinado tema central, explorado sobre diversos ângulos. Nesta oportunidade foi o debate à respeito da intolerância.

No fim deste mês de maio, novamente outro grupo de espíritas laicos estarão juntos no Espírito Santo, no VII Fórum do Livre-pensar Espírita, sem adjetivo pois trata-se de evento nacional já realizado em várias cidades brasileiras, organizado pela CEPA-Brasil. Mais no fim do ano, de 29 de outubro a 1° de novembro, realizaremos a 14ª  edição do tradicional Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita - SBPE.

Alguns podem pensar, todos estes eventos não competem entre eles mesmos? A resposta pode ser, tanto sim como não, pois claro há uma influência ou interferência entre eles. Mas também amplia a oportunidade de divulgação do evento seguinte, mas sobretudo temos mais gente expondo, mais gente ouvindo e com isto as ideias renovadoras vão se multiplicando.

Os Fóruns são mais leves, não existe a obrigatoriedade de apresentação de um trabalho escrito, já o Simpósio, assim como nos Congressos da CEPA, existe um maior rigor com respeito à produção dos trabalhos.

Mas todos eles tem seu papél importantíssimo na consolidação e expansão do pensamento livre-pensador espírita.

O SBPE tem como maior legado a produção escrita de 196 trabalhos, nas 13 edições já realizadas, ultrapassaremos a barreira de 200 trabalhos este ano. Muitos trabalhos apresentados, defendidos e comentados pelos participantes, levaram seus autores a aperfeiçoá-los gerando muitos livros já publicados.


Assim que o melhor conselho é participe o máximo que possas, pois sempre há muito que discutir e consequentemente contribuir para o nosso aprimoramento, crescimento cultural e espiritual. Eles fazem bem ao cérebro, ao coração pois, permitem encontrar amigos queridos e, claro ao espírito.

Inscreva-se pelo email ickardecista1@terra.com.br no XIV SBPE

sexta-feira, 15 de maio de 2015

                 RESPEITO                                            
                            por Nilson Luis Fernandes
                   
                     Por definição do vocábulo português, um substantivo cujo significado refere-se ao ato ou efeito de respeitar ou respeitar-se. 
                    Obviamente, é muito mais do que se tentar traduzi-lo. Inicia-se, aqui,  pensando ser um dos pilares do convívio social, onde seres racionais tentam, ao longo de séculos, honrar e fazerem-se honrados, os mais importantes valores de suas vidas.
                    O conceito de respeito é muito mais amplo do que sua léxica, pois atribui prover o arbítrio a cada cidadão e instituição, posto ser o entendimento e a compreensão, as bases do mesmo. 
Talvez, para refletirmos um pouco mais sobre “respeito”, devemos pensar no desrespeito, que tem fundamentado o curso da história humana, através de exemplos como escravidão, guerra, racismo, agressão, preconceito, abuso de poder, entre tantos outros.
                    O respeito presume ouvir, compreender, interpretar e argumentar. Provavelmente, seja um valor tão superado, nos dias de hoje, em função da ausência de qualquer de um desses quatro sustentáculos. 
                    Fundamental é que o respeito inicia-se no seio da família, através de carinho, amor incondicional, muito diálogo e, sobretudo, o inquestionável valor entre certo e errado. Atualmente, vivemos um momento de dúvidas entre eles. A mídia, a sociedade, a polícia, as redes sociais, os governos, a política, entre outros órgãos, temem enfrentar o que deve ser feito. Qual motivo? Talvez façamos uma conclusão ao final desse texto. O ser humano, nunca nasceu perfeito, precisa lapidar-se.  Aí, complementa-se o mister da escola. 
                    Aí, reside outro problema. Qual é o papel da escola hoje? Professores sem o dom? Pensando nos proventos e nos planos de aposentadoria? Torna-se sem usufruto, portanto, falarmos sobre esse assunto nesse contexto. Hoje, infelizmente, essas questões são políticas. Que pena! E onde estaria a origem desse efeito sem causa?
                    Vamos até outras sociedades, que deram e estão dando certo. Alemanha? Muito provavelmente. Noruega, Holanda, Suécia, Suíça, entre outras. O que deu certo? A simples receita de dar valor à família, as instituições e, principalmente, à educação. O caminho é longo, mas muito mais curto do que possamos imaginar.  
                    Vamos até a origem. Respeitar e fazer respeitar-se. As crianças e adolescentes estão se respeitando?   Acredito ser outro ponto para debate. Não se pode acreditar que a tecnologia atual, que complacentemente aceitamos, esteja ajudando. Quando conseguimos juntar nossos entes queridos na mesa para um jantar? Cada um estará ocupado com seus tablets, smarphones ou quaisquer outros dispositivos, que os permitam estar alienados a valores que a família, eventualmente, queira discutir.    
                    Temos que entender que os tempos são outros. Lembro-me, há tempos atrás, ter perguntado a meu pai, qual seria o motivo que fundamentaria os EUA estarem em guerra com o Vietnã. Para meu pasmo, nos meus 15 anos de idade, esperando toda a consistência de sua resposta  ele, simplesmente disse: filho, não sei.  Claro que não poderia saber, pois não há explicação para o inexplicável Há, sim, explicação para a falta de respeito. Houve, conforme estávamos dialogando, questões entre o capitalismo e o comunismo, alvos de interesses entre as grandes potências na época. Mas não importa, pois o que ficou patente foi que a falta total de respeito mútuo entre valores deflagrou uma das grandes catástrofes da história humana. Entre tantas outras...
                    Quando, no entanto, nós tratávamos de valores de família, como respeito aos mais experientes, aos que eram socialmente menos ou mais afortunados, àqueles que eram de outra etnia, entre outras questões, ele sempre soube impor valores de respeito àquilo que realmente dão sentido ao processo de reflexão do que é respeito.
                    Não obstante, a escola fazia ecoar o que se discutia no lar. Não havia discrepância: hino nacional antes de entrarmos para as salas, aulas de Moral e Cívica, matérias técnicas com muita profundidade, e história do Brasil, como se fosse um momento para orgulho de quem se é e sempre o será.   Cidadãos honestos, honrados e com objetivos! Tudo muito coerente!
                    Houve quebra, por um motivo ou outro, desse fundamental elo entre os discursos entre família e escola e, nesse momento, deixou-se de respeitar o preceito de que as relações entre pessoas e instituições fossem uníssonas. Não há receita de bolo para respeito ou desrespeito. Há, sim, um processo longo de interação entre família e escola, formador de filhos de um país em cidadãos respeitosos a si mesmos e seus concidadãos.  
                   Talvez, uma reflexão a ser feita por todos, seja sobre a antítese do que respeito significa. Pode-se pensar como sendo o egoísmo, cuja base se fundamenta em “passar por cima dos valores de todos, para benefício próprio”. Vamos refletir sobre isso na próxima vez?