Recentemente o Fantástico apresentou matéria sobre a pesquisa de um neurocientista no Reino Unido, Adrian Owen, que está mapeando o cérebro de pessoas em estado vegetativo e, em alguns casos, precariamente comunicando-se com eles.
Trata-se de um avanço inédito na Neurociência no sentido de provar que há alguma atividade cerebral consciente nestas pessoas que, por acidentes de percurso, deixaram de trabalhar, namorar e passear para viverem presos a uma cama sem capacidade de se alimentar, comunicar ou interagir com o mundo que as cerca.
Inegável o benefício de tal pesquisa para um futuro longínquo onde, se tudo der certo, alguns pacientes com determinado quadro clínico poderão se comunicar com seus parentes através da tecnologia, respondendo, incialmente, a perguntas simples como se está com fome, dor ou se quer isso ou aquilo.
Porém, como livre-pensadora, não consigo deixar de questionar a validade de tais experiências para o Espírito que habita aquele corpo. Fico pensando até onde o moralismo vigente não condena pessoas a ficarem décadas presas a um corpo praticamente morto, impedindo a continuidade de uma trajetória evolutiva.
O argumento pré-histórico da “prova” que maquia a situação, por mim, não é mais tolerado. Pode haver alguém que escolheu passar por isso? Logística complicada, não é? Como Scott, um dos personagens da matéria, conseguiu arquitetar e garantir a execução de um atropelamento por um carro de polícia, há dez anos, que lhe tiraria as faculdades motoras e boa parte das intelectuais? Ficaria um grupo de desencarnados de plantão, a fim de garantir o sucesso da operação para que Scott pudesse passar por experiências como resignação, paciência, resiliência?
Seria esse o melhor método para tais aprendizados? Ou experiências mais felizes e úteis à sociedade como o voluntariado, não levariam Scott ao mesmo aprendizado? Por tudo isso, nego-me a acreditar que era pra ser ou que, ainda, ele mesmo tenha optado passar por isso e a Justiça (?) Divina lhe tenha concedido tamanha glória.
Então, qual a finalidade de ser um humano em estado vegetativo? Por que não, se a família bem assistida assim o decidir, a eutanásia em casos dessa magnitude de danos cerebrais – que, lembremos, é o que nos diferencia fisiologicamente de outros reinos? Falando nisso, verdade seja dita, a legislação autoriza o sacrifício de animais incapacitados a tal ponto que não possam viver plenamente. Deixo aí a polêmica reticência.
Mais do que nunca estamos na era da qualidade de vida: ser feliz, buscar a convivência sadia, contribuir para a evolução das questões sociais e do Planeta, caminhar para a compreensão íntima e do outro, afim de um passo consciente e harmonioso no degrau evolutivo. Qual seria o propósito de atrasar (ainda que poucas décadas, em um tempo infinito) esse avanço preso a um corpo inútil que pode gerar revoltas, dores e transtornos psíquicos onerosos, por muito e muito tempo?
Ser Espirita é fundamentalmente compreender que, para uma existência plena na reencarnação, deve existir sintonia funcional entre os dois elementos vitais: o corpo e o Espírito. E que aquela encarnação é apenas uma, rápida na linha do tempo Universal, uma ínfima parte física, mas que pode acarretar em prejuízos psicológicos evitáveis, se forem pensados de forma franca, desarmada e embasada.
Claro, a decisão será sempre da família e seria necessário acompanhamento multidisciplinar. Mas me incomoda o fato de Espíritos estarem fadados a uma prisão em um corpo vegetativo, imposta por moralismos religiosos e sociais que cerceiam a liberdade da família em considerar a hipótese e do paciente de seguir em frente. Liberdade essa que pode ser gozada com ares de desprendimento e compaixão, no caso dos animais.
Leia a matéria no site do Fantástico: http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2013/01/cientista-consegue-se-comunicar-com-pacientes-em-estado-vegetativo.html
Prezada,
ResponderExcluirNão seria interessante fazer um trabalho de pesquisa EVOCANDO alguns desses espíritos em ESTADO VEGETATIVO?
É verdade que o movimento espírita segue a Emmanuel, que diz: "Não somos dos que aconselham a evocação direta e pessoal, em caso algum.", mas se somos espíritas, NÓS DEVEMOS SEGUIR A KARDEC E PROCEDER CONFORME ELE PROCEDIA E ACONSELHAVA.
Tenho certeza que Kardec evocaria espíritos em tais condições para saber a real situação deles.
Fica a sugestão para um aprendizado condizente/coerente com a Doutrina.
Lembramos as condições propostas por Kardec para tal proceder: "As evocações oferecem, frequentemente, mais dificuldades aos médiuns que os ditados espontâneos, sobretudo quando se trata de obter respostas precisas a perguntas circunstanciadas. Para tanto são necessários médiuns especiais, ao mesmo tempo flexíveis e positivos, e já vimos (no. 193) que eles são muito raros. Porque, como já dissemos, as relações fluídicas nem sempre se estabelecem, instantaneamente, com o primeiro Espírito que se apresenta. Convém, por isso, que os médiuns não se entreguem a evocações para perguntas detalhadas, sem estarem seguros dos envolvimentos de suas faculdades e da natureza dos Espíritos que os assistem, pois com os que são mal assistidos as evocações não podem ter nenhum caráter de autenticidade. LM - Cap. XXV"
Wilton Oliveira - RJ
Prezada,
ResponderExcluirNão seria interessante fazer um trabalho de pesquisa EVOCANDO alguns desses espíritos em ESTADO VEGETATIVO?
É verdade que o movimento espírita segue a Emmanuel, que diz: "Não somos dos que aconselham a evocação direta e pessoal, em caso algum.", mas se somos espíritas, NÓS DEVEMOS SEGUIR A KARDEC E PROCEDER CONFORME ELE PROCEDIA E ACONSELHAVA.
Tenho certeza que Kardec evocaria espíritos em tais condições para saber a real situação deles.
Fica a sugestão para um aprendizado condizente/coerente com a Doutrina.
Lembramos as condições propostas por Kardec para tal proceder: "As evocações oferecem, frequentemente, mais dificuldades aos médiuns que os ditados espontâneos, sobretudo quando se trata de obter respostas precisas a perguntas circunstanciadas. Para tanto são necessários médiuns especiais, ao mesmo tempo flexíveis e positivos, e já vimos (no. 193) que eles são muito raros. Porque, como já dissemos, as relações fluídicas nem sempre se estabelecem, instantaneamente, com o primeiro Espírito que se apresenta. Convém, por isso, que os médiuns não se entreguem a evocações para perguntas detalhadas, sem estarem seguros dos envolvimentos de suas faculdades e da natureza dos Espíritos que os assistem, pois com os que são mal assistidos as evocações não podem ter nenhum caráter de autenticidade. LM - Cap. XXV"
Wilton Oliveira - RJ
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ResponderExcluirOlá Wilson, bom dia!
ResponderExcluirObrigada por suas palavras e pela atenção ao texto.
Certamente seria interessantíssimo fazer uma reunião de pesquisa para conversar com aqueles que passaram por essa situação. Os resultados devem ser riquíssimos. Vou propor tanto ao ICKS quanto ao Centro Espírita Allan Kardec, do qual participo também, que tentem reunir condições para realizar tal pesquisa, nada fácil...
De qualquer forma, penso que as ricas respostas devem entrar como somatória às opiniões de cada indivíduo, encarnado ou desencarnado, sobre a questão. Kardec também nos ensinou que, ao morrermos, não deixamos de ser a individualidade que fomos encarnados.
Desta forma, quaisquer opiniões, refletiriam o grau de entendimento de cada manifestante. Fosse alguém contra tal forma de desligamento da matéria, provavelmente ser pronunciaria assim. Fosse a favor, idem..
Mas, certamente seria riquíssimo. Se você participar de algum centro em sua cidade, veja se consegue organizar algo semelhante... Poderíamos trocar as experiências, assim como fazia a Sociedade Parisiense
;)
Prezada,
ResponderExcluirMinha sugestão não é evocar os "MORTOS", mas sim, os VIVOS QUASE MORTOS, evocação de vivos em estado vegetativo.
Por que você disse: " que tentem reunir condições para realizar tal pesquisa, nada fácil...". Qual a dificuldade em se evocar espíritos? Quantas pessoas são necessárias às evocações? Cuidado para não ser mais uma vítima de Emmanuel.
Estou desenvolvendo um "estudo" sobre este assunto, evocação, por e-mail, com alguns contatos. Se quiser me informe seu e-mail e eu te incluirei.
Não estou frequentando nenhum CE, a FEB contaminou geral.
Peça para que evoquem o sr. Jaci Regis, vai ser muito fácil o contato com ele e aí poderão saber como proceder.
Wilton Oliveira- RJ
w∅@ig.com.br
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