terça-feira, 11 de novembro de 2014

A participação de Deus 




                    Por mais irônico que possa parecer foi um padre católico , astrônomo e físico belga de nome Georges-Henri Édouard Lemaître ( 1894 – 1966 ) quem  primeiro propôs o que ficou conhecido como teoria da origem do Universo do Big Bang, que ele chamava de "hipótese do átomo primordial",
que posteriormente foi desenvolvida por  George Gamow .  
                    Isso no entanto não exigiu nenhuma intervenção divina afirma o filósofo e jornalista italiano Paolo Flores d’Arcais , contrariando o Papa Francisco que afirmou que o big-bang , hoje entendido como a origem do mundo, não
contradiz a intervenção do divino criador , mas a exige “. Segundo o citado filósofo a afirmação do Papa é falsa . Nenhuma teoria e lei científica , aliás , jamais exigiu que se recorresse a Deus como hipótese . 
                    A ciência é autossuficiente, mas deixa uma porta aberta quando fala que a ciência reconstitui o que aconteceu a partir da infinitesimal fração de segundo após o big-bang . A ciência não sabe , diz o filósofo , o que aconteceu “ antes “, ou se aconteceu algo , mesmo porque “ antes “ já implica a existência da dimensão temporal .
                    Concordo com o filósofo , especialmente no “ depois “ ao big-bang onde  o universo passou a ser regido pelo que denominamos no Espiritismo como Lei Natural . Da matéria quem tem autoridade para falar é a ciência .
                    Mas no “ antes “ a hipótese da ação daquele a quem o espiritismo denominou como inteligência suprema , causa primária de todas as coisas , continua perfeitamente válida .

Roberto Rufo 

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