Gente que faz – um garoto holandês e a poluição
marinha
A revista
Superinteressante de janeiro de 2015, publica uma reportagem sobre um garoto
holandês que, aos 16 anos de idade, em viagem de férias pela Grécia, percebe o
mar repleto de plásticos boiando. Ao contrário da maioria das pessoas que só se
lamentam, ele bolou um plano de como limpar os oceanos.
Anotem este
nome: Boyan Slat. A história que começamos a relatar aconteceu em 2011, hoje
este jovem, já com 20 anos, vem recebendo todos os prêmios possíveis, pois
desenvolveu um projeto de ciência, com uma solução simples, capaz de capturar o
lixo plástico que flutua nos oceanos. Ele criou um site na internet e com as
contibuições voluntárias contratou
especialistas para desenvolverem o projeto, já agora, para aplicação global.
Do que se trata
este projeto? Boyan estudou as correntes
marítimas cíclicas e percebeu que, com a utilização de boias extensas, em forma
de “U”, com cerca de 100 km, localizadas em cada uma destas correntes, poderíamos coletar cerca de 16% do plástico já existente no
oceano a cada 10 anos, ou seja, em pouco mais de 50 anos, praticamente limparíamos
o oceano. O projeto se completa com a utilização de cargeiros que recolheriam
este plástico para reciclagem.
Boyan já
arrecadou cerca de 2 milhões de dolares, pela internet. Recebeu muitas críticas
de especialistas, que se referiam principalmente em como reciclar um plástico atacado pelo mar e
pelos raios solares, ou pela dificuldade técnica de execução. Um exemplo disto
seria como fixar as boias ao fundo do
oceano. Ele não se intimidou, contratou mais cientistas e elaborou um
procedimento detalhado, com 530 páginas provando a viabilidade de sua
empreitada.
O tempo nos
mostrará se ele tem razão, pois o problema que ele busca atacar é real e muito
maior do que pensamos. Todos os anos, nós humanos jogamos 6,4 milhóes de
toneladas de plásticos no oceano.
Boyan certamente
é uma pessoa determinada e, sem conhecer o espiritismo trata aqui de
uma série de leis naturais aplicadas. São elas: lei da sobrevivência, da
destruição e do progresso. Alguém motivado pode fazer uma grande diferença. A
partir de sua iniciativa, a Universidade
de Caxias do Sul fez uma pesquisa e encontrou maneiras de limpar o plástico,
rico em microorganismos vivos e assim, permitir a sua reciclagem. É o efeito
dominó.
Se de um lado
temos pessoas empenhadas, com ideias interessantes, de outro temos uma grande
maioria de pessoas que não pensam nas consequências de seus atos: a maior parte do lixo plástico que chega ao
mar vem carregado pelas chuvas. Nós não
jogamos o plástico no mar, jogamos na rua e é a chuva que leva ao oceano, ou seja, é uma
poluição gerada pela ignorância, pela falta de educação ambiental.
Ver gente que
faz a diferença nos demonstra que temos encarnados Espíritos mais adiantados,
capazes de se diferenciar em muitas áreas de saber. Temos gênios em matemática,
física, artes, mas também temos gênios na arte de melhorar a vida de nossos
semelhantes, mesmo quando a grande maioria é incapaz de percebê-los.
Publicado originalmente no Jornal Abertura, na edição de Janeiro - Fevereiro de 2015 - seja assinante, entre em contato conosco pelo email: ickardecista1@terra.com.br.
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