Coluna Opinião do leitor:
Manoel Saraiva por email:
Olá amigos do Abertura !
Aproveitando
este espaço democrático estou enviando em anexo um texto de minha autoria que
gostaria de ver publicado neste importante jornal de cultura espírita.
Um abraço a todos,
Manoel
Carlos Saraiva
... mas quem disse que a
onisciência é para os “mortais”?
“ O racionalismo científico dos
Modernos é nada mais que uma ilusão um modo de, no fundo, perseguir a ilusão
das cosmologias antigas”.
(Transcrição do pensamento do filósofo
alemão Friedrich Nietzche feito por Ricardo Nunes para o jornal Abertura nº 325
em setembro de 2016).
O artigo, muito bem elaborado por
Ricardo Nunes, nos proporciona o ensejo de uma análise daquilo que, para nós, é
uma tentativa de harmonizar esse “monstro de forças”, Tentar com o que
conhecemos, descobrir uma “ordem no caos”.
Dessarte; na ciência e em todos os
ramos desta, temos utilizado estruturas teóricas e tecnológicas em formatações
que trazem-nos um certo “conforto”.
Dentro desses modelos, conseguimos
um padrão da estrutura atômica clássica (Niels Bohr); a origem das espécies
(Charles Darwin); a álgebra Booleana, mãe da era digital (George Boole).
Nessa epistemologia, alcançamos
áreas como as ciências sociais e seus padrões sócio econômicos (Karl Marx),
pedagogia (Jean Piaget), psicologia (Carl Jung), etc.
No Espiritismo, como nos falava Jaci
Régis a “ciência da alma”, somos amparados pela metodológica obra de Allan
Kardec, tendo o crivo da razão e do bom senso como vigas mestras.
Como ciência de observação
utilizamo-nos hoje, com auxílio de algumas luzes lançadas pelas antigas
filosofias orientais baseadas na reencarnação e da sobrevivência da alma ,
alguns autores se aproveitam regularmente de conceitos utilizados pela mecânica
quântica.
Dentro destes conceitos, mesmo
presos a algumas limitações e fraquezas neles contidas, nos sentimos de certa
forma seguros.
Teóricos argumentam que 23% de toda
matéria do universo não é feita de prótons, nêutrons, elétrons, nem de outras
partículas do modelo atômico.
Essa matéria desconhecida foi
batizada de “matéria escura”, indicando que no futuro o modelo empregado poderá
ser ampliado.
O físico e filósofo norte americano
Thomas S. Khun (1922 – 1996) em 1952 responsável pela queda das fronteiras
entre ciência e humanidades escreveu:
“A incomensurabilidade, é justamente
a condição necessária para que a ciência continue progredindo, no sentido de
investigar parcelas da realidade até então desconsideradas”.
Provavelmente, nossa curiosidade
jamais será saciada, nada axiomático, nada incontestável; ou como disse
Nietzche:
“Nada de verdades absolutas”.
Mas quem disse que a onisciência é
para os “mortais”?
Um abraço a
todos,
Manoel
Carlos Saraiva
Texto originalmente publicado no jornal ABERTURA de desembro de 2016
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