domingo, 12 de março de 2017

Sobre o Racionalismo Científico - por Manoel Carlos Saraiva

Coluna Opinião do leitor:
Manoel Saraiva  por email:
Olá amigos do Abertura ! 
Aproveitando este espaço democrático estou enviando em anexo um texto de minha autoria que gostaria de ver publicado neste importante jornal de cultura espírita. 

Um abraço a todos, 
Manoel Carlos Saraiva
...  mas quem disse que a onisciência é para os “mortais”?
“ O racionalismo científico dos Modernos é nada mais que uma ilusão um modo de, no fundo, perseguir a ilusão das cosmologias antigas”.
(Transcrição do pensamento do filósofo alemão Friedrich Nietzche feito por Ricardo Nunes para o jornal Abertura nº 325 em setembro de 2016).
O artigo, muito bem elaborado por Ricardo Nunes, nos proporciona o ensejo de uma análise daquilo que, para nós, é uma tentativa de harmonizar esse “monstro de forças”, Tentar com o que conhecemos, descobrir uma “ordem no caos”.
Dessarte; na ciência e em todos os ramos desta, temos utilizado estruturas teóricas e tecnológicas em formatações que trazem-nos um certo “conforto”.
Dentro desses modelos, conseguimos um padrão da estrutura atômica clássica (Niels Bohr); a origem das espécies (Charles Darwin); a álgebra Booleana, mãe da era digital (George Boole).
Nessa epistemologia, alcançamos áreas como as ciências sociais e seus padrões sócio econômicos (Karl Marx), pedagogia (Jean Piaget), psicologia (Carl Jung), etc.
No Espiritismo, como nos falava Jaci Régis a “ciência da alma”, somos amparados pela metodológica obra de Allan Kardec, tendo o crivo da razão e do bom senso como vigas mestras.
Como ciência de observação utilizamo-nos hoje, com auxílio de algumas luzes lançadas pelas antigas filosofias orientais baseadas na reencarnação e da sobrevivência da alma , alguns autores se aproveitam regularmente de conceitos utilizados pela mecânica quântica. 
Dentro destes conceitos, mesmo presos a algumas limitações e fraquezas neles contidas, nos sentimos de certa forma seguros.
Teóricos argumentam que 23% de toda matéria do universo não é feita de prótons, nêutrons, elétrons, nem de outras partículas do modelo atômico.
Essa matéria desconhecida foi batizada de “matéria escura”, indicando que no futuro o modelo empregado poderá ser ampliado.
O físico e filósofo norte americano Thomas S. Khun (1922 – 1996) em 1952 responsável pela queda das fronteiras entre ciência e humanidades escreveu:
“A incomensurabilidade, é justamente a condição necessária para que a ciência continue progredindo, no sentido de investigar parcelas da realidade até então desconsideradas”.
Provavelmente, nossa curiosidade jamais será saciada, nada axiomático, nada incontestável; ou como disse Nietzche:
“Nada de verdades absolutas”.
Mas quem disse que a onisciência é para os “mortais”? 
Um abraço a todos, 
Manoel Carlos Saraiva

Texto originalmente publicado no jornal ABERTURA de desembro de 2016


Nenhum comentário:

Postar um comentário