As mulheres continuam morrendo. Deixam filhos. Alguém está
preocupado?
Em Reportagem Especial do Jornal O Estado de
São Paulo de nome "Os Órfãos do Feminicídio" somos informados que em pelo
menos dois terços dos casos de feminicídio, a mulher assassinada é mãe. Na
maioria das vezes deixa dois filhos e em 34% dos casos , pelo menos três. Os
dados são de um estudo da Universidade Federal do Ceará que acompanha um grupo
de 10 mil famílias vítimas de violência em nove Estados do Nordeste. O
trabalho está sendo ampliado para mais quatro Estados : Rio Grande do Sul , Goiás,
Pará e São Paulo. O número de órfãos , vítimas do feminicídio, deve aumentar
significativamente quando esses dados tiverem sido coletados. Pode-se afirmar
isso com uma certeza quase absoluta, pois o número de mulheres mortas em São
Paulo bateu recorde em Agosto/2017.
Alguém está preocupado? O Judiciário
está preocupado? Os nossos legisladores, em sua maioria homens , estão
preocupados ou no momento o importante é salvar suas cabeças?
O Espiritismo jamais aceitará qualquer
tipo de teoria que coloque a mulher em situação de inferioridade em relação ao
homem. Como dizem os espíritos, somente entre homens pouco avançados do ponto
de vista moral a força faz o direito. A instituições tais como a FEESP, a FEB, a USE e a CEPA estão preocupadas com esse quadro assustador do feminicídio?
Já se manifestaram oficialmente em defesa da mulher? Se não o fizeram correm o
risco de serem confundidas com as religiões neopentecostais, representadas por
um pastor que ouvi um dia desses na televisão dizendo que a mulher não foi
feita do pé do homem para estar debaixo dos seus calcanhares, contudo não foi
feita da cabeça do homem para terem posição de mando no matrimônio . Foram feitas
da costela do homem, diz o pastor, para ficarem numa posição subalterna a do
homem . Aí fica difícil lutarem contra o feminicídio , que ao mais da vezes são
consequência de posições independentes assumidas por algumas mulheres corajosas. Muitas pagam caro por isso.
Roberto Rufo .
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