Um ano difícil que passa e a esperança no futuro
2017 foi um ano de
transição no Brasil. Passado o processo traumático do Impeachment da Presidente
da República em 2016, as rachaduras ficaram evidentes: a onda de notícias
desagradáveis dos bastidores do poder em quase todos os níveis não pararam de
chegar, a cada mês um novo escândalo.
Tratamos aqui, na
página 4 de escravidão rural, ou algo assemelhado a isto. Uma vergonha que estejamos no século 21
tratando de um assunto que deveria ter morrido no século 19.
O que pensar de
2018? Ainda que no momento o quadro de aspirantes à sucessão de Temer não
esteja definido, há que se pensar que virão renovações e assim podemos entrar o
ano com um novo ânimo.
Mas não só de más
notícias vivemos em 2017. Realizamos o 15° Simpósio Brasileiro do Pensamento
Espírita, que vem sendo realizado sem interrupção e com sucesso por 28 anos.
Novos trabalhos foram apresentados que estaremos discutindo neste jornal
durante o ano de 2018.
Na página 2, uma
nova coluna, temporariamente, será criada: “ Ressonâncias do 15° SBPE para a
Construção do Espiritismo que Queremos”, discutiremos os trabalhos apresentados
e ao mesmo tempo disponibilizaremos os textos originais no blog do ICKS. Acompanhem.
Esta edição, como
não poderia deixar de ser, tráz 2 artigos discutindo o Espiritismo e a Política,
vale a leitura. O espiritismo, por seu caráter abrangente e ético tem muito a
contribuir para o pensar político, ainda que não tenha caráter partidário.
Fernando Pessoa,
no prólogo de uma obra escreve esta frase: Navegar
é preciso, viver não é preciso , nas suas palavras:
“Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: navegar é
preciso, viver não é preciso. Quero para mim o
espírito d’esta frase, transformada a forma para a casar com o que eu sou:
viver não é necessário; o que é necessário é
criar. Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la
grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha
desse fogo. Só quero torná-la de toda a humanidade; ainda que para isso tenha
de a perder como minha”. Fernando Pessoa.
O que é necessário é criar – eis aí um caminho certo a percorrer, buscar
formas de unir a nação e os espíritas na busca de um bem estar maior para o
nosso povo. Na coluna abaixo – “Gente que Faz”, Roberto Rufo nos tráz o caminho
tomado por Jacques Conchon, o problema do suicídio estava ali, todos viam , mas
ele criou algo e tem ajudado muitos a escapar deste ato desesperado.
Já que estamos navegando num universo poético, vamos recorrer a Chico
Buarque de Holanda, “ desesperar jamais, já vivemos muito neste anos, afinal de
contas não tem cabimento, entregar o jogo no primeiro tempo ... “.
A vida é assim mesmo, o progresso não se dá sem sustos, retrocessos,
avanços e recuos, a vida é mesmo assim. Penso que isto tem um algo de beleza,
há quem não concorde, mas a vida é bonita, mesmo sendo feia.
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