quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Gente que faz - O grave problema do suícidio e Jacques Conchon - por Roberto Rufo

Gente que faz - O grave problema do suícidio e Jacques Conchon ( Português e em Espanhol)

" Não desista. Geralmente é a última chave no chaveiro que abre a porta " ( Paulo Coelho )..

Suicídio, um transtorno que vem afetando cada vez mais os jovens brasileiros, de acordo com pesquisas realizadas pela (SIM), Sistema de Informações de Mortalidade. A taxa de mortalidade aumentou 10% de 2002 para 2014, e a maior causa é a depressão com os traumas sofridos ao longo da vida. 

Repetimos que a depressão está ligada diretamente com algum trauma  vivido que leva à não aceitação de si mesmo e do próximo. Isso  acaba alavancando o número de suicídios. Segundo os especialistas nessa área, quando uma pessoa é querida e tem uma boa interação com a sociedade isso causa um bem estar social que é o fator primordial para a vida. Traz tranquilidade no ato de viver. Para essa interação é essencial o afeto dos familiares e uma boa convivência com amigos. Dessa busca o caminho para a felicidade é mais fácil de ser trilhado.

Em artigo da escritora Dora Incontri de nome Suicídio - a visão espírita revisitada, cita a preocupação de Kardec com esse tema assim explanado no referido artigo:

" O suicídio é tema recorrente na maioria dos 12 volumes da Revista Espírita, demonstrando que Kardec tinha uma grande preocupação com o assunto. Em julho de 1862, escreve um artigo intitulado Estatística dos Suicídios, fazendo uma análise sobre o aumento dos suicídios na França, e procurando apontar as causas, lamentando que não existam pesquisas a respeito. Hoje, há essas pesquisas em todo mundo. Entre as que Kardec reconhece em seu tempo estavam as doenças mentais, problemas sociais, e sobretudo, o avanço do materialismo e a falta de perspectiva existencial. O artigo continua muito atual e revela bem como Kardec procurava abordar as questões, abrangendo todos os seus aspectos e procurando soluções educativas e preventivas. Para ele, a maior prevenção possível para o suicídio seria o conhecimento seguro e com contornos mais precisos da vida pós-morte, que o Espiritismo nos dá. Demonstrada a imortalidade, de maneira clara e racional, o suicídio perde sua razão de ser ". Sucinto e genial.

O engenheiro Jacques Conchon, 75 anos,  deu uma entrevista ao jornal " A Tribuna ", dizendo que no ínício dos anos 60 as estatísticas o incomodavam: quatro suicídios por dia em São Paulo. Com essa preocupação ele ajudou a fundar em março de 1962 (aos 20 anos), o Centro de Valorização da Vida ( CVV ) que este ano completou 55 anos de existência. Tudo começou quando entrou em contato com um material da Inglaterra, de um grupo chamado Samaritanos.

O trabalho de prevenção do suicídio teve início em 1.953 quando o jovem sacerdote anglicano, Chad Varah estava em sua primeira paróquia. Uma jovem havia se suicidado, julgando-se portadora de doenças venéreas (na verdade, apresentava sua primeira menstruação). Enquanto cavava a sepultura com as próprias mãos, num campo profano, fora da cidade, pois os tabus não permitiam que os suicidas fossem sepultados em cemitérios comuns, o jovem Varah, mostrava-se abatido e visivelmente perturbado, não tanto pelo suicídio, mas sim pelo motivo que teria levado essa jovem se matar. Não teve dúvida: o problema era desinformação, tabu, solidão. Publicou imediatamente no jornal Picture Post o número do telefone da igreja onde atuava para “ouvir, seriamente, pessoas falar de assuntos sérios”. E, a partir daquele momento não mais descansou. No outro dia, já recebia a visita de alguém que atravessou o Canal da Mancha somente para conversar.

Indagado por que ser voluntário do CVV, Jacques Conchon respondeu: " Porque é uma valorização do tempo. É um tempo qualitativo de excelente nível, nunca esquecendo que relação de ajuda é um processo a dois. Eu não posso dizer " eu ajudo ", mas eu posso dizer " nós nos ajudamos ". Nesse processo a dois, o crescimento é mútuo. E isso não tem preço ". Começar a trabalhar para o próximo tão intensamente aos 20 anos de idade merece muito respeito.



                                                                                               Por Roberto Rufo

Texto publicado em Dezembro de 2017 no Jornal Abertura - seja nosso assinante!

Abaixo publicamos a edição do mesmo no Jornal Catalão – Flama espírita – tradução e adaptação de Pura Argelich

Suicidio, un trastorno que viene afectando cada vez más a los jóvenes brasileños4, según investigaciones realizadas por el Sistema de Informaciones de Mortalidad (SIM)…, y la mayor causa es la depresión con los traumas sufridos a lo largo de la vida.

 Insistimos que la depresión está ligada directamente con algún trauma vivido que lleva a la no aceptación de sí mismo y del prójimo. Ello termina por impulsar el número de suicidios. Según los especialistas en esa área, cuando una persona es querida y su interacción con la sociedad es buena ello le produce una sensación de bienestar social que es el factor primordial para la vida. Trae tranquilidad en el acto de vivir. Para esa interacción, es esencial el afecto de los familiares y    una buena convivencia con los amigos. De esa búsqueda resulta que el camino hacia la felicidad es más fácil de ser recorrido.

 En un artículo de la escritora Dora Incontri titulado Suicidio – la visión espírita revisada, hace mención a la preocupación de Kardec con ese tema explicado como sigue en el referido artículo:

 “El suicidio es un tema recurrente en la mayoría de los 12 volúmenes de la Revista Espirita, demostrando que Kardec tenía una gran preocupación con dicha cuestión. En julio de 1862, escribió un artículo titulado Estadística de los Suicidios, haciendo un análisis sobre el aumento de los mismos en Francia, e intentando señalar las causas, así como lamentando que no hubiesen investigaciones al respecto. Actualmente, existen esas investigaciones en todo el mundo. Entre las que Kardec reconoce en su época estaban las enfermedades mentales, problemas sociales, y sobre todo, el avance del materialismo y la falta de perspectiva existencial. El artículo sigue siendo muy actual y revela muy bien cómo Kardec intentaba abordar los temas, abarcando todos sus aspectos y buscando soluciones educativas y preventivas. Para él, la mayor prevención posible para el suicidio sería el conocimiento más preciso y seguro de la vida futura, que el Espiritismo nos da. Demostrada la inmortalidad, de manera clara y racional, el suicidio pierde su razón de ser”.  ¡Sucinto y genial!
  El ingeniero Jacques Conchon,5 a los 75 años, concedió una entrevista al periódico “A Tribuna”, explicando que en el inicio de los años 60 las estadísticas le incomodaban: cuatro suicidios por día en São Paulo. Fue tanta su preocupación que, en marzo de 1962 (con 20 años), ayudó a fundar el Centro de Valorización de la Vida (CVV), que este 2019 cumplió 57 años de existencia. Todo empezó cuando entró en contacto con un material de un grupo de Inglaterra, llamado Samaritanos.

 El trabajo de prevención del suicidio se inició en 1953 cuando el joven sacerdote anglicano, Chad Varah estaba en su primera parroquia. Una joven se había suicidado, convencida de que era portadora de enfermedades venéreas (cuando en verdad, presentaba su primera menstruación). Mientras el joven Varah cavaba la sepultura con sus propias manos, en un cementerio civil, fuera de la ciudad, pues los tabúes no permitían que los suicidas fuesen enterrados en cementerios comunes, estaba abatido y visiblemente perturbado, no tanto por el suicidio, sino por el motivo que habría llevado a  esa joven a matarse. No tuvo duda: el problema era desinformación, tabú, soledad. Inmediatamente publicó en el periódico Picture Post el número de teléfono de la iglesia donde trabajaba para “escuchar, seriamente, a personas hablar sobre asuntos serios”. Y, a partir de aquel momento, ya no descansó más. Al día siguiente, ya recibía la visita de alguien que cruzó el Canal de la Mancha solamente para hablar.

 Preguntado Jacques Conchon sobre el porqué ser voluntario del CVV, éste respondió: “Porque es una valorización del tiempo. Es un tiempo cualitativo de excelente nivel, no olvidando nunca que la relación de ayuda es un proceso de doble sentido. Yo no puedo decir: “yo ayudo”, pero sí puedo decir: “nosotros nos ayudamos”. En ese proceso de dos, el crecimiento es mutuo. Y eso no tiene precio”.

 Empezar a trabajar a favor del prójimo tan intensamente, a los 20 años de edad, merece mucho respeto.




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