Gente que faz - O grave problema do suícidio e Jacques Conchon ( Português e em Espanhol)
" Não desista. Geralmente é a última chave no
chaveiro que abre a porta " ( Paulo Coelho )..
Suicídio, um transtorno que vem afetando cada vez mais
os jovens brasileiros, de acordo com pesquisas realizadas pela (SIM), Sistema
de Informações de Mortalidade. A taxa de mortalidade aumentou 10% de 2002 para
2014, e a maior causa é a depressão com os traumas sofridos ao longo da vida.
Repetimos que a depressão está ligada diretamente com algum trauma vivido que leva à não aceitação de si mesmo e do próximo. Isso acaba alavancando o número de suicídios. Segundo os especialistas nessa área, quando uma pessoa é querida e tem uma boa interação com a sociedade isso causa um bem estar social que é o fator primordial para a vida. Traz tranquilidade no ato de viver. Para essa interação é essencial o afeto dos familiares e uma boa convivência com amigos. Dessa busca o caminho para a felicidade é mais fácil de ser trilhado.
Em artigo da escritora Dora Incontri de nome Suicídio
- a visão espírita revisitada, cita a preocupação de Kardec com esse tema
assim explanado no referido artigo:
" O suicídio é tema
recorrente na maioria dos 12 volumes da Revista Espírita,
demonstrando que Kardec tinha uma grande preocupação com o assunto. Em julho de
1862, escreve um artigo intitulado Estatística dos Suicídios,
fazendo uma análise sobre o aumento dos suicídios na França, e procurando
apontar as causas, lamentando que não existam pesquisas a respeito. Hoje, há
essas pesquisas em todo mundo. Entre as que Kardec reconhece em seu tempo
estavam as doenças mentais, problemas sociais, e sobretudo, o avanço do
materialismo e a falta de perspectiva existencial. O artigo continua muito
atual e revela bem como Kardec procurava abordar as questões, abrangendo todos
os seus aspectos e procurando soluções educativas e preventivas. Para ele, a
maior prevenção possível para o suicídio seria o conhecimento seguro e com
contornos mais precisos da vida pós-morte, que o Espiritismo nos dá.
Demonstrada a imortalidade, de maneira clara e racional, o suicídio perde sua
razão de ser ". Sucinto e genial.
O engenheiro Jacques Conchon, 75 anos, deu uma
entrevista ao jornal " A Tribuna ", dizendo que no ínício dos anos 60
as estatísticas o incomodavam: quatro suicídios por dia em São Paulo. Com essa
preocupação ele ajudou a fundar em março de 1962 (aos 20 anos), o Centro de
Valorização da Vida ( CVV ) que este ano completou 55 anos de existência. Tudo
começou quando entrou em contato com um material da Inglaterra, de um grupo
chamado Samaritanos.
O trabalho de prevenção do suicídio teve início em
1.953 quando o jovem sacerdote anglicano, Chad Varah estava em sua primeira
paróquia. Uma jovem havia se suicidado, julgando-se portadora de doenças
venéreas (na verdade, apresentava sua primeira menstruação). Enquanto cavava a
sepultura com as próprias mãos, num campo profano, fora da cidade, pois os
tabus não permitiam que os suicidas fossem sepultados em cemitérios comuns, o
jovem Varah, mostrava-se abatido e visivelmente perturbado, não tanto pelo
suicídio, mas sim pelo motivo que teria levado essa jovem se matar. Não teve
dúvida: o problema era desinformação, tabu, solidão. Publicou imediatamente no
jornal Picture Post o número do telefone da igreja onde atuava para “ouvir,
seriamente, pessoas falar de assuntos sérios”. E, a partir daquele momento não
mais descansou. No outro dia, já recebia a visita de alguém que atravessou o
Canal da Mancha somente para conversar.
Indagado por que ser voluntário do CVV, Jacques
Conchon respondeu: " Porque é uma valorização do tempo. É um tempo
qualitativo de excelente nível, nunca esquecendo que relação de ajuda é um
processo a dois. Eu não posso dizer " eu ajudo ", mas eu posso dizer "
nós nos ajudamos ". Nesse processo a dois, o crescimento é mútuo. E isso
não tem preço ". Começar a trabalhar para o próximo tão intensamente aos
20 anos de idade merece muito respeito.
Por Roberto Rufo
Texto publicado em Dezembro de 2017 no Jornal Abertura - seja nosso assinante!
Abaixo publicamos a edição do mesmo no Jornal Catalão –
Flama espírita – tradução e adaptação de Pura Argelich
Suicidio, un trastorno que viene afectando cada vez
más a los jóvenes brasileños4, según investigaciones realizadas por el Sistema
de Informaciones de Mortalidad (SIM)…, y la mayor causa es la depresión con los
traumas sufridos a lo largo de la vida.
Insistimos que
la depresión está ligada directamente con algún trauma vivido que lleva a la no
aceptación de sí mismo y del prójimo. Ello termina por impulsar el número de
suicidios. Según los especialistas en esa área, cuando una persona es querida y
su interacción con la sociedad es buena ello le produce una sensación de
bienestar social que es el factor primordial para la vida. Trae tranquilidad en
el acto de vivir. Para esa interacción, es esencial el afecto de los familiares
y una buena convivencia con los
amigos. De esa búsqueda resulta que el camino hacia la felicidad es más fácil
de ser recorrido.
En un artículo
de la escritora Dora Incontri titulado Suicidio – la visión espírita revisada,
hace mención a la preocupación de Kardec con ese tema explicado como sigue en
el referido artículo:
“El suicidio es
un tema recurrente en la mayoría de los 12 volúmenes de la Revista Espirita,
demostrando que Kardec tenía una gran preocupación con dicha cuestión. En julio
de 1862, escribió un artículo titulado Estadística de los Suicidios, haciendo
un análisis sobre el aumento de los mismos en Francia, e intentando señalar las
causas, así como lamentando que no hubiesen investigaciones al respecto.
Actualmente, existen esas investigaciones en todo el mundo. Entre las que
Kardec reconoce en su época estaban las enfermedades mentales, problemas
sociales, y sobre todo, el avance del materialismo y la falta de perspectiva
existencial. El artículo sigue siendo muy actual y revela muy bien cómo Kardec
intentaba abordar los temas, abarcando todos sus aspectos y buscando soluciones
educativas y preventivas. Para él, la mayor prevención posible para el suicidio
sería el conocimiento más preciso y seguro de la vida futura, que el
Espiritismo nos da. Demostrada la inmortalidad, de manera clara y racional, el
suicidio pierde su razón de ser”.
¡Sucinto y genial!
El ingeniero
Jacques Conchon,5 a los 75 años, concedió una entrevista al periódico “A
Tribuna”, explicando que en el inicio de los años 60 las estadísticas le
incomodaban: cuatro suicidios por día en São Paulo. Fue tanta su preocupación
que, en marzo de 1962 (con 20 años), ayudó a fundar el Centro de Valorización
de la Vida (CVV), que este 2019 cumplió 57 años de existencia. Todo empezó
cuando entró en contacto con un material de un grupo de Inglaterra, llamado
Samaritanos.
El trabajo de
prevención del suicidio se inició en 1953 cuando el joven sacerdote anglicano,
Chad Varah estaba en su primera parroquia. Una joven se había suicidado,
convencida de que era portadora de enfermedades venéreas (cuando en verdad,
presentaba su primera menstruación). Mientras el joven Varah cavaba la
sepultura con sus propias manos, en un cementerio civil, fuera de la ciudad,
pues los tabúes no permitían que los suicidas fuesen enterrados en cementerios
comunes, estaba abatido y visiblemente perturbado, no tanto por el suicidio,
sino por el motivo que habría llevado a
esa joven a matarse. No tuvo duda: el problema era desinformación, tabú,
soledad. Inmediatamente publicó en el periódico Picture Post el número de
teléfono de la iglesia donde trabajaba para “escuchar, seriamente, a personas
hablar sobre asuntos serios”. Y, a partir de aquel momento, ya no descansó más.
Al día siguiente, ya recibía la visita de alguien que cruzó el Canal de la
Mancha solamente para hablar.
Preguntado
Jacques Conchon sobre el porqué ser voluntario del CVV, éste respondió: “Porque
es una valorización del tiempo. Es un tiempo cualitativo de excelente nivel, no
olvidando nunca que la relación de ayuda es un proceso de doble sentido. Yo no
puedo decir: “yo ayudo”, pero sí puedo decir: “nosotros nos ayudamos”. En ese
proceso de dos, el crecimiento es mutuo. Y eso no tiene precio”.
Empezar a
trabajar a favor del prójimo tan intensamente, a los 20 años de edad, merece
mucho respeto.
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