quarta-feira, 11 de abril de 2018

A ARTE OCULTA DE HILMA AF KLINT - sob a ótica espírita por Roberto Rufo


A ARTE OCULTA DE HILMA AF KLINT - sob a ótica espírita por Roberto Rufo

Gosto muito de ler a Revista Cláudia que rotineiramente costumo presentear a minha mulher Valéria Regis. Já escrevi alguns artigos baseados em reportagens dessa revista. Resolvi adquirir o número de fevereiro/2018 pois fiquei entusiasmado por uma reportagem com a americana Ophra Winfrey que se uniu a outras famosas para dar voz às vítimas de assédio. Mas depois pensei que muito certamente as pensadoras espíritas já devem estar debruçadas sobre este assunto e com certeza produzirão artigos sobre este assunto com base na teoria espírita. Afinal trata-se do debate sobre os direitos da mulher.

Todavia outro assunto me chamou mais a atenção. O tema era "Arte e Realidade" e fala da exposição de obras de mulheres neste ano na Pinacoteca em São Paulo. Quem não conhece, deveria urgentemente entrar em contato com a Pinacoteca de São Paulo, um lugar belíssimo e com obras permanentes de primeiro mundo. Adoro a obra de Almeida Junior existente na Pinacoteca.



O museu criou uma programação dedicada às mulheres e estreia com Hilma af Klint, sueca que viveu de 1.862 a 1.944. Como diz a reportagem suas obras só puderam ser conhecidas após 20 anos de sua morte. A própira artista determinou isso em testamento. Frequentou sessões mediúnicas com um grupo de amigas batizado de As Cinco. Foi aí que segundo Hilma af Klint, passou a pintar sob influência de seres superiores. Fascinada pelo espiritismo produziu mais de 200 obras. Museus e galerias negaram-se a exibir suas pinturas. Isso só foi possível em meados da década de 1980.

Este artigo foi publicado no Jornal Abertura de março de 2018: Baixe aqui!



Resolvi pesquisar sobre essa mulher intrigante e descobri um artigo de uma revista de nome Caliban sobre Hilma Af Klint além de trazer vária telas da pintora. Segue abaixo parte do texto da revista:
"  Para alguns ela é uma bruxa, para outros ela é a pioneira da arte abstrata.
A artista sueca Hilma af Klint (1862–1944) foi uma mulher enigmática, viveu de maneira simples e ascética, não casou, não seguiu o padrão de sua época e pertenceu a uma das primeiras gerações de mulheres educadas na Academia Real de Artes de Estocolmo. Trabalhava intensa e rigorosamente. Deixou mais de 1.200 pinturas, 124 cadernos de notas e desenhos em mais de 26.000 páginas manuscritas e datilografadas. Ela foi completamente devota àquilo que considerava ser sua missão: revelar mensagens do mundo espiritual através da arte.
Sua arte diz-se oculta por diferentes aspectos. O mais importante deles é o fato de sua obra ser a representação física em tela do mundo espiritual, por assim dizer, daquilo que não é visível. Mas talvez o fato que desperta maior curiosidade é que a pintora não mostrava suas obras abstratas publicamente e, além disso, deixou testamentado que seus herdeiros não poderiam exibí-las antes de completar 20 anos de sua morte. Ela acreditava que seus contemporâneos não estavam prontos para entender o significado de suas imagens e todas as suas tentativas de mostrar suas obras a grupos seletos e específicos foram recusadas na época. Assim, sua obra abstrata permaneceu secreta por muitos anos.
Mas o fato é que Hilma af Klint pintou uma série de imagens abstratas em 1906, anos antes dos modernistas da abstração Wassily Kandinsky, Kazimir Malevich, Frantisek Kupka e Piet Mondrian produzirem suas obras radicais e não-figurativas na segunda década do século XX.
Contudo, Hilma af Klint ainda não está nos livros de história da arte e muitos ainda desconhecem a importância de seu legado, mas este cenário está prestes a mudar. Se sua arte foi feita para o futuro, este futuro é agora. Mais de 70 anos após sua morte, muitos têm percebido essa urgência de despertar o mundo para o legado de Hilma af Klint. No Brasil, Luciana Pinheiro Ventre, artista plástica e aconselhadora biográfica, lançará o primeiro livro em português sobre a vida e a obra de Hilma af Klint".
Na revista Cláudia que citei está exibida uma de suas telas abstratas. Com certeza na exposição programada na Pinacoteca de São Paulo serão expostas diversa outras telas. Se sobrar um tempinho ( afinal desde 16/12/2017 reencarnaram meus netinhos gêmeos Artur e Benício ) na minha atual função de "vovô de apoio" irei à Pinacoteca de São Paulo. 
                                                                                   Roberto Rufo

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