A ARTE OCULTA DE HILMA AF KLINT - sob a ótica espírita por Roberto Rufo
Gosto muito de ler a Revista Cláudia que
rotineiramente costumo presentear a minha mulher Valéria Regis. Já escrevi
alguns artigos baseados em reportagens dessa revista. Resolvi adquirir o número
de fevereiro/2018 pois fiquei entusiasmado por uma reportagem com a americana
Ophra Winfrey que se uniu a outras famosas para dar voz às vítimas de assédio.
Mas depois pensei que muito certamente as pensadoras espíritas já devem estar
debruçadas sobre este assunto e com certeza produzirão artigos sobre este
assunto com base na teoria espírita. Afinal trata-se do debate sobre os
direitos da mulher.
Todavia outro assunto me chamou mais a atenção.
O tema era "Arte e Realidade" e fala da exposição de obras de
mulheres neste ano na Pinacoteca em São Paulo. Quem não conhece, deveria
urgentemente entrar em contato com a Pinacoteca de São Paulo, um lugar
belíssimo e com obras permanentes de primeiro mundo. Adoro a obra de Almeida
Junior existente na Pinacoteca.
O museu criou uma programação dedicada às
mulheres e estreia com Hilma af Klint, sueca que viveu de 1.862 a 1.944. Como
diz a reportagem suas obras só puderam ser conhecidas após 20 anos de sua morte.
A própira artista determinou isso em testamento. Frequentou sessões mediúnicas
com um grupo de amigas batizado de As Cinco. Foi aí que segundo Hilma af Klint,
passou a pintar sob influência de seres superiores. Fascinada pelo espiritismo
produziu mais de 200 obras. Museus e galerias negaram-se a exibir suas pinturas.
Isso só foi possível em meados da década de 1980.
Este artigo foi publicado no Jornal Abertura de março de 2018: Baixe aqui!
Resolvi pesquisar sobre essa mulher intrigante
e descobri um artigo de uma revista de nome Caliban sobre Hilma Af Klint além
de trazer vária telas da pintora. Segue abaixo parte do texto da revista:
" Para alguns ela é uma bruxa, para
outros ela é a pioneira da arte abstrata.
A artista sueca Hilma af Klint (1862–1944) foi
uma mulher enigmática, viveu de maneira simples e ascética, não casou, não
seguiu o padrão de sua época e pertenceu a uma das primeiras gerações de
mulheres educadas na Academia Real de Artes de Estocolmo. Trabalhava intensa e
rigorosamente. Deixou mais de 1.200 pinturas, 124 cadernos de notas e desenhos
em mais de 26.000 páginas manuscritas e datilografadas. Ela foi completamente
devota àquilo que considerava ser sua missão: revelar mensagens do mundo
espiritual através da arte.
Sua arte diz-se oculta por diferentes aspectos. O mais importante deles
é o fato de sua obra ser a representação física em tela do mundo espiritual,
por assim dizer, daquilo que não é visível. Mas talvez o fato que desperta
maior curiosidade é que a pintora não mostrava suas obras abstratas
publicamente e, além disso, deixou testamentado que seus herdeiros não poderiam
exibí-las antes de completar 20 anos de sua morte. Ela acreditava que seus
contemporâneos não estavam prontos para entender o significado de suas imagens
e todas as suas tentativas de mostrar suas obras a grupos seletos e específicos
foram recusadas na época. Assim, sua obra abstrata permaneceu secreta por
muitos anos.
Mas o fato é que Hilma af Klint pintou uma série de imagens abstratas em
1906, anos antes dos modernistas da abstração Wassily Kandinsky, Kazimir
Malevich, Frantisek Kupka e Piet Mondrian produzirem suas obras radicais e
não-figurativas na segunda década do século XX.
Contudo, Hilma af Klint ainda não está nos livros de história da arte e
muitos ainda desconhecem a importância de seu legado, mas este cenário está
prestes a mudar. Se sua arte foi feita para o futuro, este futuro é agora. Mais
de 70 anos após sua morte, muitos têm percebido essa urgência de despertar o
mundo para o legado de Hilma af Klint. No Brasil, Luciana Pinheiro Ventre,
artista plástica e aconselhadora biográfica, lançará o primeiro livro em
português sobre a vida e a obra de Hilma af Klint".
Na revista Cláudia que citei está exibida uma de suas telas abstratas.
Com certeza na exposição programada na Pinacoteca de São Paulo serão expostas
diversa outras telas. Se sobrar um tempinho ( afinal desde 16/12/2017
reencarnaram meus netinhos gêmeos Artur e Benício ) na minha atual função de
"vovô de apoio" irei à Pinacoteca de São Paulo.
Roberto Rufo
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