Está disponível no site da CEPA a edição de outubro do Jornal Abertura, baixe aqui:
quarta-feira, 11 de outubro de 2023
Jornal Abertura outubro 2023 - edição online gratuita
quinta-feira, 5 de outubro de 2023
Abrindo a mente Abertura de número 400, minha participação - por Alexandre Cardia Machado
Abrindo a mente
Abertura de número 400, minha participação
O Abertura surge em abril de 1987, nos primeiros anos ter um
artigo assinado no Jornal Abertura era muito difícil, o Abertura talvez fosse o
canal mais importante de nossa corrente alternativa ao Espiritismo a Brasileira
da FEB.
Tive um primeiro artigo publicado em fevereiro de 1989 no
exemplar número 23 chamava-se “A origem da vida”, casualmente o ponto
central de meu livro – Uma breve história do Espírito. A partir deste
momento, deste debut, passei a escrever alguns artigos de cunho
científico regularmente.
Em outubro de 1993, após um convite especial de Jaci Régis,
passei a dividir a página 3 do jornal com Jaci, Eugenio Lara e Roberto Rufo,
foi um momento importante por que passei a ter uma presença constante, logo
depois Jaci instituiu um Conselho de Redação, onde participavam, além dele,
Roberto Rufo, Eugenio Lara e modestamente este que aqui escreve.
Minha coluna, em 1993 foi inaugurada com um artigo chamado “O
Super homem não vem”, era um artigo interessante, que diz muito com a minha
característica, pessoas que lideram, são importantes, mas não são nada sem os
que a acompanham e interagem com elas. O mote era que ninguém fotografava o dia
seguinte ao “salvamento do Super homem”, ele quebrava paredes, provocava
acidente de automóveis, queimava prédios, e ninguém via o trabalhão para
arrumar tudo depois. A imprensa só focava no herói.
Acreditamos fortemente no trabalho em equipe e me sinto
honrado com estar à frente deste jornal em 35% do seu tempo de vida, sendo
redator de 143 dos 400 Aberturas editados. Um trabalho feito sempre em grupo.
Em 1997, meu velho,
lá em Porto Alegre, editou um livro “familiar”, que posso chamar de meu
primeiro livro. Meu pai, Jorge Armando Severo Machado era assinante e
seguidamente citava em seu Boletim do Lions Clube, artigos do Abertura.
Este livreto é composto exclusivamente por artigos meus do Abertura,
selecionados por meu pai, entre 1993 e 1997.
Para Abrir mais a sua mente: Vá no site da CEPA e
leia os Aberturas, disponíveis desde 2018.
https://cepainternacional.org/site/pt/publicacoes
Busque – Jornal Abertura.
quarta-feira, 20 de setembro de 2023
A GRANDE VIOLÊNCIA EXISTENTE NO BRASIL - por Roberto Rufo
A GRANDE VIOLÊNCIA EXISTENTE NO BRASIL - por Roberto Rufo
Na teoria espírita, mais específicamente no Livro dos Espíritos, quando se toca no assunto violência, aparece uma solução para esse mal – a educação, não apenas a educação das escolas, mas a educação moral, que cria caracteres saudáveis.
O Espiritismo fala no homem novo que substitui o homem velho existente em nós. Qual a consequência dessa transformação? – É óbvio, uma sociedade mais justa e solidária.
No Livro dos Espíritos, questão 756 Allan Kardec pergunta aos espíritos se a sociedade de bem se verá algum dia expurgada dos seres malfazejos? – Os espíritos respondem que a humanidade progride. Esses homens, em quem o instinto do mal domina e que se acham deslocados entre pessoas de bem, desaparecerão gradualmente.
Coloquei todo esse preâmbulo da teoria espírita para analisarmos se de fato estamos alterando os caracteres entre a população brasileira e criando uma sociedade mais justa. O primeiro parágrafo, como pura teoria é irretocável, no entanto quanto ao segundo parágrafo a previsão dos espíritos não aconteceu, pelo menos no Brasil.
Os números da violência no país são impressionantes. Temos 3% da população mundial, e respondemos por 13% dos assassinatos do mundo, o que desmente a tão falada cordialidade do brasileiro, bem como o paradigma de que somos um povo pacífico. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes chega a ser 13.100% maior que na Inglaterra e 609,3% maior que na vizinha Argentina. São dados do Atlas da Violência divulgada pelo IPEA em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (09/6/2017).
A grande pergunta é: como chegamos a essa situação (obra de governos dos últimos 20 anos pelo menos) e o que pode ser feito para mudar esse quadro repulsivo? Em primeiro lugar é como cidadãos cobrar o porquê da ausência e ineficiência do Estado, principalmente na falta de políticas e ações eficazes de proteção e defesa da população. O crime organizado deita e rola. E em segundo lugar, atentar que sem uma melhoria substancial na educação, fica difícil controlar a violência.
Quando não se tem nem uma coisa nem outra, só resta investir na construção de presídios como se fosse solucionar o problema. Ainda mais que as nossas penitenciárias são simplesmente lamentáveis.
Mas como vivemos desde a segunda metade do século XX, do ponto de vista espiritual, na filosofia do nada, a questão da agressividade humana é tratada cientificamente. “Bem aventurados os mansos e pacíficos porque herdarão a terra” e “Vós sois todos irmãos”, palavras de Jesus de Nazaré não entram no cômputo da solução do problema. Trata-se de religião.
Ouso dizer, como falei num dos dias da nossa reunião no ICKS, que se algum presidente brasileiro no dia de Natal citar Jesus de Nazaré na sua mensagem de final de ano, no dia seguinte será atacado em nome do estado laico, que se transformou na verdade num estado ateu.
Este artigo foi publicado em março de 2018 no Jornal Abertura: baixe aqui!
Enquanto isso nossos governantes, geralmente corruptos, assistem (às vezes num home theater instalado na prisão) esse quadro melancólico sem nenhum gesto no sentido de estarem arrependidos com a sua ganância e egoísmo. Falta-lhes espiritualidade.
terça-feira, 12 de setembro de 2023
ICKS Lança mais um livro online grátis - Emissões Energéticas na Prática Espírita
Série Abrindo a Mente - Emissões Energéticas na Prática Espírita
Apresentação e Introdução
Este livro é elaborado com
trabalhos apresentados no SBPE – Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita, todos
os trabalhos fazem parte dos respectivos Anais, quer impressos em forma de
livros, como eletrônicos, CDs em formato pdf.
Buscamos aqui reunir aqueles
que de alguma maneira abordam a aplicação das energias anímico-espirituais nas
casas espíritas, desta forma o ICKS poderá oferecer ao público em geral este
saber espírita, teórico e prático de forma gratuita, amplamente disponível para
consulta e referência em trabalhos a serem produzidos por outros autores.
Este é o quarto livro da
série literária – Abrindo a Mente, anteriormente já disponibilizamos 3 livros:
·
Uma Breve História do
Espírito – Alexandre Cardia Machado;( Também disponível em espanhol)
·
Novo Pensar sobre
Deus, Homem e Mundo – Jaci Régis (Também disponível impresso)
·
Amor, Casamento &
Família - Jaci Régis.( livro impresso esgotado)
Este quarto livro, apresenta
trabalhos dos seguintes autores: Cláudia Régis Machado, Juliana Régis da Costa
e Oliveira, Reinaldo de Lucia e Alexandre Cardia Machado, que foram
apresentados nos SBPEs, cronologicamente conforme abaixo:
·
Emissões Energéticas à Distância - Autor: Reinaldo di Lucia - 2° SBPE – 1991.
·
Passes: Discussão e Propostas - Autor: Reinaldo di Lucia -3° SBPE – 1993.
·
Análise da utilização da palavra “fluído” e suas variações na obra de
Allan Kardec - Autor: Alexandre Cardia Machado – 9° SBPE – 2005.
·
O Toque Terapêutico - Autora: Juliana Régis da Costa e Oliveira – 12° SBPE –
2011.
·
Gabinete
Psico-mediúnico uma experiência de saúde emocional - Autores: Alexandre
Cardia Machado e Cláudia Régis Machado – 12° SBPE – 2011.
·
Estudo Metodológico Para Emissão Energética Próxima, Aplicada a Plantas
- Autor:
Alexandre Cardia Machado– 12° SBPE – 2011.
Neste livro
apresentaremos os trabalhos dentro de uma lógica, não cronológica, mas sim dividido
em quatro partes: Parte 1 - A questão da prova, Parte 2 - Discussão teórica,
Parte 3 - Aplicações Práticas e Parte 4 - A Questão da Nomenclatura.
Com isto acreditamos
que didaticamente será mais interessante e, portanto, mais útil aos nossos
leitores. É interessante observar que todos os autores deste livro são oriundos
do CEAK – Centro Espírita Allan Kardec de Santos que já, desde a década de 90
adotou a terminologia proposta por Reinaldo di Lucia, como por exemplo chamar
passe de Emissão de Energia Próxima, nomenclatura que é predominantemente utilizada
neste livro.
Baixe Grátis aqui:
Curiosamente todos os
autores são oriundos da MEEV – Mocidade Espírita Estudantes da Verdade do CEAK.
Sendo que Cláudia, Reinaldo e Juliana foram Presidentes da MEEV.
Este ponto, relativo à
nomenclatura espírita é muito importante, pois caso, não atualizemos os termos
ultrapassados usados nas obras básicas e mediúnicas espíritas manteremos o
espiritismo numa linguagem hermética, de difícil entendimento por pessoas mais
novas e iniciantes no espiritismo.
Recorro a Jaci Régis,
em seu Caderno Cultural[1] – Doutrina
Kardecista – Modelo Conceitual (reescrevendo o modelo espírita)
“O movimento espírita
brasileiro que assumiu a responsabilidade de manter o legado de Kardec sucumbiu
à pressão da cultura, das ideias católicas, devido à adesão de pessoas
estruturalmente ligadas aos cultos cristãos.
Dois fatores
contribuíram para isso. A absorção total do sentido e da linguagem do
evangelho (nota do Editor – por exemplo o termo passe) sem a liberação do
aparato místico ...
O aspecto evolutivo do
Espiritismo, que permite analisar os progressos realizados pela sociedade
humana nesse período e incorporá-los, equilibradamente ... “.
É por esta razão que
esta obra que aqui introduzimos, entra em nossa série Abrindo a Mente
por ser teórica e prática. Podemos dizer inovadora.
Alexandre Cardia Machado
Organizador
terça-feira, 5 de setembro de 2023
Jornal Abertura - Edição comemorativa dos 400 exemplares
Caros Amigos,
Está disponível no site da
CEPA o Abertura de 2023 – este é o ABERTURA de setembro e o de número 400! Ele
está especial com muita história para vocês curtirem.
Baixe aqui:
Em comemoração aos 400 números do Abertura,
disponibilizamos os Jornais Abertura de 2018 no site da CEPA:
https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/37-jornal-abertura-2018
Como podem ver, disponibilizamos em julho 2 títulos de
livros da série Abrindo A Mente
Amor, Casamento & Família de Jaci Régis
Baixe aqui:
Una Breve historia del Espiritu –de Alexandre Cardia Machado
em Espanhol.
Baixe aqui:
segunda-feira, 4 de setembro de 2023
O Luto por Reinaldo Di Lucia e Carolina Régis
O Luto
Muito se fala, especialmente nos dias atuais, sobre a importância do luto, da vivência do luto como algo necessário para que consigamos seguir em frente após as perdas que vivenciamos em nossa caminhada encarnatória.
Esse foi precisamente o tema da discussão de um grupo de amigos espíritas no último mês. Não há como negar que o luto é inevitável. A perda dos entes queridos é um dos momentos mais dolorosos na vida de qualquer pessoa e não há como não sentir esta dor. Muitas vezes, ela dura por períodos excessivamente longos, podendo dificultar ou mesmo impedir que a pessoa continue sua vida normalmente. Por isso se diz que o luto deve ser vivido, sentido, trabalhado e, finalmente, superado.
Quanto tempo isso leva? Depende de cada um, obviamente. Mas deve ser um tempo que possibilite que o ser que o vive retome, ainda que gradualmente, sua vida – que não será a mesma, mas deve continuar com mais conhecimento e serenidade.
Agora, como o espírita encara o luto? Porque, sem dúvida, a Doutrina Espírita nos coloca em uma condição diferente, uma vez que nos apresenta uma visão de mundo diferente, baseada na continuidade da existência do ser. E é aí que a coisa começa a ficar complexa. Principalmente porque, com a tendência dos seres humanos de uniformizarem os sentimentos e acharem que todos devem sentir as coisas da mesma forma, acabam padronizando o luto: “Ah, mas você é espírita, não é? Sabe que a vida continua, não precisa ficar desse jeito...”. – Porquê não? Vejo o luto como uma profunda saudade da presença, do toque, do olho no olho. A falta do contato, da conversa, da convivência.
Talvez seja mais que simplesmente saudade, já que a saudade pode normalmente ser sanada com uma visita ou um telefonema. Mas a ausência, essa permanece. E dói. Muito. Eis o luto. Ah, dirão, isso passa. Não nos iludamos, meus amigos. Não passa jamais. Diminui, sim, a um ponto em que conseguimos seguir em frente – de uma maneira quase normal. Mas ela, a dor, a saudade, a falta, sempre estarão lá.
E o que podem os Centros Espíritas fazer para, de alguma forma, ajudarem as pessoas a passar por essa fase? Penso que o primeiro passo é entenderem que a acolhida é fundamental – entender, empaticamente, o que as pessoas em luto estão sentindo é um primeiro passo essencial para essa ajuda. Mas, por melhor que seja a intenção, só ela não basta (de boas intenções ... lembram?). É preciso uma capacitação, algo mais profissional, para que possamos, com firmeza e doçura, estar ali para aquela criatura. E assim ajudá-la a passar por esta fase.
E vocês, amigos leitores? O que pensam sobre o luto e o Espiritismo? Mandem comentários. Gostaríamos muito de saber a visão de vocês.
Deixem os seus comentários aqui no blog.
Este artigo foi publicado no jornal Abertura de outubro de 2019, agora disponível online.
Baixe aqui:
quarta-feira, 30 de agosto de 2023
O Ser humano e seus Deuses - por Alexandre Cardia Machado
O Ser humano e seus Deuses - por Alexandre Cardia Machado
Começo citando novamente o escritor israelita Yuval Noah Harari que em seu livro mais recente traduzido para o português – Homo Deus: Uma breve história do amanhã cujo título já é uma provocação à reflexão, pois trata-se de uma análise da história de evolução do Homo Sapiens e sua projeção para o futuro. “Enquanto a Revolução Agrícola deu orígem às religiões teístas, a Revolução Científica fez nascerem as religiões humanistas, nas quais humanos substituem deuses.
Os Teístas cultuam theos (“deus”, em grego), e os humanistas, como o liberalismo, o comunismo e o nazismo, é que o Homo sapiens tem uma essência única e sagrada, fonte de todo o sentido e de toda a autoridade no Universo. Tudo o que acontece no cosmo é considerado bom ou mal de acordo com o impacto que exerce sobre o Homo sapiens”. Yural nos faz refletir naquilo que o escritor espírita Herculano Pires chamou de horizontes espirituais, nos primeiros anos da civilização, na passagem do homem de caçador – coletor a agricultor as religiões eram teístas, assim teremos as primeiras religiões tribais, repletas de atos divinos responsáveis por tragédias, dilúvios, chuvas, secas, pragas, enfim, tudo aquilo que envolvia a principal atividade de subsistência humana.
Quando a humanidade começa a dominar estas áreas de saber, com o desenvolvimento da ciência, passamos a ocupar um espaço antes destinado aos deuses das diversas religiões. Com isso toda a filosofia muda.
Como característica geral, à partir da filosofia clássica grega o homem sempre pensa ter domínio das leis naturais. Reflete sobre todos os aspectos que lhe permite o conhecimento de cada época. Este processo se repete durante o apogeu dos Impérios Romano e Persa. Constrói estradas, portos, melhora a navegação, represa e desvia rios, sentem-se como se deus fossem.
Yuval tenta demonstrar como nós humanos encontramos justificativas para distanciar-se dos outros animais, como se eles só existissem para nos servir, assim descreve: “O teísmo justificava a agricultura tradicional em nome de Deus, ao passo que o humanismo justifica a moderna lavoura industrial em nome do Homem. A lavoura industrial santifica as necessidades, os caprichos e as vontades humanas, descartando todo o resto. A lavoura industrial não tem verdadeiro interesse em animais, o quais não compartilham a santidade na natureza humana. E os deuses não lhe são úteis, porque a ciência e a tecnologia moderna conferem aos humanos poderes que excedem em muito os dos antigos deuses.”
Está gostando? O autor deste artigo dedica um capítulo sobre este tema no seu livro: Uma breve história do Espírito que você pode baixar gratuitamente no link abaixo:
Esta visão coincide com as comunicações dos espíritos no século XIX, veja O Livro dos Espíritos questão 756: – “A sociedade dos homens de bem se verá algum dia expurgada dos seres malfazejos? “A Humanidade progride. Esses homens, em quem o instinto do mal domina e que se acham deslocados entre pessoas de bem, desaparecerão gradualmente, como o mau grão se separa do bom, quando este é joeirado. Mas, desaparecerão para renascer sob outros invólucros. Como então terão mais experiência, compreenderão melhor o bem e o mal. Tens disso um exemplo nas plantas e nos animais que o homem há conseguido aperfeiçoar, desenvolvendo neles qualidades novas.
Pois bem, só ao cabo de muitas gerações o desenvolvimento se torna completo. É a imagem das diversas existências do homem.” Yuval faz toda esta análise, porque vai desenvolver, no livro o que ele propõe ser a próxima evolução humana, ele vê a humanidade no limiar de uma nova geração de humanos, como explicaremos a seguir. Crê que em alguns anos seremos capazes de reduzir tecnologicamente vários fatores que fazem com que envelheçamos e venhamos a morrer. Desta forma pouco a pouco agregaremos desenvolvimentos genéticos, nano antibióticos, novos marcapassos, dispositivos biônicos que permitirão que pessoas abastadas possam postergar a morte facilmente para além dos 150 anos de idade.
Muitos podem pensar, quem gostaria disso? Uma resposta poderia ser, com qualidade de vida, por que não? Quantos lugares poderíamos conhecer? Quantas linguas poderíamos aprender? Certamente estaria alinhado com o princípio espírita do desenvolvimento do espírito a cada encarnação.
Agora, o que precisamos ponderar é, a que custo social? Como garantir este acesso a todos? Ainda que não seja para todos, este progresso tecnológico salvaria muitas vidas, pessoas que morreriam por problemas de saúde aos 10, 20 ou 30 anos poderíam sobreviver caso adotassem estas novas técnicas e ajudar no processo de desenvolvimento do planeta.
O ponto que o autor propõe e que não quero antecipar totalmente, é que passaríamos a potencialmente termos a chamada amortalidade. A amortalidade se diferencia do conceito de imortalidade, pois os humanos sempre poderiam morrer por acidente, se levassem um tiro e não fossem tratados a tempo.
Mas pessoas que tenham muito dinheiro poderão, provavelmente evitar a morte, regenerar o corpo e manter a mente apta por muito mais tempo. O que o autor propõe é que este grupo de pessoas formaria uma elite de semi-deuses, acho exagerado pensar assim, mas ao menos nos obriga a refletir sobre esta possibilidade.
Que filosofia surgiria disso? Esperemos um pouco mais para ver no que isso poderá resultar, pois nos dias de hoje, muito da tecnologia já adquirida ainda não está disponível a toda a população mundial onde boa parte da população ainda luta por simplesmente sobreviver.
Não deixa de ser um outro aspecto da luta entre modelos econômicos e sociais, num mundo em transformação. As novas tecnologias, surgem muito caras, mas em uma década, terminam por serem mais acessíveis à população em geral.
Este artigo foi o Editorial do Jornal Abertura de julho de 2019 - o jornal completo, em pdf está disponível no site da CEPA.
Baixe aqui:
sábado, 26 de agosto de 2023
A utilidade do ser humano por Roberto Rufo
A
utilidade do ser humano.
"O
bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã. Faça o bem assim mesmo. Veja
que, ao final das contas, é tudo entre você e Deus! Nunca foi entre você e os
outros". (Madre Tereza de Calcutá).
Em
setembro de 1939 Adolf Hitler mandou invadir a Polônia, dando início à 2ª
Guerra Mundial. No inverno de 1942 as tropas dele estavam famintas e congelando
nas nevascas da Rússia, onde seu melhor general morreu de enfarto, e os Estados
Unidos tinham entrado na guerra. Pela 1ª vez o sonho de Hitler sobre o império
alemão durar mil anos ficou incerto. Enquanto Hitler contratava e demitia
generais e o inverno ficava mais frio, quinze homens de confiança do III Reich,
liderados pelo general da SS Reinhard Heydrich, se encontraram para uma reunião
secreta em Wannsee, subúrbio de Berlim. Em duas horas eles mudaram o mundo para
sempre, pois ali foi decidido a "Solução Final", que tinha por
objetivo eliminar todos os judeus da Europa.
O Vaticano há muito enfrenta críticas por conta da postura do Papa Pio XII, que não teria se pronunciado contra a perseguição nazista aos judeus.
A Igreja Católica também não teria revelado detalhes do possível envolvimento do papa no Holocausto, que provocou a morte de seis milhões de judeus, bem como de ciganos e homossexuais.
Em março de 2000, o Papa João Paulo II pediu desculpas a qualquer postura incorreta dos católicos em relação aos judeus, às minorias e às mulheres durante o nazismo.
quinta-feira, 17 de agosto de 2023
País envelhecido - Editorial de Alexandre Cardia Machado Jornal Abertura agosto de 2023
País envelhecido
Já tínhamos a impressão de que os Centros Espíritas
estavam envelhecendo, os colaboradores, pelo menos dos centros que conheço tem
um grande percentual de aposentados. O Censo do IBGE de 2021/22 veio corroborar
esta impressão.
Contrariando todas as previsões de crescimento
populacional, que estimava-se considerando o Censo de 2010 que fossemos 214
milhões de brasileiros, o que se contou agora foi, nada mais do que 203
milhões.
Isto significa que muito menos gente nasceu nos
últimos 11 anos do que era esperado, como isto impacta a vida de todos nós?
Bem, difícil precisar, mas para melhorar o bem-estar social, todos nós teremos
que trabalhar mais, porque menos jovens estão entrando e entrarão futuramente, no
sistema previdenciário oficial.
As agencias de propaganda já haviam se dado conta
muito antes do que a comunidade econômica e do que o IBGE, basta ver como
aumentaram as propagandas focadas na chamada terceira idade nos últimos 10 anos.
Até pessoas na faixa dos 40 anos já começa a deixar de pintar os cabelos, sejam
mulheres ou homens.
O Crescimento da população está na faixa de 0,5% ao
ano, o que faz a gente refletir que um aumento de 1% do PIB ao contrário do que
sempre foi dito, representa um aumento real de renda, assim devemos aproveitar
este momento em que nosso país já há 2 anos vem tendo aumento de cerca de 2%,
pois futuramente, e não tão futuramente seremos um país envelhecido.
Isto já acontece na Europa e a solução mais utilizada
é a de aumentar a imigração, o Brasil contribui com isto, temos brasileiros
saindo do país em proporções nunca vistas antes.
Cabelos brancos virou charme. Cabelos brancos estão na moda – reflexo do envelhecimento
Os efeitos no movimento espírita: Fonte
IBGE e ABRADE
Alguns dados importantes, os espíritas são os que
apresentaram melhores indicadores quanto ao nível de escolaridade, como a maior
proporção de pessoas com nível superior completo (31,5%). Por outro lado, temos
também a maior média etária – 37 anos entre todos os grupos “religiosos”(dados
de 2010).
Segundo a Abrade: Associação Brasileira de
Divulgadores do Espiritismo, estes dados que citarei aqui podem ser encontrados
em sua página oficial: https://abrade.com.br/
“Pela pesquisa Retratos da leitura no Brasil, 5ª
edição, base 2019, o brasileiro lê, em média, 2,4 livros lidos apenas em parte
e, 2,5, inteiros. Retirados os livros didáticos e a Bíblia, esse número cai
para 1,6 livros. Os leitores espíritas leem mais, 3 a 4 livros espíritas por
ano, mas ainda é um número modesto e pode melhorar bastante.”
Ou seja, temos um
público interessado em leitura, mas o ICKS, como Editora sofre na venda e
divulgação de nossos livros, o que nos motivou a oferecer este saber espírita
de forma online e gratuita.
PNP – Pesquisa Nacional
para Espíritas 2021 apresenta um dados de que
a idade média dos espíritas está atingindo 50 anos. A presença de jovens nas casas espíritas tem
fortes indícios de estar em baixa há, pelo menos uma década. Boa parte dos
novos espíritas possuem mais de 40 anos.
Segundo Franzolim, “talvez
para compensar a pequena participação dos espíritas no Brasil (2% no Censo
2021), as estimativas sobre o número de simpatizantes do espiritismo atingem
cifras elevadas de 20 e até 30 milhões”. Costumamos chamar estes simpatizantes
de clientes, pois eles normalmente vão aos centros espíritas, como bem diz
Franzolim – “ Temos de considerar, contudo, que parte
significativa desses simpatizantes, procuram as casas espíritas, mais pela
possibilidade de receber uma ajuda, do que pelo interesse em sua filosofia ou
de melhor compreensão de alguma questão existencial”.
Como trazer mais pra próximos de nós estas
pessoas? Nossas casa promovem cursos, desta forma alguns acabam por frequentar
e até associar-se aos centros. Isto é importante pois, por mais que sejamos
caridosos, não há “jantar de graça”, os centros precisam bancar as suas
despesas.
“Uma estimativa mais realista
situaria os simpatizantes entre aqueles que realmente começam a cogitar a
decisão de se tornarem espíritas. Dificilmente seriam mais do que 1% da
população, ou 50% do número atual de espíritas. O que já pode ser considerado
uma estimativa otimista”.
Concordamos com esta análise,
ser espírita significa uma mudança radical na maneira de ver o mundo, precisamos
incorporar a imortalidade dinâmica com todas as suas consequências aqui e
agora. Precisamos lançar um olhar sobre o mundo e sobre nós mesmos e agirmos de
acordo com estas conexões causais. Somos responsáveis por melhorar o mundo ao
nosso redor.
“É verdade que a mídia
aprecia bastante temas espiritualistas também adotados pela doutrina, como
reencarnação, comunicação com os espíritos e outros vinculados pela sociedade
ao espiritismo, mas que na compreensão Kardequiana apresenta entendimentos muitas
vezes bastante diferentes, como punição, castigo, causa e efeito, trevas,
umbral, cidades espirituais, passe, etc.”
Os Centros Espíritas:
“São otimistas as estimativas
na internet, variando entre 15 e 20 mil Centros Espíritas no país. Dados mais realistas,
contudo, apontam para um montante menor e uma situação até preocupante... em
2020, baseada na base de CNPJ e código de atividade (CNAE), a quantidade de
instituições espíritas era de 11.916. Esse
número considera todo o tipo de organização espírita, como fundação,
associação, abrigo, creche, orfanato, hospital e apenas os CNPJs ativos.
Este dado tem que servir com
um alerta muito importante, menos jovens e menos centros, ainda que a
quantidade de declarados espíritas não tenha sido alterada em percentagem, a
idade média alta grita que vamos mal. Conforme o dado abaixo o confirma.
“Foram
encontradas 2.592 casas espíritas que
não existem mais, registradas como “baixadas”, a maioria entre 1990 e 2020, o
que representa uma média de 86 instituições extintas por ano.”
Os centros
espíritas estão 75% localizados nas capitais, ou seja, não penetramos no
interior do país.
Gostou? fica aqui o convite a lernosso jornal: Abertura agosto 2023: clique abaixo.
terça-feira, 8 de agosto de 2023
A Delicada questão do sexo e do amor - Livro de Jaci Régis por Cláudia Régis Machado
A Delicada questão do sexo e
do amor
Motivada pelo XVII Fórum do Livre
Pensar da Baixada Santista cuja o tema central foi Reflexão sobre o Amor e
no qual Alexandre Cardia Machado diretor do ICKS e redator chefe deste jornal fez uma preleção a
respeito do conteúdo do livro “A delicada questão do sexo e do amor” de autoria
de Jaci Régis resolvi fazer uma resenha dele, para que o público leitor do Jornal
Abertura tenha a oportunidade de conhecer mais sobre o livro e encará-la como
um convite a leitura.
O livro como diz o título expõe a importância sobre a sexualidade e as
relações afetivas que estão presentes em nossas vidas e como isto é complexo e delicado quando
discutimos e vivenciamos. Muitos temas pertinentes a questão do sexo e o amor são
abordados como exemplo: o amor pleno uma construção que pede aperfeiçoamento,
os impulsos emocionais, os desvios comportamentais, a virgindade, o sexo
precoce, o homossexualismo e a insatisfação
sexual, a questão da normalidade versus a dignidade, o orgasmo, a masturbação,
a sexualidade e as fronteiras do prazer entre outros.
Assuntos estes analisados com
muita clareza e profundidade, levantando pontos relevantes, concretos e reais e
acima de tudo como estes impactam de maneira positiva ou negativa em nossa
existência pessoal e relacional já que ele se faz mais presente no
comportamentos interpessoais.
A visão humanista e espírita do
autor aliada à sua experiência na clínica psicológica dão um olhar especial, pois
ele vê o ser humano na plenitude material e espiritual.
O livro interessa a jovens, pais,
educadores e estudiosos. Escrito em
linguagem objetiva, acessível e direta traz questionamentos e muito material para
reflexão pois como diz o autor “sexo e amor perpassam músculos nervos experimentam
expansões, restrições repressões. Mas são fundamentalmente expressões da alma,
fluindo neste complexo espiritual e físico, que constitui a pessoa humana”.
Um destaque foi a vanguarda de
trazer à baila estes temas em um livro espírita, quando no contexto espírita havia
dificuldades em explaná-lo livre de preconceitos morais, mostrando a realidade
vivencial de cada indivíduo, sendo espírita ou não. Sexo e as relações afetivas
são assuntos que dominam o pensamento e as conversações são atemporais pois
fazem parte do ser humano e as contribuições do autor ajudam a pensar sobre
eles, isto colocado de uma forma lucida, equilibrada sem falsos moralismo. O
autor faz uma análise não condenatória, mas entende a realidade que o ser
humano vive em reação emotivas do sexo e do amor.
Vimos que a sexualidade livre tem
seus problemas exige ponderação, daí a preservação dos princípios é um
contraponto às exigência dos desejos e instintos, pois dão um sentido
saudável um norte para estas questões que são frágeis.
Um ponto que merece atenção é
quando expõe sobre normalidade que
esta não pode ser estabelecida
aleatoriamente nem como forma de discriminação, destaca a importância de
ligarmos normalidade com dignidade são instâncias sutis, mas perfeitamente
concebíveis e praticáveis. Na vida real a normalidade comporta uma gama
de variáveis que expressa, a diversidade dos caracteres e dos valores culturais
das pessoa e da sociedade.
Este capítulo é muito bem
explorado porque levanta itens que nos vem à mente quando analisamos a
realidade.
Termina o livro falando mais
especificamente do amor dizendo que a criatura humana, não consegue defini-lo,
mas assim mesmo sabendo que ele existe.
O autor não separa a sexualidade
da afeição. Amor é força criadora necessário educar os sentimentos, orientar a
afetividade canalizar as energias animais.
Sexualidade é uma delicada
questão da alma que busca caminhos mais
sadios e satisfatórios para entendimento da emoção humana.
Seu foco é o amor possível, o
humano, que é algo bonito, muitas vezes conflitivo, caótico que impulsionado
pela vontade se constrói e não poderia terminar o artigo sem reproduzir as
palavras do autor tão definitórias.
Apesar de tudo é a parte mais
sadia, a melhor parte do nosso universo afetivo. Somente o amor abre uma porta de felicidade, mesmo transitória para
alma.
Vemos o amor como um fluxo
sadio, construtivo autêntico pois só ele permite o ser sair de si, rompa sua
solidão e partilhe qualidades interiores com o outro.
A certeza do amor iluminará a
esperança do amanhã.
Publicado no Jornal Abertura de maio de 2023 - Baixe aqui: