quarta-feira, 28 de outubro de 2015

XIV SBPE Sucesso Mais Uma Vez!

 14° SBPE - Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita aconteceu entre 30 de outubro e 1° de novembro de 2015 em Santos -SP

Vejam abaixo uma rápida retrospectiva destes 26 anos de história!


Mais de 100 pessoas acolheram o nosso convite, inscrevendo-se no SBPE, Uma verdadeira festa de cultura Kardecista.

Apresentação do vídeo 26 anos da nossa história

Vejam  fotos da abertura do evento

Alexandre Machado abrindo as atividades

Raúl Drubich de Rafaela Argentina apresentou, seu novo livro -  “La brújula espiritual: mediumnidad y desarrollo de conciencia”



Cláudia Régis Machado e Roberto Rufo apresentaram o trabalho do ICKS que foi uma exposição com o tema -  SBPE 26 anos abrindo espaço para novas ideias.





Dante Lopez,da Argentina e Presidente da Confederação Espírita Panamericana esteve presente prestigiando o  evento e aproveitou para divulgar o XXII Congresso Panamericano da CEPA que se realizará em Rosario na Argentina de 25 a 28 de maio de 2016. houve um grande número de adesões ao evento.

Durante todo o evento  houve uma exposição permanente composta de um filme, duas exposições em painéis e uma escultura. 

O ICKS através de vídeo  e  fotografias fez um documentário com os seguinte títulos “26 anos da nossa história” Um levantamento estatístico através da linha do tempo – “ 26 anos consolidando  o movimento laico e livre pensador” -  onde vamos situar o simpósio com os acontecimentos no Brasil e no mundo em cada ano. 

A escultura – “ 26 anos construíndo o DNA do espiritismo livre pensador” - representando o total de páginas estimada dos trabalhos do SBPE em formato de hélice, onde cada caixa de arquivo representa um dos Simpósios Brasileiros do Pensamento Espírita.. 

Banners -  “ 26 anos de contribuiçoes representativas” - com depoimento de alguns autores dos trabalhos escolhidos. Além de depoimento de grupos que são parceiros dos simpósios (CEPA, CEPABrasil e CPDOC).


Uma surpresa organizada pelo ICKS foi a presença de um Saxofonista que por 2 horas abrilhantou o coquetel de celebração do evento.

Fim do primeiro 

Segundo dia - sábado 31 de outubro

Primeira palestra: Evolução do conceito de caridade, ao longo do tempo, entre o Império Romano e os dias atuais   - José Carlos de Souza 

José Carlos de Souza

A segunda palestra foi proferida por Alexandre Cardia Machado, presidente do ICKS - Pluralidade dos Mundos Habitados – Uma Análise do livro de Cammille Flammarion.

Alexandre Cardia Machado

Ciro Pirondi apresentou uma abordagem postulando a integração da arte no cotidiano, não como uma complemento, mas sim como um dos componentes importantes da vida do homo sapiens - A Poética das Vidas Itinerantes.

Ciro Pirondi no XIV SBPE

Ensaio sobre a Evolução e o Espiritismo – De Lamarck a Capra foi a apresentação de Alcione Moreno, buscando uma abordagem da evolução sistemica.

Alcione Moreno

Os sentidos do bom senso no espiritismo - apresentado por Eugenio Lara


Eugenio Lara

O Espiritismo e a (in)tolerância no processo de globalização 


Jaílson Mendonça

Direito moderno e sua interação com o espiritismo - Análise à luz do pensamento de Miguel Reale - por Jacira Jacinto
Jacira Jacinto

O PAI, O FILHO E O ESPÍRITO - A árdua busca de um conceito espírita de Deus descolado da teologia cristã - Milton Medran


Milton Medran

Maioridade Penal, uma reflexão espirita - por Marcelo Régis


Marcelo Régis

Deus, espírito e matéria: uma rediscussão espírita  - Mauro Spínola


Mauro Spínola

O Espiritismo ante a crise metafísica ocidental  - Ricardo Nunes
Ricardo Nunes

A última atividade do segundo dia foi a Assembléia Geral da CEPA-Brasil, onde a atual diretoria foi reconduzida, por mais 2 anos.

Fim do segundo dia, 

O SAGRADO NO ESPIRITISMO: uma contribuição para um início de debate - Reinaldo di Lucia

Reinaldo di Lucia

Livre Arbítrio, volição e determinismo no pensamento Kardecista - Eugenio Lara

Eugenio Lara

Encerramento - Coordenado por Roberto Rufo que à partir de 1° de Janeiro presidirá o ICKS


Fizeram uso da palavra, em nome da platéia Homero Ward - Presidente da CEPA-Brasil, Marcelo Coimbra Régis, Mauro Spinola e Alcione Moreno


Homero Ward


Marcelo Régis


Mauro Spínola




Alcione Moreno - de azul

Como sempre, na nossa tradição, a Comunidade Assistencial Espírita Lar Veneranda oferece peças de artesanato à venda

 
Bazar do Lar Veneranda

A convivência harmoniosa e carinhosa a melhor marca do SBPE




Abraços a todos e até o XV SBPE




sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Campanha a favor do combate ao Cancer de Mama - XIV SBPE - por Laís Botter

Durante o XIV SBPE todos terão oportunidade de ajudar:

Proposta da participante do SBPE Laís Botter:



"Tenho uma amiga que passou por um tratamento de Cancer de Mama há pouco tempo e ela lançou uma campanha para arrecadação de lenços. Ela fez isso em Ribeirão Preto (veja os links de algumas entrevistas dela abaixo) e eu gostaria de levar a campanha ao Simpósio em Santos.

Vou providenciar uma caixa para colocar os lenços e a impressão de um pequeno folder para sinalizar o pessoal. É possível que vocês divulguem algo no site ou mesmo por email para os participantes? 

A ideia é pegar um lenço que temos em casa e não usamos mais e que possa ser usado por uma mulher que enfrenta o CaMama.

Desde já, agradeço pela sua atenção e espero que possamos fazer a campanha.


Laís Botter

Links para reportagens: 
Folder: Divulgação da Campanha


terça-feira, 20 de outubro de 2015

Pela Sobrevivência da Literatura - por Alexandre Cardia Machado

É inegável que as pessoas estão cada vez com menos tempo disponível para a leitura, existe uma enormidade de concorrentes hoje, a televisão a cabo, com mais de 200 opções de acessos, a internet e mais recentemente o tablet, que permite inclusive a leitura de livros virtuais.

Não há dúvidas que o livro virtual veio para ficar, mas assim como o disco de vinil sobreviveu ao CD e às midias eletrônicas em geral, pela sua singularidade, o livro impresso ainda existirá por muitos anos. A lei do progresso não pode ser detida, como espíritas, sabemos disto, mas o livro impresso tem o seu valor real, ele é palpável, você pode sentir o seu cheiro, pode escrever, anotar, virar a orelha da folha e colocar na estante. Não depende de conexão com internet e muito menos de ter eletricidade disponível, além de que ninguém irá te assantar para roubar o teu livro.

Foto do Livro A Mulher na Dimensão Espírita - ICKS

Este artigo não é contra o livro virtual, ele terá cada vez mais o seu papel, é muito mais barato de ser feito e mais acessível ao leitor, não tem o mesmo charme, mas sobre o ponto de vista de acessar a informação e adquirir conhecimento e rapidez de acesso ao mesmo será sempre incomparável.

Agora voltando ao livro impresso, a revista Veja, em seu anexo – Veja São Paulo, trás uma matéria  -  A paulistana nota dez Ivani Naked que nos motivou a escever sobre este tema, iniciou um movimento em 2000, com a ajuda do marido William Nacked , criou o Instituto Brasil Leitor, que desde então criou 144 espaços para leitura em São Paulo, dispondo de um acervo de 20000 livros disponíveis para leitura de graça pela população. Parabéns a ela pela persistência. Ela considera a missão de seu instituto “ colocar a literatura no caminho das pessoas”.

Recentemente vivemos a experiência de tentar doar livros, na cidade de Santos, onde a prefeitura tem uma grande malha de bibliotecas públicas e recebemos a seguinte resposta: aceitamos livros de ficção, mas não queremos livros técnicos nem enciclopédias, pois ou não há interesse; ou existem em demasia. Assim que existe demanda de livros para leitura, mas a internet ocupou, sem dó, nem piedade o espaço das antigas enciclopédias, fato este que fez com que as mais tradicionais, só existam virtualmente, via internet.

Enquanto isto o livro espírita  passa pelo mesmo processo, mesmo a FEB já disponibiliza toda a sua enorme lista de livros gratuitamente, no seu site. De uma forma ou de outra, o importante é que existe espaço para os bons livros. Aqueles que queremos consultar várias vezes, que nos apoderamos, como se fosse parte de nosso arsenal de argumentação.

Fica então aqui o convite, comprem leiam e ofereçam de presente a amigos, filhos e netos, livros de qualidade espíritas ou não. E se tiverem livros em casa, ocupando espaço, busquem quem os possa disponibilizá-los ao grande público carente. Sejamos distribuidores de conhecimento, sonhos e ideias.


domingo, 4 de outubro de 2015

DIÁLOGO        -      Gisela Régis

                                                                                                                                 



         
                    Estou sentindo que muita gente no Brasil está precisando exercitar a arte de escutar. Para escutar é preciso ter humildade e generosidade. A humildade nos permite reconhecer que é impossivel estar completamente certo sempre e que podemos mudar o que pensamos. E para que isso aconteça, há de se ter generosidade para se admitir que o outro tem razão. Essas ações são básicas para que haja o diálogo, imprescindivel sempre. Observo que a discusão política nunca esteve tão polarizada. Vejo dois lados intransigentes, é preciso encontrar os pontos de convergência. Em qualquer argumentação bem feita, a concessão é fundamental. Conceder que posso estar errado em alguns pontos e o outro lado pode estar certo em outros. Aposto, que muitos vão achar esse primeiro parágrafo, ingênuo, simplista ou utópico. Vou tentar argumentar o contrário, mas respito todos os que discordarem.
                    O Espiritismo nos ensina que devemos observar bem de perto nossas emoções, identificar as que são nocivas e dissolvê-las. As emoções positivas devem ser cultivadas e são elas que precisam nos mover. O autor Matthieu Ricard diz que o egocentrismo que coloca o eu no centro do mundo tem um ponto de vista inteiramente relativo. O nosso erro está em nos prender ao nosso ponto de vista e esperar, ou pior ainda insistir, que o "nosso" mundo vai prevalecer acima do mundo dos outros. Tolstoi, em "Guerra e Paz" diz que nenhuma verdade se apresenta a duas pessoas da mesma maneira e que a totalidade das causas de um fenômeno é inacessível à mente humana. 
                    Em minha visão, o que atrapalha demais é a dificuldade tão comum que muitos tem de olhar para o que nos cerca admitindo a complexidade. As teorias conspiratórias que alimentam argumentos dos dois lados nascem da atração em se explicar a realidade como se ela fosse moldada por poucos, superpoderosos e manipuladores agentes. Essa maneira de pensar é confortável porque tira a responsabilidade que cada um tem sobre o que acontece hoje e vai acontecer no futuro. Se tudo é arquitetado por quem tem o poder, se os problemas que temos é por causa de um governo, da grande mídia ou de alguma entidade que está acima de todos, o que eu posso fazer? Continuar a olhar meu mundinho, vivendo a minha vida individualista. Ah, é claro, e reclamar contra tudo que está aí.
                    E se essa energia combativa se transformasse em uma conversa em que todos falam e todos escutam? Existem pessoas que querem o bem do Brasil dentro dos partidos, entre os empresários, nos sindicatos, em cada associação de moradores, na grande mídia, no governo, na oposição. Reclamar e colocar a culpa no outro é muito fácil. Difícil é admitir que cada um de nós é responsável e pode ser um agente de mudança.
                    Não deixo de me perguntar: porque o Brasil com uma riqueza quase indecente, que não sofre com catástrofes naturais, que não foi palco de guerras, nunca foi bombardeado, não é hoje um país de primeiro mundo?
                    Reclamar e colocar a culpa no outro é muito fácil, difícil é admitir que cada um de nós é responsável e pode ser um agente de mudança!.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Movimento Universitário Espírita - MUE - Moderador do Blog

Livro Movimento Universitário Espírita - MUE - Religião e Política no Espiritismo Brasileiro

por - Sinuê Neckel Miguel


Sinuê Neckel Miguel, escreveu um livro após realizar uma extensa pesquisa sobre o MUE, movimento muito atuante nos anos de chumbo. 

O ICKS contribuiu com a pesquisa, enviando cópias de artigos publicados pelo antigo jornal Espiritismo e Unificação e pelo Abertura.


Vale a pena conferir.

domingo, 6 de setembro de 2015

A crise árabe - e o menino que pode mudar tudo - por Carol Régis di Lucia e Roberto Rufo

Dentre os muitos horrores que as guerras trazem, nada mais comove do que uma foto de uma criança inocente, morta em decorrência destas desgraças. Vale a pena ler os artigos abaixo, que estarão no Jornal Abertura de Setembro de 2015, mas que pela importância do momento em que vivemos, não podem esperar e devem ser publicados hoje mesmo.

O conflito chegou ao Brasil, uma corveta brasileira que estava no mediterrâneo, participando de missão humanitária na Líbia, socorreu, atendendo a pedido de socorro da Itália, 220 pessoas que estavam a deriva, sem beber água há 2 dias.



Sobre tudo isto vale ler os artigos abaixo:

A foto e o Menino - Carol Régis di Lucia


 E quando vejo aquele pequeno em posição de plácido sono, lembro de meu filho em seu berço quente e seguro. Dormem de modo semelhante: de bruços, braços relaxados para trás, as pernas levemente apoiadas, erguendo-se “chamando o irmão” como diziam os antigos. Porém,  reparo que a imagem mostra a água batendo em seu rosto e um forte instinto me leva a pensar em retirá-lo antes que ele aspire o mar. Mas ele já o fez, algumas horas atrás, quando do naufrágio. E então entendo que ele parece dormir, mas diferente do meu, esse filho de alguém não irá acordar mais...



É assim que mais uma imagem entra para a História terrível das guerras nesse pretenso planeta de provas e expiações. Assim como em outras fotos, uma criança retrata o horror das famílias que largam tudo (ou nada) para fugir dos conflitos em seus países e perdem suas vidas tentando sobreviver. O menino sírio, como ficou conhecido, foi capa de noticiários e chocou o mundo para o óbvio: os refugiados estão morrendo aos montes, todos os dias, a mercê do Mar, dos Desertos, das Fronteiras. E os governos...

Mas desta vez, eles invadiram nossas casas, pela inevitável e perturbadora semelhança do garoto Aylan com nossos filhos. Nos sacudiu os instintos mais primários de proteção, sobrevivência, dor, revolta. E o que fazer? A unicidade nessa foto é justamente trazer o conflito, tão distante e estranho ao nosso cotidiano, para bem perto, em nosso conforto do lar. A foto conscientizou, provocou discussões, chamou a atenção e formou opiniões. Só por isso já é válida.

Retratou o pai, único sobrevivente, como um vizinho ou parente próximo, que levou sua família para ter um futuro melhor. Futuro esse que “escorregou” de suas mãos quando a travessia não deu certo. Mostrou a dor de se perder filhos, mas também de ser renegado, não ser ouvido, não ser ajudado. Tão longe e tão perto.

Vi muitos depoimentos de Espiritas, nas redes sociais, pedindo orações aos garotos mortos e à família, li citações sobre as guerras, textos de mensagens de Chico Xavier. Tudo válido, mas vago. Por outro lado, vi e participei de manifestos, abaixo assinados, discussões práticas de ONGs que zelam por essas pessoas. Uma oportunidade efetiva de ajudar e participar ativamente para a amenização da questão, cobrando soluções aos governos que negam a entrada dessas pessoas em seus territórios.

Creio que esse é o papel do Espirita que compreende a responsabilidade de cada um sobre àqueles que sofrem a violência das tantas guerras que estão em andamento e precisam de amparo – e incluo aqui as guerras urbanas, como as que vivemos no Brasil, ao lado de nossas casas, com tantos Aylans mortos diariamente. Além das orações, temos a obrigação de praticar o auxílio, promover debates, questionar, posicionar-se.

Que a perturbação dessas imagens nos seja mola propulsora à ação. Que nossa indignação não morra na praia, não perca a validade como as capas de jornais. Temos muito o que fazer, seja pelos sírios, seja pelos brasileiros mesmo. Existem grupos esperando nossa ajuda, pessoas necessitando apoio, ações a serem tomadas. Só nos resta deixar a posição de espectadores e fazer parte da fotografia, para que hajam muitos melhores momentos a retratar.


OS REFUGIADOS E A ETERNA QUESTÃO DA IGUALDADE - por Roberto Rufo


“A igualdade pode ser um direito, mas não há poder sobre a Terra capaz de torná-la um fato”. (Honoré de Balzac).
“Os que comem bem, dormem bem e têm boas casas acham que se gasta demais em política social”. (Pepe Mujica).
                                                                                                                                                                   Tragédias do século XXI, mais especificamente em 2015, envolvem a questão dos refugiados de países árabes e africanos, que no desespero de fugir de governos despóticos e cruéis se lançam na aventura de chegar a um porto seguro nos países da Europa. Infâmias se sucedem:

11.02.2015 – mais de 300 imigrantes desaparecem no mar quando os botes em que viajavam naufragaram perto da costa da Líbia. O acidente gerou críticas contra a União Europeia por tratar o incidente com menosprezo.
19.04.2015 – o naufrágio de um barco com imigrantes da Síria e Líbia pode ter deixado até 700 mortos, segundo órgão para refugiados da ONU.
27.08.2015 – os corpos de 71 pessoas, crianças inclusive, são encontrados em caminhão em rodovia da Áustria. Segundo autoridades, eram imigrantes provavelmente da Síria.

Há alguns meses verificou-se uma mudança radical nos itinerários da imigração. Há um ano, o caminho real começava na Sicília. Hoje, a rota de Lampedusa ainda funciona, mas uma nova rota foi aberta. A dos Bálcãs. A Hungria já está providenciando a construção de uma cerca para impedir a passagem de imigrantes pelo seu país.  É muita dor e sofrimento, onde a tolerância, humanidade e solidariedade estão colocadas á prova da nossa evolução espiritual.

Kardec em comentário à pergunta 803 do Livro dos Espíritos (Todos os homens são iguais diante de Deus?) nos fala que todos os homens nascem com a mesma fraqueza, estão sujeitos às mesmas dores e o corpo do rico se destrói como o do pobre. Portanto, Deus não deu, a nenhum homem superioridade natural, nem pelo nascimento, nem pela morte. Diante dele, todos são iguais.  Eis um momento específico da história da humanidade, onde valores como igualdade devem ser provados quanto à sua eficiência no trato das relações humanas.

O pensador José Rodrigues, no XI Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita em 2009, apresentou um trabalho muito instigante de nome “A Crise da Ambição”.

Neste trabalho ele vai à causa raiz do problema dizendo que “as crises sistêmicas da economia mundial refletem formas de ação individual e coletiva que não deixam dúvida sobre as suas causas: a ambição”. Aliás, nunca é demais repetir, no citado Livro dos Espíritos , quando Kardec indaga aos espíritos quais são as duas maiores chagas da humanidade , estes respondem: o orgulho e o egoísmo.
Em se tratando da Europa, especialmente França, Luxemburgo, Alemanha e Suíça, é bom que se lembre de que grandes fortunas “escondidas” nos grandes bancos desses países são provenientes das ditaduras da África e do Oriente Médio. Nunca houve qualquer pudor ou vergonha ética que impediu a lavagem de dinheiro dessas ditaduras em países da chamada democracia ocidental.

Num gesto que até podemos considerar nobre, a primeira ministra da Alemanha, a Sra. Ângela Merkel, quer que a Europa adote regras de tolerância para os que fogem de países em guerra. Outros tipos de refugiados que queiram somente se beneficiar da pujante economia alemã não serão aceitos.

A Alemanha acolheu refugiados de guerra, mesmo porque as famílias alemãs não têm muitos filhos e a indústria e a agricultura carecem de mais braços. Ou seja, a “caridade” tem como sempre nesses casos um viés econômico. Mesmo assim essa liberalidade ocasionou, nos últimos seis meses, duzentos ataques contra centros de acolhimento de refugiados. A primeira ministra foi vaiada pelos grupos neonazistas. Tempos de crise são tempos de muito preconceito.  Mas também tempos de muita solidariedade e amor ao próximo como demonstram grupos de direitos humanos na Europa que trabalham para o alívio do sofrimento dessas pessoas.

Certas frases colocadas por Kardec em comentário às diversas respostas dadas pelos espíritos podem soar piegas aos ouvidos de pessoas que, isentas de espiritualidade, veem o mundo de uma forma unicamente materialista. Todavia como seriam úteis se habitassem os corações de governantes e do mundo financeiro e fossem colocadas em prática. Digo isso, pois no comentário à pergunta 886 do Livro dos Espíritos Kardec diz que o amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, porque amar ao próximo é fazer-lhe todo o bem que está ao nosso alcance.

Qual a solução? Provavelmente passa pelos ensinamentos do pensador José Rodrigues, no trabalho citado acima , quando afirma que “enquanto uma expressão exagerada da paixão , a ambição, como fator psicológico, não é considerada nas avaliações e previsões dos agentes econômicos, centradas em dados de predomínio quantitativo".

“O Espiritismo, em sua expressão filosófica, ao tratar das causas dos conflitos humanos, oferece elementos capazes de elucidar e ajudar a superação das crises, pela mudança de sus antecedentes”.  Brilhante.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

ICKS - Casa Palmyra por Alexandre Cardia Machado

Na última sexta-feira, o ICKS ofereceu uma placa a Palmyra Régis, sócia do ICKS e viúva de Jaci Régis, em homenagem os sócios decidiram por denominar a casa, atual sede do ICKS de Casa Palmyra.



Palmyra Régis descerra a capa que cobre a placa - ainda sem saber da homenagem na presença de Alexandre Cardia Machado - presidente do ICKS


Palmyra e sua filha Cláudia Régis Machado do ICKS




Vejam em detalhes a placa comemorativa




Palmyra e sua filha Rosana Régis da Costa e Oliveira ex-Presidente do ICKS



Palmyra e Valeria Régis e Silva - Presidente da Comunidade Assistencial Espírita Lar Veneranda e sócia do ICKS


Palmyra, Roberto Rufo e João Conde


Palmyra, Isabel Tavares e Arlete Taveres