quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Deve haver mais vida do que isso – (There must be more to life than this) – Freddie Mercury - por Alexandre Cardia Machado


Deve haver mais vida do que isso – (There must be more to life than this) – Freddie Mercury


Deve haver mais vida do que isso /  Como lidamos em um mundo sem amor / Consertando todos aqueles corações partidos / remendando aqueles rostos chorando /Deve haver mais na vida do que viver / Deve haver mais que precisar da luz / Por que deveria ser apenas um caso de preto ou branco / Deve haver mais vida do que isso / Por que esse mundo é tão cheio de ódio / Pessoas morrendo em todos os lugares / E nós destruímos o que criamos / Pessoas que lutam por seus direitos humanos / Mas nós apenas continuamos dizendo “ce la vie” / Então esta é a vida
Deve haver mais vida do que matar / Uma maneira melhor para nós sobrevivermos /
Uma esperança viva para um mundo cheio de amor” 

Música de Freddie Mercury da banda Queen  - cantor inglês desencarnado em novembro de 1991.

Estamos vivendo um tempo onde a valorização da vida do outro está em segundo plano, 
Mata-se por vingança, por que o outro olhou feio em um assalto, por o outro ser policial e ser reconhecido pelo bandido, por ter a cor diferente, por torcer por outro clube ou apoiar outro partido.
Ficou nítido que na última eleição a maioria da população votou por algumas coisas, entre  elas destaco o combate à corrupção e o combate ao crime organizado, mas deve haver um jeito de fazer isto sem matar mais, ou não estaremos progredindo nada.

Estrangular o crime organizado, através de espionagem, inteligência e operações muito bem planejadas, reduz e muito a necessidade de atirar nos criminosos, este deveria ser o foco principal. Claro que a sociedade espera que criminosos condenados fiquem afastados das ruas pelo tempo para o qual forem condenados, isto ficou demonstrado.

Todos os presos precisam cumprir no presídio as suas penas? Claro que não, há tipos e tipos de crimes e condenações, mas é preciso refletir sobre algumas práticas como a das “saidínhas”, segundo o  site UOL em 2017 só 94,78% deles voltaram por livre e espontânea vontade. Este é um benefício garantido por lei, se o presdiário esteja detido no sistema semiaberto, já tendo cumprido um sexto da pena (ou um quarto, no caso de reinicidente), apresentem bom comportamento e recebam autorização do Juíz responsável, poderá sair em até 5 de 6 oportunidades anuais. Ora se este benefício abrange 1 milhão de detentos e 5% não retornam, a cada ano escapam 50 mil apenados.

Além disto de 10% a 15% do total, mesmo dos que retornam comentem no período algum time de crime, está claro que esta ação não está diminuíndo a criminalidade e precisa ser repensada, não tenho a solução mas Jacira Jacinto da Silva, com muita experiência na área, apresenta propostas espíritas para o problema e apresenta experiência concreta com a resocialização de presos em seu livro – Criminalidade: Educar ou punir? -  que passa pela reeducação dos presos.

Pensemos um pouco, quanto tempo é perdido por estas pessoas encarceradas em condições, muitas vezes horríveis, o estado tem que aproveitar esta oportunidade para se fazer presente, com ações edificadoras. Como este tempo não é bem utilizado, ao terem oportunidade de sair, uma boa parte acertará contas e cometerá crimes, não conseguimos parar o ciclo negativo.

Educar é preciso, uma população mais instruída, com boas oportunidades de crescimento como pessoa evita que elas se metam no ciclo destrutivo das drogas e do crime organizado.

Como espíritas deveremos apoiar todas as ações que venham na direção de ações socioeducativas, no aqui e agora, se nos basearmos na filosofia espírita, citando Jaci Régis “ que vê o homem um ser imortal que tem como objetivo desenvolver-se em toda a sua essência intelectual e moral”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário