Deve haver mais vida do que isso – (There must be more
to life than this) – Freddie Mercury
“Deve
haver mais vida do que isso / Como
lidamos em um mundo sem amor / Consertando todos aqueles corações partidos /
remendando aqueles rostos chorando /Deve haver mais na vida do que viver / Deve
haver mais que precisar da luz / Por que deveria ser apenas um caso de preto ou
branco / Deve haver mais vida do que isso / Por que esse mundo é tão cheio de
ódio / Pessoas morrendo em todos os lugares / E nós destruímos o que criamos / Pessoas
que lutam por seus direitos humanos / Mas nós apenas continuamos dizendo “ce la
vie” / Então esta é a vida
Deve haver mais vida do que matar / Uma maneira
melhor para nós sobrevivermos /
Uma esperança viva para um mundo cheio de amor”
Música de Freddie Mercury da banda Queen - cantor inglês desencarnado em novembro de
1991.
Estamos vivendo um tempo onde a valorização da vida do
outro está em segundo plano,
Mata-se por vingança, por que o outro olhou feio em um
assalto, por o outro ser policial e ser reconhecido pelo bandido, por ter a cor
diferente, por torcer por outro clube ou apoiar outro partido.
Ficou nítido que na última eleição a maioria da
população votou por algumas coisas, entre
elas destaco o combate à corrupção e o combate ao crime organizado, mas
deve haver um jeito de fazer isto sem matar mais, ou não estaremos progredindo
nada.
Estrangular o crime organizado, através de espionagem,
inteligência e operações muito bem planejadas, reduz e muito a necessidade de atirar
nos criminosos, este deveria ser o foco principal. Claro que a sociedade espera
que criminosos condenados fiquem afastados das ruas pelo tempo para o qual
forem condenados, isto ficou demonstrado.
Todos os presos precisam cumprir no presídio as suas penas?
Claro que não, há tipos e tipos de crimes e condenações, mas é preciso refletir
sobre algumas práticas como a das “saidínhas”, segundo o site UOL em 2017 só 94,78% deles voltaram por
livre e espontânea vontade. Este é um benefício garantido por lei, se o
presdiário esteja detido no sistema semiaberto, já tendo cumprido um sexto da
pena (ou um quarto, no caso de reinicidente), apresentem bom comportamento e
recebam autorização do Juíz responsável, poderá sair em até 5 de 6
oportunidades anuais. Ora se este benefício abrange 1 milhão de detentos e 5%
não retornam, a cada ano escapam 50 mil apenados.
Além disto de 10% a 15% do total, mesmo dos que
retornam comentem no período algum time de crime, está claro que esta ação não
está diminuíndo a criminalidade e precisa ser repensada, não tenho a solução
mas Jacira Jacinto da Silva, com muita experiência na área, apresenta propostas
espíritas para o problema e apresenta experiência concreta com a resocialização
de presos em seu livro – Criminalidade: Educar ou punir? - que passa pela reeducação dos presos.
Pensemos um pouco, quanto tempo é perdido por estas
pessoas encarceradas em condições, muitas vezes horríveis, o estado tem que
aproveitar esta oportunidade para se fazer presente, com ações edificadoras.
Como este tempo não é bem utilizado, ao terem oportunidade de sair, uma boa
parte acertará contas e cometerá crimes, não conseguimos parar o ciclo
negativo.
Educar é preciso, uma população mais instruída, com
boas oportunidades de crescimento como pessoa evita que elas se metam no ciclo
destrutivo das drogas e do crime organizado.
Como espíritas deveremos apoiar todas as ações que
venham na direção de ações socioeducativas, no aqui e agora, se nos basearmos
na filosofia espírita, citando Jaci Régis “ que vê o homem um ser imortal que
tem como objetivo desenvolver-se em toda a sua essência intelectual e moral”.
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