Abrindo a mente - Novo golpe mediúnico
Allan Kardec no
Livro dos Médiuns já nos advertia em relação aos perigos da mediunidade e dos
médiuns, a história está repleta de charlatães e não perderemos tempo aqui
relembrando, mas sim tentando alertar os amigos leitores.
No Livro dos
Médiuns encontramos referência ao Charlatanismo em 3 lugares: Primeira Parte,
no Capítulo 4° - ... do Charlatanismo; na Segunda Parte, capítulos 27° e 28° ,
Das contradições e das mistificações e Do charlatanismo e do embuste. Além destes
capítulos o mestre faz referência à palavra Charlatanismo 28 vezes nesta obra.
Por que Kardec
faria tantas menções a isto? Porque os médiuns charlatães existem desde sempre
e sendo a mediunidade algo sutil, muitos ardis podem ser usados para enganar as
pessoas.
Fica o convite a
todos que revisem os pontos assinalados.
Destacaremos aqui:
“ Médiuns
interesseiros 304. Como tudo pode tornar-se objeto de exploração, nada de
surpreendente haveria em que também quisessem explorar os Espíritos. Resta
saber como receberiam eles a coisa, dado que tal especulação viesse a ser
tentada. Diremos desde logo que nada se prestaria melhor ao charlatanismo e à
trapaça do que semelhante ofício. Muito mais numerosos do que os falsos
sonâmbulos, que já se conhecem, seriam os falsos médiuns e este simples fato
constituiria fundado motivo de desconfiança.”
“306. Médiuns
interesseiros não são apenas os que porventura exijam uma retribuição fixa; o
interesse nem sempre se traduz pela esperança de um ganho material, mas também
pelas ambições de toda sorte, sobre as quais se fundem esperanças pessoais”
“308. A faculdade
mediúnica, mesmo restrita às manifestações físicas, não foi dada ao homem para
ostentá-la nos teatros de feira e quem quer que pretenda ter às suas ordens os
Espíritos, para exibir em público, está no caso de ser, com justiça, suspeito
de charlatanismo, ou de mais ou menos hábil prestidigitação. Assim se entenda
todas as vezes que apareçam anúncios de pretendidas sessões de Espiritismo, ou
de Espiritualismo, a tanto por cabeça. Lembrem-se todos do direito que compram
ao entrar”
Não precisamos ir
muito longe para sabermos de médiuns que correm o Brasil, fazendo palestras,
recebendo cartas de Espíritos e vendendo livros com grande divulgação. O que há
de ruím nisso? Tudo ou nada. Nada se forem honestos e tudo se forem charlatães.
Nos dias de hoje é
muito fácil obter informações de uma pessoa que ficou viúva, que perdeu um
filho ou de um marido que perdeu sua esposa, as informações estão nas redes
sociais. Em eventos públicos como os que disse acima, nestas visitas em
cidades, muitas vezes os grupos que as organizam de forma sincera, para receber
algum médium famoso, criam grupos de WhatsApp, fazem propagandas pelo Fecebook.
Logo, algumas pessoas comentam que gostariam de ir e receber uma carta de seu
ente querido, dizem algo como: Vou sim, perdi meu filho e não me conformo,
dizem o nome do filho, e está aberta a porta para o “medium charlatão” .
Pelo Facebook,
alguém com algum conhecimento de informática, começa a pesquisar e vai montando
um mosaico, com nome, apelido da pessoa que desencarnou, onde ela estudou, quem
eram seus amigos que se manifestaram ou comentaram no face. Tudo isso e
principalmente se a morte foi trágica, darão o pano de fundo para a montagem da
farsa da carta espiritual em geral vaga, mas com alguns elementos de
identificação. Isto está acontecendo é só dar um “google” para ver.
Concluindo: “Melhor
é repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria
errônea. Efetivamente, sobre essa teoria poderíeis edificar um sistema
completo, que desmoronaria ao primeiro sopro da verdade, como um monumento
edificado sobre areia movediça, ao passo que, se rejeitardes hoje algumas
verdades, porque não vos são demonstradas clara e logicamente, mais tarde um
fato brutal ou uma demonstração irrefutável virá afirmar-vos a sua
autenticidade”. (Erasto, livro dos Médiuns capítulo XX)
Para abrir mais a sua mente: Leia e estude o Livro dos Médiuns.
Nota: Artigo
originalmente publicado no Jornal Abertura de Santos.
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