quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

A importância do Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita - adaptação de textos de Jaci Régis

Ciência da alma

A importância do Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita

Consolidaremos  o discurso de abertura do I Simpósio Nacional do Pensamento Espírta em 1989 e alguns artigos de Jaci Régis de 1993, após a realização do III Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita, momento que ficava claro que os “laicos” o “Grupo  de Santos” poderia ser isolado do movimento majoritário espírita, mas jamais seria calado, não eramos mais um bando isolado. Havíamos criado um forte vínculo agregando Centros Espíritas que foram pouco a pouco aderindo à CEPA – Conferederação Espírita Panamericana. Somos um grupo forte.



Em 1989, Jaci Régis convidou dezenas de expositores, para apresentarem suas ideias a favor ou contra ao Espiritismo à Brasileira – religioso. Poucos foram os que aceitaram o debate, vieram mesmo aqueles mais afinizados com o espiritismo filosófico, livre-pensador.

Na abertura assim se referiu Jaci “  ... eu espero que no futuro nós possamos organizar outroseventos, para reunir trabalhos originais com 200 pessoas para ouvir pessoas pessoas que estejam pensando num Espiritismo dentro da Cultura,e não, do Espiritismo dentro dos centros espíritas, como uma seita apenas. Aqueles que pensarem como uma seita que venham aqui apresentar os seus argumentos. Gostaria que criássemos um espaço para aquelas pessoas que gostam de estudar, de investigar e cruzar os conhecimentos espíritas com a cultura. Que tivéssemos um ponto de referência, que eles reunissem as suas forças o seu  investigar, para que daqui a um ano, dois anos, sabendo que terão um espaço para apresentar a sua investigação, a sua contribuição. Porque nós pensamos que o Espiritismo é elaborado pelos homens, não como alguns pensam que é elaborado pelos Espíritos.
Como o Espiritismo é elaborado pelos homens, nós esperamos que homens e mulheres que estejam dispostos a investigar, a trazer a sua contribuição para que o Espiritismo, quem sabe, atinja aquele ideal que todos tem no coração. Para ser a grande Doutrina do Século XXI pela contribuição de ideias, poque o mundo gira em torna de ideias e somente as ideias é que mudam o rumo da históri.”
Passamos de Grupo de Santos para um grupo maior, junto com companheiros do Brasil, de São Paulo e do Rio Grande do Sul, principalmente.

Em 1993, realizamos o terceiro SBPE, o segundo  com trabalhos escritos e defendidos por seus autores, ao todo 13 trabalhos, na avaliação dos participantes, o Simpósio atingiu  56% ótimo e 40% bom. Ou seja o III SBPE consolidava um novo caminho.

Jaci Régis assim se referiu num artigo, publicado no Jornal Abertura,  denominado  - Progresso e modernidade em outubro de 1993: “ A inserção da modernidade é um processo revolucionário e não simples acomodação de palavras. Vemos o Espiritismo aprisionado às posições moralistas do cristianismo, que desfigurou o sentido natural da mensagem de Jesus de Nazaré, por injunções que todos conhecem. Falta-lhe  aceitar as necessidades do progresso e da modernidade.

Mas ele quer ser uma revelação espiritual, quer ouvir os mortos e deixá-los dirigir os vivos, como se eles, na maioria, não passassem de homens de homens comuns, aprisionados ainda a visões estreitas e pessoais. Desse modo, o Espiritismo não chegará a lugar a lugar nenhum e será penalizado com a repetição de verdades que envelhecem.”  

Jaci Régis, viu se sonho acontecer, participou ativamente de doze edições do SBPE, assistiu homens e mulheres apresentarem mais de 140 trabalhos que seguiram a sua ideia, que contribuíram e que seguem contribuindo, nas 3 edições que ocorreram após o seu desencarne.


Autores com mais trabalhos – entre  95 apresentadores nas 14 edições do SBPE

      Alexandre Machado - ---------------------------------- à 14
      Reinaldo di Lucia    ------------------------------------ à 12
      Eugenio Lara  ------------------------------------------- à 12
      Jaci Régis  -- -------------------------------------------- à 11
      Ademar Arthur C. Reis ------------------------------- à   9
      Ricardo Nunes -----------------------------------------  à  8
      Wilson Garcia, Marcelo Régis e Mauro Spinola ---à  7
      Marcelo Henrique, Alcione Moreno e Ciro Pirondià   6
      Raul Dubrich  -------------------------------------------à   5

Publicado no Jornal Abertura edição de novembro de 2015


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