Recentemente
colocamos no muro da sede do ICKS, um dispositivo que permitia a qualquer
pessoa que por lá pasasse, retirar um exemplar do Jornal Abertura, de forma
gratuita.
Esteve por lá
por aproximadamente 40 dias, até que um dia destes alguém, mal intensionado
ateou fogo nos jornais, lembrando-nos do que faziam os nazistas no século
passado, ou os espanhóis nos famosos auto de fé de Barcelona. Jamais saberemos
a motivação, mas de certo é que não desistiremos. Iremos reparar e voltaremos a
oferecer nossos jornais, pois acreditamos na humanidade.
A ignorância é a
base da intolerância, não conseguir conviver com outras opiniões, outras formas
de ver o mundo, principalmente quando estas formas de ver o mundo bucam o amor
entre as pessoas e almejam um mundo melhor é algo impensável. Mas sabemos que
as pessoas nem sempre param para pensar. Agem por impulso.
Já tivemos
vários casos onde nossos jornais não chegavam aos nossos assinantes e o motivo,
identificado em muitos dos casos eram os porteiros evangélicos. Motivados sabe
lá porque?
Nossos jornais,
se enviados como correio normal, não chegam a Jon Aispúrua, na Venezuela, neste
caso por razões menos espirituais mas sim por perseguição política. As
motivações são muito diversas, mas estamos longe de viver em uma sociedade
plural.
Acredito que o
atentado que sofreu nosso jornal, seja muito mais um ato isolado de alguma
pessoa que resolveu se divertir, depredando, elas o fazem com a coisa pública
que a elas mesmo pertencem, porque não
fariam com um bem privado.
Oferecemos nosso
jornal pois acreditamos que apresentamos desta forma uma oportunidade de
reflexão à sociedade. Jogar fora ou reciclar simplesmente não passa por nossa
cabeça, pois sabemos que muitas vezes uma leitura esporádica de um texto
espírita, pode abrir uma porta a alguém que está perdido ou buscando uma
resposta.
Por que alguém
se sentiria ofendido ou atacado por um jornal que professe uma forma diferente
de pensar? Se a pessoa não tem interesse naquilo,que siga em frente. Vivemos
numa sociedade caótica, se alguém arruma a sua calçada, com cimento fresco,
precisa ficar vigiando pois mutios tentarão pisar para deixar a sua marca ou
colocar o seu nome?
Há algum tempo
passou na televisão uma reportagem, sobre um professor estrangeiro da Unicamp,
que reside em Barão Geraldo, Campinas. Ele recebeu de presente da prefeitura uma parada de ônibus em frente à sua casa.
Para quem já passou por esta experiência, sabe bem a que me refiro. Pois bem,
ele resolveu transformar o limão em
limonada. Instalou um bebedouro, colocou jornais,
disponibilizou bancos e claro
passou a “curtir” esta onda positiva. Quem sabe não seja isto que tenhamos que
fazer?
Por enquanto
estamos na ressaca, de quem viu uma ideia ser destruída, mas iremos repensar e
achar uma forma resiliente de seguir oferecendo o que de melhor temos a dar.
Só nos resta
mesmo apelar aos poetas, pois apesar de
tudo “Eu sei, eu sei / Que a vida
devia ser bem melhor e será / Mas isso não impede que eu repita / É bonita, é
bonita e é bonita... (Gonzaguinha).
Ou então como
diria Belchior“ viver é melhor que sonhar” – precisamos superar todos os
obstáculos, e ir em frente, pois não tem nada fácil na vida, estamos em eterno
conflito, aprendendo com este convívio, buscando ajudar aqui e ali,
contribuindo para um mundo melhor, menos repleto de pessoas levadas por maus
impulsos. Com mais espaço para o contraditório.
Artigo publicado no Jornal Abertura de Julho de 2016.
Após o ocorrido, uma pessoa, que costuma levar seus cães ao Veterinário, vizinho ao ICKS - Instituto Cultural Kardecista da Santos, por iniciativa própria reinstalou as cordas que mantém os jornais no lugar. Assim que retomamos a distribuição. agradescemos esta iniciativa. O bem sempre vence!
hay un dicho que dice que al arbol que da frutos se le tira piedras. Lastima que aun tengamos intolerantes que hacen estas cosas. no saben que los centros espiritas son la luz del nuevo amanecer. animo queridos hermanos.
ResponderExcluirGracias por soportar
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