Abrindo a mente – agosto 2019
Sonda espacial New
Horizon se aproximou de Última Thule.
Acho que pouca
gente já ouviu falar deste mini-planeta, asteróide ou planeta anão que orbita o
nosso Sol, muito depois da órbita do rebaixado Plutão. Mas no dia primeiro
deste ano esta nave espacial americana, lançada em 2006 e que já foi
responsável por um razante sobre Plutão em dezembro de 2014, noticiada aqui,
passou na sua proximidade.
Considero
extraordinário o esforço humano pelo conhecimento, o empenho necessário, para
planejar, corrigir a rota a esta
ditância enorme e aproveitar ao máximo as oportunidades de observação destes
pequenos navegantes espaciais.
A Última Thule, é o
corpo celeste mais distante e mais primitivo da Terra que foi visitado por uma
sonda espacial. New horizon passou a
3,5 mil quilômetros de distância do planetinha.
Vejam como isso
aconteceu, após sua passagem por Plutão, a sonda foi
direcionada para um este asteroide, chamado então de 2014 MU69 e
apelidado de “Última Thule” (nome de origem grega e latina que significa
"além do universo conhecido"). Este objeto vinha intrigando os
astrônomos desde sua descoberta em 2014 pelo telescópio espacial Hubble. Depois
de mais de 4 anos de viagem (afinal, o objeto está a mais de 6,5 bilhões de
quilômetros da Terra), no dia 1 de janeiro de 2019, pouco depois da virada do
ano, a sonda atingiu o alvo.
Esta
foi uma grande demonstração da capacidade da mente humana, de aproveitar
oportunidades, o Hubble havia recem fotografado a Última Thule e a NASA reprogramou a
tragetória para que este encontro fosse possível.
Quer ler o jornal Abertura de agosto de 2019, completo?
Última Thule pertence ao cinturão de
Kuiper, formado por asteróides além da órbita de Netuno. Ele é parte da classe
de asteróides chamada "Clássico Frio", de objetos com órbita quase
circular e com baixa inclinação, indicando que sofreram pouca perturbação desde
sua formação (que se acredita ter sido na mesma época da formação do Sistema
Solar).
Evidentemente, não é um objeto onde
se possa esperar encontrar nenhum sinal de vida.
O Ultima Thule é
um binário de contato de tamanho total aproximado de 30km, com uma superfície
com crateras de impacto de corpos menores e com os dois lóbulos quase idênticos
de cor bastante avermelhada (lembra um amendoim). Os dados completos enviados
pela sonda demorarão mais de 15 meses para chegar até nós e serem completamente
analisados.
Mais uma clara evidência de que nem
todos os “planetas” são habitados.
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